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Forças Armadas e Sistemas de Armas => Exército Português => Tópico iniciado por: Lancero em Junho 22, 2006, 03:57:25 pm
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Defesa: Governo propõe manutenção de Valença Pinto na chefia do Exército
Lisboa, 22 Jun (Lusa) - O Governo propôs hoje ao Presidente da Repúblic a, Cavaco Silva, manter no cargo o Chefe de Estado-Maior do Exército (CEME), gen eral Valença Pinto, cujo mandato termina a 06 de Agosto.
A decisão de prorrogar o mandato de Valença Pinto, hoje aprovada em Con selho de Ministros, é justificada por fonte do Ministério da Defesa com a import ância de o actual CEME prosseguir a "reestruturação em curso" neste ramo das For ças Armadas.
O ramo terrestre das Forças Armadas está a ser objecto de uma reestrutu ração que inclui o fim das regiões militares, a extinção a prazo dos comandos de natureza territorial, bem como o desaparecimento de algumas unidades (a par da reestruturação e transferência de outras).
Valença Pinto é reconduzido "pelo tempo que for preciso", sendo de dois anos o período legalmente previsto de extensão do mandato dos chefes militares, acrescentou a mesma fonte.
Após o termo do mandato de três anos do CEME, o Governo poderia propor um novo nome ou reconduzi-lo no cargo, com a possibilidade de o exonerar a qualq uer momento.
O Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas (CEMGFA), almirante Mendes C abeçadas, tinha já sido reconduzido no cargo, por idêntico período de dois anos, em Outubro do ano passado, também por decisão do ministro da Defesa, Luís Amado (Mendes Cabeçadas foi nomeado a 22 de Outubro de 2002 pelo Governo de coligação PSD/ CDS, quando o ministro da Defesa era Paulo Portas).
A manter-se a tradição da rotatividade entre os ramos na chefia do mais alto cargo da hierarquia militar, Valença Pinto deveria suceder a Mendes Cabeça das como CEMGFA.
A recondução de Valença Pinto no cargo terá ainda de ser aprovada pelo Presidente da República, a quem cabe nomear o CEME.
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A mim parece-me positivo que haja estabilidade nas chefias militares, e neste caso concreto, quando justificadas pelas razões apontadas, as da reestruturação territorial, dispositivos e rede de unidades, etc.
Quanto à recondução do Alm. Mendes Cabeçadas, julgo que pelo seu cargo intrínseco de "ponte" entre os militares e os poderes politicos, ele acaba sempre por ficar limitado.
Mas também terá sido reconduzido por ser um homem sobre o qual não se conhece uma opinião, uma ideia para o futuro das FA's em Portugal, uma linha de pensamento estratégico.
Está acomodado com o poder politico, e se não levanta ondas, é cómodo para esse mesmo poder politico.
Talvez isso lhe tenha valido a recondução no cargo de CEMGFA.