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Geopolítica-Geoestratégia-Política de Defesa => Portugal => Tópico iniciado por: P44 em Outubro 30, 2008, 12:12:07 pm

Título: General Loureiro dos Santos alerta p/ desespero de militares
Enviado por: P44 em Outubro 30, 2008, 12:12:07 pm
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General Loureiro dos Santos alerta para desespero de militares

O general Loureiro dos Santos chamou à atenção para o desespero que se está a apoderar de alguns militares e alertou para a possibilidade de algumas atitudes que podem pôr em causa a democracia portuguesa. Sargentos e oficiais das Forças Armadas confirmam estes alertas.


O general Loureiro dos Santos chamou à atenção para o desespero dos militares na sequência das políticas do Governo para o sector, desespero que poderá vir a ter resultados indesejados no futuro.


Em declarações à TSF, o antigo chefe do Estado-maior do Exército entende que este desespero poderá mesmo resultar em atitudes que ponham em causa a democracia portuguesa tal como a conhecemos hoje.


«Há militares jovens que também já se aperceberam das injustiças a que a instituição e eles próprios estão a ser sujeitos em comparação com as profissões que são consideradas como equivalentes às profissões militares», explicou.


Para Loureiro dos Santos, alguns desses jovens «mais corajosos, destemidos, talvez menos prudentes, por vezes, exagerarem na forma como publicamente mostrem o seu desagrado».


«Essa gente pode fazer alguns disparates, mas que poderão ter uma certa repercussão pública não só nacional, mas até internacional e portanto ter também efeitos muito negativos para a nossa democracia avançada e madura», adiantou.


O presidente da Associação Nacional de Sargentos também confirma estes alertas, tendo frisado que o fim da assistência na saúde para militares poderá gerar actos de desespero, situação que merece intervenção imediata do Governo.


«São estes alertas que é preciso perceber antes que possa haver efectivamente uma situação dramática, que gostaríamos que nunca acontecesse, porque os militares não podem ser vistos como um vulgar agente da Administração Pública», afirmou Lima Coelho.

Também o presidente da Associação dos Oficiais das Forças Armadas subscreveu os alertas de Loureiro dos Santos, sublinhando o mau tratamento que está a ser dados aos militares e as «condições gravosas» que estão a ser lançadas sobre estes.

«Isto não é compatível com os objectivos que o Governo estabeleceu de harmonização entre diferentes quadros da Função Pública», frisou Alpedrinha Pires.


 :arrow: http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portug ... id=1036057 (http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1036057)
Título:
Enviado por: Tiger22 em Outubro 30, 2008, 01:00:01 pm
A pois é. Cuidadinho. Razãoes não faltam.

Desiguadades salariais, na carreira, nos contratados…

Falta de equipamentos…

Falta de Sentido de Estado de Ministros, ao falarem de submarinos, nebulosas iberistas…(que ainda ninguém questionou ao dito afinal o que queria mesmo dizer, e onde para a queixa sobre o dito cujo por causa das mesmas afirmações?)

Olivença…

Assalto ao erário público…


E um grande etc. Cuidadinho…
Título:
Enviado por: Duarte em Outubro 30, 2008, 01:52:46 pm
Citação de: "Tiger22"
A pois é. Cuidadinho. Razãoes não faltam.

Desiguadades salariais, na carreira, nos contratados…

Falta de equipamentos…

Falta de Sentido de Estado de Ministros, ao falarem de submarinos, nebulosas iberistas…(que ainda ninguém questionou ao dito afinal o que queria mesmo dizer, e onde para a queixa sobre o dito cujo por causa das mesmas afirmações?)

Olivença…

Assalto ao erário público…


E um grande etc. Cuidadinho…


O facto é que o 25 Abril foi desencadeado por oficiais militares principalmente por razões corporativas e de carreira. É claro que houve outras forças nebulosas por trás deste movimento que exploraram este descontentamento para seus próprios fins.
Título:
Enviado por: Edu em Outubro 30, 2008, 05:24:58 pm
Vejo os militares a preocuparem-se muito com os seus salarios e regalias e a preocuparem-se pouco por exemplo com a renovação de equipamentos de forma a poderem desempenhar em condições as suas tarefas. Os militares não ganham assim tão pouco e têm até bastantes regalias, têm de ter em conta que todos os Portugueses estão a passar sacrificios, porque não hadem passar tambem eles algum sacrificio tal como todos os Portugueses?

Esses supostos jovens que se podem revoltar não se esqueçam que juraram bandeira, eles devem obdência ao povo que os alimenta e lhes dá as regalias todas que têm, qualquer militar que se revolte contra o povo que representa e que o alimenta merece a pena que não está incluida na contituição Portuguesa. Um militar tem como obrigação defender a sua nação e como tal defender o seu povo!! E não usar a força para defender os seus interesses, espero que haja lealdade perante o povo por parte dos nossos militares.

Conservava uma grande consideração pelo general Loureiro dos Santos, mas esta aqui caiu-me um pouco mal....
Título:
Enviado por: tyr em Outubro 30, 2008, 06:13:15 pm
gostava de conhecer as regalias que os militares têm, pois nunca me senti previligiado, sentia é que tinha algumas compençassões para o que me era e é exigido.
deixa ver, tenho a regalia de:
 -ser transferido assim de repente (independentemente da minha familia);
 -se necessario mudar de unidade a cada 2 anos (mais uma vez, sem olhar a minha familia);
 -nunca poder dizer não faço (a não ser que queira levar um processo disciplinar ou que o que me estejam mandando fazer é um crime);
 -poder ser nomeado para passar 6 meses (ou mais) no extrangeiro contra a vontade da minha familia e da minha pessoa;
 -poderem me interromper as férias por motivos de serviço;
 -apanhar chuva e sol e levar cargas fizicas que fazem que aos 30 anos tenho problemas de saude que se não fosse militar só teria aos 40 e qq coisa ou mais tarde;
 -ser chamado parasita (quando não sabem o que faço);
 -fazer uma media entre as 55 horas semanais de trabalho, sem ganhar mais por isso (e estou a excluir as semanas em que paro só 3 ou 5 horas por noite para dormir e o tempo necessario para tomar as refeições);
 -no minimo passar um fim de semana por mês sem ir a casa (pois ocasionalmente existem meses em que só lá posso ir um);
 -ja tinha dito que tenho a regalia de ser chamado parasita???;
 -uma assistencia medica que actualmente pior que a ADSE;
 -trabalhar fora de horas em casa, sem ganhar mais um tusto;
 -ganhar metade de um outro qualquer funcionario do estado com um "posto" igual ao meu;
 -trabalhar com material mais que insuficiente e por mais que peça nunca recebo o que realmente necessito para cumprir a minha missão (a não ser que esteja numa area que a nivel politico esteja na moda);
 -ser considerado parasita por pessoal que faz metade daquilo que eu faço, recebe o dobro e desconta um quarto;
 -etc...

em contrapartida sinto me bem pois sei que o meu trabalho:
 -ja salvou vidas quer directa quer indirectamente (em território nacional e no estrangeiro);
 -poupou milhoes de euros ao estado;
 -salvou as propriedades de muitas pessoas;
 -contribui para o prestigio nacional;
 -que serve para servir a sociedade portuguesa, ao contrario da maior parte dos portugueses que tentam se servir da sociedade.
e só não faço mais , pois como militar só faço o que me ordenam (pois se assim não fosse isto seria a anarquia).
Título:
Enviado por: Trafaria em Outubro 30, 2008, 06:37:18 pm
Tadinho do Tyr...
Querem ver que o raptaram à porta de um quartel e o obrigaram a ser militar e obrigam a continuar a ser?

Com tanto sacrifício junto e continua a ir para o serviço todos os dias?
Eu se estivesse assim tao mal mudava-me!
Título:
Enviado por: JQT em Outubro 30, 2008, 07:15:47 pm
Cuidado com o Loureiro dos Santos. É uma marionete dos socialistas. E o que mais lhes convinha, a um ano de eleições e quando se sabe que 2009 vai ser um ano económicamente medonho, era uma asneirada militar para se fazerem de vítimas junto do povinho, demitirem-se, convocarem eleições antecipadas e terem maioria absoluta (e emotiva; até imagino o Sócas a gritar discursos sobre a vitória da Democracia...). E, de caminho, terem desculpa para darem um golpe mortal nas FAs (poupando muitos milhões, que seriam desviados para outros fins). Isto pode ser uma armadilha. Que ninguém caia nela. Até porque já se sabe que quem se lixa é o mexilhão.

JQT
Título:
Enviado por: SiGMA em Outubro 30, 2008, 07:33:41 pm
Trafaria, imagina lá que todos os que estão descontentes com a maneira que estão a ser tratados deixassem as Forças Armadas. A Marinha (por exemplo, que é a realidade que melhor conheço) deixava de navegar (Mar aberto aos pescadores espanhóis, livre transito ao tráfico de droga e de pessoas).

A questão é que apesar do descontentamento os Militares têm um elevado sentido de disciplina e missão e não esquecem o juramento que fizeram, defender a Pátria, cumprir e fazer cumprir as Leis da República e guardar a Constituição da Republica Portuguesa mesmo com o sacrifício da própria vida.
E o irónico é que é são essas mesmas leis que os Militares juraram defender que não são cumpridas por quem as faz...

Assim, aos Militares são pedidos sacrifícios e nada é dado em troca.
Por exemplo, o sistema de saúde dos Militares não pode ser igual aos restantes "funcionários públicos". Um sistema de saúde eficiente garante à Pátria que os seus Militares estão aptos para todas as missões. Não faz sentido um soldado estar à espera de uma operação anos como no sistema de saúde "normal", então qual era a utilidade desse soldado enquanto esperava?
Tal como o sistema de saúde que abrange os familiares dos Militares também não pode ser igual. Um soldado que esteja em missão certamente irá estar com o moral em baixo, logo com maior probabilidade de errar no decorrer da missão, se estiver preocupado porque deixou a mulher ou um filho doente na pátria que defende a morrer à espera de uma consulta no centro médico...

Os Militares pela natureza da sua "profissão" não são iguais aos restantes cidadãos. Logo não pode haver comparações aquando a "atribuição de benefícios".
Título:
Enviado por: tyr em Outubro 30, 2008, 07:37:49 pm
não é tadinho do Tyr, é masé que raio de pais é este quetrata os militares e policias como lixo.

e existe muita gente que não se vai embora ou por amor à camisola (que é o meu caso), ou porque quando era novo aguentava tudo e agora com 30 e qualquer coisa anos ja não esta em condições de sair da instituição por motivos financeiros e familiares. existem tambem os que querem ir embora mas a instituição não deixa (conheço alguns casos, inclusive houve a tempos um que se autodenominou Capitão SMO (serviço militar obrigatório)).
depois obviamente existem os que saiem (e estou me a referir a pessoal QP), pois lá fora chateiam se menos, e ganham muito mais fazendo muito menos horas.

a nivel de RC ainda é pior, pois a maior parte do pessoal vem para a tropa pensando que tem regalias, dá tiros todos os dias e que não trabalha. Quando descobrem que é trabalhar que nem um escravo, fim de semana sim fim de semana não estão de serviço e recebem o que recebem, não se aguentam e vão embora pois é melhor ganhar o ordenado minimo ou estar no desemprego do que não fazer nada na tropa.

quem compara a tropa actual com a tropa de há 10 anos, não faz a minima ideia de como as coisas estão mudadas.
Título:
Enviado por: Xô Valente em Outubro 30, 2008, 07:43:53 pm
Citação de: "Trafaria"
Tadinho do Tyr...
Querem ver que o raptaram à porta de um quartel e o obrigaram a ser militar e obrigam a continuar a ser?

Com tanto sacrifício junto e continua a ir para o serviço todos os dias?
Eu se estivesse assim tao mal mudava-me!


Pois Trafaria, mas, felizmente, existem pessoas como o Tyr que estão dispostas a fazer uma coisa, ou um sacrifício, que o caro Trafaria não deve ter conhecimento que se chama servir e defender a pátria e os compatriotas. Coisa essa que eu valorizo e respeito muitíssimo.
 Infelizmente existem pessoas que não têm esse espírito e esses valores.
Cumprimentos a todos. :wink:
Título:
Enviado por: Trafaria em Outubro 30, 2008, 08:01:29 pm
Citação de: "Xô Valente"
Pois Trafaria, mas, felizmente, existem pessoas como o Tyr que estão dispostas a fazer uma coisa, ou um sacrifício, que o caro Trafaria não deve ter conhecimento que se chama servir e defender a pátria e os compatriotas. Coisa essa que eu valorizo e respeito muitíssimo.
 Infelizmente existem pessoas que não têm esse espírito e esses valores.
Cumprimentos a todos. :roll:
Título:
Enviado por: Lightning em Outubro 30, 2008, 08:12:19 pm
Citação de: "Edu"
Vejo os militares a preocuparem-se muito com os seus salarios e regalias e a preocuparem-se pouco por exemplo com a renovação de equipamentos de forma a poderem desempenhar em condições as suas tarefas.

Quer que os militares comprem os equipamentos novos com os seus proprios ordenados?

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Os militares não ganham assim tão pouco e têm até bastantes regalias, têm de ter em conta que todos os Portugueses estão a passar sacrificios, porque não hadem passar tambem eles algum sacrificio tal como todos os Portugueses?

Os militares já passam sacrificios muito antes de todos os portugueses, basta lembrar que pela década de 80 certos postos militares foram equiparados a certas posições na função publica, como por exemplo os oficias generais a juizes, outros postos de oficiais a professores, os sargentos não sei mas deve ser algum Técnico profissional, etc O que aconteceu foi que nos ultimos 20 anos muitos funcionários da função publica fizeram greves para serem aumentados (tem esse direito, não tem nada de mal) mas os militares nunca fizeram nada, a constituição proibe, (apesar de actualmente mostrarem o seu descontentamento) e actualmente qualquer um desses funcionários que estava equiparado a um posto militar especifico ganha o dobro ou mais do que esse militar a que estava equiparado, pois os ordenados dos militares nunca acompanharam o das outras profissões da Função Publica a que estavam equiparados.

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Esses supostos jovens que se podem revoltar não se esqueçam que juraram bandeira, eles devem obdência ao povo que os alimenta e lhes dá as regalias todas que têm, qualquer militar que se revolte contra o povo que representa e que o alimenta merece a pena que não está incluida na contituição Portuguesa. Um militar tem como obrigação defender a sua nação e como tal defender o seu povo!! E não usar a força para defender os seus interesses, espero que haja lealdade perante o povo por parte dos nossos militares.

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Juramento de Bandeira (Forças Armadas)

Juro, como português e como militar,
servir as Forças Armadas
cumprir os deveres militares,
guardar e fazer guardar a Constituição da República.
Juro defender a minha Pátria
e estar sempre pronto a lutar pela liberdade e independência,
mesmo com o sacrifício da própria vida.


Acho que está um bocado enganado, não fala em povo em lado nenhum, então os militares que se revoltaram contra o governo fascista também quebraram o juramento feito pois foram contra a constituição que existia na altura.

Não cabe aos militares fazer politica, nem decidir quem deve ou não deve governar, isso cabe aos Portugueses todos em geral que decidem isso em eleições.
Título:
Enviado por: Edu em Outubro 30, 2008, 08:22:34 pm
Caro tyr, acredito que o senhor se sacrifique nas forças armadas como muitos outros também se sacrifiquem, actualmente tenho um amigo a servir como praça no exercito e sei bem que ele trabalha bastante e passa sacrificios do genero que o senhor referiu, também sei que o pessoal em RC não têm assim tantas regalias, e muitas vezes como o senhor diz é por amor á camisola, isso é verdade. Mas também lhe digo esse rapaz que é meu amigo e está a servir como praça foi para a tropa exactamente para ter um serviço mais leve do que trabalhar na construção civil, porque quem não tem muitas habilitações não tem muito mais escolha que essa. Agora a vida dos oficiais QP já não é bem essa, eu já passei pela academia da força aerea, vi o que era aquilo, reconheço que quando lá tive ainda não era muito maduro e também como não conseguiria entrar para PILAV o meu sonho (por problemas de visão) e só apenas para ENGAER optei por desistir no fim de passar a totalidade da recruta, actualmente frequento um curso superior onde tenho muito contacto com a força aerea (fazemos varias visitas as bases e pernoitamos lá) e devo-lhe dizer dessas duas experiencias que a vida de um Oficial QP não tem nada mas nada a haver com sacrificios que certos militares RC pricipalmente praças têm de fazer, devo dizer que têm até uma vida bastante desafogada e não em "desespero" como foi referido pelo general loureiro dos santos, e na entrevista pode-se ler claramente que o general se esta a referir aos jovens oficiais (provavelmente de academia), esses até levam uma vida muito boa, melhor que muitos licenciados que se confrontam com o desemprego no fim de pagarem muito dinheiro por um curso superior, esses sim têm razões para entrar em desespero.

Pergunto-lhe ainda caro tyr, acha minimamente correcto a ameaça dissimulada do general? Ameaçar com actos de revolta, acha que um militar tem direito a virar-se contra o povo? O povo que ele deve defender. Por amor de deus se um exercito não serve para defender um povo e serve apenas para defender os seus interesses então esse exercito deve ser substituido na totalidade. Eu sou muito a favor que tenhamos um exercito forte e bem equipado, com muitas capacidades e bem treinado, mas não sou capaz de tolerar actos desse exercito contra o seu povo e para mim qualquer acto contra o povo desses jovens oficiais deveria ser punido da pior forma possivel. O exercito é para defender o povo não para se defender a ele proprio. Actualmente grande parte dos Portugueses estão a passar grandes sacrificios, porque razão não hadem ser esses jovens oficiais "desesperados" solidarios com o povo e passar o sacrifio que o povo passa??

Caro Lightning de facto tem razão no que se refere ao juramento de bandeira, mas talvez eu ainda seja daqueles que dá mais valor ás pessoas, pois para mim são elas que fazem uma nação... Talvez esteja errado não sei... Em relação ás profissões que se equiparam os postos tirando talvez os juizes, se reparar os professores também perderam muitas regalias, e outras profissões têm o mesmo problema, é o mal da crise. Atenção que eu não estou a favor que tirem regalias aos militares ou a qualquer outra profissão, estou é contra a aformação do general loureiro dos santos, quer dizer agora porque os militares estão descontentes sentem-se no direito de cometer certo tipo de actos referidos por ele? Eu não posso concordar com isso...

Cumprimentos   :wink:
Título:
Enviado por: tyr em Outubro 30, 2008, 08:41:41 pm
eu nunca defendi que o exercito deva atacar o povo ou fazer um golpe de estado, mas que existem razões para descontentamento existem, que o pessoal é tratado como parasitas (exepto o pessoal que faz SAR, que apoia no combate a incendios, que apoia no pós calamidade, etc...).

e eu honestamente não acredito em ameaças, ou se faz ou não se faz. do que o general disse, eu não intrepretei como ameaça, mas sim como aviso, e tenho conciencia que existe pessoal que se os puxarem mais um pouco farão uma asneirada das grandes (e não me refiro aos oficiais), o cenario menos mau que consigo imaginar é uma tentativa de suicidio, o pior cenario um pequeno grupo de militares e ex-militares atacarem qualquer coisa ligada ao governo (um golpe de estado isso não acredito que possa acontecer, mas um assasinato é bem possivel).
Título:
Enviado por: Lightning em Outubro 30, 2008, 09:03:01 pm
Citação de: "Edu"
Caro Lightning de facto tem razão no que se refere ao juramento de bandeira, mas talvez eu ainda seja daqueles que dá mais valor ás pessoas, pois para mim são elas que fazem uma nação... Talvez esteja errado não sei...

Apesar de não ser o que está escrito literalmente no juramento, eu concordo consigo no que diz, defender a nação é defender os portugueses, mas os militares também são portugueses :wink:[/quote]

Nisso tou consigo, não tem direito a nada disso, é como referi no post anterior, os militares só podem participar no processo de escolha de governo como os outros portugueses todos, isto é, como eleitores. E nenhum militar deve cometer crimes tendo isso como desculpa.
Título:
Enviado por: Trafaria em Outubro 30, 2008, 09:50:01 pm
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O que eu digo com a equiparação é o seguinte, como os militares não podem fazer greves nem se queixar abertamente, haver uma obrigação para que se a profissão X for aumentada, o respectivo posto militar também o seja no mesmo valor, o que tem acontecido é por exemplo, duas pessoas tem um ordenado de 1000 euros, um é X (uma profissão) e o outro é militar, a pessoa que tem a profissão X tem 50 euros de aumento (fez greve) e o militar equiparado tem o aumento de 10 euros (não fez greve), isso ao fim de 20 anos dá 400 euros de diferença um do outro.


Esta nao percebi.
Um inutil* qualquer ganha (a favor e com muita paciencia co patrão) 425 euros mês (brutos- omn). Chega à tropa, inútil continua, mas ao que parece passa a embolsar todos os meses uns €650... Nada mau!
A ausencia do direito à greve pelos vistos nao lhes tem feito falta nenhuma....

Desculpem o sarcasmo.

Em termos gerais e em comparação com a população em geral - e mesmo com a função publica - a tropa em Portugal é bem paga. Nesse aspecto - o monetário - nao se deve queixar sob pena de cair no ridículo e descrédito total...

Muito importante:
Nao se esqueçam que a maioria da população masculina deste país fez tropa. Sabemos das virtudes e podres da nossa instituição militar e dos nossos militares.
Portanto e no que toca a elencar as virtudes sejam comedidos.

(*) nada de extrapolações abusivas, refiro-me só ao e aos que conheço.
Título:
Enviado por: Lightning em Outubro 30, 2008, 10:17:06 pm
Citação de: "Trafaria"
Esta nao percebi.

Por acaso tem razão, enganei-me, é que 40 (euros) x20 (anos) não dá 400 euros, dá 800...

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Um inutil* qualquer ganha (a favor e com muita paciencia co patrão) 425 euros mês (brutos- omn). Chega à tropa, inútil continua, mas ao que parece passa a embolsar todos os meses uns €650... Nada mau!
A ausencia do direito à greve pelos vistos nao lhes tem feito falta nenhuma....

Desculpem o sarcasmo.

Se você só conheceu inuteis na tropa, os outros militares  uteis não tem culpa, a verdade é que os navios navegam, as aeronaves voam e os veiculos andam e muitos com várias dezenas de anos, se os militares fossem todos inuteis isso era impossivel.
E gostava que me indicasse qual a posição da função publica em que o ordenado é 425€.

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Em termos gerais e em comparação com a população em geral - e mesmo com a função publica - a tropa em Portugal é bem paga. Nesse aspecto - o monetário - nao se deve queixar sob pena de cair no ridículo e descrédito total...


Eu já espliquei no post anterior que não é, agora se quiser falar em reorganização do pessoal, que há muitos a mandar e poucos a fazer, que há certas posições independentemente do posto que não dispensáveis, isso já não critico, mas desorganização a nível do numero de efectivos em certos postos não é sinónimo de justiça ou injustiça salarial.
Título:
Enviado por: Trafaria em Outubro 30, 2008, 10:29:16 pm
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a verdade é que os navios navegam, as aeronaves voam e os veiculos andam

Mas muitas vezes mal, mal... mas foram feitos para navegar, voar e andar...

€425, 00 - Ordenado Mínimo nacional - bruto.
É o vencimento de entrada em muitas "carreiras" da função publica, nomeadamente as auxiliares, as teoricamente equiparáveis à classe de praças. Falar só em juizes e professores é empenar o discurso, é batota.

Citar
Se você só conheceu inuteis na tropa, os outros militares uteis não tem culpa

Sim, conheci bastantes e ao que parece cada vez lá há mais.
O facto da GNR os recusar como campo de recrutamento privilegiado é sintomático.
Título:
Enviado por: Lightning em Outubro 30, 2008, 10:42:29 pm
Citação de: "Trafaria"
Mas muitas vezes mal, mal... mas foram feitos para navegar, voar e andar...

Foram feitos para isso claro, mas não há nada que funcione 30 ou 40 anos sem nunca avariar, se fossem todos inuteis ao fim de um ano estava tudo parado nos hangares, docas e oficinas a apodrecer.

Citar
€425, 00 - Ordenado Mínimo nacional - bruto (levam para casa uns 375).
É o vencimento de entrada em muitas "carreiras" da função publica, nomeadamente as auxiliares, as teoricamente equiparáveis à classe de praças. Falar só em juizes e professores é empenar o discurso, é batota.


Está correcto, mas o vencimento de entrada de um praça no Exército é 176,21€ na recruta e durante a instrução é de 484,58€ por isso não anda muito longe dos 425€.

http://www.exercito.pt/portal/exercito/ ... Edicao.pdf (http://www.exercito.pt/portal/exercito/_specific/public/ueo/recrutamento/Folha%20Remuneracoes%202Edicao.pdf)

Eu não defendo que os militares devem receber todos milhares de euros e que toda a gente que não é militar que se deve mandar ao chão a venerar os militares, só digo que se um militar tem o seu posto equiparado a um certo funcionário publico (aqui está uma parte importante, é claro que não vão ser todos equiparados a juizes, mas uma equiparação séria e justa tendo em conta as habilitações académicas necessárias e a função que esse militar tem, etc) deve receber um ordenado justo e os aumentos iguais aos outros funcionários, e não ter um ordenado parado no tempo.
Título:
Enviado por: Trafaria em Outubro 30, 2008, 10:57:16 pm
Vou-lhe confessar uma coisa, assim como que só para nós...   :wink:

Eu nao valorizo especialmente a função militar, é certo, nem nenhuma outra. Valorizo-as sim as todas quando são bem desempenhadas, sejam elas quais forem (militares incluídas, obviamente).

Cago para o que cada um faz, interessa-me sim como o faz.

É absolutamente normal que cada um sinta o desejo de mais ganhar; é natural que todos nós sintamos merecer mais uns cobres. Mas isso nao nos pode arrancar da realidade. Pegue nuns papelinhos, compare umas coisas e facilmente chegará à conclusão que os militares não terão assim tantas razões de queixa.
Título:
Enviado por: SiGMA em Outubro 30, 2008, 11:07:56 pm
O que muita gente não compreende é que não é só a retribuição directa de os Militares se queixam.

Como referi no post anterior, as ditas "regalias" na área da saúde são também de extrema importância.

Se não vejamos, um futebolista profissional só joga bem se tiver um bom acompanhamento médico, imaginem um Cristiano Ronaldo lesionado num joelho à espera para ser operado no sistema de saúde nacional....
Com os Militares tem que ser a mesma coisa, não se pode pedir a um "tropa" que vá para uma operação e seja bem sucedido se estiver mal de saúde.

Depois existem também o reconhecimento pela sociedade.
Como o Lightning disse, ninguém defende que os Militares sejam venerados como seres superiores, mas a verdade é que actualmente a sociedade vê os Militares como "parasitas" como já foi referido mais acima.
O problema é que muitas das actividades Militares não são muito visíveis no dia a dia.
Mais uma vez falo da Marinha. Quem é que presta auxilio no mar às embarcações? Quem é que controla a pesca ilegal? E o tráfico?
Se calhar pouca gente sabe que os faróis são dependência da Marinha, tal como a Policia Marítima ou o Instituto de Socorro a Náufragos.
A sociedade civil na maioria dos casos não está informada sobre as actividades militares em Portugal. Se calhar a culpa até pode ser das Instituições Militares que não divulgam, mas por outro lado também não têm que o fazer, o Militar não procura fama e fortuna, o Militar existe para servir a pátria. Não somos mercenários.

Outro exemplo, a contagem de tempo para a reforma.
São pedidos aos Portugueses sacrifícios. Porém existe diferença entre um "funcionário público" numa repartição de finanças que passa 30 anos de serviço abrigado da chuva e do vento de um marinheiro que passa dias (e meses) a navegar. Não se pode comparar o desgaste físico e psicológico.
Já estou mesmo a ver, daqui a uns anos estou a navegar com 10 metros acompanhado de umas canadianas...

Portanto, o problema não é só o ordenado ser baixo (aqueles que acham que os Militares são bem pagos convido-os a fazer uma NATO, navegar durante 6 meses)) mas sim todo o conjunto de situações que nos últimos anos se foram agravando.
Título:
Enviado por: Lightning em Outubro 30, 2008, 11:10:50 pm
Citação de: "Trafaria"
O facto da GNR os recusar como campo de recrutamento privilegiado é sintomático.


Da GNR não conheço nada, mas penso que esse tipo de decisões é mais politica do que decisões da própria Guarda, li noutro tópico que na PSP não acontece isso.

Do que percebo deste assunto é que ser militar deixou de ser uma mais-valia para ingressar na Guarda, mas também não é um impedimento ou estou errado? Só que agora o militar está em igualdade de circunstâncias que as pessoas que tem outras funções.
Título:
Enviado por: SiGMA em Outubro 30, 2008, 11:12:31 pm
Citação de: "Trafaria"
Esta nao percebi.
Um inutil* qualquer ganha (a favor e com muita paciencia co patrão) 425 euros mês (brutos- omn). Chega à tropa, inútil continua, mas ao que parece passa a embolsar todos os meses uns €650... Nada mau!
A ausencia do direito à greve pelos vistos nao lhes tem feito falta nenhuma....
(*) nada de extrapolações abusivas, refiro-me só ao e aos que conheço.


É de referir que isso acontece em qualquer profissão.
Nos forças armadas existem muitos inúteis, tal como em todas as empresas.
Mas também existem pessoas extremamente competentes. ou como é que acha que navios com 40 anos, amarrados por arames, ainda navegam e desempenham as missões que lhes são atribuídas?
Título:
Enviado por: Trafaria em Outubro 30, 2008, 11:26:16 pm
Sim, mas um salto de 250 euros nao é despiciendo, pois não?!!

Assim - e colocando as coisas no contexto que lhe atribuí - não me parece que a proibição de formação de sindicatos e do direito à greve tenha feito alguma mossa nos vencimentos das FA.
Título:
Enviado por: Trafaria em Outubro 30, 2008, 11:36:14 pm
Citação de: "Lightning"
Da GNR não conheço nada, mas penso que esse tipo de decisões é mais politica do que decisões da própria Guarda, li noutro tópico que na PSP não acontece isso.


O que se passou foi que com o fim do smo a qualidade média do pessoal que se apresentava a provas era baixa e o espectro de recrutamento tão limitado que o CG da GNR teve de arrepiar caminho e tomar medidas drásticas abriindo as portas a civis, nao havia outro remédio. Assim ma explicaram hj mesmo e só tenho que a compreender.

Não, nao é impedimento. Só que antigamente era essencial.

A PSP nunca teve esse problema, sempre aceitou civis.
Título:
Enviado por: Trafaria em Outubro 31, 2008, 05:13:04 pm
O chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) admitiu esta sexta-feira que existem problemas nas Forças Armadas, mas alegou que são situações antigas e que têm de ser compreendidas no quadro geral de dificuldades do país, escreve a Lusa citando o General Valença Pinto.

Aqui têm uma tomada de posição que relevo pela sua lucidez.

A maioria dos militares deve pensar que o dinheiro com que lhes pagam nasce dentro dos cofres. Não, é preciso dizer-lhes.

Nao temos minas de Salomão nem poços de petróleo como os árabes, todo o dinheiro, todo mesmo, o que é gasto com a tropa sai do bolso dos portugueses - é-lhes todo sacado.

Acho que as pessoas que se interrogam sobre a benignidade do dinheiro gasto com as FA têm toda a legitimidade para o fazerem...
Título:
Enviado por: Lightning em Outubro 31, 2008, 05:52:30 pm
Citação de: "Trafaria"
O chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) admitiu esta sexta-feira que existem problemas nas Forças Armadas, mas alegou que são situações antigas e que têm de ser compreendidas no quadro geral de dificuldades do país, escreve a Lusa citando o General Valença Pinto.


Então confirma-se o que eu disse, os militares já há muitos anos que são esquecidos, há 20 anos atrás não havia crise...
Título:
Enviado por: Tiger22 em Outubro 31, 2008, 06:19:49 pm
Citação de: "Trafaria"
O chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) admitiu esta sexta-feira que existem problemas nas Forças Armadas, mas alegou que são situações antigas e que têm de ser compreendidas no quadro geral de dificuldades do país, escreve a Lusa citando o General Valença Pinto.

Aqui têm uma tomada de posição que relevo pela sua lucidez.

A maioria dos militares deve pensar que o dinheiro com que lhes pagam nasce dentro dos cofres. Não, é preciso dizer-lhes.

Nao temos minas de Salomão nem poços de petróleo como os árabes, todo o dinheiro, todo mesmo, o que é gasto com a tropa sai do bolso dos portugueses - é-lhes todo sacado.

Acho que as pessoas que se interrogam sobre a benignidade do dinheiro gasto com as FA têm toda a legitimidade para o fazerem...



Demagogia barata. E muita ignorância.

Desde o 25 de Abril que os militares perdem na carreira salarial. Basta comparar com por exemplo os magistrados, onde a diferença quase duplicou. O mesmo se aplica a outras classes profissionais.

As Forças Armadas são sempre as escolhidas para “sacar” dinheiro para os mais diversos devaneios. Isto aplicasse tanto no tempo das vacas gordas como no das magras. Nunca tivemos tanto dinheiro e crescimento como no mandato do Guterres, e aí até a Armada foi obrigada a encostar navios porque não havia dinheiro para combustível. Uma vergonha. Agora outro Governo PS (que pelos vistos odeia a instituição militar) vem dizer que é pela crise. Como é que é? É na bonança e na crise que as F.A. têm que pagar as irresponsabilidades dos governos PS?

Eu também não quero “aventuras militares” mas se estes governantes andam a afundar o país, é bom que surjam avisos da “última reserva moral desse mesmo país” de que ou as coisas mudam ou então…

Nunca os militares actuarão contra o povo. Será sempre em seu favor e na defesa deste. Quando os regimes “apodrecem” e os militares são chamados a intervir, fazem-no contra o povo? Claro que não! Ou são eles o será o próprio povo a actuar.
Título:
Enviado por: Tiger22 em Outubro 31, 2008, 06:21:24 pm
Citação de: "JQT"
Cuidado com o Loureiro dos Santos. É uma marionete dos socialistas. E o que mais lhes convinha, a um ano de eleições e quando se sabe que 2009 vai ser um ano económicamente medonho, era uma asneirada militar para se fazerem de vítimas junto do povinho, demitirem-se, convocarem eleições antecipadas e terem maioria absoluta (e emotiva; até imagino o Sócas a gritar discursos sobre a vitória da Democracia...). E, de caminho, terem desculpa para darem um golpe mortal nas FAs (poupando muitos milhões, que seriam desviados para outros fins). Isto pode ser uma armadilha. Que ninguém caia nela.

JQT


É uma hipótese a considerar. Com este PS tudo é possível.
Título:
Enviado por: Trafaria em Outubro 31, 2008, 06:47:59 pm
Ah pois ... tambem fui militar, sei muito bem como funcionam... já me esquecia que costumam chamar de ingnorante a quem nao alinha pela afinação deles.

Citar
Basta comparar com por exemplo os magistrados, onde a diferença quase duplicou


Mais um a comparar os militares com juízes... deve ser por doença profissional.

Ó senhor,
na organização judiciária portuguesa tambem existem auxiliares, amanuenses, oficiais de justiça, escrivães, secretários, secretários gerais, chefes de secção, chefes de departamento, directores, etc... uma hierarquia tão vasta quanto a dos militares.

Numa coisa lhe garanto, no tocante aos vencimentos a tropa ganha-lhes em muitos pontos especialmente no que toca aos postos mais baixos...

Já quanto aos mais elevados não sei, mas já que fala em majistrados deve saber. Coloque você ai a diferença salarial de um juiz com, por exemplo, 55 anos de idade e compare-a com a dum general com a mesma idade.

Pode crer que vai ter uma surpresa!
Título:
Enviado por: Trafaria em Outubro 31, 2008, 06:55:19 pm
Citação de: "Lightning"
Então confirma-se o que eu disse, os militares já há muitos anos que são esquecidos, há 20 anos atrás não havia crise...


Nada disso. Que me lembre sempre ganiram... só que larachas estupidas como as do Sr Loureiro nao eram ouvidas ou nao existima. Os militares tinham prestigio e juizo... eram mais respeitados.

Todos se lembravam bem que uma questão corporativa tinha acabado em golpe de estado.

Hoje nao. Se alguem ameaçar com golpe de estado o maximo que pode acontecer é o pais tremer devido à enorme gargalhada que isso provocaria na população em geral.
Título:
Enviado por: Tiger22 em Outubro 31, 2008, 07:17:09 pm
Citação de: "Trafaria"
Ó senhor,
na organização judiciária portuguesa tambem existem auxiliares, amanuenses, oficiais de justiça, escrivães, secretários, secretários gerais, chefes de secção, chefes de departamento, directores, etc... uma hierarquia tão vasta quanto a dos militares.

Numa coisa lhe garanto, no tocante aos vencimentos a tropa ganha-lhes em muitos pontos especialmente no que toca aos postos mais baixos...
Pode crer que vai ter uma surpresa!

Aguardo, serenamente, que prove isto que diz. E de forma documentada. c34x

Continuando:

Citar
Há poucos dias saiu no Jornal de Notícias um excelente trabalho sobre os deputados da Nação. Aconselho vivamente os meus leitores a seguirem o link anterior e a lerem essa matéria. Depois, voltem aqui para uma pequena comparação.
Contudo, para aqueles que não quiserem dar-se ao trabalho de ler o artigo, fiz um pequeno resumo que se traduz no seguinte:
No ano de 2008 um deputado aufere, mensalmente, de salário base, qualquer coisa como 3.708 €, ou seja, mais 77 € do que no ano anterior. O presidente da Assembleia da República recebe a módica quantia de 5.810 € e mais, para despesas de representação, 2.950 €.
Todos os deputados que residam fora da área de Lisboa e concelhos limítrofes recebem ajudas de custo, em cada dia que haja plenário, ou seja, 67, 24 € por dia — como há plenário, pelo menos, duas vezes por semana… Faça o leitor a conta! Mas se residir fora da área da cidade de Lisboa, tem um subsídio para pagamento de combustível no valor de 0,39 € por quilómetro e, se a sua residência for nas Regiões Autónomas, tem direito ao pagamento das viagens de ida e volta, na classe mais elevada do meio aéreo que utilizar, uma vez por semana. No restaurante da Assembleia da República os nossos deputados pagam um almoço pela módica quantia de 4,65 €.
Pois muito bem, tudo isto independentemente de idade e habilitações académicas. Mas não acabam aqui as vantagens de pertencer àquele corpo de elite!
Com 12 (note bem, caro leitor, doze) anos de serviço como deputado os nossos políticos e representantes passam a ter direito a um subsídio vitalício, quando atingirem a idade de 55 anos, no valor actual de cerca de 1.850 €… Nada mau!

Agora convido o leitor a olhar, muito por alto, para a situação dos militares.
Na impossibilidade de analisar toda a hierarquia, escolhi quatro postos para termo de comparação: tenente-general, coronel, capitão e 1.º sargento. Passemos, pois à análise.
Um tenente-general — tem direito a automóvel por conta do Estado, com condutor militar — representa o topo de uma carreira já excepcional, porque o comum é ela acabar em coronel (equivalente a comandante de um regimento… qualquer coisa como cerca de mil homens entre combatentes e não combatentes). Normalmente, só se atinge o posto de tenente-general depois de mais de 25 a 30 anos de serviço. Usualmente, tem direito a ser abonado do almoço por conta do Estado. Só muito raramente aufere subsídio para despesas de representação e ganha por mês — com ou sem subsídio da condição militar — respectivamente 3.936,53 € ou 4.537,50 €, se tiver todos os escalões de serviço. Tem, ele e todos os outros militares do quadro permanente, direito à reforma vitalícia, aos 65 anos de idade. Reforma que, por legislação recente, passará a ser liquidada pela Caixa Nacional de Pensões e não pela Caixa Geral de Aposentações, segundo uma fórmula que lhe baixa substancialmente o valor a receber por mês. Isto mesmo é, também, aplicado a todos os outros militares.
Passemos ao coronel. Para lá chegar terá de ter, em números mínimos, cerca de 20 anos de serviço, sendo compulsivamente passado à reserva aos 57 anos de idade — e, 5 anos depois, à reforma — se não tiver sido promovido a major-general!
Os coronéis auferem de soldo (é assim que se designa, correctamente, o pagamento de um oficial) — com ou sem subsídio de condição militar e no máximo escalão de tempo de serviço — respectivamente 3.173,39 € ou 3.622,48 €. E é aqui que começa o descalabro!
Então não é que, de remuneração base, um deputado, com ou sem experiência de espécie alguma, sem limite de idade, sem obrigações académicas, sem mais isto ou aquilo, recebe, em números redondos, mais 86 € do que o máximo que um coronel pode receber! Onde está a equidade? Onde pára a lógica? Sim, porque um coronel no escalão máximo de tempo de serviço já viveu muito, já passou muito, já andou com a casa de um lado para o outro muitas vezes e já, se calhar, arriscou a vida em diversas oportunidades — ou está disposto a fazê-lo!
Note o leitor o meu caso particular, que vem a propósito de várias outras mordomias que são dadas aos senhores deputados. Durante 15 anos estive colocado em duas unidades que distavam, ida e volta, 64 quilómetros da minha casa e nem um centavo recebi de compensação por levar a minha viatura pessoal e particular para o serviço… Nem nunca recebi, também, subsídio de deslocação da área da minha residência! Veja, caro leitor, quanto teria beneficiado se fosse deputado!
Escandaloso é que um capitão, a quem é exigido a aprovação num curso superior e o cumprimento de uma série de obrigações, vença, segundo os critérios já anteriormente referidos, entre 2.131,06 € ou 2.470,23 € e um 1.º sargento — peça humana fundamental para a boa articulação das ordens entre os escalões hierárquicos superiores e as praças — tenha de vencimento entre 1.391,16 € e 1.622,99 €.
Escandaloso é que um deputado com 12 anos de serviço ganhe o direito a um subsídio — para não lhe chamar pensão acumulável — de 50% do seu salário a receber a partir dos 55 anos de idade! Catorze anos estive eu até ser promovido a major, mais sete neste posto e outro tanto em tenente-coronel… Como eu muitos outros oficiais.
Passará pela cabeça dos senhores deputados o que sente um militar do quadro permanente quando olha para as mordomias que são atribuídas a esses representantes do Povo!
A um militar, a condição de o ser retira-lhe a capacidade de intervenção política e, até, grande parte dos direitos de cidadania. Aquilo que, do ponto de vista cívico é retirado aos militares é dado, quase sem limites, aos deputados; uns vivem uma vida para terem direito a uma mísera pensão, outros uma dezena de anos!

Saber-se-á que um jovem oficial do quadro permanente, ao fim de oito anos, repito, oito anos de serviço, se desejar desvincular-se da vida castrense é passado ao quadro de complemento e perde todas as regalias — das poucas que ainda restam — e deixa de poder receber a percentagem de pensão que lhe cabe por esse tempo?

Saber-se-á que existem deputados que nem formação académica universitária possuem — auferindo mensalmente mais do que um coronel — e que há sargentos do quadro permanente com licenciaturas e, até, mestrados concluídos?

Interiormente, sinto uma tremenda revolta contra o actual estado de coisas. Os políticos, todos os políticos sem excepção, compactuaram com a pouca vergonha do roubo público! Aprovam leis — e propõem-nas — que, em primeiro lugar, os favorecem e, depois, pedem sacrifícios à Nação. Como se pode exigir moralidade na vida pública se os imorais tomaram de assalto as cadeiras do Poder?
Título:
Enviado por: Edu em Outubro 31, 2008, 07:41:48 pm
Ok suponhamos que se faz o golpe de estado como o general loureiro dos santos avisou que o passado se podia voltar a repetir: militares nas ruas, tanques nas ruas, o povo do lado dos militares (o que hoje não acredito que acontecesse), tirava-se de lá o governo, as pessoas ficavam todas muito contentes, etc. Então e depois? Depois punha-se lá um governo provisório, aumentavasse o salario a toda a gente (os produtos automaticamente subiam também de preço, fazendo com que na pratica o aumento não tivesse grande significado), os militares tinham o que queriam as pessoas tinham o que queriam. Depois tinham de se realizar as primeiras eleições como país democratico que pretendemos ser, realizavam-se, ia para o governo um heroi qualquer da revolução que no fundo não sabia como governar o país. O país pouco a pouco ia ficando pior do que o que estava, afinal de contas se não se aumentavam os ordenados era porque de facto não dava, e os herois da revolução no governo (alguns ex militares provavelmente) iam continuar a ter grandes ordenados e mordomias (afinal são herois do povo!!), o país entrava em grande recessão pois a instabilidade não ajuda nenhum país, ainda tinhamos de lidar com mais alguns feriados que diminuião ainda mais a produtividade e passado 20 anos que era o tempo que isto tudo ia demorar a estabilizar iamos tar piores que agora...

Não é mais facil realizar eleições???  :wink:
Título:
Enviado por: Xô Valente em Outubro 31, 2008, 07:44:50 pm
Concordo Edu.
Qualquer revolução, "boa ou má", acaba por estagnar um país durante um tempo, e o mesmo deve ter acontecido com o 25 de Abril.
Cumprimentos.
Título:
Enviado por: Trafaria em Outubro 31, 2008, 07:50:03 pm
Citação de: "Xô Valente"
Concordo Edu.
Qualquer revolução, "boa ou má", acaba por estagnar um país durante um tempo, e o mesmo deve ter acontecido com o 25 de Abril.
Cumprimentos.

Sim, o poder de compra que tínhamos em 25 de Abril de 74 só foi recuperado já nos governos de Cavaco Silva.... nesse aspecto marcámos passo durante 11 anos.
Título:
Enviado por: Trafaria em Outubro 31, 2008, 07:59:14 pm
Citação de: "Tiger22"
Aguardo, serenamente, que prove isto que diz. E de forma documentada. c34x


ORDENADO MINIMO NACIONAL €425,OO (BRUTOS, Há que tirar os descontos)

SOLDO DE UM SOLDADO €582,90 (Há que juntar as benesses da ordem)
Título:
Enviado por: flavio em Outubro 31, 2008, 08:26:08 pm
Citação de: "Trafaria"
Citação de: "Tiger22"
Aguardo, serenamente, que prove isto que diz. E de forma documentada. ;)
Título:
Enviado por: Trafaria em Outubro 31, 2008, 08:48:33 pm
Tiger22,
Quanto ao artigo que transcreveu agradeço-lho por me provar que nem todos se comparam com juízes; afinal também os há que se comparam com deputados.

Nao perco a esperança de encontrar um que se identifique ou compare com o português comum.
Título:
Enviado por: tgcastilho em Outubro 31, 2008, 09:09:58 pm
Citar
Muito importante:
Nao se esqueçam que a maioria da população masculina deste país fez tropa. Sabemos das virtudes e podres da nossa instituição militar e dos nossos militares.
Portanto e no que toca a elencar as virtudes sejam comedidos.

(*) nada de extrapolações abusivas, refiro-me só ao e aos que conheço.

Desculpem,mas comedido porque??
Essa não entendi. :wink:
Título:
Enviado por: Trafaria em Outubro 31, 2008, 09:18:35 pm
Terá que ler as anteriores para se colocar no contexto.
Isso dos criados à borlix era no tempo do SMO!!!!  :wink:
Título:
Enviado por: Lightning em Outubro 31, 2008, 09:28:52 pm
Citação de: "Trafaria"
Nao perco a esperança de encontrar um que se identifique ou compare com o português comum.


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fresistir.info%2Fe_rosa%2Fimagens%2Fcarreiras_ap_1.gif&hash=8869ff8dfd1e3805061df41382b20761)
Título:
Enviado por: SSK em Outubro 31, 2008, 09:29:11 pm
Lá por a "tropa" ser profissional não quer dizer que tenha de ser tratada com outra profissão qualquer. Isto tanto a nível de direitos como de deveres, nunca podemos esquecer as duas vertentes. A mim parece-me que de ambas as partes todos se esquecem um pouco da que menos lhes interessa!!!
Título:
Enviado por: Trafaria em Outubro 31, 2008, 09:45:49 pm
Citação de: "SSK"
Lá por a "tropa" ser profissional não quer dizer que tenha de ser tratada com outra profissão qualquer. Isto tanto a nível de direitos como de deveres, nunca podemos esquecer as duas vertentes. A mim parece-me que de ambas as partes todos se esquecem um pouco da que menos lhes interessa!!!


Concordo!
Título:
Enviado por: FFAP em Outubro 31, 2008, 09:47:30 pm
Boas noites


 Se calhar o facto de ser ou ter sido militar foi excluído dos requisitos para concorrer para a GNR foi porque o numero de candidatos era muito inferior ao número de vagas...


Muito boa gente diz mal dos militares, mas quando vão num barco e este se afunda quem os vai salvar?? A Marinha ou a Força Aérea!!
   
Quando o país está em chamas quem vai ajudar?? O Exército e a Força Aérea!!

   Quando o nosso país é invadido por droga e emigrantes ilegais quem o impede?? A Marinha e a Força Aérea!!

   Quem representa o nosso país por esse mundo fora?? Força Aérea, Exército e Marinha!!

   Quando há cheias quem vai acudir?? Exército, Marinha e Força Aérea!!

   Quando é necessário um órgão ou uma evacuação médica nos Açores ou da Madeira para o continente quem a faz?? A Força Aérea!!
....
.......
...........


Citar
SOLDO DE UM SOLDADO €582,90 (Há que juntar as benesses da ordem)



Tenho um amigo na Força Aérea que é primeiro cabo à 2 anos e que ganha 590 euros, é militar à três anos, e já como você diz com "as benesses da ordem".   Só se no Exército recebem mais...
Título:
Enviado por: Lightning em Outubro 31, 2008, 09:53:49 pm
Citação de: "FFAP"
SOLDO DE UM SOLDADO €582,90 (Há que juntar as benesses da ordem)

Penso que não devem receber mais, este valor é sem descontos.

Citar
Tenho um amigo na Força Aérea que é primeiro cabo à 2 anos e que ganha 590 euros


Esse valor é com descontos.
Título:
Enviado por: Trafaria em Outubro 31, 2008, 10:02:19 pm
Obrigado Lightning,
Agradeço-lhe que me tenha facilitado a resposta a outros como o senhor Tiger22.

Um soldado, posto de entrada na carreira militar recebe mais 250 euros em média (eu sei que páras, mergulhadores, etc... ganham mais) que o seu correspondente na função publica... isso já eu tinha aqui escrito.

Essas diferenças mantêm-se à medida que subimos nas hierarquias, tanto numas como noutras, naturalmente!
Veja, um "general" da função publica - Assessor Principal, topo de carreira - ganha menos cerca de €500 que um Coronel das Forças Armadas...

Portanto nao me venham cá com estórias da carochinha, dizendo que a ausencia de sindicatos, de direito à greve, falta de poder reivindicativo, etc... vos prejudica. Os numeros negam-no com toda a clarividencia...

Tenham paciencia... eu admito, como já escrevi lá mais para trás, que todos temos o direito e a legitimidade para julgarmos valer mais um cobres, mas paciencia, sejam realistas e sérios, nao insultem os portugueses ...

É simples, basta-vos ter consciência de que são uma classe privilegiada e ter a noção desses privilégios, especialmente numa situação de crise.
Título:
Enviado por: tyr em Outubro 31, 2008, 10:15:06 pm
eu não quero receber mais que utro portugues, não quero é que gozem com a minha cara, que é o que os sucecivos governos têm feito aos militares.
se os militares recebem muito, então todos os funcionarios publicos com categorias proficionais equivalentes recebem muito a mais (a questão é unica e simplesmente essa).
eu como militar não vou fazer nada contra isso, a não ser mandar uns bitaites neste forum, porque estou chateado com a situação.
se o governo não tem dinheiro para pagar todos os funcionarios com indices salariais equivalentes da mesma maneira, então não os deveriam ter aumentado.
e apesar de os soldados (segundo alguns) receberem bem, a grande maioria não renova contrato ou pede para o rescindir, isso deve indicar algo.
Título:
Enviado por: Cabecinhas em Outubro 31, 2008, 10:20:31 pm
Porque não baixar os ordenados dos referidos civis... ajudava um pouco as coisas.
Título:
Enviado por: Trafaria em Outubro 31, 2008, 10:22:00 pm
Citação de: "Ligthning"
Penso que não devem receber mais, este valor é sem descontos.

Mas tambem nao inclui os subsidios...
Título:
Enviado por: FFAP em Outubro 31, 2008, 10:24:40 pm
E que subsidios sao esses?
Título:
Enviado por: Trafaria em Outubro 31, 2008, 10:26:29 pm
O da condição militar, por exemplo.
Título:
Enviado por: Lightning em Outubro 31, 2008, 10:29:20 pm
Citação de: "Trafaria"
Um soldado, posto de entrada na carreira militar recebe mais 250 euros em média que o seu correspondente na função publica... isso já eu tinha aqui escrito.

Devo estar com problemas de visão ou então não sei fazer contas, mas o estagiário ganha 740€ e o soldado ganha 580€, pelas minhas contas isso não dá 250€ a mais para o soldado.

Citar
Essas diferenças mantêm-se à medida que subimos nas hierarquias, tanto numas como noutras.
Veja, um "general" da função publica - Assessor Principal, topo de carreira - ganha menos cerca de €500 que um Coronel das Forças Armadas...

Os generais são postos de escolha politica, não é uma simples promoção.
E um Coronel ganha no máximo uns 3000€ que na tabela unica o Assessor Principal ultrapassa os 3.500€.

Citar
Nos Técnicos Superiores, que se podem equivaler aos Oficiais
Portanto nao me venham cá estórias da carochinha, dizendo que a ausencia de sindicatos, de direito à greve, falta de poder reinvidicativo, etc... vos prejudica. Os numeros negam-no com toda a clarividencia...

Tome lá os numeros...
http://www.asmir.pt/UserFiles/File/Tabe ... s_2008.pdf (http://www.asmir.pt/UserFiles/File/Tabela_Vencimentos_2008.pdf)

Agora não compare é o general com o estagiário ou o soldado com o jardineiro.

Também há outra questão que é nem todos os militares chegam ao topo da carreira, nem todos os oficiais chegam a general nem todos os sargentos chegam a Sargento-Mor, ao contrário da maior parte dos funcionários publicos.

Citar
Tenham paciencia... eu admito, como já escrevi lá mais para trás, que todos temos o direito e a legitimidade para julgarmos valer mais um cobres, mas paciencia, nao insultem os portugueses ...

É simples, basta-vos ter consciência de que são uma classe privilegiada e ter a noção desses privilégios, especialmente numa situação de crise.


Daqui a pouco temos que pagar para ser militar.
Título:
Enviado por: Trafaria em Outubro 31, 2008, 10:33:02 pm
Citar
se os militares recebem muito, então todos os funcionarios publicos com categorias proficionais equivalentes recebem muito a mais (a questão é unica e simplesmente essa).


Tyr,
Compare a tabela salarial (só salarial, nao falando nos subsídios que vocês recebem) que o Ligthning aqui colocou. Constatará facilmente que os militares em termos salariais em nada estão prejudicados ou abaixo da função publica.

Mas se me disser quem Portugal todos ganhamos mal... então é outra estória!!!
Título:
Enviado por: Trafaria em Outubro 31, 2008, 10:36:33 pm
Citar
Devo estar com problemas de visão ou então não sei fazer contas, mas o estagiário ganha 740€ e o soldado ganha 580€, pelas minhas contas isso não dá 250€ a mais para o soldado.


Sim , está com falta de qualquer coisa.

Essa tabela refere-se à classe de "oficiais" da função publica, técnicos superiores. São pessoas com licenciatura, no minimo!
Título:
Enviado por: Lightning em Outubro 31, 2008, 10:37:57 pm
Citação de: "Trafaria"
O da condição militar, por exemplo.


O subsidio da condição militar existe por alguma razão é.

www./conteudos/informacaofa/legislacao/EstatCondMilitar/basesestcondmil.pdf
Título:
Enviado por: Trafaria em Outubro 31, 2008, 10:38:10 pm
Citar
Daqui a pouco temos que pagar para ser militar.

Pagar nao, mas eu fui para lá de borla e só tenho pena de nao poder repetir a experiencia!
Título:
Enviado por: Trafaria em Outubro 31, 2008, 10:40:08 pm
Ligthning,
Eu nem gosto de fazer essas comparações.

Enveredei por elas porque vocês se começaram todos a comparar com juizes ... (que até é/faz parte dum órgão de soberania).

Acho que um militar é militar e mais nada, nada se lhe compara!
Título:
Enviado por: Trafaria em Outubro 31, 2008, 10:49:54 pm
Citação de: "Lightning"
Citação de: "Trafaria"
O da condição militar, por exemplo.

O subsidio da condição militar existe por alguma razão é.

www./conteudos/informacaofa/legislacao/EstatCondMilitar/basesestcondmil.pdf

Naturalmente, faz todo o sentido a sua existencia.

Tenha calma, nao me haverá de ler em lado nenhum dizendo que os militares ganham demais.
Título:
Enviado por: FFAP em Outubro 31, 2008, 10:49:56 pm
Boas


Citar
O da condição militar, por exemplo.



Este subsidio está já incluido no ordenado. Aliás, todos os complementos que os militares têm estão incluídos no ordenado, não são pagos à parte.
Título:
Enviado por: Lightning em Outubro 31, 2008, 10:50:47 pm
Citação de: "Trafaria"
Ligthning,
Eu nem gosto de fazer essas comparações.

Enveredei por elas porque vocês se começaram todos a comparar com juizes ...

Acho que um militar é militar e mais nada, nada se lhe compara!


Esta conversa já cansa, mas apesar de todos ganharmos mal em Portugal, o que aconteceu no passado não se pode esquecer, a perda de poder de compra (isto é, aumentos pouco ou nada significativos em comparação com os outros portugueses que ganham mal), mesmo que a diferença seja pouca num determinado ano, ao fim de vários anos já é muita, grão a grão...

Há subsidios sim mas não há horas extraordinárias para todas as noites e fins de semana que se passa na unidade (os outros portugueses tem), há a condição militar que impõe muitas restrições (que os outros portugueses não tem), há a insegurança de ser transferido de unidade para o outro lado do pais (que um outro portugues que trabalhe para o estado não tem) e por fim a tal assistencia médica que já está pior que a assistencia médica dos funcionários publicos.
Título:
Enviado por: Trafaria em Outubro 31, 2008, 11:02:00 pm
Citar
Há subsidios sim mas não há horas extraordinárias para todas as noites e fins de semana que se passa na unidade (os outros portugueses tem), há a condição militar que impõe muitas restrições (que os outros portugueses não tem), há a insegurança de ser transferido de unidade para o outro lado do pais (que um outro portugues que trabalhe para o estado não tem) e por fim a tal assistencia médica que já está pior que a assistencia médica dos funcionários publicos.


Nao se pode ter tudo, muito menos o sol na eira e a chuva no nabal...

Às horas a mais poderiamos contrapor os dias e dias, semanas e semanas, meses e meses... (alguns até a vida toda) sem fazer a ponta dum corno.
Em cima disso lá vem uma reforma quando ainda se está a tempo de gozar a vidinha... reforma essa que é sempre actualizada, nao afectada pela inflação ... nao me fale das agruras da vida militar, eu conheço-as.

Sabe, eu fui militar, vivi a realidade dos quartéis, para mim a diferença entre estar de serviço e nao estar apenas significava que tinha de dormir no quartel. Como já lá dormia ... era igual ao litro. Mas isto era extensivo a todos excepto os da guarda e reforço - todavia só lá voltavam dai a um mês... era portanto serviço que os nao matava!

Tenho um irmão, oficial contratado, faz de oficial de piquete de 20 em 20 dias - mas o trabalho dele é substituir o oficial de dia porque esse passa a noite de serviço como eu passava a minha, a dormir.

Já lá vão uns anitos, fui militar no inicio dos anos 90 (smo+contrato) mas há coisas que nunca mudam...
Título:
Enviado por: Lightning em Outubro 31, 2008, 11:22:15 pm
Citação de: "Trafaria"

Às horas a mais poderiamos contrapor os dias e dias, semanas e semanas, meses e meses... (alguns até a vida toda) sem fazer a ponta dum corno.

Você está sempre a bater na mesma tecla, que os militares não fazem nada, eu apoio que os cargos que sejam dispensáveis que sejam eliminados, mas de certeza que há funções que não são dispensáveis, como já disse atrás, para as unidades da Força Aérea, da Marinha e do Exército funcionarem e executarem as suas funções alguém tem que trabalhar de certeza, e tem que ser pagos.

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Em cima disso lá vem uma reforma quando ainda se está a tempo de gozar a vidinha... reforma essa que é sempre actualizada, nao afectada pela inflação ... nao me fale das agruras da vida militar, eu conheço-as.

A reforma é aos 60 anos, mas para mim ainda falta muito tempo.

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Sabe, eu fui militar, vivi a realidade dos quartéis, para mim a diferença entre estar de serviço e nao estar apenas significava que tinha de dormir no quartel. Como já lá dormia ... era igual ao litro.

Mas o que você fazia não quer dizer que todos os outros tenham que o fazer durante toda a vida, eu quando acabei o curso de praças fui para os açores BA4 e só vinha a casa nas férias (em ano e meio vim 3 ou 4 vezes), passei muitas madrugadas a arranjar Aviocars e Pumas, mas como era solteiro, vivia na base, tinha 19 anos, era igual ao litro, até gostei da esperiencia, aos 20 anos tudo é giro (exempto ir parar a uma guerra). Agora um militar que queira constituir familia e já tenha mais alguns anos já não é a mesma coisa, eu agora já não ia achar "giro" especialmente porque como praça só tive que lá passar ano e meio mas como sargento já ia ter que passar uns 3 anos e a minha namorada não ia achar muita piada a isso.

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Tenho um irmão, oficial contratado, faz de oficial de piquete de 20 em 20 dias - mas o trabalho dele é substituir o oficial de dia porque esse passa a noite de serviço como eu passava a minha, a dormir.


Há serviços melhores e outros piores, Eu quando estou de serviço pouco durmo, faço rondas com intervalo máximo de 6 horas, dá para dormir nesses espaços se não houver problema nenhum senão não há soninho para ninguém.
Título:
Enviado por: SSK em Novembro 01, 2008, 08:52:48 am
As Forças Armadas agora são profissionais e existem exigências e avaliações às unidades, já não é o que era e vê-se bem a diferença de nível, acredite!!!

Comentários da velha guarda e pessoal do sudeste rijo que não esteja a par do que se passa nas unidades operacionais das Forças Armadas são completamente inválidos.
Título:
Enviado por: P44 em Novembro 01, 2008, 10:08:32 am
Mal-estar geral nos quartéis
01h19m
CARLOS VARELA
Nos quartéis o ambiente está quente, com cortes na saúde, nas carreiras e ainda o espartilho do orçamento. A resposta dos militares limita-se para já a reuniões e debates, mas já se fala em acções de rua. E há generais a criticar o CEMGFA.

O mal-estar vivido nos quartéis e que veio a público na sequência das declarações do general Loureiro dos Santos teve ontem reflexo no jantar-debate de oficiais que decorreu em Lisboa. O encontro foi organizado pela Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) e o presidente daquela estrutura, coronel de artilharia Alpedrinha Pires, não limitou as preocupações a uma questão de classe e de direitos profissionais: "A vida nas unidades é desastrosa e dramática", estendendo, assim, o mal-estar à falta de verba até para o funcionamento regular das unidades.

Alpedrinha Pires conhece o anunciado reforço do orçamento por parte do Ministério da Defesa (MDN), mas diz que não chega, uma vez que "há unidades onde falta verba para a luz, para a água e para a gestão corrente. As coisas só estão bem em algumas forças ou naquelas que vão ser destacadas para o exterior". E quanto a um maior investimento no reequipamento, "vamos a ver, porque o mais habitual é o desvio de verbas da Lei de Programação Militar".

O mote foi dado pelo general Loureiro dos Santos quando na quarta-feira, no lançamento do seu livro "Como Evitar Golpes de Estado", criticou a passividade do Governo perante a falta de soluções para os principais problemas dos militares do Quadro Permanente das Forças Armadas, as questões da remuneração, da saúde e das pensões. No jantar, no entanto, adiantou acreditar que o MDN tenha vontade política para resolver os problemas, se bem que tenha reafirmado o receio relativamente a atitudes individuais mais preocupantes.

Ontem, o chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), citado pela agência Lusa, veio reconhecer que "há, como certamente em todas as diferentes instâncias do país, problemas e dificuldades e coisas que têm que ser resolvidas", lembrando que vêm de "há dez anos". Mas Valença Pinto também lembrou que é um processo que tem que ser "vivido com absoluta compreensão do quadro geral de dificuldades do país".

As explicações de Valença Pinto não foram bem aceites no jantar de oficiais, mesmo entre os generais. O general Eduardo Silvestre, antigo inspector-geral da Força Aérea, foi categórico: "Se há problemas que se arrastam há 10 anos e se é o próprio CEMGFA que o diz e o reconhece, então o CEMGFA é incapaz de resolver a crise". Também o tenente-coronel Vasco Lourenço mostrava preocupação: "os militares não cortam estradas, mas o Governo não pode continuar a ignorar-nos. Pode haver pessoas que queiram fazer coisas feias".

Entre os sargentos, o ambiente também não é o melhor. "Há problemas de toda a ordem. Têm-nos chegado alguns casos em que chega a não haver verba nem para comprar papel higiénico. São casos pontuais, mas existem", apontou Lima Coelho, presidente da ANS. E quanto aos cortes na saúde e nas carreiras Lima Coelho adiantou que a ANS vai começar a realizar reuniões por todo o país: "A primeira é Viseu, na próxima semana, depois em Braga". E a opção de mais acções de rua é uma das soluções, "claro que vamos estudar essa opção, vamos reunir e decidir o que fazer".

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Naciona ... id=1037144 (http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1037144)
Título:
Enviado por: FoxTroop em Novembro 01, 2008, 03:03:02 pm
Só sinto tristeza ao ler e ver aqui certos comentários. Se os governos deste país queriam criar forças profissionais sabiam que tinham de lhe dar condições. E não estou a falar de salários.

Não penso nem nunca pensei (mesmo quando ganhava 5.700$00/mês) que era mal pago.

Não estou dentro do que se passa nas unidades mas, nas conversas que tenho com quem ainda lá está dentro é que a questão salarial, pelo menos para os praças, nem sequer é central. O que se queixam é da falta de assistencia médica, do facto de terem de comprar o proprio papel higiénico e material de limpeza para as instalações, das instalações com dezenas de anos e em mau estado de conservação, do material decrépito a roçar o perigoso, das leis de incentivo criadas pelo governo que na prática não são cumpridas entre outras coisas.

Não me parece que a indignação e descontentamento dos militares esteja errada e espero que as coisas sejam compreendidas pelos governantes antes que se tornem mesmo graves.
Título:
Enviado por: Camuflage em Novembro 01, 2008, 03:22:41 pm
Fala-se muito em mal-estar, mas a realidade é que não mostram os pontos de mal-estar a imprensa limita-se a especular sobre os mesmos.

Se fossemos a um referendo em que a pergunta fosse: "Considera útil a existência de Forças Armadas em Portugal?" creio que muitos dos que por cá andam e dos militares ficariam abismados com a resposta negativa.

As Forças Armadas Portuguesas a meu ver estão completamente desadaptadas aos tempos actuais, não por falta de meios, mas por falta de vontade e por serem lideradas por velhos do restelo. O modelo das mesmas é o mesmo que havia no tempo da guerra colonial, actualizaram apenas algum equipamento e tácticas, fora os aumentos no quadro de oficiais.

É tempo de mudar e constituir algo que trabalhe na nossa sociedade e não se limite a participar em missões da NATO/UE/ONU porque têm que ser ou porque é bom sustentar mercenários, pois não tenham duvidas que é esta a imagem que os jovens que vão para o estrangeiro têm junto duma grande parte da população e ao fim de uns anos o contrato acaba-se e surgem as questões: quantos jovens ex-militares estão ligados a redes de crime organizado? Quantos participam ou participaram nos últimos incidentes de crime violento registados este ano no país?

Um país como o nosso têm 3 opções e só uma é viável:

-Abdicar das forças armadas;
-Contratar Empresas Militares Privadas para defesa ou serviços de países terceiros;
-Criar um Comando Militar, que integre os 3 ramos, mas com poucos elementos, todos eles altamente especializados e onde o acesso seja restritivo com variadíssimas provas eliminatórias onde só os melhores singram!
Título:
Enviado por: tyr em Novembro 01, 2008, 05:10:34 pm
o problema é que para grande parte do pessoal (sobretudo pessoal de lisboa e do porto) as forças armadas são inuteis pois não sonham o que elas fazem.
a autoridade aerea e maritima em portugal é exclusivamente militar, se acabarem com a marinha e a força aerea acaba se criando uma outra coisa, mas que no fundo é igual, mas como o pessoal é civil, o rombo nos cofres do estado será muito maior.
a nivel de reacção a catastrofes (sejam elas guerra (altamente improvavel), terramotos (que ocorrem normalmente nos açores), cheias, incendios florestais de grandes proporções, resgate de cidadãos nacionais em zona de conflito, etc..) só as forças armadas têm capacidade de reforçar a protecção civil, quendo não se da o caso de serem as unicas com capacidade de intervir (e muitas vezes tambem são dos poucos que conseguem apoiar o governo civil de uma forma economica, como por exemplo na criação de corta fogos, pontes militares para substituir temporariamente outra ponte, abertura de estradas municipais, etc...).

as forças armadas a meu ver (e digo isto como um militar ja com uns aninhos) somos a reserva para quando as coisas correm mal (e por acaso tambem estamos armados).


se me disserem que as forças armadas estão mal estruturadas, que têm equipamento desadequado às missões, que têm quarteis, generais e oficiais superiores a mais, ai tenho que concordar, agora que são inuteis revela desconhecimento.



relativamente à fuzão dos 3 ramos, na teoria sim parece bem, na pratica poderia se ter um comando, uma logistica e um sistema de instrução unificado, mas os meios navais continuariam a ser Marinha, os aereos Força Aerea e os terrestres Exército.
Título:
Enviado por: Akagi em Novembro 01, 2008, 05:21:42 pm
Citação de: "Edu"
Vejo os militares a preocuparem-se muito com os seus salarios e regalias e a preocuparem-se pouco por exemplo com a renovação de equipamentos de forma a poderem desempenhar em condições as suas tarefas. Os militares não ganham assim tão pouco e têm até bastantes regalias, têm de ter em conta que todos os Portugueses estão a passar sacrificios, porque não hadem passar tambem eles algum sacrificio tal como todos os Portugueses?

Esses supostos jovens que se podem revoltar não se esqueçam que juraram bandeira, eles devem obdência ao povo que os alimenta e lhes dá as regalias todas que têm, qualquer militar que se revolte contra o povo que representa e que o alimenta merece a pena que não está incluida na contituição Portuguesa. Um militar tem como obrigação defender a sua nação e como tal defender o seu povo!! E não usar a força para defender os seus interesses, espero que haja lealdade perante o povo por parte dos nossos militares.

Conservava uma grande consideração pelo general Loureiro dos Santos, mas esta aqui caiu-me um pouco mal....



Muito bem!

Mas não esquecer que estes mesmos principios tambem o deviam ser para os militares que no 25/A que se revoltaram. Pois tambem eles juraram Bandeira, e tambem era o povo que os alimentava e pagava as regalias que tinham, que até eram superiores ás actuais.

O principio deve ser igual para todos, e não se segundo as nossas conveniências ou principios ideologicos!
Título:
Enviado por: Edu em Novembro 01, 2008, 07:05:40 pm
Caro foristas há a meu ver aqui uma questão fundamental no meio disto tudo, de facto para muita pena minha, pois eu sou daqueles que dou muito valor a umas forças armadas bem equipadas e bem treinadas, é verdade que para grande parte da população portuguesa as nossas forças armadas são dispensaveis, muita gente acha de facto que apenas deviamos de ter policia e gnr. Mas porque é que isto acontece? a meu ver isto até tem razão de ser, as formas armadas para existirem tal como qualquer outro emprego tem de ser util tem de mostrar que faz muita falta se deixasse de existir, acontece que para a população no seu geral elas não demonstram ser eficientes ou eficazes. A mentalidade do português comum em relação ás forças armadas é esta: E se entrassemos em guerra com tal país (porque para a pessoa comum as forças armadas, "a tropa", serve para andar em guerra)? E é obviu que esta resposta para todos os portugueses era, os espanhois são mais fortes que nós, os estados unidos são mais fortes que nós, a frança é mais forte que nós, a inglaterra é mais forte que nós, e todos os portugueses sabem que caso fossemos invadidos por um país nosso vizinho as nossas forças armadas sozinhas eram sempre derrotadas. Então se elas são sempre derrotadas sozinhas não servem para nada, é assim que o português comum pensa...E nós acabamos por não ter grande medo da guerra porque estamos na NATO e dizemos assim "á se alguem se metesse connosco tinhamos a NATO do nosso lado" quer dizer neste modo de ver as coisas de facto é dificil fazer ver aos portuguêses a utilidade das forças armadas. E se o povo não reconheçe a utilidade das mesmas muito mais dificil é aceitar que elas venham a pedir boas condições.

A culpa disto é das forças armadas? Como é obvio não, elas de facto têm alguma culpa, mas a principal culpa não é delas, a culpa é de termos umas forças armadas que apenas vivem para a NATO, que nem sequer equacionam qualquer acção fora da NATO. Tenho a certeza que se as nossas forças armadas se mostrassem mais capazes a opinião dos portugueses em relação ás mesmas era mais favoravel. Voltando á forma de pensar do português comum, se se olhasse para as nossas forças armadas e vissemos umas forças armada que por exemplo fossem capaz de hipoteticamente fazer frente aos espanhois sem duvida que elas tinham muito mais valor, a função delas era proteger-nos hipoteticamente dos espanhois e ai até o povo era de acordo que tivessem mais meios para cumprir essa tarefa. Agora a realidade é que os espanhois até sobrevoam as nossas ilhas com caças e nós nem um helicoptero lá temos, os americanos estam á borla nas nossas bases aereas, as nossas forças armadas apemnas servem como reforço das dos outros países nos teatros internacionais, quer dizer com isto de facto é impossivel que o povo veja utilidade nas mesmas.
A partir do momento em que o povo vê pouca utilidade nas forças armadas os governos dão menos dinheiro ás mesmas, com menos dinheiro menos capacidades, e então menos utilidade têm e isto é um circulo vicioso de decadencia das forças armadas. Tornasse obvio que perante esta realidade de pouca utilidade das forças armadas e crise económica aparecerem oficiais queixarem-se que ganham pouco acaba por ser um pouco ultrajante...
Se as forças armadas querem ter mais condições têm de começar a dar mais expectaculo para o povo (com operações de maior visibilidade sozinhas e não como complemento das forças de outros países), e tem de mostrar mais capacidade (com mais paradas, maior numero de equipamentos e mais pessoal) que é para os Portugueses pensarem temos umas forças armadas que nos protegem dos espanhois (porque para o portugues comum os espanhois são os maiores inimigos, historicamente), e por isso vamos-lhe dar mais dinheiro para garantirem ainda mais a nossa capacidade de sermos independentes.

Cumprimentos a todos  :wink:
Título:
Enviado por: Lightning em Novembro 01, 2008, 07:19:35 pm
Citação de: "tyr"
o problema é que para grande parte do pessoal (sobretudo pessoal de lisboa e do porto) as forças armadas são inuteis pois não sonham o que elas fazem.
a autoridade aerea e maritima em portugal é exclusivamente militar, se acabarem com a marinha e a força aerea acaba se criando uma outra coisa, mas que no fundo é igual, mas como o pessoal é civil, o rombo nos cofres do estado será muito maior.
a nivel de reacção a catastrofes (sejam elas guerra (altamente improvavel), terramotos (que ocorrem normalmente nos açores), cheias, incendios florestais de grandes proporções, resgate de cidadãos nacionais em zona de conflito, etc..) só as forças armadas têm capacidade de reforçar a protecção civil, quendo não se da o caso de serem as unicas com capacidade de intervir (e muitas vezes tambem são dos poucos que conseguem apoiar o governo civil de uma forma economica, como por exemplo na criação de corta fogos, pontes militares para substituir temporariamente outra ponte, abertura de estradas municipais, etc...).

Exacto, para que uma (ou várias) organizações civis fizessem o que as Forças Armadas fazem a nivel de apoio à comunidade (e aqui nem se fala em unidades de combate) seria um rombo enorme no orçamento, só o que se teria que gastar em horas extraordinárias diáriamente, os ordenados de pilotos civis para as missões SAR e de vigilancia maritima, uma guarda costeira, equipas NBQ, equipas EOD e outras coisas que nem tenho conhecimento.
E no fim de pagarmos isto tudo ainda não tinhamos nem F-16, nem fragatas, nem Brigadas de combate, etc.

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as forças armadas a meu ver (e digo isto como um militar ja com uns aninhos) somos a reserva para quando as coisas correm mal (e por acaso tambem estamos armados).

se me disserem que as forças armadas estão mal estruturadas, que têm equipamento desadequado às missões, que têm quarteis, generais e oficiais superiores a mais, ai tenho que concordar, agora que são inuteis revela desconhecimento.

relativamente à fuzão dos 3 ramos, na teoria sim parece bem, na pratica poderia se ter um comando, uma logistica e um sistema de instrução unificado, mas os meios navais continuariam a ser Marinha, os aereos Força Aerea e os terrestres Exército.


Existem paises que tem as forças armadas unificadas (Canadá, Bélgica, etc), mas a (ainda) não existencia desse sistema em Portugal não pode ser justificação para se atirar pedras aos militares, isso cabe ao poder politico e às chefias militares de mais alta patente.

No Canadá e na Bélgica os meios militares estão muito bem separados pelas três componentes operacionais, a Componente Aérea tem tudo o que voa, a Componente Marítima tem tudo o que navega e a Componente Terrestre tem tudo o que é forças terrestres, isso a ser feito em Portugal iria mexer em muitas quintinhas e pequenas unidades especializadas em certos ramos, como por exemplo o Corpo de Fuzileiros e a Esquadrilha de Helicopteros da Marinha, a Unidade de Aviação Ligeira do Exército e talvez a Polícia Aérea.

Cá em Portugal se sempre for para a frente uma reorganização do género já me ficava satisfeito com certas coisas como a existencia de um unico Estado-Maior em vez de quatro, a fusão de certos Comandos Logisticos, de Pessoal, de Instrução e um sem numero de Direcções que fazem exactamente a mesma coisa mas cada um para o seu ramo, porque a nivel de unidade territorial (Regimento, Base Aérea) não me parece mal organizado, mas uma visão exterior é capaz de achar o contrário e talvez ou não também devessem ser reorganizadas.
Título:
Enviado por: tyr em Novembro 01, 2008, 08:35:08 pm
a nivel da FAP e da armada, não sei se existem ou não unidades a mais, mas no exercito, isso é uma realidade, pois temos unidades que consomem pessoal só para as manter, mas que a nivel operacional andam perto do zero (essas unidades a mais são uma herança do dispositivo de defesa territorial contra uma invasão espanhola).
Título:
Enviado por: nelson38899 em Novembro 01, 2008, 09:27:36 pm
Eu vou dar um exemplo, havia pessoal da empresa onde trabalho que criticavam sempre as forças armadas que não servem para nada posso apenas dizer que desde que passou na rtp a reportagem sobre os f16 a ideias deles mudaram. Acho que as forças armadas precisavam de uma publicidade que limpassem a imagem, talvez com o apoio da televisão publica isso se conseguisse.
Título:
Enviado por: typhonman em Novembro 01, 2008, 11:12:05 pm
Na TVE espanhola havia um programa que em cada episódio retratava a vida e as missões de uma unidade de um dos 3 ramos das FA´s espanholas.Sem dúvida um meio essencial para "mostrar" as FA´s ao povo.

Aqui em Portugal, o povo é estupido, burro e ignorante, está instalada a ideia que os militares "não fazem nada" "são parasitas" e "estão de barriga cheia".


http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx ... omentarios (http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?channelid=00000090-0000-0000-0000-000000000090&contentid=C2ED8782-323B-4718-8EC0-7F872540713C&goComments=51#comentarios)

Já ha sugestões para acabar com o  "desperdicio"...
Título:
Enviado por: Camuflage em Novembro 02, 2008, 02:00:25 am
Citação de: "Typhonman"
Na TVE espanhola havia um programa que em cada episódio retratava a vida e as missões de uma unidade de um dos 3 ramos das FA´s espanholas.Sem dúvida um meio essencial para "mostrar" as FA´s ao povo.

Aqui em Portugal, o povo é estupido, burro e ignorante, está instalada a ideia que os militares "não fazem nada" "são parasitas" e "estão de barriga cheia".


http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx ... omentarios (http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?channelid=00000090-0000-0000-0000-000000000090&contentid=C2ED8782-323B-4718-8EC0-7F872540713C&goComments=51#comentarios)

Já ha sugestões para acabar com o  "desperdicio"...


LOL o zé é quem sustenta a função publica e quem mais sofre, estão no direito de protestarem contra quem mais regalias têm na sociedade e quem mais protesta.

Vamos ver o cenário actual, hoje em dia quem se junta às forças armadas é quem está desesperado por um emprego, um salário e de preferência um trabalho de escritório, para evitar provas fisicamente desgastantes. Ao fim dumas renovações, se tiverem sorte de as ter, vêm embora, muitos são os que nem sequer completaram o secundário e acabam em empregos ligados à área da segurança ou do crime (o grande tabu de que se evita falar). Se estiveram na área administrativa poderão ter a sorte de arranjar algo semelhante.
Pronto salvo algumas excepções de aventureiros ou por quem sonhou sempre ser militar.

Depois temos os oficiais que estão no quadro com a vida garantida, quando saírem esperam uma choruda reforma, sem terem tido necessidade de alguma vez participarem num cenário de guerra, nem dispararem um único tiro. Alegando o famoso cliché militar "Eu servi o meu país!". As missões de paz ou de apoio humanitário são coisas recentes do século XX, não foi para isto que as forças armadas foram inicialmente concebidas, apenas se adaptaram a estes papeis por possuírem os meios ou porque necessitavam de se encaixar para além do típico papel.

Existe um grande desperdício de $ na aquisição de material militar, formação e treinos, mas o retorno que a sociedade portuguesa obtém não é nenhum ou limitado.
É muito giro falar-se em incêndios ou catástrofes, mas quando os militares são enviados, irão apenas complementar as falhas civis em recursos humanos, grande parte das vezes com unidades que nem sequer estão preparadas para lidar com este tipo de cenários.
Longe vão os tempos dos C-130 equipados com retardador e o principal papel em solo nacional, a nível humanitário são as missões salva-vidas que a força aérea conduz, uma vez que não há uma guarda-costeira.

Vou dar um exemplo do que seria o perfil dum candidato para forças armadas profissionais:

-Ter no mínimo 12º ou equivalente
-Dominar 2 línguas estrangeiras
-Conhecimentos da óptica de utilizador de informática
-Robustez física

As provas de selecção passariam por provas físicas e exames que durariam não menos que um 1 mês.
Entrada para curso de oficiais, sargentos ou para forças especiais requeria o mínimo de 2 anos de experiência militar.

Chamar alguns consultores de empresas militares privadas para reorganizar e adaptar as nossas forças conforme o orçamento e necessidades actuais, também não seria má ideia. Até podem dizer que temos pessoal capaz, mas o problema é que podem estar a sujeitar-se às influências internas...
Título:
Enviado por: Miguel em Novembro 02, 2008, 09:09:21 am
Estou profundamente chocado com a atitude das chefias militares.

E com estes tipos que defendemos a patria?? que olhem primeiro para a carteira??

Isso quer dizer que eu sendo um inimigo de Portugal, pago os chefes militares e consigo conquistar Portugal em 2 horas??

TRAIDORES

Exigo o fim desses actos, substituiçao desses oficiais, voltar ao SMO etc.....
Título:
Enviado por: tyr em Novembro 02, 2008, 01:15:19 pm
as forças militares não executam muitas das missões, por falta de vontade politica e por terem querido encher os bolsos, criando meios redundantes, em vez de investir nas forças armadas.
por exemplo a fap não utiliza os seus meios para combater incendios, porque na altura do guterres este os proibiu e em simultaneo a nivel politico nunca houve vontade de em tal investir.

e é verdade que muitos (se não a maioria) vem para a tropa pensando em ganhar uns trocos e não fazer nenhum, mas quando cá chegam têm um choque (salvo algumas exepções) e a grande maioria desse pessoal não fica na tropa até ao final do primeiro contrato (grande parte deles desiste logo na recruta).

relativamente ao pessoal ter o 12º ano, eu digo com toda a convicção tirando uma minoria a maioria do pessoal que dá bons militares é o pessoal que começou a trabalhar cedo (ou seja não estudaram até ao 12º), a maior parte do pessoal que eu apanho que só foi estudante, não passa normalmente de um menino mimado.
dominar duas linguas é ridiculo, mas se me disseres que saber falar inglês deveria ser obrigatório para oficias e sargentos, tenho que informar que já o é (para o pessoal que quer entrar para o quadro).
conhecimentos de informatica, qualquer bajolo aprende a utilizar o computador para o que precisa por isso é redundante.
Robustês fisica, se não a tiveres não entras para qualquer força especial ou tens possibilidade de concorrer ao quadro. todo o resto do pessoal tem que ter a robustez minima para a função.

o concorrer para oficial ou sargento ter no minimo 2 anos concordo, se me disseres o mesmo para concorrer para os paras ou comandos discordo vêmentemente.
Título:
Enviado por: Camuflage em Novembro 02, 2008, 03:31:59 pm
Citação de: "tyr"
as forças militares não executam muitas das missões, por falta de vontade politica e por terem querido encher os bolsos, criando meios redundantes, em vez de investir nas forças armadas.
por exemplo a fap não utiliza os seus meios para combater incendios, porque na altura do guterres este os proibiu e em simultaneo a nivel politico nunca houve vontade de em tal investir.

Isso também porque havia interesse do sector privado em meter ao bolso ricas fatias de lucro, na verdade a melhor forma de prevenção aos incêndios passaria por mobilizar unidades militares para as áreas mais vulneráveis, além de treino, marcariam uma presença de autoridade. Mas não há interesse nisso porque não dá lucro.

Citação de: "tyr"
relativamente ao pessoal ter o 12º ano, eu digo com toda a convicção tirando uma minoria a maioria do pessoal que dá bons militares é o pessoal que começou a trabalhar cedo (ou seja não estudaram até ao 12º), a maior parte do pessoal que eu apanho que só foi estudante, não passa normalmente de um menino mimado.


O problema não é enquanto permanece, enquanto é pouco formado academicamente é bem manipulado, por isso são sempre bons paus mandados. Isto não está presente em forças militares profissionais que requerem conhecimentos geopolíticos, de línguas, comunicações entre outras aos soldados.
Qualquer bajolo como dizes sabe usar um computador ou pensa saber usar... saber aceder ao Windows ou criar uns textos não é saber usar um computador, é saber quase comunicar com gestos... :x
Um soldado de um exército profissional, deve ter o seu lugar assegurado por bons conhecimentos, um dia que o seu contrato ou regime de voluntariado terminar. Em vez de sair para o mundo do crime ou para a área da segurança.

Quando a 2 anos de experiência mínima para forças especiais seria o mais adequado, pois é uma rigorosa perda de tempo estar a ensinar o básico como o tiro, manutenção etc interessa é que a pessoa possua já conhecimentos básicos e venha adquirir os conhecimentos avançados, sendo o programa de selecção extenso. Não partindo do pressuposto: entrem que depois vemos quem fica de fora, enquanto isso o Estado paga e sustenta os futuros falhados pelo tempo que conseguirem aguentar. pff

Quanto aos comandos já há muito que deveriam ter um papel mais adequado aos tempos modernos e equiparado à 1st SFOD-D. Em vez disso vivem todos à custa dos tempos do ultramar a regurgitar vitórias alcançadas em algumas batalhas no século passado.

Um modelo que sugiro além do comando unificado, é o envio de oficiais dos 3 ramos das diferentes áreas, para países como os EUA, Rússia, Israel, África do Sul, Colômbia e Reino Unido, para receberem formação durante um ano em cada um dos países bem como integrar unidades de combate das mesmas. Sendo que ao fim desses anos voltam a Portugal para implementar novas técnicas, tácticas e treinos inovando todo o sistema militar. Sistema este que deve ser dotado de poucos mas bons, adequado ao orçamento disponível.
É claro que a contratação de empresas militares privadas poderia facilmente ajudar nisto, mas lá voltam as velhas vozes do restelo com o prejuízo os seus interesses.
Título:
Enviado por: Trafaria em Novembro 02, 2008, 04:30:49 pm
Citação de: "camuflage"
a melhor forma de prevenção aos incêndios passaria por mobilizar unidades militares para as áreas mais vulneráveis, além de treino, marcariam uma presença de autoridade.

Vamos lá colocar as coisas com lucidez.
Temos que ter presente que o nosso exercito terá um pouco mais 10.000 praças. Há quarteis sem soldados, há cabos a fazer reforço!!
Onde é que iam buscar soldados para vigiar florestas?

Qual autoridade???
Militares nao a têm, logo nunca a podem impor.
Nada acontece a um civil, seja ele quem for por desobedecer a um militar, tenha ele a patente que tiver.
A palavra de militar também nao faz fé em tribunal bem como a prova por ele recolhida!

Centremos as coisas, os militares têm a sua missão. Foquemo-nos nela!!
Título:
Enviado por: tyr em Novembro 02, 2008, 04:37:32 pm
então quer dizer que eu poderia ir para o mercado privado e dar formação ao exercito portugues, visto ja me terem oferecido trabalho numa empresa do tipo.
o exercito portugues a nivel doutrinario não esta tão mal como muitos julgam, tem é falta de pessoal (praças) e de equipamentos adequados.

e a nivel dos estudos (12º ano) tenho que discordar, o que eu faço é incentivo todo o pessoal militar que não tenha os estudos a tira-los (e isso funciona), e o pessoal que eu digo que são bons militares não costumam ser nada burros, não sabem é matematica do 12º ano, mas têm ja alguma experiencia de vida e lutam por aquilo que querem.

E pergunto me para que quer um apontador de ML usar um computador (estou só a falar no nivel proficional), apesar de na tropa eventualmente acabar por aprender a mexer num?

os comandos portugueses, se os queres comparar com os broncos dos americas tens que os comparar com os Rangers e não com os SF eses são equivalentes aos OE.

os OE eses concordo que tenham que ter algum tempinho antes de irem para lá, mas no post anterior generalizastes o que é errado.

pergunto me se sabes o que faz parte do exercito para a população civil?
para caso não saibas no verão mantem equipas de sapadores florestais no terreno (na cidade obviamente não são vistos), mantem pessoal em prontidão para reforçar os bombeiros se elses o pedirem, abre cortafogos e ajuda na desmatação, mantem prontidao uma equipe para qualquer ataque com agentes NBQR ou acidente (tipo derrame de TIC ou um surto de gripe das aves), tem equipes EOD para qualquer engenho que ultrapasse as capacidades da PSP ou GNR, faz trabalhos para as camaras municipais quer aberura de estradas, quer demolição de pontes, quer substituição temporaria de pontes quer inclusive a desinfestação de uma pecuaria com centenas de portos mortos e em avançado estado de decomposição. Quando existem calamidades é sempre o exercito que avança para reforçar os meios no terreno, quer sejam terramotos nos açores, quer sejam enchurradas no alentejo ou cheias no ribatejo.
em entre os rios quem esteve lá? entre outros o exercito e só não montou lá um pontão porque entretanto tinham ja arranjado um barqueiro (o que dá dinheiro a alguem).
Título:
Enviado por: Camuflage em Novembro 02, 2008, 05:10:18 pm
Citação de: "Trafaria"
Vamos lá colocar as coisas com lucidez.
Temos que ter presente que o nosso exercito terá um pouco mais 10.000 praças. Há quarteis sem soldados, há cabos a fazer reforço!!
Onde é que iam buscar soldados para vigiar florestas?

Que interessa ter militares parados nos quartéis? Interessa é que estejam no terreno, aquilo que dizes é que há falta de pau mandado basicamente. Provavelmente porque não há incentivos suficientes e o futuro ao pau mandado não está assegurando infelizmente.

Citação de: "Trafaria"
Qual autoridade???
Militares nao a têm, logo nunca a podem impor.
Nada acontece a um civil, seja ele quem for por desobedecer a um militar, tenha ele a patente que tiver.
A palavra de militar também nao faz fé em tribunal bem como a prova por ele recolhida!

Não disse para actuarem como policias, mas apenas para marcarem presença, toda a gente sabe que a presença de um elemento fardado implica alguma autoridade especialmente quando está dotado de uma arma. Da mesma forma que a engenharia militar actua nas zonas florestais a infantaria também pode promover acções de patrulha como treino.

Citação de: "Trafaria"
Centremos as coisas, os militares têm a sua missão. Foquemo-nos nela!!

Mas que missão? Esse é que é o mal actual, se a missão visa ser uma força militarizada de ajuda humanitária, então não é preciso equipamento de guerra para nada!

Citação de: "tyr"
então quer dizer que eu poderia ir para o mercado privado e dar formação ao exercito portugues, visto ja me terem oferecido trabalho numa empresa do tipo.

Acho que isso caberia à empresa definir conforme os acordos realizados com o Estado português e as eventuais necessidades de formação. Mas não me iria admirar que recorressem a estrangeiros para dar a formação.

Citação de: "tyr"
e a nivel dos estudos (12º ano) tenho que discordar, o que eu faço é incentivo todo o pessoal militar que não tenha os estudos a tira-los (e isso funciona), e o pessoal que eu digo que são bons militares não costumam ser nada burros, não sabem é matematica do 12º ano, mas têm ja alguma experiencia de vida e lutam por aquilo que querem.

A ver se me faço entender, hoje em dia ninguém é nada sem papeis a comprovar as habilitações que tenha, claro que se falarmos de cunhas tanto faz, mas fora isso é preciso ter papeis.
Até as lojas de roupa de já exigem 12º e conhecimento de duas línguas estrangeiras!
Temos que ter em atenção as necessidades do individuo após a sua saída da vida militar, o curriculum militar na vida civil não serve rigorosamente para nada quando se vai candidatar a um emprego, seja numa fabrica ou no comércio.

Em relação aos conhecimentos informáticos, mais uma vez estou a ter em conta o futuro do individuo e não apenas o percurso temporário na vida militar. Este é que é o problema, estás a limitar os horizontes e partir do principio que todos os que vão para as forças armadas ficam lá até morrer, quando essa realidade só concerne aos oficiais do quadro.

Citação de: "tyr"
os comandos portugueses, se os queres comparar com os broncos dos americas tens que os comparar com os Rangers e não com os SF eses são equivalentes aos OE.

Eu não quero sequer comparar, acho é que os tempos mudaram e a sua missão também porque se os comandos como dizes são equiparados aos Rangers americanos, então as nossas tropas de OE popularmente chamados de Rangers são o quê? Acho mesmo que a maioria da população terá algumas dificuldades em perceber a existência de ambas, eu próprio tenho dificuldades. Por isso considero que os comandos devem ter um novo lugar adequado aos tempos modernos.

Citação de: "tyr"
pergunto me se sabes o que faz parte do exercito para a população civil?
para caso não saibas no verão mantem equipas de sapadores florestais no terreno (na cidade obviamente não são vistos), mantem pessoal em prontidão para reforçar os bombeiros se elses o pedirem, abre cortafogos e ajuda na desmatação, mantem prontidao uma equipe para qualquer ataque com agentes NBQR ou acidente (tipo derrame de TIC ou um surto de gripe das aves), tem equipes EOD para qualquer engenho que ultrapasse as capacidades da PSP ou GNR, faz trabalhos para as camaras municipais quer aberura de estradas, quer demolição de pontes, quer substituição temporaria de pontes quer inclusive a desinfestação de uma pecuaria com centenas de portos mortos e em avançado estado de decomposição. Quando existem calamidades é sempre o exercito que avança para reforçar os meios no terreno, quer sejam terramotos nos açores, quer sejam enchurradas no alentejo ou cheias no ribatejo.
em entre os rios quem esteve lá? entre outros o exercito e só não montou lá um pontão porque entretanto tinham ja arranjado um barqueiro (o que dá dinheiro a alguem).


Eu estou a par disso, mas para isso volto a referir o que disse atrás: para que são os meios pesados de combate se o objectivo passa por missões de apoio civil e humanitário?

Ps: Não me oponho às forças armadas, apenas estou a debater o assunto para clarificar as ideias que eu possa ter em relação às mesmas, contudo acho que necessitam de sérios ajustes à realidade e às necessidades do país se querem ser bem vistas pela sociedade portuguesa.
Título:
Enviado por: tyr em Novembro 02, 2008, 05:42:43 pm
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Eu estou a par disso, mas para isso volto a referir o que disse atrás: para que são os meios pesados de combate se o objectivo passa por missões de apoio civil e humanitário?

o exercito serve para muitas coisas, uma é o apoio à população civil, outro é disuadir qualquer agressão ao nosso pais (presente(muito improvevel) ou futuro (é só uma questão de tempo)) e ainda fortalecer as relações internacionas de portugal (normalmente através de missões de apoio à paz, acções de combate no afeganistão ou cooperação militar).

Citar
u não quero sequer comparar, acho é que os tempos mudaram e a sua missão também porque se os comandos como dizes são equiparados aos Rangers americanos, então as nossas tropas de OE popularmente chamados de Rangers são o quê? Acho mesmo que a maioria da população terá algumas dificuldades em perceber a existência de ambas, eu próprio tenho dificuldades. Por isso considero que os comandos devem ter um novo lugar adequado aos tempos modernos.

os OE apesar de serem designados rangers, pouco ou nada têm a ver com eles a não ser que os fundadores tinham o curso de ranger americano. Os comandos são uma tropa de choque especialistas em guerra contra subversiva e se achas que eles estão desadequados, quase toda a doutrina actual nese tipo de guerra é de origem portuguesa e os comandos no afeganistão ainda ensinaram umas coisinhas aos americas (as nossas tropas em missãos contrasubversivas e manutenção de paz a nivel internacional são das mais bem vistas).

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A ver se me faço entender, hoje em dia ninguém é nada sem papeis a comprovar as habilitações que tenha, claro que se falarmos de cunhas tanto faz, mas fora isso é preciso ter papeis.
Até as lojas de roupa de já exigem 12º e conhecimento de duas línguas estrangeiras!
Temos que ter em atenção as necessidades do individuo após a sua saída da vida militar, o curriculum militar na vida civil não serve rigorosamente para nada quando se vai candidatar a um emprego, seja numa fabrica ou no comércio.

Em relação aos conhecimentos informáticos, mais uma vez estou a ter em conta o futuro do individuo e não apenas o percurso temporário na vida militar. Este é que é o problema, estás a limitar os horizontes e partir do principio que todos os que vão para as forças armadas ficam lá até morrer, quando essa realidade só concerne aos oficiais do quadro.

ok, és favoravel a reduzir o exercito a 3000 praças pois em portugal poucos dos que vêm para o exercito têm essa escolaridade e os que têm na grande maioria são uns tótós mimados sem qualquer robustez psicologica (mil vezes mais importante que a fisica), todo o resto do pessoal aproveita o tempo de tropa (os que não são burros) para completarem o 12º ano e tirar um curso profissional.
eu sou de engenharia e todo o pessoal que for operador de equipamento de engenharia por exemplo tem o emprego garantido quando sair.

relativamente ao quadro, não são só os oficias podem ser do quadro,  os sargentos tambem o podem ser, mas os oficias entram directamente para a academia enquanto os sargentos têm que passar um tempinho como contratados antes de poderem concorrer à ESE.

Citar
Que interessa ter militares parados nos quartéis? Interessa é que estejam no terreno, aquilo que dizes é que há falta de pau mandado basicamente. Provavelmente porque não há incentivos suficientes e o futuro ao pau mandado não está assegurando infelizmente.


militares parados nos quarteis Rir Rir não fazes mesmo a minima ideia do que é ser actualmente militar.
Título:
Enviado por: Trafaria em Novembro 02, 2008, 05:48:21 pm
Citação de: "camuflage"
Mas que missão? Esse é que é o mal actual, se a missão visa ser uma força militarizada de ajuda humanitária, então não é preciso equipamento de guerra para nada!

Qual missão?!!!!
A missão da forças armadas é a manutenção da soberania nacional. Nesse desiderato cabe-lhes evitar e lutar contra a violação das suas fronteiras por parte de outros estados. E francamente nao acho que seja pouco!

O resto é lateral e acessório!
Título:
Enviado por: Camuflage em Novembro 02, 2008, 09:40:09 pm
Citação de: "tyr"
o exercito serve para muitas coisas, uma é o apoio à população civil, outro é disuadir qualquer agressão ao nosso pais (presente(muito improvevel) ou futuro (é só uma questão de tempo)) e ainda fortalecer as relações internacionas de portugal (normalmente através de missões de apoio à paz, acções de combate no afeganistão ou cooperação militar).

Questão de tempo? lol
Dissuadir quem?
Ora vamos lá ver, se o contexto é o actual as únicas ameaças que enfrentamos é do famoso fantasma chamado de "al qaeda" e do crime organizado. Fora disso estamos dentro dum clube grande de aliados que certamente na ausência de forças armadas nacionais tomará as rédeas por nós.

Acções de combate no Afeganistão? Eu chamar-lhe-ia acções de patrulhamento como têm sido sempre, além do mais, que raio temos nós haver com o que se passa por lá, é só mesmo para fazer monte, depois recebemos uns elogios para convencer o publico português que adora ser pavoneado e dar um motivo para enviar mais carne para canhão.
A missão no Líbano faz muito mais sentido tal como todas as missões de carácter humanitário ou de reconstrução ou mesmo de assistência médica.

Citação de: "tyr"
os OE apesar de serem designados rangers, pouco ou nada têm a ver com eles a não ser que os fundadores tinham o curso de ranger americano. Os comandos são uma tropa de choque especialistas em guerra contra subversiva e se achas que eles estão desadequados, quase toda a doutrina actual nese tipo de guerra é de origem portuguesa e os comandos no afeganistão ainda ensinaram umas coisinhas aos americas (as nossas tropas em missãos contrasubversivas e manutenção de paz a nivel internacional são das mais bem vistas).

lol acho que estás a ser muito obtuso, não deves subestimar uma força com muito mais experiência que a nossa em teatros de operações.
Eu não manteria muito a fé nessa doutrina, porque o inimigo há muito que há deixou o camuflado e a selva, a não ser excepções como as Farc.

As nossas tropas são sempre bem vistas pois não arranjam problemas com os locais, não se envolvem em crimes contra civis e os elogios fazem parte duma tipica propaganda "sondes bons, mandem mais" ou quando o governo quer convencer o povo que está a gastar bem o $ dos contribuintes. Pois não tenhamos duvidas que este tipo de missões ficam extremamente caras e só lucram quem nelas vai, o zé continua na mesma, não é por isso que vai ganhar um emprego no estrangeiro ou melhor ordenado.
 
Citação de: "tyr"
ok, és favoravel a reduzir o exercito a 3000 praças pois em portugal poucos dos que vêm para o exercito têm essa escolaridade e os que têm na grande maioria são uns tótós mimados sem qualquer robustez psicologica (mil vezes mais importante que a fisica), todo o resto do pessoal aproveita o tempo de tropa (os que não são burros) para completarem o 12º ano e tirar um curso profissional.
eu sou de engenharia e todo o pessoal que for operador de equipamento de engenharia por exemplo tem o emprego garantido quando sair.

Obviamente que algumas engenharias ainda têm saídas no mercado nacional, mas isso não significa que se esteja a passar com a maioria dos contratados ou em regime de voluntariado, que vão com expectativas de emprego.
Os casos que tenho conhecimento é de quem nem sequer lá gosta de estar, é porque têm que ser, não há mais nada e a vontade de estudar também é pouca ou nenhuma.
Mas que não haja duvida que sou favorável a um pequeno comando militar pequeno, com tropas altamente profissionais e capazes de agir em qualquer parte do mundo, haja o que houver, com um tempo de resposta rápido.
Uma coisas coisas que não temos e sou favorável seria medicina de combate, um dos empregos mais stressantes do mundo, mas que provavelmente forma os melhores médicos e ajuda imenso a população tanto militar como civil em tempos de guerra ou de crise.


Citação de: "tyr"
relativamente ao quadro, não são só os oficias podem ser do quadro,  os sargentos tambem o podem ser, mas os oficias entram directamente para a academia enquanto os sargentos têm que passar um tempinho como contratados antes de poderem concorrer à ESE.

E quanto mais vai o quadro dilatar?

Citação de: "Trafaria"
Qual missão?!!!!
A missão da forças armadas é a manutenção da soberania nacional. Nesse desiderato cabe-lhes evitar e lutar contra a violação das suas fronteiras por parte de outros estados. E francamente nao acho que seja pouco!

O resto é lateral e acessório!


 :censurado: as fronteiras acabaram com a integração na UE, fazemos parte da NATO, temos alianças, somos reconhecidos pela ONU, não me parece que de modo algum a soberania nacional esteja em causa.
Soa muito a conservadorismo.
Título:
Enviado por: tyr em Novembro 02, 2008, 10:00:10 pm
camouflage, ja vi que és o dono da verdade.

mas:
ignoras que a missão que os comandos tiveram no afeganistão foi de combate e naõ de passeio, e os que os estão a substituir (muitos sem o querer, mas só por que têm o dever de ir) os OMLT vão com o objectivo de treinar e coordenar tropas afegãs em combate.

ignoras que o mundo anda em ciclos e que se actualmente as forças armadas não parecem ser necessárias para defender a integridade nacional, no futuro de certeza que o irão ser (esperemos é que seja daqui a 500 anos).

ignoras que portugal pode se dar ao luxo de pensar em não ter forças armadas por pertencer à NATO mas a mesma NATO pede contrapartidas militares para a sua protecção (o afeagnistão é disso exemplo).

ignoras que a doutrina que esta a ser empregue no afeganistão e no iraque é ma variante da tatica da quadricula e psique de origem portuguesa (que por sua vez se baseou no estudo dos conflitos na Argelia, vietnam (francês), borneu, etc...).

ignoras que se agarares no livro de guerra contra subversiva de 1966 e leres um americano actual não encontras muitas diferenças.

ignoras estas e muito mais coisas e por isso tens a certeza para me chamares obtuzo, pois de tropa ja eu tenho uns aninhos, ja trabalhei com varias tropas e digo que a nivel de massa humana não ficamos atrás de ninguem.
Título:
Enviado por: Lightning em Novembro 02, 2008, 10:27:56 pm
Citação de: "tyr"
ignoras que portugal pode se dar ao luxo de pensar em não ter forças armadas por pertencer à NATO mas a mesma NATO pede contrapartidas militares para a sua protecção (o afeagnistão é disso exemplo).


Havia de ser bonito se os paises mais pequenos da NATO se lembrassem todos de acabar com as suas forças armadas, com a desculpa de aliviar o orçamento porque os nossos amigos americanos nos defendem :lol: isso é ser ingénuo.
É que a NATO acabava logo a seguir, os americanos não são assim tão burros, então iam ficar obrigados a nos defenderem na mesma como agora mas quando quando houvesse necessidade de enviar tropas para o Kosovo, Afeganistão, etc também só iam eles porque os outros paises pequenos não tem forças armadas e ficava tudo bem.

Pessoalmente até acho que a existencia da NATO nos ajuda a nivel de orçamento para as Forças Armadas, porque ao existir uma defesa comum, isto é, todos os paises se ajudam uns aos outros, faz com que não tenhamos que ter umas forças armadas como a Suécia, podemos ter umas forças armadas mais pequenas mas como contrapartida temos que usar equipamento que seja do padrão da NATO, participar em missões da NATO, em exercicios conjuntos, etc.
Título:
Enviado por: Trafaria em Novembro 02, 2008, 11:45:09 pm
Citação de: "Camuflage"

Citação de: "Trafaria"
Qual missão?!!!!
A missão da forças armadas é a manutenção da soberania nacional. Nesse desiderato cabe-lhes evitar e lutar contra a violação das suas fronteiras por parte de outros estados. E francamente nao acho que seja pouco!

O resto é lateral e acessório

 :censurado: as fronteiras acabaram com a integração na UE, fazemos parte da NATO, temos alianças, somos reconhecidos pela ONU, não me parece que de modo algum a soberania nacional esteja em causa.
Soa muito a conservadorismo.


Naive, eu?
Meu caro, a sua resposta fede a insolência. É que eu não expressei uma opinião, quer queira quer não de facto e de jure esse é o quadro legal-constitucional enquadrante das Forças Armadas. Pode achar conservador, ou o que quiser … mas é essa a realidade!
Título:
Enviado por: Lince em Novembro 03, 2008, 09:31:36 am
Citação de: "Camuflage"
:censurado: as fronteiras acabaram com a integração na UE, fazemos parte da NATO, temos alianças, somos reconhecidos pela ONU, não me parece que de modo algum a soberania nacional esteja em causa.
Soa muito a conservadorismo.


 :lol:

A mim soa-me a piada “okupa”

Isto é não ter a mínima noção da realidade e implica uma grande dose de irresponsabilidade.

Já viu como anda o mundo ultimamente? Já viu o que é a actual UE? Já viu que em todas as organizações internacionais ditas solidárias, só importa os interesses dos mais fortes? E que são estes que ditam as suas leis? Já viu que mesmo nessas organizações as rivalidades históricas nunca foram superadas? Já olhou para o lado oriental da nossa fronteira? Já viu como andam as coisas por lá? Conhece a história?

Sejamos responsáveis. Ou se preferir, não sejamos ingénuos!
Título:
Enviado por: P44 em Novembro 03, 2008, 09:50:48 am
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Ministro critica politização de descontentamento de militares
Hoje às 07:29

O ministro da Defesa criticou a politização que se tem feito acerca do descontentamento dos militares. Em entrevista à RTP, Nuno Severiano Teixeira considerou ainda que o general Loureiro dos Santos não tem legitimidade para falar sobre a polémica entre o governo e as associações militares.

O ministro da Defesa condenou o aproveitamento político que está a ser feito de algum eventual descontentamento por parte dos militares e frisou que, em democracia, a hierarquia deve ser respeitada.


«Não é aceitável em democracia que se politize como se politizou uma questão que deve ser de Estado, as reformas internas nas Forças Armadas, pondo em causa a imagem externa e o prestígio das Forças Armadas», afirmou Nuno Severiano Teixeira.


Em entrevista à RTP, o titular da pasta da Defesa criticou ainda o facto de esta politização «ser feita por quem não tem legitimidade para o fazer», tendo lembrado que há «hierarquia, instituições próprias e interlocutores» em democracia.


Nuno Severiano Teixeira defendeu ainda que, em democracia, as Forças Armadas são o garante da legalidade e que não é correcto falar-se em perigo da democracia no que respeita ao descontentamento dos militares.


O ministro da defesa afirmou ainda não compreender os termos utilizados por Loureiro dos Santos para denunciar o alegado mal-estar que se vive nas forças armadas.


«Quando se diz que está em causa a democracia de certa forma está a dizer-se que há um carácter anti-democrático ou alguma possibilidade anti-democrática, ao dizer que podem haver coisas irreflectidas ou disparates levanta-se a ideia de que pode haver alguma leviandade», defendeu.

Nuno Severiano Teixeira adiantou que não encontra nenhuma daquelas situações «nas Forças Armadas, nem é essa a ideia que vejo quando vou ao Kosovo ou Afeganistão. Não só as Forças Armadas não põem em perigo a democracia, como são o garante da democracia».

Neste entrevista à RTP, Nuno Severiano Teixeira garantiu ainda estar a trabalhar para responder às exigências que têm vindo a ser apresentadas pelos militares.

«Há um conjunto de preocupações, de expectativa, de anseios em várias áreas da sociedade portuguesa e também existem nas Forças Armadas, mas isso há interlocutores institucionais. O Governo através do ministério da Defesa e os quatro chefes militares, estão a trabalhar para resolver as preocupações que existem», salientou.

Nuno Severiano Teixeira sublinhou ainda que as políticas que tem vindo a seguir têm como objectivo preparar as forças armadas para os desafios do futuro.


http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portug ... id=1037590 (http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1037590)
Título:
Enviado por: legionario em Novembro 04, 2008, 09:13:12 pm
Sera que vamos ter uma nova versao de "capitaes" de abril ? O CEMFA descaiu-se no discurso e o Vasco Lourenço confirma, ahahahah  !! Temos pois alguns jovens oficiais irrequietos e armados que se podem chatear com isto tudo e voltar a partir a louça tal como fizeram em 25.04.1974. Nesta altura, recordem-se, foi tambem uma questao de salarios que pos a tropa na rua .

Mas alguem leva a serio as "advertencias" do CEMFA e do Vasco Lourenço ?
Título:
Enviado por: Primy em Novembro 05, 2008, 01:01:48 am
Será que sim???será que não???Logo se verá.

A condição Militar está em decadência,e eu como Militar estou muito preocupado de ver a instituição nestas condições,vou esperar e ver onde as coisas vão parar,agora acho piada a quem não sabe de nada do que se passa nas FA e depois dizem que os Militares estão muito bem e ganham muito,e as regalias teóricas são uma maravilha,caros amigos,se assim o é,o que não faltam são vagas,entrem para a tropa!!!serão bem vindos,agora as minhas duvidas recaem em saber quantos em 1000 ficam mais de 1 ano,eu diria 100 na melhor das hipoteses,para não dizer 50,eu antes de falar o que não sei falava com os muitos Militares no activo e tentava saber o porquê do descontentamento e das condições e dificuldades que um Militar tem durante o seu dia de trabalho e ajudava-os e não os deitava a baixo,e mais,os Militares para esses senhores que pareçem anti-Militares,olhem na altura dos Incendios e se for perto das vossas casas dignem-se a ofereçer um pacote de Leite para limpar os pulmões,que nem isso os Militares têm direito no combate ás chamas no Verão e se tiverem uma garagem desocupada,arranjem um tecto para os Militares descansarem nas suas 2 horas de intervalo,escusam de ir dormir para o átrio de uma Igreja ao relento
Desculpem,mas fico bastante triste com certos comentários de estilo Socratismo,em que nada sabem mas tá sempre tudo muito bem  :cry:
Título:
Enviado por: Edu em Novembro 05, 2008, 01:24:44 am
Caro primy eu estou totalmente de acordo que a população apoie os militares, e ao contrario de muita gente eu acho que deviamos de ter umas forças armadas maiores, mais bem equipadas e treinadas. No entanto vai ter de concordar com uma coisa comigo, não é com ameaças de que jovens oficias se podem revoltar que se conquista o apoio do povo, e perante discursos desse tipo como o proferido pelo general loureiro dos santos até eu que pessoalmente sou mais pro-militar me revolto contra os militares. Os militares nunca podem ameaçar aquilo que o povo escolheu de livre vontade.

No sei qual o seu posto, mas quem se houve mais queixar são os oficiais e esses até têm bastantes boas condições, quando a praças e sargentos a coisa acredito que piore....

Cumprimentos   :wink:
Título:
Enviado por: Primy em Novembro 05, 2008, 01:05:21 pm
Mas de forma alguma se existisse um golpe de estado a população ficaria lesada,ou então a população não sabe o que gosta!!!pois votam no Governo e 6 meses depois o mesmo passou de bestial a besta,desejam que o 1ºMinistro acabe de vez o seu mandato para ser substituido mas a probabilidade de um golpe de estado é encarado como uma afronta ás escolhas do povo que reclama da escolha que fez...um pouco confuso não???  :wink:
Título:
Enviado por: tyr em Novembro 05, 2008, 07:31:41 pm
o grande problema dos militares é só um, tivemos 20 anos em que os governos se borrifavam para os militares e andavam sempre prejudica-los.
chegamos ao ponto de os militares não acreditarem que a cadeia herarquica funcione, para os defender, pois os chefes até podem falar, o problema é que quem os devia ouvir ignora-os e como os militares não podem expressar publicamente a sua opinião tambem não podem se defender de certas atitudes tomadas por este e alguns dos anteriores governos.
Título:
Enviado por: Primy em Novembro 05, 2008, 10:00:27 pm
Tens toda a razão,e desde ai a decadência da instituição,neste momento as coisas estão realmente no fundo,e retomar 5 anos perdidos vai custar muitos milhões de Euros e muito trabalhinho da parte dos Militares,tudo isto era escusado se a cadeia herarquica tivesse funcionado,e que os pedidos dos Militares fossem levados como necessidades e não como luxos desnecessários.
Título:
Enviado por: Lince em Novembro 06, 2008, 02:00:26 pm
Citação de: "JQT"
Cuidado com o Loureiro dos Santos. É uma marionete dos socialistas. E o que mais lhes convinha, a um ano de eleições e quando se sabe que 2009 vai ser um ano económicamente medonho, era uma asneirada militar para se fazerem de vítimas junto do povinho, demitirem-se, convocarem eleições antecipadas e terem maioria absoluta (e emotiva; até imagino o Sócas a gritar discursos sobre a vitória da Democracia...). E, de caminho, terem desculpa para darem um golpe mortal nas FAs (poupando muitos milhões, que seriam desviados para outros fins). Isto pode ser uma armadilha. Que ninguém caia nela. Até porque já se sabe que quem se lixa é o mexilhão.

JQT

Não sei se repararam, mas a propósito deste comentário do JQT, o s meios de comunicação social, ao serviço do PS, já começaram a guerra psicológica:

Um dos mais activos é o Jornal de Notícias, do qual destaco a crónica de um infeliz que mal sabe escrever, e que possui uma crónica que ninguém deve ler, pelo tamanho, e pelo joguinho de palavras típicas dos pseudo intelectuais de esquerda, normalmente ignorantes e obtusos, que poluem a nossa comunicação social.

Vejamos:

Citação de: "Manuel António Pina"
Camionistas fardados
Ontem

As arruaças dos camionistas parecem ter feito escola. Agora é a tropa, com generais como Loureiro dos Santos e Garcia Leandro a chantagearem o Estado com eventuais "disparates" de oficiais "mais corajosos, destemidos e talvez menos prudentes", e Vasco Lourenço a avisar: "Não provoquem as pessoas…" e a sugerir que, se estivéssemos nos anos 60, estariam criadas condições para um golpe de Estado. Isto porque parece que um coronel ganha metade do que ganha um juiz de círculo e porque os militares não têm um sistema de saúde decente.

O problema é que, contrariamente aos outros portugueses que ganham mal e não têm sistemas de saúde decentes, os militares possuem armas e, aparentemente, os "mais corajosos e destemidos" estarão dispostos a usá-las em proveito próprio. Em Dezembro, a Costa Rica comemora 60 anos sem Exército e sem ameaças de golpes de Estado. Os milhões assim poupados foram para obras sociais, saúde e educação, e a Costa Rica é hoje um país pacífico e um dos mais desenvolvidos da América Latina. Talvez seja altura de também nós repensarmos para que precisamos hoje de Forças Armadas.


Citação de: "Manuel António Pina"
Ainda as Forças Armadas
00h30m

Quando entro em polémicas, escolho os interlocutores. Desta vez abro, sem exemplo, uma excepção. Escreve-me um leitor com péssimas relações com a gramática insultando-me (adivinho-o fardado) por aqui ter sido questionada a utilidade das Forças Armadas (FA) hoje em Portugal, e ter sido evocado o exemplo da Costa Rica, que comemora 60 anos sem tal coisa, assim canalizando recursos para o investimento produtivo, a saúde e a educação.

Pergunta-me esse leitor se sei qual é a dívida externa da Costa Rica. Sei: é de 7,4 mil milhões de dólares (a de Portugal é de 461,2 mil milhões, a que não será alheio o facto de a Costa Rica gastar com os seus 12 mil polícias 0,4% do PIB e Portugal 2,3% com as FA). Sei ainda que a taxa de desemprego da Costa Rica, em 2007, foi (sem milhares de empregos nas FA) de 4,6% e a de Portugal de cerca de 8% e que, no mesmo ano, a sua economia cresceu 6,8% (a de Portugal 1,8%) e a sua produção industrial 7,3% (a de Portugal 2,3%). Tudo pode e deve ser questionado, e as FA também, sobretudo quando, como agora, delas surgem ameaças surdas contra a normalidade democrática.


Devemos estar atentos. O polvo parece ser enorme!
Título:
Enviado por: Trafaria em Novembro 06, 2008, 04:54:44 pm
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Tudo pode e deve ser questionado, e as FA também, sobretudo quando, como agora, delas surgem ameaças surdas contra a normalidade democrática.


Lince,
És a prova de que os os militares nao convivem bem com a realidade, frontalidade, liberdade de expressão ... etc. Nao admira pois que alguns ameacem pegar em armas para proveito próprio!
Título:
Enviado por: Lince em Novembro 06, 2008, 05:50:24 pm
Isso não é liberdade de expressão. É traição à pátria, sabe-se lá a troco de quê. É a mesma coisa que pôr em questão a continuidade de Portugal como nação independente. Lamentavelmente, muito parecem não se importar com isso. Preferem o seu ordenadinho a aumentar ao fim do mês, nem que isso implique o desaparecimento do próprio país. Lamentável.
Título:
Enviado por: Trafaria em Novembro 06, 2008, 06:11:20 pm
Nao, nao...
Nada disso consta nem pode inferir-se dos textos supra!

Sabias que os maiores e mais "importantes" traidores que Portugal conheceu eram eles mesmos membros das Forças Armadas?

E sabes que o que nao faltam na historia deste país são exemplos de patriotismo vindos de pessoas estranhas à instituição militar?

Nao sejas tão linear e ao mesmo tempo tão radical na defesa da tua dama. Em nada a prestigias, pelo contrário.
Título:
Enviado por: Lince em Novembro 06, 2008, 06:22:39 pm
Para os mais distraídos, os “textos supra” surgem a título de chantagem ameaçadora. Vocês ameaçam protestar? Ousam protestar? Vejam lá, porque se não ainda acabamos com as F. A. Simples de perceber.

Chantagem e ameaças que não apareceram por acaso, no meio em causa. Típico deste Governo!
Título:
Enviado por: Primy em Novembro 06, 2008, 06:39:55 pm
Pois é Lince,mas o que é que o Governo tem em comum com as FA,engraçado,os professores ganham €1000/mês protestam e são uns coitados mal pagos para 5 horas horárias,um Militar que tá ao serviço 24 horas e ganha €500 não tem direito a meter um ponto final no espezinha nas FA,boa linha de pensamento...

Cumprimentos  :wink:
Título:
Enviado por: abatista em Novembro 06, 2008, 06:59:30 pm
Comparar o salário de um praça ao de um professor é de mestre! :lol:
Título:
Enviado por: flavio em Novembro 06, 2008, 07:21:16 pm
Citação de: "abatista"
Comparar o salário de um praça ao de um professor é de mestre! :) estava a favor dos militares ou dos professores?
É que um trabalho mais físico não tem que ser necessáriamente menos recompensado em termos de salário. É só vermos um caso de um pedreiro, por exemplo, se trabalhar tantas horas por dia como um militar excede (e muito) os 1000 euros ganhos por um professor.
Cumprimentos ;)
Título:
Enviado por: Trafaria em Novembro 06, 2008, 07:24:29 pm
Citação de: "abatista"
Comparar o salário de um praça ao de um professor é de mestre! :lol:


Nada mau.... Vai lá mais para trás e vê-los-às a compararem-se com juízes ...
Título:
Enviado por: Primy em Novembro 06, 2008, 08:06:42 pm
Mais fácilmente pago €1000 euros de salário a um Militar que neste pais faz tudo menos o seu trabalho que a um Professor que andou na boa vida a estudar e agora faz greves porque diz que estão mal,quando são dos mais previligiados do estado  :lol:
Título:
Enviado por: Lightning em Novembro 06, 2008, 08:12:23 pm
Citação de: "Trafaria"
Citação de: "abatista"
Comparar o salário de um praça ao de um professor é de mestre! :lol:

Nada mau.... Vai lá mais para trás e vê-los-às a compararem-se com juízes ...


E qual é o mal disso? Se ambas as carreiras (militar e judicial) são corpos especiais do estado e não normais funcionários publicos. É lógico que o topo da carreira de uma delas seja equivalente ao topo da outra.
Tal como os médicos, os diplomatas, (esses tenho a certeza) presumo que as forças policiais também sejam um corpo especial do estado...
Título:
Enviado por: abatista em Novembro 06, 2008, 08:40:17 pm
Um professor anda 17 anos a estudar para ter um canudo. Um praça faz o 6º ano (que agora se faz em dois meses..) e quer ter o mesmo ordenado? oO

É como comparar o ordenado de um praça ao de um oficial.. :?
Título:
Enviado por: Primy em Novembro 06, 2008, 08:57:56 pm
Um professor passa dias sem dormir no combate ás chamas???Um professor passa 5 dias debaixo de chuva em exercicios no mato sem falar com a familia nem a saber se estão bem,um Professor está sujeito a ser deslocado para o outro lado do mundo numa missão???AH mas o professor teve nas recepçãos ao Caloiro,a beber que nem um Leão e a fazer greves por causa das propinas e depois fazem porque não sei o que mais querem,mas eles como tantos outros são uns coitados e vamos ser solidários,e o Militar desde 74 calado e sujeito ao que o Governo que quer,quando chegam ao limite do abismo e falam,são tudo de mau,anti-povo,traidores,etc,etc,etc,sim senhora,então se o povo não é com os Militares,porque razão deve os Militares serem com o Povo???Ou os Militares só são bons para o Povo quando deles precisam  :wink:
Título:
Enviado por: Trafaria em Novembro 06, 2008, 09:04:53 pm
Citação de: "Primy"
Um professor passa dias sem dormir no combate ás chamas???Um professor passa 5 dias debaixo de chuva em exercicios no mato sem falar com a familia nem a saber se estão bem,um Professor está sujeito a ser deslocado para o outro lado do mundo numa missão???AH mas o professor teve nas recepçãos ao Caloiro,a beber que nem um Leão e a fazer greves por causa das propinas e depois fazem porque não sei o que mais querem,mas eles como tantos outros são uns coitados e vamos ser solidários,e o Militar desde 74 calado e sujeito ao que o Governo que quer,quando chegam ao limite do abismo e falam,são tudo de mau,anti-povo,traidores,etc,etc,etc,sim senhora,então se o povo não é com os Militares,porque razão deve os Militares serem com o Povo???Ou os Militares só são bons para o Povo quando deles precisam  :wink:

Há pessoas que deveriam ser proibidas de abrir a boca (de teclar) ....

Olhando pasmado para a parvalheira que me parece serem as actuais FAs apetece-me é dizer que o pessoal que cumpriu o Serviço Militar Obrigatório (e nao foi de borla, pagou por isso) merece um monumento a cada esquina e em cada rua.
Título:
Enviado por: Lightning em Novembro 06, 2008, 09:34:43 pm
Citação de: "abatista"
Um professor anda 17 anos a estudar para ter um canudo. Um praça faz o 6º ano (que agora se faz em dois meses..) e quer ter o mesmo ordenado? oO

É como comparar o ordenado de um praça ao de um oficial.. :wink: ), também tem muitos subsidios, além de poderem fazer greve e ganhar horas extra.
Título:
Enviado por: Trafaria em Novembro 06, 2008, 09:44:36 pm
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PS: E por favor não me voltem com a conversa dos subsidios porque pelo menos o pessoal da carreira de saude e da carreira judicial (não tem forçosamente que serem médicos e juizes Wink ), também tem muitos subsidios, além de poderem fazer greve e ganhar horas extra.

Que subsídios?
Título:
Enviado por: Lightning em Novembro 06, 2008, 09:52:22 pm
Citação de: "Trafaria"
Que subsídios?


Eu não sei todos de cor, mas por exemplo os magistrados tem um subsidio de habitação de 800€.


Edit:
Sr alguém estiver com paciencia para ler artigos, tem aqui o Estatuto dos Magistrados Judiciais, eu já li um bocado (é um documento grande) e não encontro valores concretos mas dá para ter uma ideia.
http://www.conselhosuperiordamagistratu ... le=38&lg=1 (http://www.conselhosuperiordamagistratura.pt/openTable.php?&idtable=38&lg=1)
Título:
Enviado por: Trafaria em Novembro 06, 2008, 10:03:46 pm
Citação de: "Lightning"
Citação de: "Trafaria"
Que subsídios?

Eu não sei todos de cor, mas por exemplo os magistrados tem um subsidio de habitação de 800€.


Pois.... lá vao vocês embicar sempre nos mesmos, os juízes. Deve ser doença profissional!!!

Esses são membros de um órgão de soberania, são por isso um caso quase único e de uma singularidade à-parte ... os últimos que poderemos comparar ao que quer que seja (ou melhor, são estatutariamente comparáveis somente com deputados e membros do governo).

Mas você fala com um à-vontade desmesurado em subsidios dos outros e não consegue enumerar um que seja e atribuível a um funcionário ordinário?
Título:
Enviado por: Lightning em Novembro 06, 2008, 10:14:46 pm
Citação de: "Trafaria"
Pois.... lá vao vocês embicar sempre nos mesmos, os juízes.
Esses são membros de um órgão de soberania, são por isso um caso quase único e de uma singularidade à-parte ... os últimos que poderemos comparar ao que quer que seja.

E por os tribunais serem orgãos de soberania independentes (que é para não serem influnciados pelo governo) tem que possuir ordenados superiores aos outros corpos especiais do estado? E posso comparar com os médicos ou os diplomatas?

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Mas você fala com um à-vontade desmesurado em subsidios dos outros e não consegue enumerar um que seja e atribuível a um funcionário ordinário?


Mas se os militares não são funcionários ordinários não os comparo com funcionários ordinários, comparo-os sim com os outros corpos especiais do estado, tal como as Forças Armadas que são também um corpo especial do estado.
Título:
Enviado por: Trafaria em Novembro 06, 2008, 10:20:06 pm
Mas no ministério da justiça nao há só juizes...

Porque nao comparam então vocês os praças das FAs com o pessoal da carreira auxiliar do MJ, os sargentos com os administrativos e tecnicos, os oficiais com os tecnicos superiores.... e depois os generais com os desembargadores e conselheiros?

Que doideira é essa (que só vos desprestigia) de por tudo e por nada ir buscar os juizes como termo de comparação?

Desculpe que lho diga... mas essa é de gente doida!
Título:
Enviado por: abatista em Novembro 06, 2008, 10:20:51 pm
Citação de: "Lightning"
Citação de: "abatista"
Um professor anda 17 anos a estudar para ter um canudo. Um praça faz o 6º ano (que agora se faz em dois meses..) e quer ter o mesmo ordenado? oO

É como comparar o ordenado de um praça ao de um oficial.. :wink: ), também tem muitos subsidios, além de poderem fazer greve e ganhar horas extra.


Sim, sim, eu percebi o que quis dizer. O meu comentário foi uma resposta ao comentário do Primy, que estava muito admirado porque "os professores ganham €1000/mês (...) um Militar que tá no serviço 24h e ganha €500".

Em relação ao outro comentário do Primy, já que é tão fácil ser professor, porque é que não temos todos licenciaturas? Sigh..
Título:
Enviado por: Lightning em Novembro 06, 2008, 10:26:54 pm
Citação de: "Trafaria"
Mas no ministério da justiça nao há só juizes...

Porque nao comparam então vocês os praças das FAs com o pessoal da carreira auxiliar do MJ, os sargentos com os administrativos e tecnicos, os oficiais com os tecnicos superiores.... e depois os generais com os desembargadores e conselheiros?

E é muito provável que sejam comparaveis, mas eu não sei os valores dos ordenados dessas funções nem sei quem é comparavel a quem, essa do Juiz foi o que eu vi no telejornal, penso que era um Juiz de circulo que era equivalente em posição hierárquica a um general de 2 ou 3 estrelas (não sei ao certo) e que tinha um ordenado-base do dobro.

Citar
Que doideira é essa (que só vos desprestigia) de por tudo e por nada ir buscar os juizes como termo de comparação?


Se o seu problema é os juizes serem demasiado especiais para serem comparados aos postos militares respectivos, podemos ir buscar outras profissões dentro do estado.
Título:
Enviado por: Trafaria em Novembro 06, 2008, 10:27:29 pm
Há professores que nem 1000 euros ganham!

Eu nunca disse nem direi que os militares ganham de mais. Não, nao direi... jamais!

Só digo que no contexto nacional são uma classe privilegiada e é triste que nao o compreendam, não o entandam e nao o queiram entender, especialmente quando pais ( e logicamente quem os sustenta) está em crise!
Título:
Enviado por: Lightning em Novembro 06, 2008, 10:33:31 pm
Citação de: "Trafaria"
Há professores que nem 1000 euros ganham!

Eu nunca disse nem direi que os militares ganham de mais. Não, nao direi... jamais!

Só digo que no contexto nacional são uma classe privilegiada e é triste que nao o compreendam, não o entandam e nao o queiram entender, especialmente quando pais ( e logicamente quem os sustenta) está em crise!


Tudo o que você diz é verdade, mas eu não quero repetir a conversa toda que já tivemos antes.

Os militares são um classe privilegiada devido às suas especificidades, tal como os todos os outros corpos especiais que também tem os seus privilégios e as suas especificidades.

Mas o que tem vindo a acontecer nos ultimos anos é que os militares tem vindo ficar com esses privilégios degradados mas os outros corpos especiais não e isso é injusto, então temos corpos mais especiais e outros menos especiais. Por exemplo a actual ADM (Assistencia na Doença aos Militares) é pior que a ADSE (Assistencia na Doença aos funcionários publicos). E mesmo que as forças armadas tenham hospitais militares, por exemplo no do meu ramo, Hospital da Força Aérea, também atende funcionários publicos.
Título:
Enviado por: Trafaria em Novembro 06, 2008, 10:34:15 pm
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Se o seu problema é os juizes serem demasiado especiais para serem comparados aos postos militares respectivos, podemos ir buscar outras profissões dentro do estado.


Nao compare, nao queira comparar...

Um soldado ganha em média uns 200 euros a mais em relação ao seu equiparado na função publica em geral...

E essas diferenças agravam-se favoravelmente para beneficio dos militares à medida que subimos na hierarquia!!!
Título:
Enviado por: Lightning em Novembro 06, 2008, 10:38:03 pm
Citação de: "Trafaria"
Nao compare, nao queira comparar...

Um soldado ganha em média uns 200 euros a mais em relação ao seu equiparado na função publica em geral...

E essas diferenças agravam-se favoravelmente para beneficio dos militares à medida que subimos na hierarquia!!!


Eu tenho a mania de comparar com os juizes mas você tem a mania de comparar com os funcionários publicos :wink: . Os militares não são funcionários publicos.
Título:
Enviado por: Trafaria em Novembro 06, 2008, 10:45:58 pm
Nao, nao...
Eu acho que os militares nao devem ser comparados com ninguém nem com outros serviços. Já o disse mais lá para trás.

Eu só sugeri esse tipo de comparações por vocês insistirem na associação aos juízes, a titulares de uma posição verdadeiramente excepcional.
Título:
Enviado por: Lightning em Novembro 06, 2008, 10:52:55 pm
Citação de: "Trafaria"
Nao, nao...
Eu acho que os militares nao devem ser comparados com ninguém nem com outros serviços. Já o disse mais lá para trás.

Eu sei que você disse isso, mas a realidade não é essa, a realidade é que são sim comparados, ou melhor, já o foram pois agora existe uma grande diferença.

Olhe que se fosse ao contrário havia já ai greves por todo o lado porque o Coronel ganhava mais que o director do hospital ou porque o general ganhava mais que o embaixador (comparações ficticias que inventei), mas como são os militares os que ficaram a perder e estes não podem fazer greves já não faz mal.

Citar
Eu só sugeri esse tipo de comparações por vocês insistirem na associação aos juízes, a titulares de uma posição verdadeiramente excepcional.


A minha culpa é ter pouca informação sobre as tabelas de vencimentos dos corpos especiais do estado e de não saber a que funções desses corpos é que estavam equiparados certos postos militares.
Título:
Enviado por: Trafaria em Novembro 06, 2008, 11:02:44 pm
Eu tambem nao estou muito a par dessas tabelas. Mas tenho uma ideia.

Pelo que vou vendo e ouvindo (tenho militares do quadro e contratados - de todas as classes - entre os meus familiares e amigos próximos) posso garantir-lhe que em termos de vencimentos base (deixemos os subsídios para outra conversa) os militares nao estão mesmo nada mal pagos se comparados com a função publica em geral.

São até mais bem pagos que as forças de segurança (e ai eu discordo... :) )
Título:
Enviado por: Lightning em Novembro 06, 2008, 11:07:36 pm
Citação de: "Trafaria"
Eu tambem nao estou muito a par dessas tabelas. Mas tenho uma ideia.

Pelo que vou vendo e ouvindo (tenho militares do quadro e contratados - de todas as classes - entre os meus familiares e amigos próximos) posso garantir-lhe que em termos de vencimentos base (deixemos os subsídios para outra conversa) os militares nao estão mesmo nada mal pagos se comparados com a função publica em geral.

No coment...

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São até mais bem pagos que as forças de segurança (e ai eu discordo... :lol: .
Pela conversa dele é devido às responsabilidades, isto é, o Sargento da GNR é o comandante de posto e é responsável pela segurança de uma parcela do pais, enquanto que na PSP essa responsabilidade está atribuida aos oficiais e nas Forças Armadas os sargentos são chefes de secção.

Edit: Desculpem lá  :lol: , a PSP não tem oficiais, tem comissários.
Título:
Enviado por: HSMW em Novembro 06, 2008, 11:10:50 pm
Eu então sempre ouvi dizer que na PSP é que se ganha bem...  c34x
Título:
Enviado por: Trafaria em Novembro 06, 2008, 11:12:02 pm
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Tem a certeza? Eu posso estar errado em certos postos mas olhe que eu tenho um tio sargento da GNR e ele ganha mais que um do mesmo posto nas Forças Armadas.


Nao, não é assim.  :wink:
Há um paralelo nos postos e nos vencimentos das forças de segurança e forças armadas.

Mas como sempre as FA ganham em benefícios, sejamos sinceros... e aí com diferenças que são de difícil compreensão.
Título:
Enviado por: Trafaria em Novembro 06, 2008, 11:18:31 pm
Eu sou PSP e nao tenho razoes de queixa.
E se tivesse fazia exactamente o mesmo que fiz antes de encontrar este "patrão". Ia-me mudando... à procura de melhor!
Título:
Enviado por: Lightning em Novembro 06, 2008, 11:23:50 pm
Citação de: "Trafaria"
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Tem a certeza? Eu posso estar errado em certos postos mas olhe que eu tenho um tio sargento da GNR e ele ganha mais que um do mesmo posto nas Forças Armadas.

Nao, não é assim.  :? .
Título:
Enviado por: Trafaria em Novembro 06, 2008, 11:27:29 pm
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Edit: Desculpem lá Laughing , a PSP não tem oficiais, tem comissários.

Claro que tem. Comissário é um posto da classe de oficiais de policia; tem as honras e vencimento de um capitão.
Título:
Enviado por: Lightning em Novembro 06, 2008, 11:31:36 pm
Citação de: "Trafaria"
Claro que tem. Comissário é um posto da classe de oficiais de policia; tem as honras e vencimento de um capitão.


Muito bem, eu não sabia era que se dizia mesmo oficiais de policia, mas sabia que eram equiparados :wink: .
Título:
Enviado por: Trafaria em Novembro 06, 2008, 11:33:18 pm
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No vencimento-base acredito que sim, faz sentido, mas depois há subsidios que fazem muita diferença (um oficial piloto ganha mais que um oficial da mesma patente não piloto) e na Guarda de certeza que também existem subsidios.


Se colocarmos os subsídios de parte penso nao haver diferenças substanciais entre os vencimentos da Guarda e os das FAs.
E tb da policia, claro!
Título:
Enviado por: Trafaria em Novembro 06, 2008, 11:38:25 pm
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Muito bem, eu não sabia era que se dizia mesmo oficiais de policia, mas sabia que eram equiparados


Oficial de Policia é a designação profissional; tal como nas forças armadas se designam por Oficial do Exercito, da Armada, etc...

A classe é designada natural e comummente apenas por de "oficiais".
Título:
Enviado por: Lightning em Novembro 06, 2008, 11:47:58 pm
Citação de: "Trafaria"
Se colocarmos os subsídios de parte penso nao haver diferenças substanciais entre os vencimentos da Guarda e os das FAs.
E tb da policia, claro!

Citação de: "Trafaria"
São até mais bem pagos que as forças de segurança (e ai eu discordo... :wink:
Há um paralelo nos postos e nos vencimentos das forças de segurança e forças armadas.


Mas então está-se a contradizer :lol: .
Título:
Enviado por: Lightning em Novembro 06, 2008, 11:49:15 pm
Citação de: "Trafaria"
A classe é designada natural e comummente apenas por de "oficiais".


Já aprendi uma coisa hoje  :D .
Título:
Enviado por: Trafaria em Novembro 06, 2008, 11:58:49 pm
Citação de: "Lightning"
Citação de: "Trafaria"
Se colocarmos os subsídios de parte penso nao haver diferenças substanciais entre os vencimentos da Guarda e os das FAs.
E tb da policia, claro!

Citação de: "Trafaria"
São até mais bem pagos que as forças de segurança (e ai eu discordo... :wink:
Há um paralelo nos postos e nos vencimentos das forças de segurança e forças armadas.

Mas então está-se a contradizer :D
Título:
Enviado por: Lightning em Novembro 07, 2008, 12:14:01 am
Citação de: "Trafaria"
Nao, nao contradisse...
Procurei fazer uma gracinha; mas como nao tenho graça nenhuma saiu-me mal. O costume!  :lol: .
Título:
Enviado por: tyr em Novembro 07, 2008, 01:56:03 am
trafaria um juiz desembargador equivale a um coronel ou a u posto dentro da diplomacia, pois são pertencentes a corpos especias do estado ligados aos diversos ramos de soberania, que são executiva (governo e diplomatas), judicial (juizes e pessoal judicial) e defesa (militares), ou seja o CEMGFA a nivel de equiparação com o governo equivale ao 1º ministro (nunca te perguntastes porque é que o exercito não foi para o Iraque, foi porque acima do CEMGFA só existe o Presidente da Republica, o governo não influencia em nada os militares (só se for de maioria absoluta) a não ser a nivel da gestão orçamental, pois o resto depende do parlamento).


 por isso é a comparação normalmente utilizada, e comparares um militar ou um policia (que pode ser colocado em funções administrativas, mas não é essa a sua funçao) com um gajo que esta no guiche do ministério das finanças para mim que ja me lixei de mais maneiras que me gostasse de recordar, é extremamente ofensivo.
Título:
Enviado por: Portucale em Novembro 07, 2008, 01:12:15 pm
Não coloco em causa o que diz, aliás tenho a mesma ideia que tentou explicar, no entanto, que eu saiba existe uma estrutura clara na organização do estado.
1º Presidente da Republca
2º Presidente da Assembleia da República
3º Primeiro ministro
...........

Cada orgão tem poderes próprios que devem ser respeitados mas a cadeia existe.
Título:
Enviado por: tyr em Novembro 07, 2008, 01:41:05 pm
para as forças armadas é:
 1º Presidente da republica
 2º CEMGFA
 3º CEM de cada ramo

o governo influencia as forças armadas (através das propostas de lei ao parlamento (que infelizmente tambem abrange a nomeação dos CEM e do CEMGFA, politizando assim o generalato das forças armadas e aumentado o seu poder sobre as mesmas)) e da gestão dos recursos financeiros), mas não entra na cadeia herarquica
Título:
Enviado por: tyr em Novembro 07, 2008, 01:48:29 pm
em portugal o poder executivo, não manda nem na justiça, nem nas Forças armadas, mas tem a responsabilidade de gerir os dinheiros das mesmas e propor leis que influenciam os mesmos (e rectificar e fazer cumprir as mesmas).
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Novembro 07, 2008, 02:02:38 pm
Citação de: "tyr"
para as forças armadas é:
 1º Presidente da republica
 2º CEMGFA
 3º CEM de cada ramo

o governo influencia as forças armadas (através das propostas de lei ao parlamento (que infelizmente tambem abrange a nomeação dos CEM e do CEMGFA, politizando assim o generalato das forças armadas e aumentado o seu poder sobre as mesmas)) e da gestão dos recursos financeiros), mas não entra na cadeia herarquica

Não sei se será bem assim, nomeadamente em tempo de paz

Lei Orgânica de Bases da Organização das Forças Armadas (LOBOFA)
Lei n.º 111/91, de 29 de Agosto –
(Alterada pela Lei n.º 18/95, de 13JUL)

Citar
Artigo 1.°
Integração das Forças Armadas na administração do Estado

1 - As Forças Armadas obedecem aos órgãos de soberania competentes, nos termos da Constituição e da lei, e inserem-se na administração directa do Estado, através do Ministério da Defesa Nacional.
2 - Os órgãos do Estado directamente responsáveis pela defesa nacional e pelas Forças Armadas são os seguintes:
a) Presidente da República;
b) Assembleia da República;
c) Governo
;
d) Conselho Superior de Defesa Nacional;
e) Conselho Superior Militar.
3 - O Ministro da Defesa Nacional é politicamente responsável pela elaboração e execução da componente militar da política de defesa nacional. pela administração das Forças Armadas e resultados do seu emprego.

(...)

Artigo 6.°
Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas

1- O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas é o principal Conselheiro militar do Ministro da Defesa Nacional e o chefe hiérarquico das Forças Armadas.
2 - O Chefe do Estado – Maior - General das Forças Armadas responde em permanência perante o Governo através do Ministro da Defesa Nacional, pela prontidão disponibilidade, sustentação e emprego das forças e meios que constituem a componente operacional do sistema de forças.


 :arrow: http://www.emfa.pt/www/conteudos/inform ... Afinal.pdf (http://www.emfa.pt/www/conteudos/informacaofa/legislacao/OrganizacaoFArmadas/LOBOFAfinal.pdf)
Título:
Enviado por: tyr em Novembro 07, 2008, 02:49:47 pm
sim o que dizes é verdade, mas a cadeia herarquica é a que mencionei, isso é uma estrutura paralela para defenir a politica de defesa (basicamente gestão de como se gerem os dinheiros das forças armadas e as leis que as regem).

Eu como militar não devo obediencia nenhuma a nenhum ministro, tal como um juiz não esta de modo nenhum dependente do governo (a não ser nos mesmos moldes).

Claro que como certos cargos são de nomeação politica, a influencia do governo nas Forças armadas (e sobre alguns juizes que suerem ir longe) aumenta drásticamente.
Título:
Enviado por: Lightning em Novembro 07, 2008, 04:21:46 pm
Citação de: "tyr"
sim o que dizes é verdade, mas a cadeia herarquica é a que mencionei, isso é uma estrutura paralela para defenir a politica de defesa (basicamente gestão de como se gerem os dinheiros das forças armadas e as leis que as regem).


Exacto, e isso acontece mesmo dentro das Forças Armadas, por exemplo uma esquadra de aeronaves da Força Aérea a nivel operacional (missões que a esquadra com os seus meios humanos e material tem que cumprir) é:
Comando Operacional da Força Aérea
Comando da Base Aérea x
Grupo Operacional
Esquadra 000

A nível logistico (gestão da aeronave colocada na esquadra) é:
Comando Logistico e Administrativo da Força Aérea
Direcção de Material Aeronautico
Repartição da aeronave
Esquadra 000
Esquadrilha de Manutenção

PS: geralmente é assim em todas as aeronaves menos no F-16 pois as suas esquadras não possuem esquadrilhas de manutenção, mas sim uma esquadra de manutenção "independente" que apoia as duas esquadras do F-16.
Título:
Enviado por: Primy em Novembro 07, 2008, 06:43:02 pm
Citação de: "Trafaria"
Citação de: "Primy"
Um professor passa dias sem dormir no combate ás chamas???Um professor passa 5 dias debaixo de chuva em exercicios no mato sem falar com a familia nem a saber se estão bem,um Professor está sujeito a ser deslocado para o outro lado do mundo numa missão???AH mas o professor teve nas recepçãos ao Caloiro,a beber que nem um Leão e a fazer greves por causa das propinas e depois fazem porque não sei o que mais querem,mas eles como tantos outros são uns coitados e vamos ser solidários,e o Militar desde 74 calado e sujeito ao que o Governo que quer,quando chegam ao limite do abismo e falam,são tudo de mau,anti-povo,traidores,etc,etc,etc,sim senhora,então se o povo não é com os Militares,porque razão deve os Militares serem com o Povo???Ou os Militares só são bons para o Povo quando deles precisam  :wink:
Há pessoas que deveriam ser proibidas de abrir a boca (de teclar) ....

Olhando pasmado para a parvalheira que me parece serem as actuais FAs apetece-me é dizer que o pessoal que cumpriu o Serviço Militar Obrigatório (e nao foi de borla, pagou por isso) merece um monumento a cada esquina e em cada rua.


Garantidamente de mim não me vais ouvir (teclar) em relação ao que sei por experiência com alguém que está informado pelo Correio da Manhã,e eu também fiz o obrigatório,e era melhor tratado que agora.

Cumprimentos.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Novembro 07, 2008, 07:20:10 pm
Algum dos presentes têm a amabilidade de colocar aqui o texto do Juramento de Fidelidade Militar   ys7x9
Título:
Enviado por: Trafaria em Novembro 07, 2008, 08:12:36 pm
Tanta barbaridade junta... jasus!!!!!  :lol:
Título:
Enviado por: ricardonunes em Novembro 07, 2008, 08:25:00 pm
Entretanto encontrei, não sei é se está actualizado  :!:

É que eu quero libertar-me da ideia de que estão a ser mais papistas que o papa :wink:
Título:
Enviado por: P44 em Novembro 08, 2008, 10:48:04 am
Citação de: "Primy"
Um professor passa dias sem dormir no combate ás chamas???Um professor passa 5 dias debaixo de chuva em exercicios no mato sem falar com a familia nem a saber se estão bem,um Professor está sujeito a ser deslocado para o outro lado do mundo numa missão???AH mas o professor teve nas recepçãos ao Caloiro,a beber que nem um Leão e a fazer greves por causa das propinas e depois fazem porque não sei o que mais querem,mas eles como tantos outros são uns coitados e vamos ser solidários,e o Militar desde 74 calado e sujeito ao que o Governo que quer,quando chegam ao limite do abismo e falam,são tudo de mau,anti-povo,traidores,etc,etc,etc,sim senhora,então se o povo não é com os Militares,porque razão deve os Militares serem com o Povo???Ou os Militares só são bons para o Povo quando deles precisam  :wink:


por isso é que a educação neste país está cada vez melhor....louvado sejas oh magalhães...mas enfim, antes ler certas barbaridades que ser cego
Título:
Enviado por: tyr em Novembro 08, 2008, 11:52:27 am
ricardo nunes, se um militar detecta que o próprio governo esta a por em causa não só o prestigio (através de propaganda dizendo que são uma cambada de previligiados), mas tambem a viabilidade das forças armadas (existe cada vez mais trabalho (o pessoal que é que nunca foi militar ou que o foi há mais de dois anos nem sonha, então os que o foram há mais de 7 ou 8 não fazem a minima ideia), mas cada vez menos pessoal e meios (menos pessoal pois o pessoal farta se de ser escravo prefere ir para a vida civil (ou em alguns casos perdem amor à camisóla e vão trabalhar menos por mais dinheiro) a falta dos meios poe em causa a capacidade das forças armadas cmprirem as suas missões, sobretudo as de apoio à população civil)).
diz me que ele (o militar) não tem que fazer algo?
esse algo não é um golpe de estado, mas sim chamar a atenção para que existe um problema que já é grave, mas que em pouco tempo pode ditar o fim das operações de busca e salvamento na nossa ZEE (pois se para militares não há dinheiro, muito menos para civis que recebem muito vezes mais), o reforço dos bombeiros quando estes não têm capacidade, reconstrução de infraestruturas pós catástrofe, etc... não falando das obrigações nacionais a nivel NATO ou a defesa da soberania nacional daqui a umas decadas quando a CEE implodir.
Título:
Enviado por: Trafaria em Novembro 08, 2008, 12:13:16 pm
Quantos militares são precisos para desenroscar uma lampada?  :lol:

(não, nao contando com os que a vão enroscar!)
Título:
Enviado por: Primy em Novembro 08, 2008, 04:51:29 pm
Trafaria,a minha mulher é professora no 1ºciclo de Inglês e faz uma média de 9 horas por semana e ganha limpos €400 um soldado das FA está 24horas disponivel e ganha €500,a minha cunhada é professora de música no secundário e ganha €1000 mais regalias em vigor e faz 5 horas dia,os Militares são previligiados onde,só na questão de vencimentos,fora a condição que um Militar é obrigado a cumprir,repito,OBRIGADO,e já que pertençe á PSP,quanto ganha um agente da PSP e um soldado das FA???um agente da PSP tá nos quadros e o soldado???quanto ganha um soldado da GNR e um das FA???mas o da GNR tá nos quadros e o das FA tem essa opção???

Desculpem,mas não resisti  :lol:

Cumprimento  :wink:
Título:
Enviado por: Trafaria em Novembro 08, 2008, 05:05:07 pm
Citação de: "tyr"
(o pessoal que é que nunca foi militar ou que o foi há mais de dois anos nem sonha, então os que o foram há mais de 7 ou 8 não fazem a minima ideia)


Pois, pois… mas há coisas que não mudaram nem mudarão; ou não fossem as FAs uma instituição muito agarrada às tradições.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg529.imageshack.us%2Fimg529%2F7813%2Fimg24403vp0nhmn0.jpg&hash=3fbac258867cc757e22ad290b85178ae)
Título:
Enviado por: Trafaria em Novembro 08, 2008, 05:10:45 pm
Citação de: "Primy"
Trafaria,a minha mulher é professora no 1ºciclo de Inglês e faz uma média de 9 horas por semana e ganha limpos €400 um soldado das FA está 24horas disponivel e ganha €500,a minha cunhada é professora de música no secundário e ganha €1000 mais regalias em vigor e faz 5 horas dia,os Militares são previligiados onde,só na questão de vencimentos,fora a condição que um Militar é obrigado a cumprir,repito,OBRIGADO,e já que pertençe á PSP,quanto ganha um agente da PSP e um soldado das FA???um agente da PSP tá nos quadros e o soldado???quanto ganha um soldado da GNR e um das FA???mas o da GNR tá nos quadros e o das FA tem essa opção???

Desculpem,mas não resisti  :lol:

Cumprimento  :wink:

Enganou-se no destinatário... não?

Nao perca tempo a explicar-me o que é a tropa ... conheço-a tão bem ou melhor que você!
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Novembro 08, 2008, 05:16:04 pm
Citação de: "Trafaria"
Citação de: "tyr"
(o pessoal que é que nunca foi militar ou que o foi há mais de dois anos nem sonha, então os que o foram há mais de 7 ou 8 não fazem a minima ideia)

Pois, pois… mas há coisas que não mudaram nem mudarão; ou não fossem as FAs uma instituição muito agarrada às tradições.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg529.imageshack.us%2Fimg529%2F7813%2Fimg24403vp0nhmn0.jpg&hash=3fbac258867cc757e22ad290b85178ae)

E as Forças de Segurança também :arrow: http://www.pcmanias.com/forum/index.php?showtopic=50 (http://www.pcmanias.com/forum/index.php?showtopic=50)

Citar
Com a devida vénia desta fundação, reproduz aqui esta imagem, bastante esclarecedora dos "trabalhos perigosos e cansativos" a que os polícias e militares são submetidos... Nove, nove elementos das forças paramilitares deslocadas para uma "operação arriscada" -- a colocação de uma lâmpada num candeeiro público.


 :arrow: http://abrangente.blogspot.com/search?q=lampada (http://abrangente.blogspot.com/search?q=lampada)
Título:
Enviado por: ricardonunes em Novembro 08, 2008, 05:29:21 pm
Citação de: "Primy"
Trafaria,a minha mulher é professora no 1ºciclo de Inglês e faz uma média de 9 horas por semana e ganha limpos €400 um soldado das FA está 24horas disponivel e ganha €500,a minha cunhada é professora de música no secundário e ganha €1000 mais regalias em vigor e faz 5 horas dia,os Militares são previligiados onde,só na questão de vencimentos,fora a condição que um Militar é obrigado a cumprir,repito,OBRIGADO,e já que pertençe á PSP,quanto ganha um agente da PSP e um soldado das FA???um agente da PSP tá nos quadros e o soldado???quanto ganha um soldado da GNR e um das FA???mas o da GNR tá nos quadros e o das FA tem essa opção???

Desculpem,mas não resisti  :lol:

Cumprimento  :wink:


E alguém forçou alguém a exercer determinada profissão??????????

Ou quando escolhem determinada carreira/profissão, são tão bazaroucos (ignorantes) que não sabem ao que vão????????
Título:
Enviado por: Trafaria em Novembro 08, 2008, 05:33:40 pm
Ó Sr Moderador,
Mas diga cá à gente se acha ou nao que a foto está estilosa!!!  

Adoro-a ... sem cinismo! :D
Título:
Enviado por: ricardonunes em Novembro 08, 2008, 05:33:49 pm
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg353.imageshack.us%2Fimg353%2F5640%2Fjn01nov08eq7.jpg&hash=1bd9958041a0c1bfbca280c24e6d5068)
Título:
Enviado por: Primy em Novembro 08, 2008, 06:38:42 pm
Citação de: "Trafaria"
Citação de: "Primy"
Trafaria,a minha mulher é professora no 1ºciclo de Inglês e faz uma média de 9 horas por semana e ganha limpos €400 um soldado das FA está 24horas disponivel e ganha €500,a minha cunhada é professora de música no secundário e ganha €1000 mais regalias em vigor e faz 5 horas dia,os Militares são previligiados onde,só na questão de vencimentos,fora a condição que um Militar é obrigado a cumprir,repito,OBRIGADO,e já que pertençe á PSP,quanto ganha um agente da PSP e um soldado das FA???um agente da PSP tá nos quadros e o soldado???quanto ganha um soldado da GNR e um das FA???mas o da GNR tá nos quadros e o das FA tem essa opção???

Desculpem,mas não resisti  :lol:

Cumprimento  :wink:
Enganou-se no destinatário... não?

Nao perca tempo a explicar-me o que é a tropa ... conheço-a tão bem ou melhor que você!


Pelo que tenho lido vindo da sua parte eu não diria isso,ou então não deve ter sido Militar nos últimos 5 anos ou não o foi em Portugal.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Novembro 08, 2008, 07:09:09 pm
Citação de: "Primy"

Pelo que tenho lido vindo da sua parte eu não diria isso,ou então não deve ter sido Militar nos últimos 5 anos ou não o foi em Portugal.


Quando achei que o que me "prometeram" (GALE), não estavam a cumprir, sai... e sem fazer alaridos    :idea:

17 de Janeiro de 2001


É que eu sou apologista do, quem está mal muda-se, e quem não gosta de determinadas politicas, usa o voto para fazer valer as suas ideias!
Título:
Enviado por: Trafaria em Novembro 08, 2008, 07:23:14 pm
Algum distraído que aqui entre até pode ser levado a pensar que ainda estamos no tempo do serviço militar obrigatório!!!  :lol:
Título:
Enviado por: Primy em Novembro 08, 2008, 07:48:21 pm
Pois,mas é muito fácil dizer isso,mas muitos Militares só pode contar com o ordenado para o sustento das suas familias,não se podem dar ao luxo de sair assim sem mais nem menos.
Título:
Enviado por: ricardonunes em Novembro 08, 2008, 08:22:26 pm
Citação de: "Primy"
Pois,mas é muito fácil dizer isso,mas muitos Militares só pode contar com o ordenado para o sustento das suas familias,não se podem dar ao luxo de sair assim sem mais nem menos.


E?????????? eu fiz 18 anos no meu primeiro trabalho, 19 na recruta no RC3........

E de luxos não vivo, vivo do meu trabalho.
Título:
Enviado por: Lightning em Novembro 09, 2008, 12:06:58 am
Essa hstoria do soldado ganhar mais que a professora fez-me lembrar uma historia que ouvi na escola quando era miudo :lol: ) e a dizer-lhe que era uma injustiça ambos ganharem o mesmo quando ele tinha que planear aulas complexas nos laboratorios com produtos perigosos, elaborar testes, corrigir testes, etc, etc, etc enquanto que o professor de educação física era por os miudos a correr, saltar, jogar futebol, e que isso era muito mais fácil e menos cansativo.

O professor de educação física concordou com o seu colega e depois exclamou, olha quando tive que escolher um curso fui esperto, escolhi um que não me desse muito trabalho mas que ganhasse o mesmo que os outros :lol: .
Título:
Enviado por: emarques em Novembro 09, 2008, 04:07:31 am
Citação de: "Primy"
Trafaria,a minha mulher é professora no 1ºciclo de Inglês e faz uma média de 9 horas por semana e ganha limpos €400 um soldado das FA está 24horas disponivel e ganha €500,a minha cunhada é professora de música no secundário e ganha €1000 mais regalias em vigor e faz 5 horas dia,os Militares são previligiados onde,só na questão de vencimentos,fora a condição que um Militar é obrigado a cumprir,repito,OBRIGADO,e já que pertençe á PSP,quanto ganha um agente da PSP e um soldado das FA???um agente da PSP tá nos quadros e o soldado???quanto ganha um soldado da GNR e um das FA???mas o da GNR tá nos quadros e o das FA tem essa opção???

Desculpem,mas não resisti  :lol:

Cumprimento  :wink:


E então?! Sem ofensa, mas há muitos mais tipos habilitados para prestar serviço militar do que para dar aulas. Os níveis de remuneração dependem mais da quantidade de pessoas disponíveis para fazer o serviço do que da dificuldade que o serviço possa apresentar.

Enquanto não houver falta séria de candidatos para preencher as vagas que as FA querem preencher com um salário base de 600€, ou lá o que é, por que é que o estado haveria de pagar mais?

Entretanto, é aparentemente preciso pagar 1000€ por mês para arranjar gente suficiente para passar horas a aturar os putos dos outros, e que tenha as qualificações necessárias para isso. Sendo que supostamente, além de aturar os putos ainda têm que lhes ensinar qualquer coisa. E, hoje em dia, passar mais umas horas a preencher papelada que, pelo menos segundo os que andavam hoje a passear por Lisboa, não tem interesse nenhum e só serve para perder tempo.
Título:
Enviado por: Primy em Novembro 09, 2008, 05:51:34 pm
emarques,ai está um dos pontos de desagrado do Militares,a falta de pessoal,não é que não hajam vagas,elas existem e não são poucas,só que hoje em dia raro é aquele que quer ser sujeito a ficar longe de casa por uns miseros €500,e para que não pensem outras coisas.

Eu sou de total desacordo de uma manif ou golpe de estado,greves como foi o levantamento de rancho nas Unidades,etc,sou apologista que as coisas sejam faladas como homens,eu apenas estou a defender o que está a desagradar as FA,mas vou continuar a honrar a minha profissão seja em que situação fôr
Título:
Enviado por: Cabecinhas em Novembro 09, 2008, 11:33:26 pm
Comprei o Jornal SOL e vinha lá o seguinte:

"D. Carlos atravessado

NUNO Severiano Teixeira, o ministro da Defesa, ficou com D. Carlos atravessado desde que proibiu o Colégio Militar e Lanceiros 2 de participarem na cerimónia que assinalou em Fevereiro último centenário do assassinato deste rei. O director do Colégio Militar compensou, pondo lá uma placa de homenagem a D. Carlos. E agora a Comissão Portuguesa de História Militar (organismo do próprio Ministério da Defesa), que todos os anos organiza uma conferência, dedicou a de 2008 (que teve lugar entre 2º e 5º-feira, no Palácio da Independência) precisamente ao malogrado Rei. E a sala esteve sempre à cunha, cheia de fardas, galões e estrelas de generais, e um radioso D. Duarte. Já não bastava o ruído descontente dos sabres que andam a atormentar o ministro... Se calhar, o "disparate" que Loureiro dos Santos vislumbra nesta agitação militar é uma sedição monárquica."

Será que é só os ordenados :?:

Apesar de ser um comentário na secção "Cocktail" do dito jornal, não deixa de ter a sua razão, mas vale o que vale...
Título:
Enviado por: Primy em Novembro 10, 2008, 02:35:35 pm
Infelizmente não são só os ordenados,existem muitas mais coisas,essa fi apenas uma que mensionei,mas pelo o que o Ministro da Defesa disse no Jornal da noite,algures nesta semana que passou,já estão a ser resolvidos,ou pelo menos tomados em conta os desagrados dos Militares,é esperar para ver o que se vai sair dali,eu sou paciente,tenho tempo  :wink:
Título:
Enviado por: legionario em Novembro 10, 2008, 02:46:33 pm
Citação de: "Cabecinhas"
Comprei o Jornal SOL e vinha lá o seguinte:

"D. Carlos atravessado

NUNO Severiano Teixeira, o ministro da Defesa, ficou com D. Carlos atravessado desde que proibiu o Colégio Militar e Lanceiros 2 de participarem na cerimónia que assinalou em Fevereiro último centenário do assassinato deste rei. O director do Colégio Militar compensou, pondo lá uma placa de homenagem a D. Carlos. E agora a Comissão Portuguesa de História Militar (organismo do próprio Ministério da Defesa), que todos os anos organiza uma conferência, dedicou a de 2008 (que teve lugar entre 2º e 5º-feira, no Palácio da Independência) precisamente ao malogrado Rei. E a sala esteve sempre à cunha, cheia de fardas, galões e estrelas de generais, e um radioso D. Duarte. Já não bastava o ruído descontente dos sabres que andam a atormentar o ministro... Se calhar, o "disparate" que Loureiro dos Santos vislumbra nesta agitação militar é uma sedição monárquica."

Será que é só os ordenados :?:

Apesar de ser um comentário na secção "Cocktail" do dito jornal, não deixa de ter a sua razão, mas vale o que vale...


Nao era bem feito que fosse mesmo uma sediçao monarquica ?
Quem com ferros mata, com ferros morre !  
Mas pode a nossa Nomenklatura ficar descansada, Portugal assim como as demais républicas das bananas esta debaixo das saias protectoras da Nato e dos EUA.
Título:
Enviado por: abatista em Novembro 10, 2008, 03:11:58 pm
Continuo a não perceber a comparação de praças a professores.. Querem comparar, comparem aos oficiais!
É óbvio que um trolha ganha muito menos que um engenheiro civil, e tem muito mais trabalho físico. Não percebe é nada de engenharia civil.. :roll:
Título:
Enviado por: emarques em Novembro 10, 2008, 05:06:41 pm
Citação de: "abatista"
Continuo a não perceber a comparação de praças a professores.. Querem comparar, comparem aos oficiais!
É óbvio que um trolha ganha muito menos que um engenheiro civil, e tem muito mais trabalho físico. Não percebe é nada de engenharia civil.. :roll:


Se se perguntar aos pedreiros, fica-se logo a saber que os engenheiros civis não percebem nada de construção, nem sequer sabem usar a betoneira!
Título:
Enviado por: abatista em Novembro 10, 2008, 05:23:29 pm
Exacto! Agora a questão é: vale mais saber usar uma betoneira ou saber projectar um edifício? O que custa mais horas a aprender? E será que toda a gente tem capacidade para as duas aprendizagens? Etc..

É este tipo de diferenças que fazem um trolha e um engº civil terem ordenados diferentes. ;)
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Novembro 10, 2008, 05:49:50 pm
Citação de: "Correio da Manhã"
Defesa: Sistema de remunerações dos militares das Forças Armadas

Novo regime sobe salários até 70 euros

O novo regime remuneratório dos militares das Forças Armadas, que o Ministério da Defesa enviou no final de Outubro para as chefias do Estado Maior-General e dos três ramos, irá implicar aumentos médios entre 15 e 70 euros nos vencimentos dos militares. Com este aumento, estima-se que as despesas com o pessoal sofra um acréscimo de cerca de dois milhões por ano.


O anteprojecto de diploma do novo regime remuneratório, a que o Correio da Manhã teve acesso, é concebido com base nos princípios consagrados na Lei 12-A/2008, que define e regula os vínculos, carreiras e remunerações na Administração Pública (AP). E prevê-se no Artigo 34º que 'a transição dos militares para as novas posições remuneratórias' se faça 'para a posição a que corresponda nível remuneratório igual ou imediatamente superior à remuneração-base e adicionais actualmente percebidos pelo militar'.

Na prática, apurou o CM, 'os militares das Forças Armadas vão ficar numa posição remuneratória e no índice remuneratório acima do actual escalão salarial.' Por isso, os aumentos salariais oscilarão entre os 15 euros e os 70 euros. Ao vencimento-base acrescem ainda os suplementos remuneratórios.

Para já, o Ministério de Severiano Teixeira deixa claro que 'com o novo regime remuneratório dos militares procurou-se assegurar a indispensável articulação e harmonização com os regimes de remunerações dos restantes trabalhadores que exercem funções públicas'.

A par disso, o Ministério da Defesa tenciona, 'tomando em linha de conta as especificidades decorrentes da organização, competências e funcionamento das Forças Armadas, adoptar um modelo retributivo assente na possibilidade de os militares, no mesmo posto, progredirem no vencimento em função da avaliação do mérito individual'.

SARGENTOS E OFICIAIS VÃO A BRUXELAS

Tanto a Associação Nacional de Sargentos, liderada por Lima Coelho, quanto a Associação dos Oficiais das Forças Armadas vão estar presentes em Bruxelas, a partir de quarta-feira, no terceiro congresso do Euromil. A iniciativa, que se prolonga até ao final da semana, conta com 35 associações e sindicatos de 24 países. Os militares vão levar a Bruxelas os actuais problemas.

SUPLEMENTOS GERAM POLÉMICA ENTRE RAMOS

Os suplementos remuneratórios dos militares das Forças Armadas, como o Suplemento da Condição Militar e os subsídios de risco, estão excluídos do anteprojecto de diploma que aprova o novo regime. A par do sistema remuneratório, o Ministério da Defesa está a negociar também com Marinha, Exército e Força Aérea o novo regime de suplementos remuneratórios dos militares das Forças Armadas.

Para já, a proposta do Ministério de Severiano Teixeira está a gerar uma forte polémica do Exército e da Marinha com a Força Aérea, devido ao aumento previsto para o suplemento de serviço aéreo.

A ser aprovado como está, um tenente-coronel piloto no início do posto ganhará quase 6500 euros por mês, enquanto um oficial dos outros dois ramos com patente similar receberá perto de 2400, por exemplo. Também há subsídios de residência para quem viver a mais de trinta quilómetros do seu local de trabalho.

DESPESAS DE REPRESENTAÇÃO

O novo regime remuneratório dos militares das Forças Armadas prevê também uma actualização no abono mensal das despesas de representação, 'por se encontrar manifestamente desactualizado e desajustado face ao regime que vigora para os restantes trabalhadores que exercem funções públicas', lê-se no preâmbulo do anteprojecto de diploma.

Com esta actualização, segundo o Artigo 16º, o Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) e os chefes dos Estado-Maior da Armada, do Exército e das Força Aérea passam a ter um subsídio mensal de despesas de representação correspondente a 35 por cento da remuneração-base. Ou seja, 1627 euros por mês.

SAIBA MAIS

ACTUALIZAÇÃO

Os salários dos militares estão abrangidos pela proposta do Governo de aumentar os vencimentos na Função Pública em 2,9 por cento.

2

milhões de euros é o aumento dos gastos com pessoal previsto em função da adaptação do salário-base à tabela remuneratória única na Função Pública.

40 000

é o número de efectivos na Marinha, no Exército e na Força Aérea.

EXIGÊNCIAS

Os militares têm reivindicado a equiparação aos salários dos corpos especiais na Função Pública, como diplomatas e dirigentes da Administração Pública. Segundo cálculos oficiais, esta reequiparação custaria 89 milhões por ano.

NOTAS

DESCONTENTE: LOUREIRO DOS SANTOS

O ex-chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, general Loureiro dos Santos, alertou na semana passada para situações de 'injustiça' entre militares, que poderiam até pôr em risco a Democracia.

DIPLOMA: CORRIGIR DISTORÇÕES

Outro dos objectivos do diploma passa por corrigir algumas 'distorções', nomeadamente a 'existência de sobreposições indiciárias dentro de cada categoria de posto'.

NOVA TABELA DOS MILITARES

Posições remuneratórias dos postos dos militares das Forças Armadas, respectivos níveis e salários em euros:

POSTOS - POSIÇÕES - NÍVEIS - SALÁRIO*

Almirante/general - 1.ª - 82 - 4651,44 euros

Vice-almirante/Tenente-general - 1.ª - 67** - 3879,06 euros

Vice-almirante/Tenente-general - 2.ª - 71 - 4085,03 euros

Contra-almirante/Major-general - 1.ª - 60 - 3518,62 euros

Contra-almirante/Major-general - 2.ª - 63 - 3673,10 euros

Brigadeiro-general - 1.ª - 57 - 3364,14 euros

Capitão-de-mar-e-guerra/Coronel - 1.ª - 48 - 2900,72 euros

Capitão-de-mar-e-guerra/Coronel - 2.ª - 51 - 3055,19 euros

Capitão-de-mar-e-guerra/Coronel - 3.ª - 55 - 3261,16 euros

Capitão-de-fragata/Tenente-coronel - 1.ª - 41 - 2540,27 euros

Capitão-de-fragata/Tenente-coronel - 2.ª - 42 - 2591,76 euros

Capitão-de-fragata/Tenente-coronel - 3.ª - 44 - 2694,75 euros

Capitão-de-fragata/Tenente-coronel - 4.ª - 46 - 2797,73 euros

Capitão-tenente/Major - 1.ª - 36 - 2282,81 euros

Capitão-tenente/Major - 2.ª - 37 - 2334,30 euros

Capitão-tenente/Major - 3.ª - 39 - 2437,29 euros

Capitão-tenente/Major - 4.ª - 40 - 2488,78 euros

Primeiro-tenente/Capitão - 1.ª - 27 - 1819,38 euros

Primeiro-tenente/Capitão - 2.ª - 29 - 1922,37 euros

Primeiro-tenente/Capitão - 3.ª - 31 - 2025,35 euros

Primeiro-tenente/Capitão - 4.ª - 33 - 2128,34 euros

Primeiro-tenente/Capitão - 5.ª - 35 - 2231,32 euros

Segundo-tenente/Tenente - 1.ª - 21 - 1510,43 euros

Segundo-tenente/Tenente - 2.ª - 22 - 1561,92 euros

Segundo-tenente/Tenente - 3.ª - 24 - 1664,91 euros

Guarda-marinha/Subtenente/Alferes - 1.ª - 18 - 1355,96 euros

Guarda-marinha/Subtenente/Alferes - 2.ª - 19 - 1407,45 euros

Aspirante/Aspirante tirocinado - 1.ª - 8 - 837,60 euros

Sargento-mor - 1.ª - 29 - 1922,37 euros

Sargento-mor - 2.ª - 32 - 2076,84 euros

Sargento-chefe - 1.ª - 25 - 1716,40 euros

Sargento-chefe - 2.ª - 26 - 1767,89 euros

Sargento-chefe - 3.ª - 27 - 1819,38 euros

Sargento-ajudante - 1.ª - 21 - 1510,43 euros

Sargento-ajudante - 2.ª - 22 - 1561,92 euros

Sargento-ajudante - 3.ª - 23 - 1613,42 euros

Sargento-ajudante - 4.ª - 24 - 1664,91 euros

Primeiro-sargento - 1.ª - 17 - 1304,46 euros

Primeiro-sargento - 2.ª - 18 - 1355,96 euros

Primeiro-sargento - 3.ª - 19 - 1407,45 euros

Primeiro-sargento - 4.ª - 20 - 1458,94 euros

Segundo-sargento - 1.ª - 15 - 1201,48 euros

Segundo-sargento - 2.ª - 16 - 1252,97 euros

Subsargento/furriel - 1.ª - 9 - 892,53 euros

Subsargento/furriel - 2.ª - 10 - 944,02 euros

Subsargento/furriel - 3.ª - 11 - 995,51 euros

Segundo-subsargento/Segundo-furriel - 1.ª - 7 - 789,54 euros

Cabo-mor - 1.ª - 17 - 1304,46 euros

Cabo-mor - 2.ª - 18 - 1355,96 euros

Cabo-mor - 3.ª - 19 - 1407,45 euros

Cabo da Armada/cabo-de-secção - 1.ª - 13 - 1098,50 euros

Cabo da Armada/cabo-de-secção - 2.ª - 14 - 1149,99 euros

Cabo da Armada/cabo-de-secção - 3.ª - 15 - 1201,48 euros

Cabo da Armada/cabo-de-secção - 4.ª - 16 - 1252,97 euros

Primeiro-marinheiro/Cabo-adjunto - 1.ª - 8 - 837,60 euros

Primeiro-marinheiro/Cabo-adjunto - 2.ª - 9 - 892,53 euros

Primeiro-marinheiro/Cabo-adjunto - 3.ª - 10 - 944,02 euros

Primeiro-marinheiro/Cabo-adjunto - 4.ª - 11 - 995,51 euros

Segundo-marinheiro/Primeiro-cabo - 1.ª - 6 - 738,05 euros

Segundo-marinheiro/Primeiro-cabo - 2.ª - 7 - 789,54 euros

Primeiro-grumete/Segundo-cabo - 1.ª - 5 - 683,13 euros

Segundo-grumete/Soldado -  1.ª - 3 - 583,58 euros

Segundo-grumete/Soldado - 2.ª - 4 - 635,07 euros

*Salário base. A este acrescem os suplementos de condição militar e de risco.

** Cada posição remuneratória corresponde a cada um dos actuais escalões de salário-base
Título:
Enviado por: legionario em Novembro 10, 2008, 06:05:35 pm
As diferenças com os salarios dos militares franceses nao sao grandes ...
um segundo-sargento portugues ganha quase 3 salarios minimos, o mesmo posto em frança nao chega a 1 salario minimo frances. Em termos brutos, é uma diferença muito pequena...comparando com os salarios médios do resto da populaçao, até nao esta mal .

PRACAS :
Rémunération d’un Militaire du rang
La solde mensuelle de base des grades de militaire du rang EVAT * :
• Soldat : 1203,41 €
• Caporal: 1203,41 €
• Caporal-chef: 1308,73 €.
La rémunération mensuelle de base des grades de militaire du rang VDAT
• Soldat : 713,77 €
• Caporal: 740,92 €
• Caporal-chef : 781,50 €

CLASSE DE SARGENTOS :
Rémunération d’un Sous-officier
Rémunération mensuelle de base des grades de sous-officier :
• Sergent : 1286,51 €             = 2° sargento portugues
• Sergent-chef : 1367,48 €     =  1° sargento portugues
• Adjudant : 1673,36 €           =  sargento ajudante
• Adjudant-chef : 1817,30 €   = sargento-chefe
• Major : 1958,13 €.               = sargento-mor

CLASSE DE OFICIAIS  :
Rémunération d’un Officier
La solde mensuelle d'un officier :
• Sous-lieutenant : 1652,56 €  = alferes  portugues
• Lieutenant : 1845,38 €
• Capitaine : 2377,75 €
• Commandant : 2824,41 €    = major portugues
• Lieutenant-colonel : 3251,57 €.
• Aspirant VADAT : 844,80 €

Em  posto igual, ha até tugas que ganham mais que os francius
Título:
Enviado por: Edu em Novembro 10, 2008, 07:50:48 pm
:shock:  Fiquei chocado, depois de ver essa tabela de salarios ainda dizem que os militares ganham pouco, as profissões que eu saiba equiparam-se pelas habilitações literarias, e para isso um professor deve equiparar-se a oficial, se olhar-mos para a tabela de salarios de um professor (que actualmente sai com mestrado) com um oficial que é mestrado também vemos que que o professor ganha muito menos que um oficial, pior ainda ganha menos que um sargento. Isso de os militares ganharem pouco é a pior mentira que pode haver. Quanto ás condições medicas e nos quarteis isso já não tenho conhecimento por isso não me vou pronunciar, mas quanto a salarios os militares pelo que ganham é justo que tenham de fazer mesmo muito. Queixas de que um praça ganha menos que um professor não têm qualquer cabimento, ópá um praça só tem de ter o 9º ano se não estou em erro, um professor actualmente é no minimo licenciado ou então como muitos mestrados. Não vamos ser estupidos ao ponto de axar que por ter muita carga fisica deve ganhar muito, nesse ponto de vista um oficial devia ganhar menos que um praça não??
Título:
Enviado por: tyr em Novembro 10, 2008, 07:59:52 pm
a comparação com os professores é idiotica e revela ignorancia, mas a comparação com os quadros especias do estado não, a questão salarial (que para mim pessoalmente é a menos importante de todas) tem só a ver com a dualidade de critérios com os quadros especias do estado, pois os que reclamam mamam (na minha opinião demasiado) os que não reclamam (porque não podem, ficam para trás) e ainda digo mais a discrepancia entre o posto mais baixo e o mais alto, sempre o considerei escandaloso (existem postos em que a promoção ao posto seguinte é 30% do ordenado de um soldado, e isso para mim é imoral).
outra coisa que é imoral é alguns subsidios, pergunto eu porque é que o subsidio paraquedista é maior para oficias e sargentos??? o risco não é o mesmo??? se o aumento tivesse a ver com o tempo de serviço ou idade, eu até o compreendia, mas porque um é aspirante com dois dias de tropa recebe logo mais no subsidio de salto que um cabo adjunto com 8 anos de serviço (e ja com problemas na coluna e joelhos).
Título:
Enviado por: Lightning em Novembro 10, 2008, 08:29:18 pm
Citação de: "Edu"
:shock:  Fiquei chocado, depois de ver essa tabela de salarios ainda dizem que os militares ganham pouco, as profissões que eu saiba equiparam-se pelas habilitações literarias


Então os jogadores de futebol devem ser génios :lol: .
Título:
Enviado por: raphael em Novembro 10, 2008, 08:37:12 pm
independentemente dos comments que se sigam, estes valores são os ordenados em bruto!

p.s.- Por outro lado é "bom" verificar que prevêem a existência do Cabo-Mor e do Cabo de Secção acima do posto de Cabo-adjunto e com vários escalões, será que indicia que num qualquer futuro a FAP e o Exército também venham a ter uma QP de Praças ou que os contratos de longa duração se venham a implementar? (isto se tivermos em conta que o militar está 02 anos no 1º escalão e após isso são 03 anos de escalão em escalão).
Os valores até são simpáticos ao que vai acrescer o suplemento de condição militar (fixo e variável) o único contra é a talhada de IRS que leva em cima, mas isso já qualquer funcionário público está habituado.
Título:
Enviado por: flavio em Novembro 10, 2008, 09:07:44 pm
Citação de: "Lightning"
Citação de: "Edu"
:shock:  Fiquei chocado, depois de ver essa tabela de salarios ainda dizem que os militares ganham pouco, as profissões que eu saiba equiparam-se pelas habilitações literarias

Então os jogadores de futebol devem ser génios :lol: .



ISSO! Bem falado. Não é preciso dizer mais nada :)
Cumprimentos
Título:
Enviado por: Trafaria em Novembro 10, 2008, 09:20:32 pm
São uma excepção.... pessoas singulares, talentos à parte...

O que é raro, caro é.... essa é a diferença entre os calhaus e os diamantes ... embora ambos sejam apenas pedras...
Título:
Enviado por: Cabecinhas em Novembro 10, 2008, 09:57:29 pm
Off-topic:

Caro Trafaria, por essa ordem de ideias todos os "diamantes" do desporto deviam ganhar como futebolistas de todo ;)
Título:
Enviado por: Trafaria em Novembro 10, 2008, 10:17:53 pm
nâo....

Os futebolistas são pagos em  conformidade com  aquilo com o que o patrão (certo ou errado) pensa que eles valem.
Título:
Enviado por: flavio em Novembro 10, 2008, 10:31:20 pm
Citação de: "Trafaria"
nâo....

Os futebolistas são pagos em  conformidade com  aquilo com o que o patrão (certo ou errado) pensa que eles valem.



Mas o patrão somos todos nós (os contribuíntes). Eu retiro a minha parte, não acho que eles precisem de ficar em hotéis de luxo para representarem bem a selecção:)
Título:
Enviado por: Lightning em Novembro 10, 2008, 10:58:05 pm
O que eu queria dizer com o comentário dos jogadores de futebol é que os estudos, se bem que importantes, não são o unico factor que inflenciam o ordenado de uma pessoa, tão ou mais importante são a propria função que a pessoa executa, se é perigosa, as responsabilidades que tem, etc. Se fosse só os estudos que interessasse, todos os licenciados tinham exactamente o mesmo ordenado, todos os que tem mestrado tinham o mesmo ordenado, todos os que tinham doutoramento tinham o mesmo ordenado, etc. E isso não acontece.
Título:
Enviado por: legionario em Novembro 10, 2008, 11:19:57 pm
Isso é verdade, mas nao impede que  se compararmos os salarios dos  militares de outros paises europeus constatamos que os nossos militares nao estao assim tao mal em termos de vencimentos ( em termos de carreira ja nao é assim).

Um sargento portugues ganha o equivalente a varios salarios minimos. Um sargento frances ganha quase um salario minimo. Como repararam na tabela que postei antes, os sargentos portugueses e franceses ganham praticamente a mesma coisa. O custo de vida em França é muito mais caro que em Portugal...

P.S.
Quando estive em Sarajevo, em 1996, os militares italianos fizeram uma reclamaçao ao governo italiano, queriam ser mais bem pagos ; invocavam eles : "até os portugueses ganham mais que nos..." .
Os paras tugas que estiveram comigo em Sarajevo, ganhavam no posto de soldado mais do que um legionario de 1°classe. So a partir do posto de cabo é que os franceses ganhavam mais.
Título:
Enviado por: Lightning em Novembro 11, 2008, 11:46:04 am
Citação de: "legionario"
Um sargento portugues ganha o equivalente a varios salarios minimos. Um sargento frances ganha quase um salario minimo. Como repararam na tabela que postei antes, os sargentos portugueses e franceses ganham praticamente a mesma coisa. O custo de vida em França é muito mais caro que em Portugal...


Isso não me parece que seja um problema para os militares portugueses, mas sim para os militares franceses :lol: .
E não está nada escrito em lado nenhum que os militares do pais X tem que ganhar o mesmo que os miltares do pais Y, cada pais sabe de si sem ter os outros paises como referencia, e cá os militares tem como referencia (mais ou menos) é os outros corpos especiais do estado.

Então uma questão. Se um sargento francês ganha pouco mais que o ordenado minimo então quanto ganha um soldado, o ordenado minimo? Menos?
Título:
Enviado por: legionario em Novembro 11, 2008, 12:14:38 pm
Ganham menos que o salario minimo em termos de salario base. Com os diversos subsidios, premios, etc  devem la chegar, ou mesmo ultrapassar o salario minimo.
Eu nao digo que os militares ganham MUITO, digo que a maior parte dos civis é que ganham POUCO. :):)
Título:
Enviado por: FoxTroop em Novembro 11, 2008, 01:09:07 pm
Legionário, tens toda a razão. Eu também estive lá fora é posso dizer que em relação às forças de outros países, os militares portugueses até têm um ordenado razoavél.

A maior diferença de que me apercebi foi o grande hiato ente os postos na renumeração. Conheço bem o sistema renumeratório francês e também o americano e entre os postos a diferença não é tão expressiva como em Portugal. Também sei que em todo o 3rd Armored Cavalry Regiment (CC M1 Abrams) do US Army com um total de 5700 efectivos, existiam praticamente menos oficiais superiores do que num batalhão português de 330 homens.

Onde considero que os militares portugueses têm razão é na falta de condições (alojamentos, sistema de saúde, etc...) porque, tal como me disse um sargento americano, com as condições dadas aos nossos militares se fossem americanos, tinham um levantamento entre eles.
Título:
Enviado por: legionario em Novembro 11, 2008, 01:44:49 pm
Em relaçao às diferenças salariais, e falando dos franceses, como viste na tabela nao existe grandes diferenças entre os postos de soldado e cabo ou cabo-chefe. No entanto, em operaçoes exteriores, existem diferenças enormes entre o salario dum soldado e dum cabo, ou entre este e um sargento. Por exemplo, na Jugoslavia, um soldado frances ganhava cerca de 300 contos, um cabo ganhava 450 contos e um sargento cerca de 600 contos. O porquê destas grandes diferenças, nao sei !
Título:
Enviado por: emarques em Novembro 11, 2008, 04:32:50 pm
Citação de: "Lightning"
O que eu queria dizer com o comentário dos jogadores de futebol é que os estudos, se bem que importantes, não são o unico factor que inflenciam o ordenado de uma pessoa, tão ou mais importante são a propria função que a pessoa executa, se é perigosa, as responsabilidades que tem, etc.

Não exactamente. O que é importante é quantas pessoas há disponíveis para cumprir aquela função. No caso de um soldado do exército português, basicamente faz falta um cidadão da República Portuguesa que esteja disposto a isso. No caso do nº 10 da selecção nacional, faz falta o Deco. Dada a escassez de Decos face ao número de cidadãos da República Portuguesa dispostos a ser soldados, o posto de nº 10 da selecção nacional é muito mais bem pago que o posto de soldado.

 :wink:
Título:
Enviado por: flavio em Novembro 11, 2008, 06:29:19 pm
Citação de: "emarques"
Citação de: "Lightning"
O que eu queria dizer com o comentário dos jogadores de futebol é que os estudos, se bem que importantes, não são o unico factor que inflenciam o ordenado de uma pessoa, tão ou mais importante são a propria função que a pessoa executa, se é perigosa, as responsabilidades que tem, etc.
Não exactamente. O que é importante é quantas pessoas há disponíveis para cumprir aquela função. No caso de um soldado do exército português, basicamente faz falta um cidadão da República Portuguesa que esteja disposto a isso. No caso do nº 10 da selecção nacional, faz falta o Deco. Dada a escassez de Decos face ao número de cidadãos da República Portuguesa dispostos a ser soldados, o posto de nº 10 da selecção nacional é muito mais bem pago que o posto de soldado.

 :wink:



Se não houvesse licenciados ligados à construção iriam haver habitações.
Se não ouvesse técnicos na área da construção não iriam haver habitações.
Logo, profissões com menos estudos não têm que ser menos remuneradas.

Quanto a jogadores de futebol, se eles não existissem o mundo não iria acabar. Os jogadores apenas auferem salários astronómicos porque muitas culturas são baseadas no futebol.
Título:
Enviado por: Xô Valente em Novembro 11, 2008, 06:32:51 pm
O futebol é um negócio que gere milhões, e desses milhões, uma parte vai para os jogadores. Eles não recebem muito porque tiram daqui ou dali. :lol:
E eles não devem receber muito desses milhares e milhões, até porque parte vai para a equipa técnica, direcção, despesas, etc.
Título:
Enviado por: abatista em Novembro 11, 2008, 06:45:55 pm
Citação de: "flavio"
Citação de: "emarques"
Citação de: "Lightning"
O que eu queria dizer com o comentário dos jogadores de futebol é que os estudos, se bem que importantes, não são o unico factor que inflenciam o ordenado de uma pessoa, tão ou mais importante são a propria função que a pessoa executa, se é perigosa, as responsabilidades que tem, etc.
Não exactamente. O que é importante é quantas pessoas há disponíveis para cumprir aquela função. No caso de um soldado do exército português, basicamente faz falta um cidadão da República Portuguesa que esteja disposto a isso. No caso do nº 10 da selecção nacional, faz falta o Deco. Dada a escassez de Decos face ao número de cidadãos da República Portuguesa dispostos a ser soldados, o posto de nº 10 da selecção nacional é muito mais bem pago que o posto de soldado.

 :wink:


Se não houvesse licenciados ligados à construção iriam haver habitações.
Se não ouvesse técnicos na área da construção não iriam haver habitações.
Logo, profissões com menos estudos não têm que ser menos remuneradas.

Quanto a jogadores de futebol, se eles não existissem o mundo não iria acabar. Os jogadores apenas auferem salários astronómicos porque muitas culturas são baseadas no futebol.


Se n houvessem licenciados haviam habitações, tens razão. Eram, era, todas casinhas singulares, como vemos no campo..

Foram os técnicos de construção que fizerem com que agora existam arranha-céus? Com protecção anti-sísmica, e um milhão de sistemas anti-emergência?

Não tou a perceber qual a refutância em aceitar que é necessário existir gente com estudos, e conhecimentos, que não são transmissíveis a qualquer um, e que essas pessoas devem ser bem pagas porque, como o emarques disse, e muito bem, existem milhares de pessoas que podem ser trolhas, e apenas algumas que podem ser engºs.

Claro que isto abrange todos os ramos. Estou a usar o ramo da construção civil só porque é fixe. :p
Título:
Enviado por: P44 em Novembro 17, 2008, 10:33:53 am
Citação de: "soultrain"
Carta aberta

Fyi:

A “CRISE” DA INSTITUIÇÃO MILITAR



   Como se sabe o derradeiro artigo do General Loureiro dos Santos no jornal “O Público” sobre os motivos (mais do que justos) da indignação militar que tem afectado as Forças Armadas (FAs), gerou uma pequena tempestade mediática. Pelo meio ocorreu um jantar na antiga FIL, promovido pela Associação de Oficiais das FAs – aliás já programado – para debate dos problemas existentes e procura de pistas para o futuro e que ganhou notoriedade pela polémica então gerada. Como o meu nome apareceu referido publicamente como tendo participado e falado, no referido jantar, venho transcrever o que então disse para que não haja dúvidas ou interpretações incorrectas sobre o que entendi dizer.
   
   “Estamos todos aqui a fim de procurar soluções para o descaminho porque vai a Instituição Militar e as desconsiderações que têm sofrido a condição militar e os militares.
   Porque entendo que não se pode andar para a frente sobre bases falsas vou tentar recuar um pouco no tempo e fazer um breve sumário de como chegámos à situação actual. Sem isso só por bambúrrio faremos as opções correctas.
   Tentarei cingir-me a factos sem os adjectivar, tecer considerações ou juízos de intenções. Isso só serviria para aumentar as clivagens entre nós.

O público como todos os
soberanos, como os reis, os
povos e as mulheres, não
gosta que se lhes diga
a verdade”

Alexandre Dumas

   A questão fundamental que temos pela frente – que a IM tem pela frente – é uma questão de respeito. Isto é, de nos darmos ao respeito. Só assim poderemos ser respeitados. Ora o problema é que nós não nos temos dado ao respeito. Por uma simples razão: não estarmos em condições de o fazer.
   Quando era cadete e dei História Militar, passava-se pela I Grande Guerra, como cão por vinha vindimada.
   Sabem porquê? Porque a nossa participação, de um modo geral, correu mal. Do mesmo modo, na História que aprendi no liceu, quase não se falava no século XIX português. Sabem porquê? Exactamente, porque correu muito mal. Ora nós perante o que corre mal o que fazemos? Fazemos o que a mulher a dias coira faz: pomos o lixo debaixo do tapete. A sala fica aparentemente limpa, mas só aparentemente, pois o lixo está lá.
   Para se decidir correctamente o que fazer hoje temos ainda que recuar ao pós 25 de Abril. Ora as consequências para a IM decorrentes do 25/4, foram péssimas. Por mais que muitos de nós julguem que foram boas. Vou tentar explicar porquê.
   As FAs sairam de mal do 25/4, com a Extrema Direita – que aliás praticamente não existia desde que o Prof. Salazar tinha acabado com o Nacional Sindicalismo de Rolão Preto – ficaram de mal com a chamada “Direita”, por causa do 11 de Março de 75,e das nacionalizações; com o PCP e a Extrema Esquerda,por causa do 25 de Novembro de 75 ; com os “retornados” do Ultramar (que representavam cerca de 9% da população) por causa da Descolonização, adjectivada inicialmente de “exemplar”; com a população rural, por causa da “dinamização cultural”, da reforma agrária e das ocupações selvagens; com as forças ditas do Centro (onde se engloba o CDS, o PSD e o PS), por preconceitos culturais e políticos e sobretudo por causa do Conselho da Revolução e do Pacto MFA/Partidos, que estes assinaram mas nunca aceitaram.
   A Lei 29/82 (da Defesa e FAs) parece até um ajuste de contas com tudo isto.
   Resumindo as FAs, por uma razão ou por outra, acabaram de ficar de mal com todos. Creio que será difícil conseguir pior em qualquer parte do mundo.

   Agora vejamos o que aconteceu aos quadros da altura. Numa só geração os oficiais e sargentos do quadro permanente, formados num quadro de referências totalmente diferente daquele que se veio a institucionalizar após a revolução, e tendo já aguentado com uma ou mais comissões no Ultramar, tiveram que passar pela “experiência” do PREC – que deixou a tropa praticamente destruída – a recuperação do mesmo PREC – que, deve dizer-se, foi notável mas se cingiu maioritariamente ao âmbito “material” da Instituição – para apanharem depois com doses maciças de propaganda anti militar (não é a mesma coisa que anti-militarista …), que se prolonga até aos dias de hoje.
   O que quero dizer com isto tudo é que a cadeia hierárquica que fez a guerra ou ainda foi formada no regime anterior esgotou-se e não está psicologicamente capacitada para fazer frente ao plano inclinado em que colocaram as FAs e os militares.
   Chamo ainda a atenção para mais alguns pontos: a recuperação “material” da IM (os edifícios, os equipamentos, a disciplina, a hierarquia, o treino, a doutrina, etc) não foi acompanhada devidamente pela recuperação espiritual (a deontologia, as virtudes militares, a camaradagem, o espírito de corpo, a confiança nos chefes, etc); depois da revolução – que era para ser apenas um golpe de estado -  e quando os ânimos serenaram, não se separou o trigo do joio, isto é, não se apartou os militares que não se portaram segundos os ditames da “virtude e da honra”, daqueles que se  mantiveram dentro das baias que os deveres militares obrigam. Antes pelo contrário, tentou-se e permitiu-se, tentar ultrapassar todas as barbaridades cometidas, distribuindo subsídios e promovendo todo o bicho careta a coronel.
   Depois nunca se assumiu que a generalidade da classe política que nos passou a governar, além de ignorante sobre a “coisa militar” não tem boas intenções relativamente à IM e aos militares. Ora se basearmos a nossa “ordem de batalha” em informações ou crenças erradas, o resultado será o desastre.
   Com isto dito, nunca se conseguiu até hoje, delinear nenhuma estratégia, a não ser a de encaixar danos e ir, nem sempre da melhor maneira, contornando intenções e até decisões. Passámos a viver num teatro de sombras.
   Como corolário nunca se promoveu o estudo e reflexão do que se passou contemporaneamente, utilizando-se constantemente a técnica da mulher a dias, coira.
   A cereja em cima do bolo passou a ser a falta de entendimento crónico que as levas sucessivas de camaradas nossos que ostentaram estrelas em número de quatro, passaram a ostentar sobre o que fazer e actuar concertadamente (com honrosas excepções). E quando eu digo que não se entenderam nem entendem cobre quase tudo e  vai da cor dos atacadores das botas à compra de submarinos.
   Este diagnóstico é factual e explica porque temos vindo a coleccionar derrotas e explica também, que a IM esteja quase em extertor e parte da opinião pública pense que ainda temos a gasolina mais barata …
   Chamo apenas a atenção que sem IM Portugal desaparecerá. Convém ter isto presente.
   Por último, quero dizer que nós tendemos a indignar-nos não por princípios, mas por conveniências.
   Muitos de nós, aliás, só começaram a ficar incomodados, quando não foram colocados num lugar que ambicionavam ou, sobretudo, quando não eram nomeados para o curso de promoção a oficial general.
   Por isso é que quando a nível político se cometeram crimes de lesa Pátria (e a nós pagam-nos para defender a Pátria) poucos se indignaram; mesmo a nível militar, quando nos dão machadadas institucionais, por exemplo, quando acabaram como os tribunais militares; extinguiram o serviço militar obrigatório; quando oficiais generais são achincalhados na praça pública; quando se vende património ao desbarato; quando se mente descaradamente; quando há intromissões abusivas na cadeia hierárquica; quando se quer reduzir a profissão militar a um emprego como outro qualquer, etc., um etc longo e doloroso, pouca gente se indigna.
   Quando, porém, nos começam a ir ao bolso ou nos mexem nas carreiras, aqui d’el rei.
   Ou seja nós acordamos para a luta, tarde e nem sempre pelas melhores causas. E, podendo não ser evidente, estou em crer, que se defendêssemos os Princípios, logo que são postos em causa, ninguém mais teria a ousadia de nos querer confiscar os (parcos) direitos.”



                                                         João José Brandão Ferreira
                        TCor Pilav (Ref)
Título:
Enviado por: Portucale em Dezembro 06, 2008, 07:40:53 pm
Gostei do texto, está cheio de verdades.
Estas duas frases do texto que se seguem são excelentes;

«Chamo apenas a atenção que sem IM Portugal desaparecerá. Convém ter isto presente.
Por último, quero dizer que nós tendemos a indignar-nos não por princípios, mas por conveniências.»
Título:
Enviado por: raphael em Dezembro 06, 2008, 08:54:24 pm
Agora assustei-me quando olhei para IM não li Instituição Militar... li Internet Messenger!!! :shock: já me estava a assustar...
Título:
Enviado por: P44 em Dezembro 09, 2008, 08:57:09 am
Citação de: "raphael"
Agora assustei-me quando olhei para IM não li Instituição Militar... li Internet Messenger!!! c34x
Título:
Enviado por: Xô Valente em Dezembro 09, 2008, 01:59:01 pm
Citação de: "P44"
Citação de: "raphael"
Agora assustei-me quando olhei para IM não li Instituição Militar... li Internet Messenger!!! c34x

Ou então não... c34x
Título:
Enviado por: Daniel em Dezembro 10, 2008, 08:26:45 pm
Moral das Forças Armadas “no limite do razoável”


Citar
Depois do alerta lançado pelo general Loureiro dos Santos (antigo chefe do Estado-Maior do Exército) para o desespero que está a apoderar-se de alguns militares na sequência das políticas implementadas pelo Governo nas Forças Armadas, é agora a vez do general Gabriel Espírito Santo avisar que o moral e a disciplina dos militares estão “no limite do razoável”.


Num artigo publicado na última edição da ‘Revista Militar’, relacionado com o Orçamento de Estado para o próximo ano, o ex-chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) assinala que “só uma acção de comando de alta qualidade tem impedido de evoluir para actos de indisciplina graves, que a Nação não compreenderá”.  

No artigo, o general refere que “a instrução e treino dos militares não obedecem aos padrões recomendados”, sublinhando que “a falta de manutenção” impede o nível de operacionalidade de muitos equipamentos' e que “os compromissos assumidos por Portugal junto da NATO e União Europeia dificilmente poderão ser atingidos com as dotações actuais”.

Para o ex-CEMGFA, o poder político está a pôr em causa o moral e a disciplina nas Forças Armadas. O general Gabriel Espírito Santo acusa mesmo o poder político de ter “falta de cultura de Defesa“, confundindo “a condição militar com funcionalismo público, a função de comando como uma directoria-geral e a disciplina militar com processos disciplinares”.
Título:
Enviado por: Xô Valente em Dezembro 10, 2008, 08:29:27 pm
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O general Gabriel Espírito Santo acusa mesmo o poder político de ter “falta de cultura de Defesa“


Há falta de cultura de muita coisa, que até já se tem dito, falta de cultura de defesa, falta de cultura desportiva, falta de muita coisa mesmo...
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Enviado por: Luso em Dezembro 11, 2008, 12:10:25 am
Desenganem-se aquelas almas distraídas e ingénuas que ainda se acreditam que o "poder político"... "nacional" está mínimamente interessando no bem público. O seu objectivo é a sua sobrevivência "política", as suas sinecuras, o seu tacho.
Quem manda nos destinos de Portugal já não são os portugueses mas alguém em Bruxelas. E quem manda nesses sabe-se lá quem. O que aqui temos são meros fantoches.

Cada um que cuide de si que isto dos países não está na moda.
Até o pessoal cair na real. Com trocadilho ou sem ele.
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Enviado por: TOMSK em Dezembro 11, 2008, 01:01:40 am
Pode ser que com a "alternativa" que todos esperavam que fosse o PSD, e que não está a funcionar como isso, mais pessoas caiam no "real"...
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Enviado por: Portucale em Dezembro 12, 2008, 01:30:16 am
Citação:
O general Gabriel Espírito Santo acusa mesmo o poder político de ter “falta de cultura de Defesa“


O General Espirito Santo fez uma afirmação verdadeira, na minha opinião não é nada que a generalidade das pessoas que acompanham estes assuntos já não saibam.

Recordando um pouco o passado de este militar temos que foi CEME e CEMGFA.
Em Angola por volta de 1970 e com o posto de Major, pertenceu ao estado maior da Zona Militar Leste, comandava uma secção, a de assuntos civis.
Este estado maior foi o único condecorado coletivamente durante a guerra e foi um dos grandes responsáveis pela derrota táctica dos movimentos de libertação no leste de Angola.

Olhando para a nossa história verificamos que os últimos e os actuais lideres são fruto de um periodo em que dizer mal da Instituição Militar estava na moda.
Além disso os critérios dos partidos são simples, ser eleitos ou reeleitos.
Dado que os assuntos de defesa não dão votos, não se fala, não se pensa e não se faz.

 :wink:
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Enviado por: AC em Dezembro 12, 2008, 01:56:00 am
Citação de: "Luso"
Quem manda nos destinos de Portugal já não são os portugueses mas alguém em Bruxelas. E quem manda nesses sabe-se lá quem. O que aqui temos são meros fantoches.


Perdoem o off-topic mas.. isso é o que os políticos de cada país querem que os seus co-cidadãos pensem.
"Bruxelas" e a Comissão Europeia têm as costas muito largas mas o real poder reside no Conselho de Ministros.
A UE não impõe nada aos Estados Membros sem que pelo menos os aspectos principais sejam aprovados pelo Conselho da União Europeia, coloquialmente chamado de Conselho de Ministros, constituido por ministros dos actuais governos eleitos dos Estados-Membros.

Quando os governantes portugueses têm de aceitar coisas contrariados, a fonte não é "alguém em bruxelas" mas sim governantes dos outros Estados-Membros.

Mas transferir a culpa para UE também é uma manobra fácil para os políticos de cada país...
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Enviado por: Cláudio C. em Janeiro 02, 2009, 02:54:36 pm
Citação de: "AC"
Citação de: "Luso"
Quem manda nos destinos de Portugal já não são os portugueses mas alguém em Bruxelas. E quem manda nesses sabe-se lá quem. O que aqui temos são meros fantoches.

Perdoem o off-topic mas.. isso é o que os políticos de cada país querem que os seus co-cidadãos pensem.
"Bruxelas" e a Comissão Europeia têm as costas muito largas mas o real poder reside no Conselho de Ministros.
A UE não impõe nada aos Estados Membros sem que pelo menos os aspectos principais sejam aprovados pelo Conselho da União Europeia, coloquialmente chamado de Conselho de Ministros, constituido por ministros dos actuais governos eleitos dos Estados-Membros.



E quando os ministro nao se entendem quanto a um assunto, é convocado o Conselho Europeu, em que os estados-membros são representados ao mais alto nivel, pelos seus chefes de Estado, Presidentes da Republica, Reis e Chanceleres.
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Enviado por: Lancero em Janeiro 27, 2009, 07:05:51 pm
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Defesa: Estado deve impedir que antigos combatentes vivam em situações de carência - Loureiro dos Santos    

   Lisboa, 27 Jan (Lusa) - O antigo chefe de Estado-Maior do Exército,  general Loureiro dos Santos, defendeu hoje que o Estado não deve avançar  para opções "demagógicas", mas "tudo fazer para impedir que os antigos combatentes  vivam em situações de carência".  

 

   "O Estado deve tudo fazer para impedir situações de carência, como todos  nós sabemos que muitos vivem. O Estado tem obrigação de tratar destes homens,  que numa situação de perigo defenderam a pátria", afirmou o também antigo  ministro da Defesa.  

 

   Numa sessão realizada pela Associação de Deficientes das Forças Armadas  (ADFA) sobre "A condição militar e as consequências físicas e psíquicas",  Loureiro dos Santos sublinhou que o apoio aos militares é algo que "não  pode faltar e que é possível fazer".  

 

   "Não se deve avançar para situações megalómanas e demagógicas que os  ex-combatentes não esperam, que é receber qualquer coisa porque se combateu.  Isso são decisões demagógicas que não resolvem os problemas e uma situação  que não resolve nada e só gasta dinheiro do Estado", frisou o ainda ex-vice-chefe  de Estado-Maior General das Forças Armadas.  

 

   Ao longo da sua intervenção, o general Loureiro dos Santos, referiu  ainda que "os deficientes das Forças Armadas são o rosto vivo da condição  militar".  

 

   "Os deficientes das Forças Armadas são o rosto vivo da condição militar,  aqueles que arriscaram tudo e ficaram diferentes em termos das suas capacidades  físicas e mentais (...) quando estiveram a actuar na defesa dos interesses  nacionais que são definidos pelos representantes responsáveis políticos  e que os militares se limitam a defender", sublinhou.    

 

   Enquanto afirmava que "todos os países têm um especial cuidado com as  questões da condição militar", o general Loureiro dos Santos destacou a  "importância simbólica, da natureza e da condição militar" mostrada pelo  novo presidente norte-americano, Barack Obama, durante a cerimónia de tomada  de posse, na semana passada.  

 

   "O facto de ele ter escolhido para ministro dos veteranos um general  prestigiado, que tinha tomado uma posição frontal para com o anterior presidente  [Bush] relativamente ao Iraque" foi também um exemplo referido pelo antigo  chefe militar.  

 

   "A primeira coisa que Michelle Obama fez como primeira dama à espera  de entrar em funções foi ir a uma casa, a um instituto de assistência a  militares e familiares de militares, onde fez uma alocução sobre a importância  da família para os militares", lembrou Loureiro dos Santos.  
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Enviado por: Tiger22 em Setembro 13, 2009, 06:52:06 pm
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Militares alertam para risco de ruptura nos quartéis em carta dirigida aos portugueses

Três associações militares assinaram uma carta aberta dirigida aos portugueses, onde avaliam o que foi feito pelo Governo e onde fazem sugestões para a próxima legislatura. Os militares consideram que a reorganização das Forças Armadas foi um fracasso e avisam que se mantém o risco de ruptura entre os militares.

Gabriela Batista resume o teor da carta das três associações de militares e apresenta as declarações do coronel Alpedrinha Pires

A Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA), a Associação Nacional de Sargentos (ANS) e a Associação de Praças da Armada (APA) denunciam, numa carta aberta aos portugueses, «o falso consenso, os silêncios, as omissões e as cumplicidades» que marcaram as últimas décadas.

«O Governo usou do maior secretismo no trabalho que fez e não ouviu - como era sua obrigação perante a lei - os militares», o que é grave, «porque não temos todos os direitos» que existem entre os outros portugueses, disse o presidente da AOFA.

Alpedrinha Pires afirmou ainda que «foi aprovada legislação que mereceu a oposição consensual dos militares», numa referência ao novo regime remuneratório que as associações consideram «tecnicamente mal concebido» e «incompleto».

As três associações rejeitam e pedem a revogação do regulamento de disciplina militar e regime retributivo.


Na carta, os militares apelam também aos partidos políticos para que se pronunciem «sobre estas matérias, sobre como é que vão conduzir o diálogo social, em particular com estas associações que estão fora da concertação social» e desafiam ainda os políticos para uma «discussão sobre a Defesa Nacional e sobre a valorização das Forças Armadas».

Tendo em conta que os militares não podem participar activamente numa campanha eleitoral, as três associações pedem também aos cidadãos em geral que participem nesses debates, lembrando que se acentua o risco de ruptura e de quebra de coesão entre os militares das Forças Armadas.
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Enviado por: legionario em Setembro 14, 2009, 07:01:12 am
O que querem dizer com "risco de ruptura" nos quarteis  ?     :?
Título:
Enviado por: Lightning em Setembro 14, 2009, 10:42:21 pm
Citação de: "legionario"
O que querem dizer com "risco de ruptura" nos quarteis  ?     :roll: