Gibraltar y conflictos en el Mediterraneo

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Re: Gibraltar y conflictos en el Mediterraneo
« Responder #75 em: Julho 04, 2013, 05:19:41 pm »
Ultimamente el gobernador de Gibraltar se queja por todo.

Ahora es que 4 Harrier de la Armada cruzaron la roca camino del Portaaviones JCI (que hara escala en Lisboa) sin avisar y se tuvo retenido un vuelo de BA hasta que desde Sevilla se autorizo su despegue.

Y asi todos los dias

http://www.europapress.es/nacional/noti ... 83913.html
 

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Godo

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Re: Gibraltar y conflictos en el Mediterraneo
« Responder #76 em: Julho 08, 2013, 08:41:46 am »


El primer ministro británico, prometió que Gibraltar estaría protegido por un submarino nuclear, el HMS Talent, solo ha tardado un día en aparecer por aquí, realmente no andaba muy lejos!!
 

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Lusitano89

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Re: Gibraltar y conflictos en el Mediterraneo
« Responder #77 em: Agosto 05, 2013, 06:18:55 pm »
"Posição de Madrid é própria da Coreia do Norte"


O executivo de Gibraltar acusou hoje Madrid de ter posições semelhantes às da Coreia do Norte por querer aplicar uma taxa de 50 euros para entrar e sair daquele território ultramarino britânico no sul de Espanha.

Em declarações à Radio 4 da BBC, o chefe do Executivo de Gibraltar, Fabián Picardo, expressou mal-estar pelas afirmações de José García-Margallo, chefe da diplomacia espanhola, feitas no domingo ao jornal espanhol ABC, em que defendeu a possibilidade de uma taxa de 50 euros para entrar e sair de Gibraltar.

"O que assistimos este fim de semana foi a uma espécie de 'ruído de espadas' que já não ouvíamos há muito tempo. As coisas que García-Margallo disse são o tipo de declarações que se ouvem por parte da Coreia do Norte, não de um membro da União Europeia", disse Picardo.

"Assistimos a isto durante o tempo de Franco (Francisco Franco, ditador espanhol) nos anos 1960, e todos nós esperávamos que este tipo de políticas nunca mais voltariam", acrescentou Picardo, que se mostrou a favor das medidas do ex-ministro espanhol dos Assuntos Exteriores, Miguel Angel Moratinos, do anterior governo espanhol, que defendia "benefícios económicos para as duas partes".

O governo britânico considerou domingo que as diferenças entre o Reino Unido e Espanha sobre Gibraltar vão ser solucionadas através de meios políticos e não com medidas "desproporcionadas" e expressou a vontade de manter relações fortes com Madrid.

Londres respondia à entrevista de García-Margallo, que afirmou ao ABC que as medidas de controlo que Espanha leva a cabo na Verja (fronteira entre Espanha e Gibraltar) "são legais e vão ser intensificadas".

Nas últimas semanas, as autoridades espanholas têm deliberadamente provocado atrasos nas filas de saída de Gibraltar para Espanha, que chegaram a atingir tempos de espera de sete horas.

García-Margallo disse também que o governo espanhol está a estudar a criação duma taxa, que poderia ser utilizada para ajudar os pescadores espanhóis da zona que, por sua vez, se queixam do aumento de aterros de cimento da colónia britânica nas águas da baía de Algeciras, que estão a prejudicar a pesca.

Em resposta às declarações de Madrid, o Foreign Office fez saber que o "primeiro-ministro britânico deixou claro que o governo do Reino Unido vai cumprir os compromissos constitucionais para com a população de Gibraltar e não vão comprometer a soberania" do território".

"As nossas diferenças com Espanha sobre Gibraltar vão ser resolvidas por meios políticos e através da nossa relação como parceiros no quadro da União Europeia, não através de medidas desproporcionadas como os atrasos na fronteira a que assistimos na semana passada", refere a nota da diplomacia britânica.

"Temos muitos interesses em comum com Espanha e desejamos continuar a ter uma forte relação a todos os níveis com o governo de Espanha", indica ainda o comunicado do Foreign Office.

O governo britânico pediu explicações à embaixada de Espanha em Londres, na sexta-feira, sobre as filas provocadas pelas autoridades espanholas na fronteira, à entrada e à saída de Gibraltar.

Na semana passada, as autoridades da colónia britânica enviaram à Comissão Europeia uma queixa sobre a atuação de Espanha. Por outro lado, Madrid denunciava a colocação de 70 blocos de cimento nas águas que rodeiam o Rochedo de Gibraltar.

Nos últimos dias, García-Margallo tem insistido que Gibraltar não faz parte do espaço Schengen e que, por não se tratar de um território aduaneiro comunitário, o controlo fronteiriço é para ser mantido.

Londres considera as águas ao largo do Rochedo de Gibraltar britânicas mas Espanha não reconhece e reclama as águas territoriais, na baía de Algeciras, como espanholas.

Gibraltar afirma que tem jurisdição sobre três milhas náuticas à volta da colónia mas as pretensões sobre as águas territoriais não são reconhecidas por Espanha, que aceita apenas a soberania britânica sobre as águas do porto de Gibraltar.

O território tem cerca de sete quilómetros quadrados e 30 mil súbditos britânicos. O rochedo fez parte do Reino de Espanha até 1704 altura em que foi tomado pela armada anglo-holandesa de Carlos VI da Áustria, o pretendente Habsburgo do trono espanhol. No final da guerra, a Espanha cedeu o território ao Reino Unido de acordo com os termos firmados no Tratado de Utrecht, em 1713.

Lusa
 

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papatango

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Re: Gibraltar y conflictos en el Mediterraneo
« Responder #78 em: Agosto 06, 2013, 11:06:43 am »
Citar
O rochedo fez parte do Reino de Espanha até 1704 altura em que foi tomado pela armada anglo-holandesa de Carlos VI da Áustria

Carlos VI era o pretendente ao trono com mais direito, já que era um Habsburgo. Portanto, foi tomada em nome do rei de Castela e Leão, já que Gibraltar era território da coroa castelhana.
Além disso não deixa de ser curioso que a Espanha só passa a ter um rei, após 1715 com o primeiro rei de origem francesa (da actual casa real de Bourbon).

Até 1715, a Espanha não era um estado como é atualmente. Logo a afirmação da Lusa, foi produzida por um jornalista que entende tanto de história como eu de fisica-nuclear.  :mrgreen:  :mrgreen:
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Lusitano89

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Re: Gibraltar y conflictos en el Mediterraneo
« Responder #79 em: Agosto 06, 2013, 07:16:12 pm »
Gibraltar admite recorrer à justiça europeia


O governo de Gibraltar pode levar a questão fronteiriça com Espanha ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, admitiu hoje o primeiro-ministro adjunto daquele território britânico, Joseph Garcia, em declarações ao jornal Guardian.

«Estamos a recolher provas estatísticas e situações concretas sobre as operações na fronteira», disse Garcia ao jornal britânico Guardian, adiantando que os relatórios sobre a situação podem vir a ser apresentados ao Tribunal de Direitos Humanos, em Estrasburgo, sob o «pressuposto de que os direitos dos cidadãos estão a ser violados».

A Comissão Europeia recebeu hoje uma queixa formal do governo do «Rochedo» pelas grandes filas provocadas pelas autoridades espanholas em resposta contra os 70 blocos de cimento que foram colocados por Gibraltar na zona de aterros do território em águas reclamadas por Madrid.

O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, William Hague, expressou na segunda-feira compromisso com a população de Gibraltar e pediu uma «solução política para a atual tensão com Espanha».

Também na segunda-feira, o primeiro-ministro britânico, que se encontra de férias em Portugal, expressou através de um porta-voz em Londres «preocupação» pela situação na fronteira.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Gibraltar y conflictos en el Mediterraneo
« Responder #80 em: Agosto 07, 2013, 04:40:24 pm »
Ações unilaterais de Gibraltar são "inaceitáveis" diz Rajoy


O presidente do Governo espanhol disse hoje, por telefone, ao primeiro-ministro britânico que as mais recentes ações unilaterais de Gibraltar são "inaceitáveis", segundo um comunicado do executivo em Madrid.

O comunicado explica que a conversa de cerca de 10 minutos entre Mariano Rajoy e David Cameron decorreu por iniciativa do chefe do Governo britânico, numa altura de renovada tensão em torno a Gibraltar.

Através da sua conta no twitter, David Cameron explicou ter mantido uma conversa "construtiva" com Rajoy.

"Deixei claro a minha preocupação sobre Gibraltar e que a nossa posição sobre a soberania (britânica) não mudará", escreveu Cameron.

Durante o telefonema, refere o comunicado espanhol, Rajoy argumentou que "o ato unilateral da instalação dos blocos de cimento na baía de Algeciras é inaceitável", numa referência a uma polémica medida tomada recentemente pelas autoridades em Gibraltar.

Destacando que Espanha e o Reino Unido são "parceiros, amigos e aliados", Rajoy defendeu nessa conversa, segundo o mesmo texto, que conflitos que surjam devem "solucionar-se com honestidade e transparência".

O presidente do Governo, continua o comunicado, reiterou a Cameron a vontade de procurar quanto antes uma solução para a atual situação em torno a Gibraltar que causou em Espanha "um profundo mal-estar e grande preocupação por prejudicar o ambiente e a atividade pesqueira".

Ficou acordado durante a conversa que os chefes da diplomacia dos dois países vão dialogar "imediatamente" para analisar o assunto.

Rajoy aproveitou a conversa-a para explicar as medidas de controlo nas fronteira com Gibraltar que considerou respeitarem as regras de Schengen e pretenderem evitar tráfico ilícito na zona.

A Comissão Europeia reconheceu na segunda-feira o direito de Espanha a controlar a fronteira com Gibraltar, território que não pertence ao Espaço Schengen, mas recomendou que o procedimento deve ser "proporcionado".

Gibraltar regressou ao primeiro plano das relações entre Espanha e o Reino Unido depois do Governo espanhol ter denunciado que 70 blocos de cimento foram lançados ao mar na zona de aterros, o que provocou o protesto dos pescadores espanhóis que veem dessa forma impedimentos para a faina em águas territoriais espanholas.

Espanha respondeu com mais demora nas verificações dos veículos na fronteira e, no domingo, a diplomacia espanhola revelou que está a estudar a criação de uma taxa de 50 euros para entrar e sair do território.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Gibraltar y conflictos en el Mediterraneo
« Responder #81 em: Agosto 09, 2013, 01:37:18 pm »
Marinha inglesa faz manobras militares em Gibraltar


Embora os britânicos realizem todos os anos estas manobras na região, o conflito com Espanha sobre o "rochedo" faz com que sejam vistas como uma demonstração de força.

Em plena crise diplomática entre o Reino Unido e a Espanha por causa de Gibraltar, o Ministério da Defesa britânico confirmou que na próxima segunda-feira será enviada uma esquadra para o Mediterrânio e Golfo Pérsico. A esquadra da marinha inglesa fará uma escala em Lisboa antes de rumar à base militar de Gibraltar a fim de participar em manobras militares.

Segundo o jornal espanhol El País, o grosso da frota (três fragatas e barcos de apoio) atracará em Gibraltar, enquanto os restantes navios, que incluem o porta-helicópteros HMS Illustrious farão escala em Rota (Cádiz). A chegada da esquadra britânica está prevista para 18 de Agosto.

As manobras militares, denominadas "Cougar 13", são as terceiras deste tipo realizadas pela marinha britânica desde 2011 e acontecem todos os anos. Um porta-voz do Ministério da Defesa britânico afirmou ao The Daily Mail que "Gibraltar é uma base estratégica para a defesa do Reino Unido e como tal, os navios da marinha deslocam-se à região ao longo do ano em diversas manobras de rotina".

Por seu lado, o governo espanhol confirmou que já tinha conhecimento das manobras da marinha britânica, que pediram permissão a Espanha para fazer uma escala em Rota (Cádiz), considerando que se tratam de manobras de rotina sem razões para alarme ou qualquer tipo de preocupação.

DN
 

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Lusitano89

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Re: Gibraltar y conflictos en el Mediterraneo
« Responder #82 em: Agosto 11, 2013, 01:55:22 pm »
Espanha quer levar conflito sobre Gibraltar à ONU


A Espanha está a estudar a possibilidade de levar o conflito com o Reino Unido sobre Gibraltar à ONU e a outros fóruns internacionais, procurando ainda o apoio da Argentina, divulgaram hoje os jornais espanhóis La Razón e El País.

"O Governo está a estudar levar a expansão de Gibraltar ao tribunal da ONU", escreve o La Razón na sua primeira página, já o El País diz "Negócios Estrangeiros estudam levar o conflito de Gibraltar aos fóruns internacionais".

O conflito latente entre Espanha e Reino Unido em torno de Gibraltar - um território de sete quilómetros quadrados cedido ao Reino Unido em 1713, com uma população de 30 mil habitantes - reacendeu-se no final de julho devido à questão dos direitos de pesca em torno do "Rochedo".

Estas medidas, de acordo com o La Razón, têm como objetivo apresentar o contencioso entre a Espanha e o Reino Unido sobre Gibraltar diante do Tribunal Internacional de Justiça de Haia, na Holanda.

Esta nova crise entre os dois países recomeçou quando o Governo de Gibraltar lançou 70 blocos de cimento no mar com o objetivo de ganhar terreno, o que estaria a prejudicar os pescadores espanhóis na área.

O Governo espanhol decidiu, então, estudar meios para compensar as perdas dos pescadores, como a criação de uma taxa de 50 euros na fronteira entre Espanha e Gibraltar.

O El País destaca que o ministro dos Negócios Estrangeiros, José García-Margallo, analisa a viabilidade de denunciar o Reino Unido diante da ONU e mesmo no Tribunal de Haia.

O ministro García-Margallo visitará a Argentina, segundo o jornal El País, em setembro, e analisará com o seu homólogo argentino, Hector Timerman, a possibilidade de a Espanha e a Argentina fazerem uma frente comum na ONU por Gibraltar e pelas Malvinas, ambos territórios do Reino Unido.

García-Margallo irá discutir ainda a proposta do Governo da Argentina para uma compensação à companhia espanhola Repsol pela estatização de 51% de suas ações na petrolífera local YPF.

A Argentina é membro do Conselho de Segurança no biénio 2013-2014 e "poderia incluir, ou tentar ao menos, a questão de Gibraltar na agenda deste organismo da ONU", referiu ainda o El País.

As Ilhas Malvinas (Ilhas Falkland) são um dos territórios britânicos ultramarinos no Atlântico Sul.

O Reino Unido e a Argentina disputam o direito sobre as ilhas, no Atlântico sul, tendo ocorrido vários conflitos armados, o último dos quais em 1982. Recentemente, a Argentina voltou a reivindicar os seus direitos sobre as ilhas.

"Ainda que o Reino Unido", acrescenta o El País sobre Gibraltar, "tenha o direito de veto neste fórum, deveria abster-se num tema que o afeta diretamente".

O diário La Razón, por sua vez, inclui o resultado de uma pesquisa feita para o jornal que indica que em 500 entrevistados 85,4% disse que Gibraltar é espanhol e deve ser devolvido.

Cerca de 84% acreditam que a Espanha deveria ser mais firme com o Reino Unido e 75,4% dos entrevistados consideram que as autoridades de Gibraltar provocam a Espanha.

Outros 69,4% estão de acordo que a ONU deveria intervir no assunto e exigir a devolução de Gibraltar, já 91,2% pensam que não é correto que a polícia gibraltina persiga pescadores espanhóis e 92,4% crê ser inadmissível que Gibraltar amplie a sua superfície submergindo blocos de cimento para ganhar terreno ao mar.

Lusa
 

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HSMW

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Re: Gibraltar y conflictos en el Mediterraneo
« Responder #83 em: Agosto 12, 2013, 06:58:59 pm »
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Lusitano89

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Re: Gibraltar y conflictos en el Mediterraneo
« Responder #84 em: Agosto 14, 2013, 10:56:37 pm »
Reino Unido anuncia queixa a Madrid por causa de Gibraltar


A diplomacia britânica anunciou na terça-feira que pretende fazer oficialmente queixa a Madrid por causa das filas de espera "inaceitáveis" na fronteira com Gibraltar, causadas pelos controlos efetuados pelas autoridades espanholas.

"O Foreign Office vai fazer queixa ao Ministério espanhol dos Negócios Estrangeiros por causa dos atrasos inaceitáveis verificados terça-feira de manhã na fronteira espanhola com Gibraltar", declarou um porta-voz da diplomacia britânica.

Durante o dia, o Governo de Gibraltar pediu que a Comissão Europeia abra um inquérito à "forma como Espanha tem agido" ao multiplicar os controlos na fronteira com o território britânico, o que tem provocado longas filas de espera.

"A Espanha impôs novamente hoje [terça-feira] controlos desproporcionados para as viaturas que entram em Gibraltar, provocando filas de espera de mais de quatro horas", afirmou o chefe do Governo de Gibraltar, Fabian Picardo, em comunicado.

Estes controlos, "realizados sem aviso prévio, mostram uma vez mais a necessidade de a Comissão Europeia abrir rapidamente uma investigação sobre a forma como a Espanha está a agir e a necessidade de tomar rapidamente medidas legais onde elas são necessárias", acrescenta o comunicado.

O Governo de Gibraltar considera que os controlos aduaneiros levados a cabo pela polícia espanhola são uma forma de represália à decisão, de fim de julho, de colocar blocos de betão no mar para criar um recife artificial.

De acordo com o Governo de Madrid, a construção do recife teve como objetivo impedir os pescadores espanhóis de trabalharem nas águas reclamadas tanto por Gibraltar como por Espanha.

O governo espanhol reafirmou na segunda-feira que não abdicará de fazer aqueles controlos, sublinhando que eles são obrigatórios, uma vez que Gibraltar, como o Reino Unido, não faz parte do espaço Schengen, e são necessários para lutar contra o contrabando de tabaco, principalmente.

Madrid anunciou igualmente que vai estudar a possibilidade de levar a questão de Gibraltar às Nações Unidas ou ao Tribunal Internacional de Haia.

Estes episódios de tensão coincidem com a partida, na terça-feira, de Portsmouth, no sul de Inglaterra, de um navio de guerra britânico, o HMS Westminster, que fará escala em Gibraltar, na sequência de uma série de exercícios militares.

Lusa
 

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Cabecinhas

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Re: Gibraltar y conflictos en el Mediterraneo
« Responder #85 em: Agosto 17, 2013, 06:53:58 pm »
Isto está quente! :P
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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Lusitano89

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Re: Gibraltar y conflictos en el Mediterraneo
« Responder #86 em: Agosto 19, 2013, 09:30:32 pm »
UE concorda com envio de missão de verificação


O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, acordou hoje com o chefe do executivo espanhol o envio de uma missão da União Europeia (UE) para analisar "o mais rápido possível" a situação na fronteira de Gibraltar.

De acordo com um breve comunicado do executivo comunitário os dois líderes "chegaram a acordo sobre o envio de uma missão da Comissão Europeia, o mais rápido possível, para examinar 'in situ' as questões relacionadas com as verificações e o movimento de pessoas e bens na fronteira".

Na sexta-feira, o primeiro-ministro britânico David Cameron pediu a intervenção direta de Durão Barrosos sobre a crise diplomática entre Espanha e o Reino Unido referindo o envio "urgente" de uma missão da UE Para a fronteira.

De acordo com a agência de notícias espanhola EFE, hoje, o chefe do governo espanhol Mariano Rajoy convidou a Comissão Europeia a enviar uma delegação a Espanha e a Gibraltar para "fazer verificações oportunas numa zona em que Espanha exerce obrigações legais".

De acordo com fontes do governo espanhol citadas pela EFE, Rajoy falou 12 minutos com Durão Barroso e expôs ao presidente da Comissão Europeia que Espanha exerce obrigações legais ao estabelecer verificações aleatórias, proporcionadas e "não discriminatórias" na fronteira.

Segundo as mesmas fontes, o primeiro-ministro espanhol também expressou a necessidade de se verificar e controlar a atividade económica de Gibraltar em questões relativas a branqueamento de capitais, contrabando e fiscalidade.

Após manifestar que Espanha vai aplicar "medidas legais em defesa da própria legalidade espanhola e europeia do interesse de Espanha e dos espanhóis", Rajoy reiterou a disposição para o diálogo com o Reino Unido, "de acordo com o direito internacional e europeu".

O conflito diplomático prolonga-se há mais de quatro semanas e é considerado pela imprensa dos dois países como o mais grave desde a crise de 1969, ano em que o ditador espanhol Francisco Franco ordenou o encerramento da fronteira que ficou fechada durante 12 anos.

A colocação de 70 blocos de cimento no mar em volta do território ultramarino britânico de Gibraltar está na base da crise pois os pescadores da zona queixam-se de que o aumento da zona de aterros está a prejudicar a faina na zona da baía de Algeciras, além de aumentar a área do território britânico, conhecido como o 'Rochedo'.

Como resposta, o governo espanhol ordenou verificações mais demoradas na fronteira, que tem provocado filas de automóveis que se prolongam durante várias horas.

Lusa
 

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JMSG

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Re: Gibraltar y conflictos en el Mediterraneo
« Responder #87 em: Agosto 20, 2013, 02:12:27 pm »
Como já é  habitual, é pasmante a velha habilidade dos nossos "hermanos" para usar a técnica dos dois pêsos e duas medidas, ou como eles muito bem dizem, " la doble vara de medir", quando se trata de defender os seus interesses nacionais,  como as  questões de Gibraltar, Olivença , Ceuta e Melilha. Como sempre , só eles têm razão, e como muito bem disse um conceituado cronista Espanhol, Manuel Martín Ferrand, "  Será que tenemos de verdad la razón, cuando somos el único pais Europeo que aún arrastra conflictos de fronteras con nuestros vecinos? "

Deixo aqui a questão para os nossos amigos Espanhóis que participam neste foro.

E já agora aproveito para anunciar que após vários anos como seguidor deste foro, hoje, finalmente, decidí participar pela primeira vez , estreándome com o triste assunto de Olivença.

Um abraço a todos,

Viva Portugal
 

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Lusitano89

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Re: Gibraltar y conflictos en el Mediterraneo
« Responder #88 em: Agosto 28, 2013, 05:10:54 pm »
O problema de Gibraltar
Alexandre Reis Rodrigues


Gibraltar é um território tomado por conquista em 1703 no âmbito da Guerra de Sucessão espanhola. Posteriormente, a sua posse pelo Reino Unido foi legitimada perpetuamente pelo Tratado de Utrecht em 1713. Está designado como território da Coroa Britânica mas para as Nações Unidas é um “non-self-governing territory”, um dos 16 remanescentes do grupo de 80 territórios coloniais que existiam à data da criação das Nações Unidas e para os quais ainda não foi possível encontrar uma solução de descolonização.

A Constituição aprovada para o território em 1969 proíbe o Governo Britânico de entrar em qualquer tipo de negociação que possa eventualmente levar a uma mudança deste estatuto, designadamente a transferência da sua soberania para outro Estado, contra o desejo expresso democraticamente pela respetiva população. Dois referendos entre os 30.000 habitantes do território realizados até ao momento, o primeiro em 1967 (cuja realização foi condenada pelas Nações Unidas e não reconhecida por qualquer organização internacional ou Estado) e o segundo em 2002, rejeitaram claramente essa possibilidade.

É um desfecho que se compreende facilmente à luz das perspetivas económicas que a população local então tinha e que se têm confirmado. Presentemente, a economia cresce a 7%, quase não existe desemprego e o PIB per capita chega a ser cerca de três vezes superior ao de diversas regiões de Espanha. Ou seja, uma situação quase diametralmente oposta à que se vive, de momento, em Espanha. No entanto, são, no mínimo, controversas algumas das raízes deste sucesso económico. Estão no regime de zona franca que permite ao território funcionar como um “paraíso fiscal”, um regime especialmente atrativo para empresas sediadas no território. Serão, segundo referia o jornal Expresso de 24 de agosto, 24.500 empresas comerciais que beneficiam de um reduzido imposto sobre sociedades (10% em vez de 30% em Espanha), menor imposto sobre o rendimento e ausência de outros, como o IVA, etc. Segundo outra fonte, um em cada dez automóveis em circulação no Reino Unido estão seguros em companhias com sede em Gibraltar. Existem também referências várias a processos de “lavagem de dinheiro” facilitados pelo estatuto de “paraíso fiscal”.

Espanha tem regularmente procurado trazer a disputa sobre a soberania do território para a mesa de negociações baseando-se na Resolução 1514 (XV) da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 14 de dezembro de 1960 (sobretudo invocando o princípio da integridade territorial) e na Resolução 2231 (XXI), de 20 dezembro de 1966, (que reafirma a natureza colonial do território). Ao contrário de Madrid, Londres, curiosamente usando também o texto da Resolução 1514 das Nações Unidas atrás referida, alega que o princípio da integridade territorial não prevalece sobre o princípio da autodeterminação. No entanto, este direito, no ponto de vista espanhol, não se aplica a Gibraltar uma vez que não existe, nem nunca existiu, algo que se pudesse designar por nação gibraltina. Ou seja, a forma artificial como a comunidade foi criada não permite invocar o critério de nação.

A agudização por que está a passar este contencioso tem a sua origem próxima na decisão do governo de Gibraltar em criar um recife artificial numa área tradicional de pesca para os espanhóis da comunidade piscatória de La Linea. Espanha tem recorrido a esta prática em vários pontos da sua costa, como forma de facilitar o “repovoamento” de espécies que tenham estado sujeitas a pesca excessiva, precisamente o argumento usado pelo governo de Gibraltar. O problema é que neste caso, em resultado do lançamento dos 70 blocos que formarão o recife, os pescadores espanhóis ficaram impedidos de exercer a sua faina habitual de pesca. Fica assim em causa o sustento de cerca de 300 famílias. Independentemente das razões que assistam a cada lado, este aspeto particular da disputa poderá estar resolvido brevemente com o anúncio feito, mais recentemente, pelo Governo de Gibraltar de que a partir de outubro, haverá autorização para 59 barcos de pesca espanhóis voltarem às suas atividades na zona. Segundo peritos em Direito Internacional sobre a questão de Gibraltar não é claro que o Acordo constante do Tratado de Utrecht reconheça o direito a águas territoriais.

O atual Presidente do Governo espanhol tem recusado associar esta disputa específica com a adoção de medidas excecionais de controlo fronteiriço que estão quase a “paralisar” a movimentação entre os dois territórios, não obstante ser impossível dissociar os dois assuntos. As questões de pesca foram, pelo menos, um pretexto para reavivar o problema de fundo. Tenta-se argumentar que são medidas desenhadas essencialmente para combater o contrabando que a inexistência de taxas fiscais em Gibraltar fomenta. Para Londres, porém, são apenas medidas políticas e desproporcionadas («politically motivated and dispproportionate»), sobre as quais já foi pedida a intervenção da União Europeia através de envio de uma missão para apurar a situação e avaliar as razões invocadas pelas partes. No entanto, como dito atrás, parece claro que, independentemente da pertinência dos argumentos de Madrid para proteger a economia local, o que está em causa é o desejo espanhol de trazer a questão da soberania de Gibraltar para um novo ciclo de discussões. As declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros não deixam dúvidas quando refere que «The party is over for Gibraltar» e quando se fala de uma possível intenção de formar uma frente unida com a Argentina, tentando juntar a discussão de Gibraltar com a das Ilhas Falkland.

Ao contrário, Londres tem-se abstido de invocar o caso de Ceuta e Melila para reforçar a sua posição mas, como se referia no jornal El País, Madrid terá que ter presente que, independentemente das razões que lhe assistam para sustentar a sua posição em relação a esses dois territórios, se viesse a obter qualquer concessão de Londres sobre Gibraltar teria, muito provavelmente, que dar resposta a idêntica pretensão de Marrocos, que reclama a inclusão dos dois enclaves no seu território. O mesmo tipo de questão se porá a Londres se fizer concessões a Madrid; ficará na contingência de ter de as fazer também em relação aos outros dez “non-self-governing territories” de que é a potência administrante. Nalguns casos poderá não ser um problema relevante mas sê-lo-á sempre no caso das ilhas Falkland, tanto mais porque neste caso estão associados direitos de exploração de importantes jazidas petrolíferas.

Nada nos diz que estas disputas poderão ter proximamente qualquer solução mas irão, com certeza, continuar a ser tratadas no âmbito das Nações Unidas e, eventualmente, do Tribunal Internacional de Haia.

Jornal Defesa
 

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Re: Gibraltar y conflictos en el Mediterraneo
« Responder #89 em: Setembro 01, 2013, 05:22:28 pm »
Gibraltar usará blocos de cimento seis vezes maiores


As autoridades de Gibraltar, território sob controlo britânico, planeiam uma segunda fase na construção de um recife artificial com blocos de cimento de 12 toneladas cada, ou seja, seis vezes mais do que as duas toneladas que têm os blocos de cimento que já foram lançados ao mar e estão na origem do mais recente diferendo diplomático entre o Reino Unido e Espanha, recorda uma notícia publicada na edição de ontem do jornal espanhol El País.

O diário refere que esta segunda fase do projeto está contida num relatório de 132 páginas, que contém 32 recomendações e, entre outras coisas, conclui que "ambas as partes [britânicos e espanhóis] utilizam as zonas de pesca e as águas como tema de disputa sobre a soberania [de Gibraltar]".

O rochedo de Gibraltar, situado no sul da Península Ibérica, foi cedido pelos espanhóis à Grã-Bretanha através do Tratado de Utrecht em 1713. Porém, as questões sobre a soberania não cessaram de ser levantadas ao longo dos anos. O conflito ressurgiu nos últimos meses porque os espanhóis dizem que os blocos de cimento do recife artificial, deitados ao mar pelas autoridades de Gibraltar, prejudicam as pescas. E os britânicos, por seu lado, queixam-se dos controlos fronteiriços excessivos que estão a ser levados a cabo pelas autoridades espanholas.

Quando a discussão subiu de tom, com governantes espanhóis a denunciarem que Gibraltar é uma zona onde se lava dinheiro e onde se faz tráfico, a Comissão Europeia interveio e decidiu enviar uma missão de verificação. A sua chegada está prevista para o início deste mês de setembro.

Lusa