Unir os Pontos

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Re: Unir os Pontos
« Responder #285 em: Novembro 23, 2012, 09:26:04 pm »
Depreendo então que o Papatango defenda então recursos "engenharias sociais", tais como o feminismo, a homossexualidade, o fim da família tradicional, o aborto pago pelo Estado, educação disfuncional, moda e cultura a querer transformar, rapazes em raparigas e raparigas em rapazes, continuar a utilizar lenha e carvão para cozinhar, não ter acesso a saneamento básico...
A bem do Planeta, claro.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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papatango

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Re: Unir os Pontos
« Responder #286 em: Novembro 23, 2012, 11:32:35 pm »
Eu não defendo nenhum recurso a coisa nenhuma.

A única coisa que defendo é a verdade e critico os que mentem e inventam teorias conspirativas que caem por terra no primeiro parágrafo de uma afirmação.

Precisamos por uma coisa na cabeça:

Eu também acho que devemos unir os pontos, mas estou absolutamente convencido de que:

NÃO PODEMOS UNIR OS PONTOS COM MENTIRAS ! ! !

As teorias de muitos destes conspirativo, destinam-se unicamente a desviar a atenção dos problemas verdadeiros e reais e a impedir uma análise racionai e serena dos problemas.
Quando os que criticam um sistema perdem a razão por terem sido apanhados a mentir ou no ridiculo, então todos aqueles que criticam um sistema estão em causa.

É mais ou menos o que os comunistas fizeram com a célebre afirmação de que os comunistas comiam criancinhas ao pequeno almoço.

A frase foi posta a circular pelos próprios comunistas, para desacreditarem as criticas que se faziam ao sistema comunista e às condições de vida nos então países do bloco de leste.

A afirmação pegou e os comunistas imediatamente pegaram na frase que eles próprios puseram a circular, para depois a referirem sempre que alguém fazia uma critica com cabeça tronco e membros.

O esquema é o mesmo.
Eu apenas me insurjo contra ele.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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papatango

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Re: Unir os Pontos
« Responder #287 em: Novembro 24, 2012, 12:40:49 am »
Citar
Realmente é estranho que num país com a capital localizada na zona de terras de cultivo mais ferteis da europa (falo da zona do ribatejo), com bastante sol, e sem falta de água (junto do tejo) e com uma população de cerca de 1 milhão de habitantes nos secúlos XIII e XIV, tivesse assim tantos problemas com a fome.

Não havia agro-industria na alta idade média.
As fomes sucedem-se às doenças e à peste negra, e à redução da população.

No século XIII, são motivadas pela constante tensão politica entre o clero e o rei.
No século seguinte, se consultar os livros, mesmo os escolares, vai ler sobre a Lei das Sesmarias.
Talvez nos queira explicar porque razão os campos não tinham gente e porque é que D. Fernando tenta resolver o problema da falta de pão com uma lei.
(Saraiva, Hist.Port, pg. 570)
Era mais facil dizer-lhe que o Ribatejo era uma área muito fertil...

Saraiva também fala da questão das razões da expansão (pg. 138) em que refere o problema da desproporção entre o aumento populacional e a escassez de recursos.

Oliveira Martins, na sua História de Portugal explica o problema, fazendo referência à constante instabilidade politico-militar (pg. 105). No século XIV há problemas por causa da escassez de população, que não chega para cultivar os campos nem sequer para guarnecer as muralhas dos castelos no sul do país.
Mas mesmo no norte, havia problemas, por causa dos constantes conflitos entre senhores, nobres e clero.

A questão não é pacífica, mas a fraqueza de recursos do reino e a falta de trigo para produzir pão (desgraçadamente não conseguiam produzir trigo para fazer pão na riquíssima região do Ribatejo) é sempre apresentada como uma das razões que levaram os portugueses a iniciar a gesta dos descobrimentos.
Procuravam-se lugares para onde enviar gentes que não conseguiam sobreviver no reino.

Em suma, criámos um império para permitir a emigração...

Como é evidente, não podemos considerar que foi a fome de um qualquer nobre, que reparou que tinha a barriga vazia e decidiu invadir Ceuta.
Portugal sempre foi um país pobre e a terra sempre foi pobre e incapaz de produzir comida suficiente para toda a população.
O país tinha que importar trigo e foram feitas várias desvalorizações da moeda (quebra da moeda), para manter os gastos dos estado.

Também não podemos esquecer que a Peste Negra se tornou aparentemente endémica a seguir ao inicio do século XIV. A redução da população, resultou em falta de mãos para trabalhar a terra, a falta de trabalhadores conduziu à fome, a qual conduziu à tentativa de fugir à fome, que por sua vez conduziu a uma maior falta de mão de obra (História Económica de Portugal 1143-2010 da Esfera dos Livros, pg.49 e 50).

Eu poderia ficar aqui a ler livros de História e sobre História, mas não creio que seja de grande utilidade.

Creio que já expliquei suficientemente o meu ponto de vista.
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Re: Unir os Pontos
« Responder #288 em: Novembro 24, 2012, 01:55:12 am »
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Portugal sempre foi um país pobre e a terra sempre foi pobre e incapaz de produzir comida suficiente para toda a população.

Portanto contesta a minha afirmação de que os solos na bacia do tejo e também do rio sado sejam muito ferteis?

Quer me a mim parecer que se havia fome era pela falta de quem trabalhasse a terra e não pelas terras pobres.
 

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Re: Unir os Pontos
« Responder #289 em: Novembro 24, 2012, 05:59:02 am »
O que o papatango diz sobre Portugal não ser auto-suficiente em termos de comida é verdade.

Consultem as estatísticas do Ministério da Agricultura. Vão ver que Portugal tem de importar a maior parte dos cereais que consome - os quais, como todos sabem, constituem a base da nossa alimentação.

O facto de Portugal não ser auto-suficiente, em termos de alimentos, não é propriamente uma questão de "lógica", mas sim de números. É verdade que o Ribatejo possui terrenos imensamente férteis, mas estes não existem em quantidade suficiente para alimentar todo o País.

Sempre foi assim. Desde o início de Portugal, na Idade Média, até ao presente. E lembro-me até de uma vez ouvir o historiador José Hermano Saraiva dizer isso num dos seus programas - que tínhamos de importar "pão" (suponho que estava a usar este termo como metáfora para cereais) de Espanha, no Passado, porque não o produzíamos em quantidade suficiente.

No colégio particular em que eu estudei, lembro-me também de ter aprendido que uma das principais razões - ou mesmo a principal razão, de que me lembro - para a Expansão Portuguesa era a falta de terrenos para cultivo, para alimentar a população, e que uma das primeiras coisas que os portugueses faziam, quando conquistavam novos territórios, era cultivar os campos existentes nestes mesmos novos territórios.


Dito isto, gostaria só de comentar sobre o vídeo do dito "conspirativo".

Também eu não partilho do que considero ser um ingénuo optimismo do autor em causa e de outros autores muito bem informados, que acham que o progresso tecnológico pode sempre resolver o problema da escassez de alimentos. Mas essa é, claramente, uma opinião pessoal que este expressa neste seu vídeo e não é esse o principal tópico do mesmo.

O de que o vídeo essencialmente fala, é sobre a chamada "agenda da redução populacional". Que consiste na intenção e num projecto, por partes das elites governantes, de reduzir a população mundial, para níveis que - entre outras coisas - estas consideram serem mais fáceis de gerir. E isto, como eu aqui já disse, não é nenhuma "teoria", mas sim algo do qual existem provas. A começar pelo livro que o autor exibe no vídeo em causa e continuando nas hiperligações que eu aqui deixei, onde se incluem documentos das próprias Nações Unidas que falam sobre o assunto.


E observem o que está a acontecer no nosso País...

Maternidades a serem fechadas, abonos de família a serem cortados, centenas de milhares de pessoas a serem lançadas no desemprego e na miséria...

Pensam que tudo isto é resultado de incompetência por parte dos nossos governantes?

Desenganem-se. Pois eles não são estúpidos. E, se estão a destruir a Economia, estão a fazê-lo conscientemente e *de propósito*.
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Re: Unir os Pontos
« Responder #290 em: Novembro 24, 2012, 12:25:06 pm »
OK assim compreendo melhor. Não é a inexistência de terrenos muito ferteis mas o seu reduzido numero comparando com a população.

Mas gostaria então de perguntar o seguinte. Já na altura, em que os terrenos eram os mesmo que agora, mas com uma população 10 vezes inferior já os terrenos eram insuficientes para produzir comida para toda a gente?

E já agora, a titulo de curiosidade, se actualmente, com as tecnologias actuais e a nova barragem no alqueva, se todos os terrenos em Portugal fossem bem aproveitados seriamos na mesma muito defecitários na producção alimentar?

Outra coisa que também me apercebo é que estando os melhores terrenos portugueses na area da grande lisboa se torna bastante absurdo que a melhor área de cultivo portuguese esteja em grande parte actualmente ocupada com habitações.
 

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Re: Unir os Pontos
« Responder #291 em: Novembro 24, 2012, 12:55:50 pm »
Relativamente à questão da fome, deve-se acrescentar que a base da alimentação era o pão. Em muitos casos as leguminosas e verduras eram utilizadas para comida para os animais, mas ocupavam uma percentagem muito pequena da área cultivada (História Económica de Portugal, pg.91).
No Algarve, por exemplo, em épocas em que faltava o trigo e o pão, os algarvios comiam figos. No nordeste, quando havia fomes, comia-se castanha, que era utilizada para os porcos quando havia muita (ibidem).
Na Extremadura, no norte do Alentejo e nas Beiras, havia bastante produção de maçã e pera (quando o clima era propício). Curiosamente as regiões férteis na altura (cada uma com a sua especialidade) eram Lisboa, Sintra, Setúbal, Coimbra e Lamego.

A reduzida produtividade da terra fez com que a pecuaria estivesse restringida a gado miudo, essencialmente porcos e ovalhas, mas também cabras. Cavalos, mulas e gado vacum eram menos comuns, por causa da debilidade dos terrenos, que não produziam forragem suficiente para alimentar estes animais.

No entanto, tudo isto era profundamente afetado pelas condições climatéricas variáveis e a situação piorou muito com a peste negra.
Notar que a população quando não há produção e há medo e morte, acaba por fugir para as cidades, aumentando o problema.
É por isso que D.Fernando tenta obrigar as pessoas a voltar para a terra (sem sucesso).

Junta-se assim essencialmente em Lisboa, um grande numero de mãos, que tentam sobreviver na grande cidade, mas que não querem voltar para o campo onde as condições são piores e a repressão dos senhores terratenentes brutal.
É esta massa de gentes que vai estar disponível para várias coisas.
É Lisboa que fornece grande parte das tropas para pacificar o país depois de Aljubarrota (Muitas cidades do norte e centro mantiveram-se fiéis ao rei de Castela) e é de Lisboa que são originários grande parte das guarnições e tripulantes dos navios que vão para Ceuta.







Quanto à questão conspirativa.

Eu como já disse anteriormente, também acho que devemos ter em consideração todas as movimentações que podem eventualmente conduzir a maiores problemas no futuro.
O que disputo, é que existam grandes organizações internacionais, que se juntem e que estejam organizadas segundo a tal «agenda» (termo típicamente angl-saxonico) para nos lixarem a todos.

Dou o exemplo em Portugal da Maçonaria. Muitas vezes costumamos culpar a Maçonaria por tudo e por todas as conspirações.
Na realidade a Maçonaria é um problema, mas o principal problema são as decisões e atuações de membros dessas maçonarias que agem em pequenos grupos, separados, independentes de todos os outros, agindo porque acham que os outros também devem estar a fazer algo parecido.

Ou seja:
Não existe uma grande maquinação. O que existe são pequenos criminosos que agem em pequenos grupos, de forma isolada (única forma eficiente de cometer os seus crimes). O que vemos hoje, não são resultados de uma grande conspiração maçónica, é apenas o resultado de uma miríade de grupinhos de pessoas que viram a aportunidade para se desenrascarem e apostaram, avançaram e roubaram a sua parte do quinhão.

É uma espécie de «Ó Abreu, dá cá o meu» das elites e dos aspirantes a elites.

Ora, para facilitar as coisas acabamos por por toda a gente dentro do mesmo saco, e obviamente acusam-se pessoas de coisas que não fizeram, a tentativa de corrigir é normalmente um fracasso porque nunca é dirigida para onde deve.

A somar a isto, há sempre a esperteza de introduzir o fator exagero. Normalmente um maluquinho da conspiração que junta três ou quatro meias verdades e começa a fazer acusações que facilmente se verifica serem disparates.

Este tipo de afirmações tem a mesma função da afirmação de que os comunistas comiam criancinhas ao pequeno almoço. Destina-se a desacreditar todos os que colocam em causa quem realmente tem responsabilidades.


E estamos a ver em Portugal como o sistema funciona, porque praticamente já toda a gente esqueceu, ou nem sequer entende a verdadeira responsabilidade que teve o Portido Socialista ao conduzir Portugal para a bancarrota.

É evidente que ocorreram muitos truques. Na Assambleia da Republica por exemplo, o PS colocou o maior número de mulheres da história do parlamento. Mas a quantidade de amélias inuteis foi desastrosa.
A mulherada inútil, provavelmente habituada a levar porrada do marido, calava-se que nem uma ninhada de ovelhas quando o sócrates dava largas à boçalidade e alarvidade que sempre o caracterizaram.
Com um parlamento de ovelhas, é fácil levar um país à bancarrota.

Mas hoje, os spinners, conseguiram dar a volta a isto, dirigindo as manifestações para onde é mais conveniente e, CUMULO DOS CUMULOS, colocando a corja mais suja da História de Portugal desde o golpe de 1910 nas manifestações, como se não fosse responsável direta pelo desastre.

Agora estamos a levar com um choque neo-liberal, que também não consegue resolver nada a curto prazo, porque pretende introduzir alterações que só se podem sentir ao longo de gerações.
Tudo isto, porque ainda não entenderam que nós não somos os alemães.

Quando a tudo isto, juntamos teorias da conspiração, isso é caminho certo para que ninguém entenda o que se passa na realidade. Torna-se inutil unir os pontos, porque estamos a ser dirigidos para unir pontos que não se podem unir.

Estamos a perder tempo com alimárias do estilo deste Alex Jones (que faz ainda mais estragos na América, porque os americanos aceitam ainda melhor estas tretas).
A última dele, é prever o terceiro mandato do Obama...
Ideia tipica da moral republicana americana, que não entende que o país mudou, que a estrutura do eleitorado mudou, e que com o sistema eleitoral que têm, vai ser cada vez mais dificil para os republicanos (partido dos brancos anglo-saxonicos protestantes) conseguir ganhar uma eleição, se não elegerem um negro, um hispânico ou uma mulher como candidato a presidente, em vez do chorrilho de inuteis estúpidos e semi-analfabetos que elegeram para as primárias, tendo eleito um candidato, que se pergunta, porque razão as janelas dos aviões não abrem...  :roll:  :roll:
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Re: Unir os Pontos
« Responder #292 em: Novembro 24, 2012, 01:57:30 pm »
Edu,


(Da minha parte...)

Respondendo à primeira pergunta, tanto quanto eu me lembro do que estudei em criança e do que ouvi o José Hermano Saraiva dizer, sim. (Tenho até a impressão de que o mencionado historiador disse que sempre foi assim, no nosso País.) Mas outros aqui deverão saber responder melhor a essa pergunta.

Respondendo à segunda, essa é uma questão da qual estou relativamente bem informado. E, pelo que me lembro que andei há uns anos a consultar em páginas do Min. da Agricultura, tendo ainda em conta alguns alimentos que exportamos, mas que são de origem pastorícia, sim. Não possuímos a capacidade para alimentar 10-11 milhões de pessoas. Estamos dependentes de importações e parece que chegámos próximo do limite em termos de aproveitamento dos vários terrenos. Pois, a Economia está já em Colapso e, portanto, não deverão ser feitos mais investimentos públicos em barragens e afins.

Começam a surgir algumas hortas urbanas em várias cidades, aproveitando os terrenos baldios, e começam a haver algumas pessoas que estão a reaproveitar terrenos férteis de que são proprietárias e que estavam ao abandono, mas, pelo que sei, este é um fenómeno muito reduzido. E não será por aí que se vão alterar muito as coisas.


(E fazendo um grande quadro do que se passa...)

Para que tenham todos uma ideia do grande problema que isto representa, antes da Revolução Industrial éramos apenas 3 milhões de portugueses. E a razão pela qual existe tanta gente hoje em Portugal e no Mundo é devido a uma coisa chamada a "Revolução Verde" - que consistiu maioritariamente na introdução dos fertilizantes e dos pesticidas.

Estes produtos são feitos, respectivamente, a partir do gás natural e do petróleo. E, ainda que haja autores que digam o contrário, tanto quanto eu sei, estes são recursos naturais que irão começar a escassear e que irão acabar no futuro próximo. E a estimativa que costuma ser avançada por vários investigadores, da capacidade que o Planeta tem de produzir comida sem o recurso a derivados do petróleo, é de cerca de 2 mil milhões de pessoas - ou seja, menos de 1/3 da população que actualmente existe na Terra.

Como disse, há quem diga que o petróleo e o gás natural no Mundo não estão a acabar. Mas, pelo que andei a pesquisar, ainda ninguém me convenceu disso...
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Re: Unir os Pontos
« Responder #293 em: Novembro 24, 2012, 07:42:02 pm »
E já agora comparativamente a Portugal, países como a espanha ou a frança têm uma capacidade de produzir alimentos devido aos terrenos muito maior que Portugal proporcionalmente à sua população?
 

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Re: Unir os Pontos
« Responder #294 em: Novembro 24, 2012, 08:13:34 pm »
Sobre os outros países, não me informei. Mas deduzo que, relativamente aos dois que menciona, seja provavelmente o que você diz... Se nós sempre importámos alimentos de Espanha e se a França é um conhecido exportador de cereais...

Vivemos já na Era Digital. Em que (por enquanto) temos imensa informação facilmente ao nosso dispor, se a procurarmos na Internet. E em que, por isso, não estamos dependentes de um qualquer professor ou especialista que nos diga ou explique as coisas. Tal como eu o fiz para o caso de Portugal, facilmente você poderá tirar quaisquer dúvidas que tenha se pesquisar sobre o assunto. (A palavra inglesa para cereais é "grain".)
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Re: Unir os Pontos
« Responder #295 em: Novembro 24, 2012, 10:03:13 pm »
Muito por alto, nós continuamos com o mesmo problema de sempre, que passa pela composição quimica dos solos e uma falta de qualidade da terra que leva a produtividades baixas.
Isto tem outras consequências, nomeadamente no que diz respeito ao sabor dos alimentos (mais acentuado).
Hoje, em teoria, podemos produzir tudo o que quisermos, se tivermos o dinheiro para investir em culturas de estufa. Temos até condições climatéricas ideais.
O problema é sempre o custo comparativo.

Os produtos químicos também permitiram aumentar a produtividade, mas hoje é possível utilizar químicos quase inofensivos e podem-se mesmo utilizar insecticidas naturais. No entanto, estas soluções são caras e acabam por encarecer o produto final.

Nós  temos a vantagem de estar na desembocadura dos rios, podendo por isso armazenar a água onde isso for possível. Constuimos o Alqueva, que é uma reserva natural estratégica. Não é necessáriamente adequada para se utilizar já, mas pode ser de extrema utilidade no futuro.
Curiosamente é mais facil armazenar água no Guadiana ou no Sado, que nos rios do norte, normalmente mais estreitos e sem margem de crescimento sem provocar grandes inundações.
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Re: Unir os Pontos
« Responder #296 em: Novembro 24, 2012, 10:58:07 pm »
Um bom exemplo em agricultura : Israel (menos de metade da superficie de Portugal)

O setor da agricultura em Israel representa 2.5% do PIB e 3.6% das exportações, com uma população agricola que so representa 3.7% da população ativa.
Israel é um importante exportador de produtos frescos e um lider nas tecnologias agricolas e isto apesar de um clima pouco propicio à agricultura. Mais de metade do pais é desertico. O clima e a falta de agua são preocupantes em toda a região. Israel é autosuficiente em 95% no que diz respeito às suas necessidades alimentares.
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« Responder #297 em: Novembro 25, 2012, 12:40:32 am »
Citação de: "papatango"
Muito por alto, nós continuamos com o mesmo problema de sempre, que passa pela composição quimica dos solos e uma falta de qualidade da terra que leva a produtividades baixas.
Isto tem outras consequências, nomeadamente no que diz respeito ao sabor dos alimentos (mais acentuado).
Hoje, em teoria, podemos produzir tudo o que quisermos, se tivermos o dinheiro para investir em culturas de estufa. Temos até condições climatéricas ideais.
O problema é sempre o custo comparativo.

Os produtos químicos também permitiram aumentar a produtividade, mas hoje é possível utilizar químicos quase inofensivos e podem-se mesmo utilizar insecticidas naturais. No entanto, estas soluções são caras e acabam por encarecer o produto final.

Nós  temos a vantagem de estar na desembocadura dos rios, podendo por isso armazenar a água onde isso for possível. Constuimos o Alqueva, que é uma reserva natural estratégica. Não é necessáriamente adequada para se utilizar já, mas pode ser de extrema utilidade no futuro.
Curiosamente é mais facil armazenar água no Guadiana ou no Sado, que nos rios do norte, normalmente mais estreitos e sem margem de crescimento sem provocar grandes inundações.

Relativamente ao sabor isso é um pouco relativo. No caso da fruta e legumes conheço bastante gente que vêm por exemplo da Polónia e acha que a fruta e legumes portugueses são muito mais saborosos do que alguma vez provaram na Polónia.

Relativamente ao Alveca porque razão não adequada para se utilizar já? E já agora sendo a falta de água do dos maiores problemas no alentejo o que vem mudar o Alqueva em termos práticos? É que para já de facto ainda não se viram grandes beneficios da barragem.


Citação de: "scrupulum"
Um bom exemplo em agricultura : Israel (menos de metade da superficie de Portugal)

O setor da agricultura em Israel representa 2.5% do PIB e 3.6% das exportações, com uma população agricola que so representa 3.7% da população ativa.
Israel é um importante exportador de produtos frescos e um lider nas tecnologias agricolas e isto apesar de um clima pouco propicio à agricultura. Mais de metade do pais é desertico. O clima e a falta de agua são preocupantes em toda a região. Israel é autosuficiente em 95% no que diz respeito às suas necessidades alimentares.

Um exelente exemplo sem dúvida, e penso que há mais exemplos como esse por exemplo o Dubai acho que também tem alguma agricultura bastante sofisticada, numa região que toda ela é deserto, penso que solo mais infertil não existe. Talvez para a agricultura nacional podessemos aprender muito com eles e mudar o paradigma no qual nos encontramos à tantos anos.
 

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Re: Unir os Pontos
« Responder #298 em: Novembro 26, 2012, 06:35:42 pm »
Uma outra coisa que me lembrei de partilhar, com quem ainda não saiba disto: http://www.danielestulin.com/2012/01/17 ... -innocent/

O Carlos Cruz é inocente. Está preso com base em falsos testemunhos contraditórios de prostitutos (ou, por outra palavras, de pessoas que fazem *qualquer coisa* por dinheiro) e de alguém que foi drogado e manipulado pela PJ e que, assim que saiu da custódia da mesma, veio dizer que o processo é todo uma enorme mentira e que foi forçado a mentir.

As razões de ser de tudo isto (e as ligações que isto tem aos bilderbergers e afins) são, aparentemente, o facto de Carlos Cruz ter roubado uma mulher ao Balsemão, há uns bons anos atrás (leiam o livro de Frederico Duarte Carvalho, intitulado "Eu Sei Que Você Sabe") e a intenção que queimar a imagem pública de alguns políticos não alinhados com a NOM.

(Reparem bem no que este caso revela sobre o quão controlado está o nosso país... PJ, tribunais, outras instituições públicas, comunicação social etc...)
« Última modificação: Novembro 26, 2012, 06:45:14 pm por Fernando Negro »
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« Responder #299 em: Novembro 26, 2012, 06:44:27 pm »
Citação de: "Fernando Negro"
Uma outra coisa que me lembrei de partilhar, com quem ainda não saiba disto: http://www.danielestulin.com/2012/01/17 ... -innocent/

O Carlos Cruz é inocente. Está preso com base em falsos testemunhos contraditórios de prostitutos (ou, por outra palavras, de pessoas que fazem *qualquer coisa* por dinheiro) e de alguém que foi drogado e manipulado pela PJ e que, assim que saiu da custódia da mesma, veio dizer que o processo é todo uma enorme mentira e que foi forçado a mentir.

A razão de ser de tudo isto (e a ligação que isto tem aos bilderbergers e afins) é, aparentemente, o facto de Carlos Cruz ter roubado uma mulher ao Balsemão, há uns bons anos atrás. (Leiam o livro de Frederico Duarte Carvalho, intitulado "Eu Sei Que Você Sabe".)

Reparem bem no que este caso revela sobre o quão controlado está o nosso país... PJ, tribunais, outras instituições públicas, comunicação social etc...

Sendo de facto tudo mentira, e que o Carlos Cruz foi de facto incriminado desta forma. Como poderá alguma vez alguém pagar a este homem o que lhe fizeram. Destruiram toda a vida dele, a familia, a carreira, a liberdade, o nome...