LPD- Navio Polivalente Logístico

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HonraLusa97

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #5505 em: Abril 16, 2023, 07:48:19 am »
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Por isso tudo dito,,,um XO serve bem e ainda contribui para melhorar a capacidade combatente de superfície da frota.

Por tudo isto, patrulhas da GNR servem ainda mais. melhor, de forma mais eficiente e mais barata.

Se não temos capacidade para ter um navio logistico (o menos exigente do ponto de vista tecnológico) então onde é que vamos encontrar capacidade para operar navios muito mais complexos, muito mais caros e com um numero muito maior de técnicos que a marinha não tem, nem parece que vá ter no futuro ... ?


Na década de 1950 como já aqaui tenho dito, os generais queriam formar dez divisões.
Os americanos pediram apenas uma a Portugal, mas os generais achavam que Portugal era capaz de muito mais.

Não faziam ideia do que era o exército moderno da altura.
Nos tanques que recebemos, muitas vezes só o comandante sabia ler e escrever. Os generais não percebiam que o exército de analfabetos das trincheiras da Flandres, não aguentava com as necessidades técnicas de uma força militar mecanizada e tecnologicamente muito mais avançada ...

No fim... os nossos generais nem uma divisão conseguiram formar.

Estamos aqui a falar de navios XPTO, que só funcionam eficazmente se tiverem guarnição à altura, e estamos a pensar que esses navios teriam a "sofisticação" de uma Vasco da Gama, que é contemporânea dos processadores Intel 286 e Intel 386SX a 33Mhz.

Quantos esquadrões de aeronaves, esquadrilhas de navios e brigadas terrestres acha que Portugal consegue realisticamente operar? E quais serão as prioridades - investimento na FA, Marinha ou Exército -, neste momento?

O que é triste é que existem várias discussões e opiniões válidas neste forum que nuna acharão ouvidos de gente.
 

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #5506 em: Abril 16, 2023, 10:16:20 am »
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Por isso tudo dito,,,um XO serve bem e ainda contribui para melhorar a capacidade combatente de superfície da frota.

Por tudo isto, patrulhas da GNR servem ainda mais. melhor, de forma mais eficiente e mais barata.

Se não temos capacidade para ter um navio logistico (o menos exigente do ponto de vista tecnológico) então onde é que vamos encontrar capacidade para operar navios muito mais complexos, muito mais caros e com um numero muito maior de técnicos que a marinha não tem, nem parece que vá ter no futuro ... ?


Na década de 1950 como já aqaui tenho dito, os generais queriam formar dez divisões.
Os americanos pediram apenas uma a Portugal, mas os generais achavam que Portugal era capaz de muito mais.

Não faziam ideia do que era o exército moderno da altura.
Nos tanques que recebemos, muitas vezes só o comandante sabia ler e escrever. Os generais não percebiam que o exército de analfabetos das trincheiras da Flandres, não aguentava com as necessidades técnicas de uma força militar mecanizada e tecnologicamente muito mais avançada ...

No fim... os nossos generais nem uma divisão conseguiram formar.

Estamos aqui a falar de navios XPTO, que só funcionam eficazmente se tiverem guarnição à altura, e estamos a pensar que esses navios teriam a "sofisticação" de uma Vasco da Gama, que é contemporânea dos processadores Intel 286 e Intel 386SX a 33Mhz.

Quantos esquadrões de aeronaves, esquadrilhas de navios e brigadas terrestres acha que Portugal consegue realisticamente operar? E quais serão as prioridades - investimento na FA, Marinha ou Exército -, neste momento?

O que é triste é que existem várias discussões e opiniões válidas neste forum que nuna acharão ouvidos de gente.

Não estava a colocar a coisa ao nivel da incapacidade de operar navios mais modernos, mas sim de ter um mega navio de desembarca de troipas que não existem ou estão mal equipadas, ao inverso d eter um navio mais polivalente.


Se é para colocar ao nível da incapacidade de operar, então compreendo os comodoros e almirantes que acham quem tem uma frota moderna porque se for melhor não sabem o que fazer com os meios.
Por acaso até aqui só tinha colocado a posição desses bonecos ao nível de não quererem responsabilidades maiores. Porque andar com uma VdG incapaz a fazer de conta que faz soberania  é diferente de ter uma AH140 e outras na linha dessa e estar em pé de igualdade numa frota Nato ou ser responsável por algo bem acima do potencial das VdG.

No País do faz de conta, manda-se 250 gajos com Pandur bonitas para paradas, excepto alguns 30mm, estando a maioria com atirador a descoberto, sem armas AA que não sejam de ombro onde os mancebos tem de apear para adquirir a alvos e disparar. Ou seja, em bom português, Bela merda
Ou manda-se NPOs desarmados e cegos para alegadamente combater a pirataria. Embora vão é com as habituais paneleirices com os amigos dos esquemas lá no Sul, onde estas décadas tem trocado "volumes" e muitos orientado vidas.
(Se eu nem soubesse e tivesse visto até podia ser ingênuo)

É uma estrondosa vergonha o que se tem passado e continua a passar e, atrevo-me a pensar que, se até não será pior agora com estas ligações ainda mais porno destes políticos Costa e Marcelo.

Quando à Marinha, a vergonha é ainda maior, levando a pensar o que fazem propriamente esse bonecos todos cheios de galões, senão mamar.
É que as suas vaidade e fantasias contrastam com a  realidade de uma maneira mais que evidente
« Última modificação: Abril 16, 2023, 11:40:37 am por Pescador »
 
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #5507 em: Abril 16, 2023, 11:05:02 am »
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Por isso tudo dito,,,um XO serve bem e ainda contribui para melhorar a capacidade combatente de superfície da frota.

Por tudo isto, patrulhas da GNR servem ainda mais. melhor, de forma mais eficiente e mais barata.

Se não temos capacidade para ter um navio logistico (o menos exigente do ponto de vista tecnológico) então onde é que vamos encontrar capacidade para operar navios muito mais complexos, muito mais caros e com um numero muito maior de técnicos que a marinha não tem, nem parece que vá ter no futuro ... ?


Na década de 1950 como já aqaui tenho dito, os generais queriam formar dez divisões.
Os americanos pediram apenas uma a Portugal, mas os generais achavam que Portugal era capaz de muito mais.

Não faziam ideia do que era o exército moderno da altura.
Nos tanques que recebemos, muitas vezes só o comandante sabia ler e escrever. Os generais não percebiam que o exército de analfabetos das trincheiras da Flandres, não aguentava com as necessidades técnicas de uma força militar mecanizada e tecnologicamente muito mais avançada ...

No fim... os nossos generais nem uma divisão conseguiram formar.

Estamos aqui a falar de navios XPTO, que só funcionam eficazmente se tiverem guarnição à altura, e estamos a pensar que esses navios teriam a "sofisticação" de uma Vasco da Gama, que é contemporânea dos processadores Intel 286 e Intel 386SX a 33Mhz.

Essa de termos de operar um LPD porque é tecnologicamente atrasado e não podermos ter um XO porque os marinheiros são demasiado burros é.....qualquer coisa...
 
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #5508 em: Abril 16, 2023, 11:27:54 am »
Citação de: HonraLusa97
Quantos esquadrões de aeronaves, esquadrilhas de navios e brigadas terrestres acha que Portugal consegue realisticamente operar? E quais serão as prioridades - investimento na FA, Marinha ou Exército -, neste momento?

Estamos perante uma questão que só pode ser resolvida pelos cidadãos - e a mentalidade dos cidadãos que votam.

Ter capacidade para operar meios substanciais, nós até temos, mas para isso era preciso colocar o país em pé-de-guerra e destinar recursos materiais e humanos para a defesa e setores relacionados e isso não vai acontecer.

Estamos demasiado longe das guerras e a mentalidade do "portuga" tende a rir quando lhe falam em guerras.
É coisa para os outros, a nós não acontece nada e não precisamos de forças armadas, porque se houver problema, estamos na NATO e ninguém nos toca...

A questão do LPD é sintomática.
Um navio polivalente ligístico tem lugar em qualquer marinha moderna. A logística ganha guerras, de braço dado com a capacidade industrial.
Os países europeus são todos relativamente pequenos e criaram uma aliança, que lentamente foram abandonando, para dar a impressão de que existia.

A ideia é que, os países membros se especializem numa determinada tarefa. Ou seja, que os países possuam uma vantagem competitiva específica, como as empresas procuram para concorrer no mercado.

Portugal desde o inicio, que é visto como um país importante na questão da logística, porque somos um dos países em que se baseia a ligação entre a Europa e a América do Norte. Onde Portugal pode fazer alguma coisa que se veja e que sirva para alguma coisa.

Ter alguma capacidade logística, deveria por isso ser uma prioridade.
Mas Portugal entrou na NATO, porque tinha mesmo que entrar (ou os americanos ocupavam os Açores), mas entrou com uma perna às costas, com um exército que não tinha capacidade para a guerra moderna, mas igualmente à espera de uma guerra em África.

A guerra em África veio, e Portugal dedicou-se a essa guerra. A nossa participação na NATO foi sempre manca, desajustada e abaixo das nossas capacidades. Tinhamos uns navios para cumprir uns quantos compromissos, mas a nossa participação real, era através de um Navio de Apoio Logístico esse sim enorme, chamado Lajes.

Com o fim da guerra, esperava-se então que Portugal fizesse a transição para um exército europeu, e os aliados da NATO forneceram-nos tanques M-48A5, carros M113, pagaram 40% do programa das fragatas Vasco da Gama (a contra-gosto dos americano, mas com o apoio do país que as construiu). Os A-7 Corsair substituiram os Fiat G-91 (não eram caças, mas serviam para um país que era basicamente uma base no Atlantico) e mais tarde foram adquiridos novos, caças F-16/A e mais tarde mais caças usados F-16, que foram convertidos para o padrão MLU.


Mas entretanto a União Soviética, faz-nos o favor de implodir. Todos os programas militares de transição de um exército colonial para um exército europeu sofreram com isso.

No final do século, já com a URSS desfeita, a Lei de Programação Militar ainda tem em vista a continuação da modernização destes meios, nele está incluido um navio polivalente logístico.
A ideia de que o Navpol é um LPD resultou de um esboço publicado na altura, que mostrava um navio como os LPD espanhois e holandeses, mas pelo que percebo nunca houve na marinha e nas forças armadas em geral, consenso claro sobre a sua utilidade.

A marinha aparenta sempre ter encolhido os ombros, perante um navio que na essencia implicava dar ao exército a primazia.
Era como se a Força Aérea recebesse aeronaves de transporte, pensados para transportar a infantaria. A Força Aérea ficaria com medo de passar a ser apenas uma empresa de transporte aéreo. A perda dos paraquedistas foi um choque para os paraquedistas, mas foi também um choque para os fuzileiros.
Se as forças especiais do exército possuem capacidade anfíbia, então para que servem os fuzileiros ?
A marinha não se transformaria apenas numa empresa de transporte marítimo ?

Além disso surgiu uma questão, sobre quão logístico deveria ser o NAVPOL.
- Primeiro, compraram-se os Merlin, e naturalmente o navio deveria ter capacidade para os operar.

- Depois surgiram dúvidas sobre se o Navpol deveria ter capacidade para reabastecer outros navios, tal como o Bérrio tinha e mesmo para transportar combustível.

- A seguir veio a capacidade de operar o navio com um hospital a bordo, o que implicava mais capacidade para transportar pessoal médico

O navio foi engordando à medida que o tempo passava. As capelinhas foram-se posicionando, porque era melhor não mexer em nada. Os governos, perante estas pressões, foram fazendo o que sabem fazer melhor, empurrando com a barriga.

O Bérrio de repente, percebeu-se que não podia mais navegar, e o resto da capacidade logística foi-se (e nem vou falar do que na realidade o navio conseguia fazer).

Os políticos que vão para o ministério da defesa, aparentam ter dificuldade de explicar as coisas aos conselhos de ministros.

Passaram, pelos ministérios, ministros que é melhor nem falar deles, mas dos que tinham alguma coisa na cabeça, lembro o Paulo Portas, o Luis Amado e o Nuno Severiano Teixeira, na primeira década do século, que aparentemente ainda tentaram fazer alguma coisa, quando a tendencia era para reduzir, cortar e encolher.

Depois foi só reduzir, cortar e encolher, sem fazer absolutamente mais nada. O governo de Antonio Costa, fez menos pela defesa que o governo de Passos Coelho (afogado no mar da Troika) e agora chegámos a isto.



Mas... Uma coisa são os governos, o desgoverno e o desleixo, que quando contaminam os militares, levam ao descrédito, à indisciplina, à revolta, ao motim e ao desvio dos meios públicos para vantagens pessoais.

Outra coisa é o conceito de defesa, do qual faz todo o sentido fazer parte um navio de apoio logístico.
E não há nenhum remendo que possa substituir isso.
É disso que falo quando lembro que o Navpol (seja um LPD ou coisa que o valha) continua a fazer sentido nas forças armadas portuguesas.

Os holandeses tiveram o mesmo problema e apareceram com a solução mais lógica, um navio logistico como o novo "Karel Doorman"  Esse sim "mega" já que desloca  27 800 toneladas.
O nosso problema é que, um navio desse tipo seria demasiado grande. Até os holandeses o operam em conjunto com os alemães.

É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #5509 em: Abril 16, 2023, 11:40:45 am »
Citação de: Visitante123
Essa de termos de operar um LPD porque é tecnologicamente atrasado e não podermos ter um XO porque os marinheiros são demasiado burros é.....qualquer coisa...
Ninguém disse que os marinheiros são burros, ou que temos que operar o LPD porque é tecnologicamente menos exigente.

A questão é:
Em termos de meios da NATO que podem servir para alguma coisa, um navio logístico é menos complexo que um navio de guerra. Isso já é assim desde o tempo dos Galeões de guerra portugueses, que eram mais complexos que as Naus.

A questão da preparação do pessoal, é algo que às vezes aqui nem referimos, como se não fosse um problema ...
Sabe-me dizer quantas pessoas passaram à reserva do pessoal dos antigos Daphné, e quantos passaram para os U214?

Há uma barreira tecnológica entre os navios, que não foi ultrapassada com reconversão do pessoal. Houve pessoal novo que entrou e o pessoal antigo que se foi embora.
Passada mais de uma década, a situação em termos de pessoal é mais e mais complicada.
E a marinha não está a ser capaz de atrair pessoas. Sempre teve proporcionalmente menos praças que o exército, mas mesmo aí há aparentemente problemas graves.

As exigências em termos de pessoal técnico para operar novos sistemas de armas, é enorme.
Achar que as Vasco da Gama podem ser "modernizadas" para continuar a operar mais uns anos como navios menos sofisticados, apenas porque não há dinheiro para as mandar para o estaleiro, é esquecer que sistemas o navio tem, qual o seu nível de obsolescência, e quantos militares com cursos superiores são necessários a bordo.

Lembre-se disto:

Esta é uma marinha em que os dois ultimos NPO foram construidos com um padrão tecnológico diferente e essa simples modificação deixou responsáveis da marinha a chama-los de maravilha tecnológica...

Se não colocamos os pés no chão, não vamos a lado nenhum...
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #5510 em: Abril 16, 2023, 11:42:03 am »
Acho que com meios como o Zaire e a Centauro que devia andar nas nossas costas e um NPO desarmando a fazer figuras no GdG é que estamos bem como País a condizer com as elites dirigentes parolas.
Falta mesmo o mega cargueiro para as paletes de vinho
« Última modificação: Abril 16, 2023, 11:44:29 am por Pescador »
 

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #5511 em: Abril 16, 2023, 12:14:26 pm »
Este tópico chegará às 400 paginas e não haverá novidades sobre este assunto.

Num país e numa Marinha que não tem capacidade de ter um navio capaz de acompanhar um navio russo que passa na nossa costa.
Uma marinha que faria muita boa gente dar voltas no tumulo, alguma vez irá ter meios para ter um LPD?
Pago como? Mantido como? Escoltado como? Para transportar quem e o quê?

Eu cada vez mais acho que "o estado a que chegámos" não é apenas culpa dos vários governos. Existe um conluio entre Estado e grande parte das FA.
Senão existirem meios não se fazem as missões, não há necessidade de ter mais responsabilidade e trabalho.
Não havendo meios existe a desculpa perfeita para não se fazer mais. Peço desculpa se estou errado e tenho a certeza que não será a totalidade das FA, mas pelo menos a nível de chefias.
De outra forma em que trabalho é que eu não sabendo que não tenho meios para desempenhar o meu trabalho corretamente e de forma competente, fico limitado e conformado com o que há? Eu pelo menos no meu tenho que "lutar" para ter os melhores meios possíveis, de outra forma tou em desvantagem e poderei ser despedido.

Mas talvez isso seja reflexo de outro problema na maioria dos quadros do estado, as promoções são por tempo de serviço e amizades, não por competência ou feitos alcançados....
 
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #5512 em: Abril 16, 2023, 12:25:38 pm »
Este tópico chegará às 400 paginas e não haverá novidades sobre este assunto.

Num país e numa Marinha que não tem capacidade de ter um navio capaz de acompanhar um navio russo que passa na nossa costa.
Uma marinha que faria muita boa gente dar voltas no tumulo, alguma vez irá ter meios para ter um LPD?
Pago como? Mantido como? Escoltado como? Para transportar quem e o quê?

Eu cada vez mais acho que "o estado a que chegámos" não é apenas culpa dos vários governos. Existe um conluio entre Estado e grande parte das FA.
Senão existirem meios não se fazem as missões, não há necessidade de ter mais responsabilidade e trabalho.
Não havendo meios existe a desculpa perfeita para não se fazer mais. Peço desculpa se estou errado e tenho a certeza que não será a totalidade das FA, mas pelo menos a nível de chefias.
De outra forma em que trabalho é que eu não sabendo que não tenho meios para desempenhar o meu trabalho corretamente e de forma competente, fico limitado e conformado com o que há? Eu pelo menos no meu tenho que "lutar" para ter os melhores meios possíveis, de outra forma tou em desvantagem e poderei ser despedido.

Mas talvez isso seja reflexo de outro problema na maioria dos quadros do estado, as promoções são por tempo de serviço e amizades, não por competência ou feitos alcançados....

Quando foi da aquisição dos 2 submarinos em detrimento do LPD logo vozes de generais do exército ainda com a cabeça nas colônias se levantaram contra. Os parolos queriam ir aos palop fazer o quê com aquilo se nem punham lá os pés se eles lá não quisessem, como aliás aconteceu nos anos 90, com um C130 que poisou em Luanda com um certo efectivo e nem abriu portas foi recambiado.
Esta gente vassala ia fazer o quê? Só se fosse levar vinho e farinha e trazer embrulhos grandes.
Os palhaços continuam a manter dois NPO desarmados e cegos e achar que estão bem
« Última modificação: Abril 16, 2023, 12:26:31 pm por Pescador »
 

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #5513 em: Abril 16, 2023, 02:35:30 pm »
Complicam tanto, não se sabe muito bem porquê.

O dia em que uma Marinha de Guerra no século XXI, tiver dificuldade em formar guarnição para operar um navio mega complexo como uma simples fragata, mais vale não ter Marinha de todo.

Parece que, ao substituir as fragatas VdG, por XOs, estamos a passar de navios a vapor, a porta-aviões nucleares, com lasers e rail guns, e que ainda conseguem voar.

Claramente fez-se aqui confusão, ao assimilar as necessidades formativas para a guarnição de uma VdG como um bate-chapas, e para um XO já precisas de ser um Bill Gates.

Ironicamente, quanto mais tecnológica for a Marinha, mais futuro terão os marinheiros quando saem dela para o mercado de trabalho civil, sendo muito mais provável terem de enveredar por um emprego que envolva tecnologias, do que um emprego com sistemas mais analógicos.

E ainda há o argumento que, nas gerações mais recentes, que seriam as actuais e futuras gerações de marinheiros, estão mais preparadas para guarnecer um navio com sistemas digitais, do que um navio quase totalmente analógico.
 
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #5514 em: Abril 16, 2023, 04:03:50 pm »
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #5515 em: Abril 16, 2023, 04:30:16 pm »
Estou esclarecido sobre o pretendido do conceito "complexidade" na Marinha.
Algo que parece ser moderno por ter uns lcd mas seja básico para não complicar. Como os NPO


Estranhar os submarinos. Mas nunca é tarde para os venderem o comprar umas barcaças mais simples
« Última modificação: Abril 16, 2023, 04:31:41 pm por Pescador »
 
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #5516 em: Abril 16, 2023, 07:03:10 pm »
Esses já vão estar a ser mostrados pelo Atlântico Sul, na volta à procura de comprador.  ::)
 
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #5517 em: Abril 16, 2023, 08:13:05 pm »
Esses já vão estar a ser mostrados pelo Atlântico Sul, na volta à procura de comprador.  ::)

Já tinha dito o mesmo
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #5518 em: Abril 16, 2023, 10:25:13 pm »
Também já o tinha dito aqui há uns 2 anos...eram 600 milhões a entrar...
 
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #5519 em: Abril 17, 2023, 05:48:13 am »
Citar
Por isso tudo dito,,,um XO serve bem e ainda contribui para melhorar a capacidade combatente de superfície da frota.

Por tudo isto, patrulhas da GNR servem ainda mais. melhor, de forma mais eficiente e mais barata.

Se não temos capacidade para ter um navio logistico (o menos exigente do ponto de vista tecnológico) então onde é que vamos encontrar capacidade para operar navios muito mais complexos, muito mais caros e com um numero muito maior de técnicos que a marinha não tem, nem parece que vá ter no futuro ... ?


Na década de 1950 como já aqaui tenho dito, os generais queriam formar dez divisões.
Os americanos pediram apenas uma a Portugal, mas os generais achavam que Portugal era capaz de muito mais.

Não faziam ideia do que era o exército moderno da altura.
Nos tanques que recebemos, muitas vezes só o comandante sabia ler e escrever. Os generais não percebiam que o exército de analfabetos das trincheiras da Flandres, não aguentava com as necessidades técnicas de uma força militar mecanizada e tecnologicamente muito mais avançada ...

No fim... os nossos generais nem uma divisão conseguiram formar.

Estamos aqui a falar de navios XPTO, que só funcionam eficazmente se tiverem guarnição à altura, e estamos a pensar que esses navios teriam a "sofisticação" de uma Vasco da Gama, que é contemporânea dos processadores Intel 286 e Intel 386SX a 33Mhz.

Quantos esquadrões de aeronaves, esquadrilhas de navios e brigadas terrestres acha que Portugal consegue realisticamente operar? E quais serão as prioridades - investimento na FA, Marinha ou Exército -, neste momento?

O que é triste é que existem várias discussões e opiniões válidas neste forum que nuna acharão ouvidos de gente.

Não estava a colocar a coisa ao nivel da incapacidade de operar navios mais modernos, mas sim de ter um mega navio de desembarca de troipas que não existem ou estão mal equipadas, ao inverso d eter um navio mais polivalente.


Se é para colocar ao nível da incapacidade de operar, então compreendo os comodoros e almirantes que acham quem tem uma frota moderna porque se for melhor não sabem o que fazer com os meios.
Por acaso até aqui só tinha colocado a posição desses bonecos ao nível de não quererem responsabilidades maiores. Porque andar com uma VdG incapaz a fazer de conta que faz soberania  é diferente de ter uma AH140 e outras na linha dessa e estar em pé de igualdade numa frota Nato ou ser responsável por algo bem acima do potencial das VdG.

No País do faz de conta, manda-se 250 gajos com Pandur bonitas para paradas, excepto alguns 30mm, estando a maioria com atirador a descoberto, sem armas AA que não sejam de ombro onde os mancebos tem de apear para adquirir a alvos e disparar. Ou seja, em bom português, Bela merda
Ou manda-se NPOs desarmados e cegos para alegadamente combater a pirataria. Embora vão é com as habituais paneleirices com os amigos dos esquemas lá no Sul, onde estas décadas tem trocado "volumes" e muitos orientado vidas.
(Se eu nem soubesse e tivesse visto até podia ser ingênuo)

É uma estrondosa vergonha o que se tem passado e continua a passar e, atrevo-me a pensar que, se até não será pior agora com estas ligações ainda mais porno destes políticos Costa e Marcelo.

Quando à Marinha, a vergonha é ainda maior, levando a pensar o que fazem propriamente esse bonecos todos cheios de galões, senão mamar.
É que as suas vaidade e fantasias contrastam com a  realidade de uma maneira mais que evidente

Quando me referi a capacidade, não falava tanto em termos técnicos, mas mais o que é que é realístico suportar com o financiamento que temos e com os recursos humanos disponívies.

Se não são 5 fragatas que é possível operar, mas vale consolidar o que se tem e expandir mais tarde.