Fuzileiros da Armada Portuguesa

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LM

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Re: Fuzileiros da Armada Portuguesa
« Responder #1740 em: Junho 27, 2022, 05:00:39 pm »
Bom dia,
Ontem o VP da Euro Defense Portugal, questionou se o conselho superior de defesa nacional, está ciente do risco de enviar uma infantaria ligeira (FUZOS) para a Lituânia?
Pelos vistos está tudo ok, "no pasa nada"....

Então? Mas são escuteiros? Já lá não tiveram três missões exatamente iguais? Estão sozinhos, ou em Aliança?
Um general com medo de dissuasão ?!

Mas a situação geopolítica não é igual.
Esse General o que dizia é que em vez de uma força de infantaria ligeira, se devia dar mais protecção à força enviada dotando-a com viaturas blindadas, referiu que essa força devia ser de infantaria mecanizada, até se possível ter carros de combate.

Então não deviam ter enviado Fuzileiros, com as caraterísticas dos portugueses (ou britânicos ou holandeses)... estes deveriam ter VAMTAC ST5, não "Pandur", etc.

Mas ter uma "companhia" de Fuzileiros com as nossas características (e melhor armada - AT4, SCAR, ST5, etc) também tem a sua utilidade - em complemento de infantaria mecanizada "clássica".   
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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Lancero

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Re: Fuzileiros da Armada Portuguesa
« Responder #1741 em: Junho 27, 2022, 05:10:35 pm »
Bom dia,
Ontem o VP da Euro Defense Portugal, questionou se o conselho superior de defesa nacional, está ciente do risco de enviar uma infantaria ligeira (FUZOS) para a Lituânia?
Pelos vistos está tudo ok, "no pasa nada"....

Então? Mas são escuteiros? Já lá não tiveram três missões exatamente iguais? Estão sozinhos, ou em Aliança?
Um general com medo de dissuasão ?!

Mas a situação geopolítica não é igual.
Esse General o que dizia é que em vez de uma força de infantaria ligeira, se devia dar mais protecção à força enviada dotando-a com viaturas blindadas, referiu que essa força devia ser de infantaria mecanizada, até se possível ter carros de combate.

A geopolítica é igual. “Apenas “ se evoluiu do híbrido para o convencional.
Se o general acha que ali, naquela zona, entre Klaipeda e Kaliningrado, é mais adequada a forças blindadas médias ou pesadas, aconselho uma visita de estudo.
Também concordo que a FFuz deveria ter viaturas blindadas como no ano passado. Talvez se possa perguntar ao Exército porque é que isso não foi possível este ano.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Lightning

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Re: Fuzileiros da Armada Portuguesa
« Responder #1742 em: Junho 27, 2022, 10:00:28 pm »
Talvez se possa perguntar ao Exército porque é que isso não foi possível este ano.

Não me parece que o Exército lhes esteja a dar grande uso, talvez:

1 - A Marinha/Fuzileiros não tenham gostado dos Humvee...

2 - Por alguma razão estejam inoperacionais (????)

3 - Não haja dinheiro para os enviar com a FND (pensei nesta por não existir dinheiro para enviar os M113)...
« Última modificação: Junho 27, 2022, 10:00:54 pm por Lightning »
 

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Lancero

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Re: Fuzileiros da Armada Portuguesa
« Responder #1743 em: Junho 28, 2022, 11:25:15 am »
O exército não lhes dá uso absolutamente nenhum .
Num local sério já tinham sido entregues duas dezenas aos fuzileiros e eles que as recuperassem para as operar.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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dc

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Re: Fuzileiros da Armada Portuguesa
« Responder #1744 em: Junho 28, 2022, 02:23:43 pm »
Não tinham sido (ou iam ser) enviados Humvee do Exército para a Ucrânia? Ou estou a fazer confusão?
 

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Subsea7

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Re: Fuzileiros da Armada Portuguesa
« Responder #1745 em: Junho 29, 2022, 11:01:28 pm »
Não tinham sido (ou iam ser) enviados Humvee do Exército para a Ucrânia? Ou estou a fazer confusão?

Na missão anterior, SIM.
Cps,
 

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Lancero

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Re: Fuzileiros da Armada Portuguesa
« Responder #1746 em: Julho 02, 2022, 12:47:38 pm »
Ucrânia? Julgo que não. A única viatura que ouvi seriam os M113
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asalves

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Re: Fuzileiros da Armada Portuguesa
« Responder #1747 em: Julho 07, 2022, 04:42:44 pm »
Podemos criticar com mais ou menos razão, mas a verdade é que de relações publicas o homem percebe da coisa.

https://www.facebook.com/MarinhaPortuguesa/posts/pfbid0XBqFSPxxjVT3PCMsiYqTDdwgk8ikL5c4p7ANjA69ceYKpjtz5mgo1Qs3rER4k18kl
Citar
Hoje destacamos um dos nossos
O Fuzileiro Cláudio Barros, 31 anos, foi condecorado com a medalha Militar de Serviços Distintos, pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Gouveia e Melo, por ter socorrido um jovem que foi baleado, no mês passado, em junho.
O militar, que pertence ao Batalhão de Fuzileiros nº 2, ingressou na Marinha em 2009.



Aqui à tempos criticou o que esteve errado, agora condecora o que está certo, e com este gesto manda muitos recados.

Ficamos impacientemente à espera de mais mudanças no resto.
« Última modificação: Julho 07, 2022, 04:43:04 pm por asalves »
 
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Re: Fuzileiros da Armada Portuguesa
« Responder #1748 em: Agosto 24, 2022, 09:40:12 pm »
Fuzileiros 2030 - Uma prespectiva a 10 anos
https://comum.rcaap.pt/handle/10400.26/38151

Acho interessante os vários cenários de organização propostos, claro que o mais interessante seria o de ter os fuzileiros tipo SFSG.

No fundo esta necessidade é causada pela falta de pessoal, como é que os fuzileiros se devem organizar tendo menos gente mas mantendo ou aumentando a sua importância para a Marinha, para o país, para não se tornarem irrelevantes, se se devem especializar em certas funções ou não?
« Última modificação: Agosto 24, 2022, 09:54:05 pm por Lightning »
 
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Re: Fuzileiros da Armada Portuguesa
« Responder #1749 em: Agosto 24, 2022, 10:59:33 pm »
Fuzileiros 2030 - Uma prespectiva [sic] a 10 anos
https://comum.rcaap.pt/handle/10400.26/38151

Acho interessante os vários cenários de organização propostos, claro que o mais interessante seria o de ter os fuzileiros tipo SFSG.

No fundo esta necessidade é causada pela falta de pessoal, como é que os fuzileiros se devem organizar tendo menos gente mas mantendo ou aumentando a sua importância para a Marinha, para o país, para não se tornarem irrelevantes, se se devem especializar em certas funções ou não?

Trabalho muito bem conseguido. O autor mostra um domínio avançado do "estado da arte" e de metodologias de investigação, sem entrar em discursos "redondos" do tipo "holístico" ou academismos serôdios. Lamento apenas que as conclusões não sejam muito incisivas e que "não procurem influenciar" o processo de tomada de decisão. Se não fosse oriundo da Classe de Fuzileiros e sim da Classe de Marinha tínhamos aqui material para Oficial General de, pelo menos, 3 estrelas!
 
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Re: Fuzileiros da Armada Portuguesa
« Responder #1750 em: Agosto 25, 2022, 02:02:29 pm »
Fuzileiros 2030 - Uma prespectiva a 10 anos
https://comum.rcaap.pt/handle/10400.26/38151

Acho interessante os vários cenários de organização propostos, claro que o mais interessante seria o de ter os fuzileiros tipo SFSG.

No fundo esta necessidade é causada pela falta de pessoal, como é que os fuzileiros se devem organizar tendo menos gente mas mantendo ou aumentando a sua importância para a Marinha, para o país, para não se tornarem irrelevantes, se se devem especializar em certas funções ou não?

Fuzileiros Comando ao estilo dos Royal Marines?
 

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PereiraMarques

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Re: Fuzileiros da Armada Portuguesa
« Responder #1751 em: Agosto 25, 2022, 03:07:17 pm »
A RCA não tem costa...dahhhh  :mrgreen: ... Depois temos as rivalidades entre ramos, o Exército considera que as operações terrestres são a sua coutada privada (mas por outro lado ainda deliram com o GALE). Mesmo na Marinha os Fuzileiros são uma terceira ou quarta prioridade. Não é à toa que uma das hipóteses colocadas pelo autor passa apenas pela manutenção do DAE e do PelBoard como unidades de combate (force projection) e a transformação do resto do CF em unidade de Polícia (Militar) Naval (force protection).

Citar
Cenário «MP» – consiste na especialização dos Fuzileiros em funções de proteção de força (policia militar), com um investimento acomodável na modernização do seu armamento, maioritariamente não letal, em sistemas de vigilância e proteção individual. As suas atribuições permitem à Marinha salvaguardar as necessidades internas de segurança às instalações críticas e proteção de navios estrangeiros em visita ao porto de Lisboa, assim como a condução de escoltas e rondas, constituição de equipas de abordagem para embarque nos navios da Esquadra e, ainda, a participação de forças militares no cerimonial e protocolo, inclusive a prestação de guardas de honra fúnebres a militares na reserva/reforma. Abdica, no entanto, do seu maior ativo e
padrão operacional ao longo dos 400 anos de história, i.e. a capacidade de projetar força de forma sustentada do mar para terra. Essa vertente expedicionária é assegurada apenas por uma Unidade de OpEsp (com dimensão e estrutura a definir) recorrendo a todo o universo da Marinha para recrutar os seus operacionais.
 

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Re: Fuzileiros da Armada Portuguesa
« Responder #1752 em: Agosto 25, 2022, 04:31:34 pm »
Fuzileiros Comando ao estilo dos Royal Marines?

Sim o cenario "Tear 1" de serem uma SFSG parece-me muito de inspiração da ultima transformação dos Royal Marines.

Os outros cenários também estão lá, Fuzileiros "à francesa", sem força anfibia, focando-se na protecção de meios navais, abordagem, OpEsp...

E os cenários em que ficam mais ou menos com todas as funções actuais.
 

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LM

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Re: Fuzileiros da Armada Portuguesa
« Responder #1753 em: Agosto 25, 2022, 05:03:25 pm »
Mas, em história, doutrina e na prática, os nossos Fuzileiros não foram sempre ao estilo dos Royal Marines? E dos Korps Mariniers?

Daí nunca ter percebido os Pandur nos fuzileiros... há bastante lugar para umas companhias estilo RM Commando em Portugal, mesmo sem artilharia (mas com capacidade AC / AA leve, morteiros 120mm, ST5, etc), julgo eu.
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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Lightning

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Re: Fuzileiros da Armada Portuguesa
« Responder #1754 em: Agosto 25, 2022, 05:36:06 pm »
Mas, em história, doutrina e na prática, os nossos Fuzileiros não foram sempre ao estilo dos Royal Marines? E dos Korps Mariniers?

Daí nunca ter percebido os Pandur nos fuzileiros...

Mas a qualquer momento pode acontecer uma reorganização que mude essa doutrina de ser igual aos Royal Marines, isso não é uma regra sagrada inquebrável, as coisas tem que evoluir.
PS: Acho que nós nunca ligamos muito aos Korp Mariniers da Holanda, eles é que tal como nós, se inspiraram nos britânicos  :mrgreen:.

Um dos pontos importantes referidos neste trabalho é se realmente é importante o Corpo de Fuzileiros ter a capacidade de gerar um Batalhão de desembarque, que já é uma força que tem que possuir um certa capacidade logística, transportes, apoio de morteiros, anti-carro, etc, sendo o minimo para uma Initial Entry Force de uma força convencional. Ou se não, se é melhor unidades mais pequenas, leves, que lhes permitem ser mais rápidas a infiltrar e extrair, que actuem mais em apoio a Operações Especiais.

Os Royal Marines deixaram as grandes unidades de manobra Batalhão, brigada que iam para o Afeganistão igual às unidades do exército, eles agora voltaram às "raízes", querem-se diferenciar do que o exército faz, unidades mais pequenas nivel companhia, pré-posicionadas a bordo de navios algures pelo mundo, prontas a actuar em qualquer costa.