Sector do Turismo e Hotelaria

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Lusitano89

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Re: Sector do Turismo e Hotelaria
« Responder #165 em: Dezembro 07, 2011, 09:30:39 am »
"Pior Novembro dos últimos 16 anos" para o Algarve


A taxa de ocupação hoteleira no Algarve teve este ano «o pior Novembro dos últimos 16 anos», disse hoje à Lusa o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA). A taxa de ocupação global média/quarto foi de 24,2%, ou seja, 9,2% abaixo do verificado em Novembro de 2010 e 40% menos do que em 1996, frisou Elidérico Viegas.

Segundo o dirigente hoteleiro, os números «seriam ainda muito piores fossem levados em conta os estabelecimentos que encerraram nesta época, em número nunca visto em épocas baixas anteriores».

A acrescentar à diminuição registada nas dormidas de portugueses, que ronda os 10 por cento, a procura externa na últimas semanas «também entrou em queda livre», depois de alguns meses em que susteve as perdas devido à diminuição de competitividade dos destinos que são concorrentes directos nos mercados árabes, disse.

Em Novembro, por nacionalidades, as principais descidas registaram-se nos mercados alemão (-23,8%) e nacional (14,8%), mas todos os mercados emissores registaram descidas.

Além da crise das economias e das famílias, o presidente da principal associação hoteleira do Algarve atribui as perdas a factores como a diminuição de competitividade do turismo nacional, a fiscalidade elevada e a falta de uma estratégia de transporte aéreo.

«Temos os aeroportos mais caros da Europa no que respeita aos nossos concorrentes da bacia do Mediterrâneo», alertou.

Criticou as políticas de aumento de impostos, que entre outros efeitos «tem ainda o efeito perverso de nos fazer ter uma má imagem enquanto país» aos olhos dos que nos visitam.

«E o pior nem é a crise, é não haver perspectivas de futuro”, disse, antevendo que o efeito negativo conjugado no Turismo algarvio do aumento do IVA nos restaurantes e no golfe, das portagens na Via do Infante (A22), do fim das pontes de fim-de-semana e da crise nas famílias.

Segundo dados hoje divulgados pela AHETA, o melhor Novembro dos últimos 16 anos para as taxas de ocupação no Algarve foi em 1999, com 55,8 por cento e desde 2007 (40,3) as taxas têm descido consecutivamente: 33,5 em 2008, 29,9 em 2009, 26,7 em 2010 e 24,2 em 2011.

Em Novembro deste ano, todas as zonas geográficas apresentaram descidas relativamente ao período homólogo do ano passado, sobretudo Portimão / Praia da Rocha / Alvor (-28,7%) e Carvoeiro / Armação de Pêra (-18,2%).

A zona de Monte Gordo / VRSA registou a taxa de ocupação mais elevada (56,2%), enquanto Lagos / Sagres registou a mais baixa, com 17,7%.

Por categorias, as maiores descidas registaram-se nos estabelecimentos de 3 estrelas (-15,3%).

Os estabelecimentos de 3 e 4 estrelas foram também os que apresentaram a ocupação mais baixa.

O volume de negócios total em Novembro apresentou uma descida de 10,7% em termos homólogos.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Sector do Turismo e Hotelaria
« Responder #166 em: Dezembro 07, 2011, 04:55:41 pm »
Turismo do Algarve alerta para impacto negativo das Portagens


O presidente do Turismo do Algarve, António Pina, alertou hoje para o impacto negativo que a introdução de portagens na Via do Infante (A22), a partir de quinta-feira, vai ter para a principal actividade económica da região.
Em declarações à agência Lusa, António Pina afirmou que "esta medida das portagens na Via do Infante, para o turismo, é negativa, a vários níveis", apontando como um dos principais impactos a redução do número de turistas espanhóis que se vão deslocar ao Algarve. "Não só pode dificultar a vinda de espanhóis, porque nós temos aqui um bom mercado espanhol e isso pode trazer dificuldades, como também a economia interna, nos rent-a-car, nos táxis e outros que vão ter um aumento de despesa, dificultando a vida já muito difícil que as empresas têm", sustentou.

O presidente da Entidade Regional de Turismo do Algarve considerou que a introdução de portagens na autoestrada que liga Vila Real de Santo António a Lagos é "uma má medida" e, em período de festas natalícias, "não é um bom Pai Natal, muito pelo contrário". António Pina sublinhou que "vai aumentar o tempo para (as empresas) prestarem o mesmo serviço", porque muitas "vão ter que optar por ir para a EN125", estrada que "vai ficar congestionada" e ter "mais acidentes". Questionado sobre se o Algarve vai sofrer um retrocesso em termos de acessibilidades, o presidente do Turismo da região respondeu que sim, considerando que a questão da alta sinistralidade que se verificava na EN125 "já estava a ficar diluída" e "com esta medida voltará a piorar".

As deslocações internas dos residentes também irão ser afectadas, segundo António Pina. "Obviamente que os algarvios irão evitar a Via do Infante, que os vai onerar na carteira, e vão passar a deslocar-se e a congestionar a EN125", afirmou, frisando que as portagens e o aumento do IVA na restauração para 23 por cento "são medidas que vão prejudicar o turismo no Algarve, obviamente". A questão de o sistema de cobrança ser electrónico também mereceu reparos do responsável máximo da ERTA, que disse não estar só em causa uma questão económica, mas também o facto de "não ser uma maneira amiga de receber quem quer visitar" a região. "É criar aqui mais uma confusão de filas e isso não é bom para quem quer ser um destino turístico, porque as pessoas vêm para descansar e não para estar em filas", afirmou, referindo-se às dificuldades encontradas para se comprar o dispositivo eletrónico de matrícula nos postos de venda.

As vias SCUT (sem custos para o utilizador) que passam a ter portagens a partir de quinta-feira são a A22, que integra a Concessão do Algarve, a A23 (entre o nó com a A1 e o nó Abrantes Este integra a concessão da EP - Estradas de Portugal e no restante a concessão da Beira Interior), a A24, integrada na concessão do Interior Norte, e a A25, que integra a concessão da Beira Litoral/Beira Alta.

Lusa
 

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Menacho

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Re: Sector do Turismo e Hotelaria
« Responder #167 em: Dezembro 07, 2011, 05:25:31 pm »
Andalucía, en pie de guerra por el peaje a Portugal en pleno puente

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La decisión del Gobierno portugués de establecer un peaje en las autovías que unen España con el país luso ha provocado una fuerte reacción en Andalucía, hasta el punto de que el Gobierno de la Junta ha evacuado consultas a la UE por si la medida puede ser denunciada como ilegal. Griñán asegura que no se pueden establecer tasas de este tipo en vías que han sido financiadas con fondos europeos, y hasta el Defensor del Pueblo, José Chamizo, ha decidido intervenir en un asunto que ha provocado una fuerte polémica sobre todo en el sector empresarial.

El establecimiento de este telepeaje –se hará mediante tarjeta controlada por sensores- empieza mañana, día 8, es decir, en pleno puente, aunque la primera jornada se espera funcione en clave informativa. El coste será de 8 a 14 euros, según las dos categorías establecidas por tipos de vehículos, y se podrán adquirir bonos temporales. El origen de esta medida está en la crítica situación por la que atraviesa la empresa Estradas de Portugal, que es la que controla las autovías que van a pasar a establecer peajes que afectan a las conexiones españolas con el país luso por el norte, centro y sur de la península.

Un duro golpe a la Eurorregión

La decisión portuguesa originó una primera reacción en el sector empresarial, sobre todo de la provincia onubense que, según el presidente de la Federación Onubenses de Empresarios y del Consejo Andaluz de Cámaras, Antonio Ponce  ve así retroceder en dos décadas la configuración de la Eurorregión Andalucía-Algarve-Alentejo, en relación con la que se han establecido múltiples contactos y estrategias comunes en esta parte del Sur de Europa.

Paralelamente, se han llevado a cabo una serie de acciones de colectivos sociales tanto españoles como portugueses, como protestas, encierros y denuncias, tratando de concienciar al gobierno luso de los perjuicios que se van a derivar de este peaje, sobre todo en el sector turístico del Algarve, por una parte, y por otra en los transportes y otros servicios españoles que frecuentan Portugal.

Reacción contundente del Gobierno andaluz

La reacción del Gobierno andaluz en esta crisis vecinal ha sido contundente. Y a pesar de algunos componentes demagógicos del PSOE onubense, que han querido cargar ya en el debe de Rajoy la solución al caso, el presidente de la Junta, José Antonio Griñán se ha dirigido al gobierno regional del Algarve para advertirle de las graves consecuencias que pueden derivarse de una medida de estas características. La misiva de Griñán, según asegura el propio presidente de la Junta, no ha tenido respuesta.

La Junta tiene previsto en este caso dar su principal batalla en Bruselas. EL Gobierno andaluz, que en la reunión del Consejo celebrada hoy ha analizado el caso, se ha dirigido a la UE para solicitar información sobre la posible ilegalidad de un peaje de estas características. Para Griñán, no puede ser aceptable que infraestructuras que se han construido con fondos europeos se tasen con peajes entre dos países de la Unión Europea. Y en el caso de que los informes solicitados apunten a que puede tratarse de una ilegalidad, la Junta iniciaría las acciones correspondientes ante los tribunales europeos.
 

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Lusitano89

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Re: Sector do Turismo e Hotelaria
« Responder #168 em: Janeiro 03, 2012, 07:23:25 pm »
Porto do Funchal com mais de 500 mil passageiros em 2011


O Porto do Funchal ultrapassou em 2011, pela primeira vez, a fasquia do meio milhão de passageiros, revelou hoje a presidente da APRAM - Administração dos Portos da Madeira, Alexandra Mendonça. O porto funchalense registou em 2011, comparativamente a 2010, um crescimento de 3% em escalas e de 10% no movimento de turistas.

O Porto do Funchal continua a liderar, em termos nacionais, a rubrica de "movimento de passageiros", com mais 38 180 turistas do que o de Lisboa, que foi, no entanto, o primeiro em termos de escalas, com mais 27 do que o da capital madeirense.

"O número de turistas de cruzeiro que escalaram no Porto do Funchal em 2011 ultrapassou, pela primeira vez, o meio milhão, ou seja, registaram-se 540 180 passageiros em 303 escalas, o que significa um aumento percentual de 10% no movimento de passageiros e 3% no número de escalas", revelou Alexandra Mendonça, num balanço de 2011.

Alexandra Mendonça revelou também que o Porto do Porto Santo recebeu seis escalas e 2609 turistas de cruzeiro.

A responsável destacou números que "atestam o desenvolvimento do turn around, um interface entre o porto e o aeroporto que permite ao turista permanecer uns dias antes ou depois do cruzeiro na região".

Neste sistema que envolve também o transporte de avião e relativo apenas ao Funchal, "o número de embarcados aumentou de 5046 para 7978 passageiros e o de desembarcados de 4795 para 7854 passageiros, o que se traduz num aumento percentual de 58% na variante de desembarcados e de 64% na variante de embarcados relativamente ao ano anterior", acrescentou.

Os alemães foram os turistas que mais passaram pelo Porto do Funchal, seguidos dos ingleses, americanos, italianos, brasileiros e portugueses, com uma média de gastos de 75 euros por pessoa.

Em 2012 estão previstas 334 escalas de cruzeiros, algumas das quais em estreia, como o Adonia (17 de janeiro), o Disney Fantasy (20 de fevereiro), o Eurodam (22 de abril), o Silverfea Explorer (29 de abril), o Saga Saphire (6 de novembro), o Hamburgo (24 de novembro) e o Norwegiam Spirit (6 de maio), navios agenciados pela Agência Blandy.

O Mein Shift 2 (10 de abril), o Riviera (10 de junho), o Columbus 2 (6 de novembro) e o MSC Divina (20 de novembro) são outras estreias agendadas pela Agência João Freitas Martins.

No último dia do ano, escalarão o Porto do Funchal seis navios de cruzeiro, menos três do que em 2011.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Sector do Turismo e Hotelaria
« Responder #169 em: Janeiro 04, 2012, 07:40:56 pm »
Governo quer reforçar aposta do Turismo nas redes sociais


Marca Portugal, reforço da presença em redes sociais e novas rotas aéreas são apostas da secretaria do Turismo para este ano.

Cecília Meireles, secretária de Estado do Turismo, diz que 2012 "vai ser um ano cheio de desafios e não vai ser fácil", mas mostra-se convicta de que é possível superar com sucesso as dificuldades.

"O papel do Governo face à nossa conjuntura, que tem muito a ver com o que se passa no exterior, é alavancar o que a nossa oferta e iniciativa privada tem de bom e atrair oferta", afirmou a responsável num encontro de empresários organizado pela Associação de Hotelaria de Portugal (AHP), em Lisboa.

Como grande desafio para o próximo ano, Cecília Meireles apontou a definição da estratégia da marca Portugal agregadora de produtos nacionais, e do destino de Portugal.

Outra das apostas para 2012, referiu a secretária de Estado do Turismo vai ser o reforço da presença institucional em redes sociais, através de uma "maior presença na distribuição online". Para a governante, a aposta nas redes sociais já devia ter começado mais cedo. "Se não apanhamos o comboio no próximo ano ou nos próximos dois ou três anos, já não apanhamos", disse.

A segmentação do produto e dos mercados é outra tendência a que Portugal não pode ficar alheio, uma vez que "cada vez mais temos um turista que quer a sua experiência à sua medida, e é preciso resposta a este nível, é preciso saber fazer marketing de segmento", frisou Cecília Meireles.

Atrair novas rotas para Portugal é outro dos desafios. "A nossa oferta é de facto excelente e turismo também é transporte e rotas aéreas", disse, acrescentando que também é preciso reestruturar a oferta, nomeadamente através de um processo de "reestruturação da orgânica regional do turismo" e continuar o processo de desburocratização.

Para a governante, é preciso que a "oferta rica e muito diversificada" do sector privado de Portugal na área do turismo "ganhe dimensão e músculo" nos próximos anos, cabendo ao Governo apoiar essas iniciativas. Nesse sentido, em Março será anunciada a nova estrutura de apoios e financiamento ao sector.

Para a responsável, numa conjuntura de crise, não basta tentar conseguir aumentar as receitas mas também saber como diminuir as despesas.

Diário Económico
 

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Lusitano89

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Re: Sector do Turismo e Hotelaria
« Responder #170 em: Janeiro 17, 2012, 07:47:50 pm »
Governo anuncia reorganização no sector do Turismo


O Governo anunciou hoje uma reorganização do sector do turismo, com a criação de cinco novas regiões com base nas NUT II, decisão que acolhe concordância no sector, críticas de alguns autarcas e apelos à preservação das «marcas fortes».
Com a nova reorganização, hoje anunciada pela secretária de Estado do Turismo, desaparecem cinco entidades regionais de turismo (ERT), seis polos de desenvolvimento e mais cinco agências promocionais (ARP), mas, de acordo com Cecília Meireles, «não está em cima da mesa uma redução das pessoas, podendo haver realocação» de trabalhadores.

«O objectivo da reforma não é a redução da despesa, é funcionar melhor», afirmou Cecília Meireles, numa conferência de imprensa na qual deu a conhecer que cada uma das cinco novas entidades de turismo, correspondentes a cada NUTS II (Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve), vai juntar as competências de estruturação da oferta e de promoção interna e externa, antes distribuídas pelas ERT, as ARPT e os Polos.

«Todas as marcas turísticas vão ser mantidas, mas uma entidade pode trabalhar várias marcas, poupando na estrutura e ganhando na eficiência?, afirmou Cecília Meireles.

Esta garantia responde às preocupações manifestadas à Lusa pelos responsáveis de algumas das entidades a extinguir, como é o caso do Oeste e da Serra da Estrela, mas também da Associação Nacional das Entidades Regionais de Turismo.

O presidente da associação, António Pina, concorda com a reorganização do sector, mas adverte que a criação de novas regiões e a definição do seu funcionamento 'é um trabalho de filigrana, porque envolve aspectos de muito pormenor e de muita sensibilidade».

A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) aplaudiu a reforma no setor hoje anunciada, considerando que vai permitir reduzir a «confusão na definição» da promoção turística, disse o presidente da organização.

Para Pedro Costa Ferreira, as mudanças vão ao encontro de medidas que a APAVT «sempre defendeu» e vão permitir uma «simplificação das estruturas» e «uma menor confusão na definição» de linhas de promoção turística, além de «um maior foco na promoção» do país.

Para o responsável do Turismo do Porto e do Norte, a mudança é bem-vinda, mas apelou ao reforço de competências e ao investimento nas novas entidades.

O presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro (ERTC) mostrou-se favorável à reorganização do setor do turismo, considerando, contudo, que «peca por tardia».

«A reforma é bem-vinda se potenciar o envolvimento do setor público e privado e se resultar num envelope financeiro maior para promover os destinos regionais e nacionais», afirmou Pedro Machado à Lusa.

O presidente da Turismo do Alentejo, António Ceia da Silva, disse subscrever «na íntegra» a reorganização do sector anunciada pelo Governo, considerando que «clarifica [o sector] e, obviamente, teremos todas as condições para estruturar o destino Alentejo com esta nova linha de intervenção».

Já os autarcas da Marinha Grande e da Batalha mostraram reservas, o mesmo acontecendo com a Comunidade Intermunicipal do Douro, enquanto a Comunidade Intermunicipal do Alto Minho disse esperar não se tratar de uma «mera reorganização administrativa».

Por seu lado, os deputados do PSD eleitos por Leiria disseram hoje à Lusa que a reorganização do sector do turismo «pode criar mais problemas que soluções» e «dividir artificialmente polos turísticos que já existem».

Em nome dos parlamentares, o deputado Paulo Batista deixou um apelo ao Governo para que seja capaz de «reconhecer as especificidades de territórios que vão desde Tomar, Fátima, Batalha e toda a região oeste do distrito de Leiria», embora admita que com o atual modelo «isso seja muito difícil».

Paulo Batista lembrou, inclusive, que existem projetos entre Tomar, Batalha e Alcobaça ao nível da promoção do património classificado pela UNESCO e que é preciso ir além de uma mera lógica territorial, quando está em causa o produto turístico.

Com o novo modelo, Tomar, Fátima e Alcobaça passam a ficar sob a alçada da região de turismo de Lisboa, enquanto Batalha integra a futura região de turismo do Centro.

Já o presidente da Câmara de Leiria (PS) disse que «perder Fátima» na nova reorganização do turismo pode ser uma oportunidade para garantir a aviação civil na Base Aérea de Monte Real.

Raul Castro lamenta que Fátima e a região de Leiria sejam divididas, mas acredita que, a concretizar-se este modelo de reorganização no sector do turismo, a região Centro seja capaz de lutar por uma infraestrutura vital para o turismo e para a atividade económica, sublinha.

Lusa
 

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Re: Sector do Turismo e Hotelaria
« Responder #171 em: Janeiro 23, 2012, 07:55:38 pm »
Rede de hotéis da Beira Interior oferece vale no valor das portagens


A rede de hotéis IMB Natura, na Beira Interior, está a oferecer um vale no valor aproximado das portagens nas auto-estradas.

O vale de 30 euros desconta numa segunda estadia e "corresponde a um gasto médio com portagens" nas antigas auto-estradas SCUT para quem quer visitar a Guarda ou Covilhã, concelhos onde estão situados os hotéis do grupo, explicou hoje à Agência Lusa o administrador do grupo, Luís Veiga.

A partir de determinado consumo mínimo por quarto, diferente em cada unidade, é entregue o vale "que pode ser descontado numa próxima estadia", referiu.

O administrador, que lidera o movimento Empresários pela Subsistência do Interior, de luta contra a cobrança nas SCUT, aponta a medida como "uma forma de estimular a procura pelo destino Serra da Estrela, face aos entraves criados pelo Governo, não só com as portagens mas também com o aumento do IVA".

Para Luís Veiga, "é uma política desajustada que prejudica a Região Centro".

A situação "está mais uma vez a 'litoralizar' o consumo e não podemos ficar parados a olhar para isto", sublinhou o empresário. Luís Veiga falava à Lusa depois de ter participado na Fitur, Feira Internacional de Turismo, que decorreu entre 18 e 22 de Janeiro em Madrid.

No encontro, destacou "a discussão em curso em Espanha sobre a possibilidade de baixar o IVA, que na hotelaria é de oito por cento, para tornar o setor mais competitivo, enquanto em Portugal os impostos aumentam".

Mesmo no que respeita à colocação de portagens, o empresário diz ter ouvido "muitas dúvidas dos espanhóis em relação ao sistema de pagamento".

Houve quem dissesse "que mais valia os portugueses colocarem um cartaz na fronteira dizendo para Espanha: não vos queremos cá", numa alusão à forma pouco prática de cobrança e à falta de informação.

Outras queixas foram deixadas por agências de viagens, cujas viagens com grupos "se tornam mais caras, seja em autocarro ou minibus, devido às portagens que têm que pagar".

A rede IMB Natura tem dois hotéis na cidade da Covilhã (Hotel Turismo e Covilhã Parque), outros dois na Guarda (Vanguarda e Lusitânia), a estância lúdico-termal H2otel de Unhais da Serra e gere ainda o Clube de Campo da Covilhã.

Lusa
 

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Re: Sector do Turismo e Hotelaria
« Responder #172 em: Março 18, 2012, 01:43:33 pm »
Portugal aposta na nova classe média brasileira para promover turismo


A ascensão da nova classe média brasileira com maior poder de compra está na mira das autoridades portuguesas que querem investir nesta população que nunca viajou e divulgar Portugal como um destino atraente e acessível.

Esta é a aposta do setor para 2012 que pretende aumentar o número de brasileiros que visitam o país, segundo Luís Matoso, administrador do Turismo de Portugal.

Nos últimos dois anos, foi registado um aumento de 23 por cento no volume de turistas brasileiros que viajam para Portugal. O Brasil é um dos cinco países que mais enviam turistas e o sexto em criação de receitas turísticas no país

"O conhecimento que o brasileiro tem de Portugal não corresponde à sua realidade. O imaginário tem a ver com a nossa presença no Brasil, uma ligação mais histórica pelo lado tradicional e do romantismo. Mas nos últimos 30 anos Portugal mudou muito e estamos a falar de um país europeu moderno", disse à Lusa Luís Matoso.

Seduzir o brasileiro para viajar e incentivar Portugal como um destino turístico é uma forma de fintar os efeitos da crise económica que afeta a zona do euro.

"Os países não se medem apenas pelo seu valor económico. Num momento em que ninguém tem dinheiro, o país mais capaz é o que mostra outras competências. Temos que mudar essa perceção do brasileiro e mostrar um Portugal com estima elevada, mesmo num momento de crise", argumentou Luís Matoso, que esteve no Brasil, na passada semana para promover o país junto dos agentes de viagem.

Esta foi a primeira visita de Matoso a São Paulo e ao Rio de Janeiro após assumir o cargo na administração do Turismo de Portugal, no final do ano passado.

O Turismo de Portugal pretende estabelecer vínculos com agentes e operadores brasileiros ao longo de todo o ano e mostrar as novas estratégias para divulgar os atrativos turísticos do país adaptando-os ao perfil do brasileiro.

A partir de abril e maio, já serão realizadas ações táticas para "tornar a nossa mensagem abundante", disse Matoso, e criar uma plataforma de comunicação no meio digital.

A aposta estará nos media tradicionais, como exibir imagens do país em canais televisivos brasileiros, mas também entrar no mundo virtual e alcançar brasileiros nas redes sociais.

A estratégia de reforçar a imagem de Portugal nos meios de comunicação inclui fazer com que personalidades se tornem "embaixadores de Portugal", explicou Paulo Machado, diretor do Turismo de Portugal no Brasil.

Figuras televisivas que tenham o carisma dos brasileiros serão convidadas para divulgar o país, como as apresentadoras Ana Maria Braga e Hebe Carmargo, assim como Luciano Huck e Amaury Jr, famoso por entrevistar celebridades, e o empresário João Doria para um público executivo.

A nova classe média brasileira que deve incluir mais de 50 milhões de pessoas até 2014 representa um nicho de "grande oportunidade", destaca Matoso.

"Essa população vai começar a viajar, muitas vezes não tem domínio de outros idiomas e a proximidade da língua em Portugal facilita a entrada na Europa. Temos que transmitir esse Portugal moderno que a pessoa vai querer visitar, não apenas de passagem, mas porque efetivamente acha que Portugal é uma boa oferta turística", salientou.

Segundo Matoso, o país oferece ainda uma vantagem comparativa, não apenas por ser uma porta de entrada na Europa, mas porque numa semana é possível visitar o país inteiro, ao contrário do Brasil que tem grandes distâncias geográficas para vencer.

"Muitas vezes se pensa 'vou a Portugal e depois vou à Europa'. É um desafio mudar este paradigma, temos que criar mais laços de afinidade", reforçou.

Dos cerca de 1,1 milhões de brasileiros que a TAP transporta por ano, 600 mil não desembarcam em Lisboa, apenas realizam ligações.

A meta é não só duplicar este volume de brasileiros que, de facto, optem por passar alguns dias em Portugal, como também aumentar o tempo médio da estada. Lisboa é o principal destino no país, onde os brasileiros ficam em média entre 2,4 a 2,7 noites

Lusa
 

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Re: Sector do Turismo e Hotelaria
« Responder #173 em: Março 25, 2012, 04:48:07 pm »
Portugal vai inaugurar 20 novos hotéis este ano

 
Portugal vai ter 20 novos hotéis em 2012. A revelação é feita pela presidente da direcção executiva da Associação de Hotelaria de Portugal (AHP), Cristina Siza Vieira, que adiantou ainda estarem previstas 13 remodelações.
 
Parte deste investimento tem a ambição de tornar a oferta hoteleira mais atraente para os turistas de negócios, um segmento cada vez mais importante para os hoteís e que chega a representar mais de 40% da facturação em algumas unidades hoteleiras, sendo em Lisboa onde o peso é geralmente maior, representando "15% da facturação dos hotéis", destacou.
 
Mas cada caso é um caso. Nos hotéis do grupo Vila Galé Porto, Coimbra, Ópera (Lisboa), Estoril, Cascais e Ericeira, o peso chega aos 40%", informou o director de marketing e vendas do grupo, Gonçalo Rebelo de Almeida, revelando que, no total do grupo, em média, o segmento representa 15% do volume de negócios. Para 2012, o grupo Vila Galé aposta numa "mudança de imagem e comunicação".
 
Já o grupo Dom Pedro Hotels, que direcciona para este segmento mais de 50% do orçamento de marketing, criou "produtos ‘chave-na- -mão' para as empresas, por permitirem um maior controlo orçamental sobre os custos dos eventos", disse Pedro Ribeiro, director de marketing e vendas do grupo, que "registou uma redução deste segmento em todas as unidades, em 2011". No grupo, "no Algarve o peso do segmento ronda os 10%, na Madeira é bastante reduzido e em Lisboa atinge os 30% do volume de negócios", informou. Já no grupo Altis Hotels, o peso do segmento é de 20%, representando "cerca de 2,5 milhões de euros", afirmou o director-geral de Operações do grupo, onde o segmento cresceu 60% em 2011, em relação a 2010. O grupo Altis investiu o ano passado 150 mil euros nesta área de negócios e faz "uma forte aposta na equipa de vendas e na presença em feiras de turismo internacionais", para promover esta actividade, para o qual antevê um crescimento de 3%.
 
Também o grupo Pestana Hotels & Resorts prevê uma crescente importância deste segmento, estando "a definir estratégias para os principais mercados emissores: Alemanhã e Brasil, actuando no terreno com acções específicas", disse a directora de vendas, Lúcia Galo. Nos hotéis, o peso do segmento aumentou em 2011, sendo de 12,2%, face a 11,5% em 2010. Nas Pousadas, o peso foi de 12,7% face a 13% do ano anterior, o que perfaz uma média de 12% de peso na facturação total.
 
No grupo Onyria, o turismo de negócios representou 45% das vendas do Resort na Quinta da Marinha, sendo de destacar o contributo do novo Boutique Hotel, Onyria Marinha Edition Hotel & Thalasso, para o crescimento de 75% no volume de negócio do grupo, que "investe anualmente neste segmento cerca de 200 mil euros, estando apostado em captar negócio no Leste Europeu", revela João Pinto Coelho, director comercial do Grupo.
 
No grupo Sheraton, os hotéis de Lisboa e Porto são os mais representativos no turismo de negocios, "cujo peso na facturação foi de 20/25% em 2011, um aumento relativamente a 2010", disse António Pereira, director-geral dos Sheraton Lisboa e Porto. O grupo contempla no seu plano estratégico "um investimento substancial em acções comerciais e de marketing para promover este segmento", diz.
 
Crise leva a novas tendências

A menor disponibilidade financeira das empresas, levou a novas tendências. Gonçalo Rebelo de Almeida, informa que a crise tem levado a "orçamentos mais reduzidos, solicitações muito perto da data e um aumento dos requisitos tecnológicos". João Pinto Coelho destaca "um aumento de pedidos de última hora, e o crescimento dos eventos team buildings". nos hoteís do Grupo Onyria. Pedro Ribeiro enumera "as reservas em cima da hora, um controlo elevado sobre os custos e procura de destinos mais proximos". Francisco Moser frisa "a procura do máximo conforto e eficiência dos serviços com acesso aos meios tecnológicos mais avançados". Já António Pereira, diz notar "a necessidade de uma crescente aposta num serviço diferenciado e personalizado", a par de reservas de última hora, mas também, "a utilização massiva da Internet, a importância crescente das redes sociais e a utilização de novas ferramentas de marketing online". daí que o Grupo aposte na diferenciação de serviços, em pacotes à medida e nas novas tecnologias.

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Re: Sector do Turismo e Hotelaria
« Responder #174 em: Março 26, 2012, 07:03:23 pm »
86% dos estrangeiros abandonaram o Algarve sem saber que existia o programa Allgarve


Cerca de 86% dos turistas estrangeiros que fizeram férias no Algarve em agosto de 2011 abandonaram a região sem saber da existência do programa de animação turística Allgarve, de acordo com um estudo sobre o impacto daquele programa.

O estudo agora divulgado, produzido pela Universidade do Algarve (UALG) para a Entidade Regional de Turismo do Algarve, inquiriu 437 turistas na zona de partidas do aeroporto de Faro, a maioria dos quais eram ingleses (54,2% e irlandeses (17,4%).
 
De todos os turistas estrangeiros, 83% indicaram não ter participado em qualquer evento no âmbito do Allgarve 2011 e, do conjunto desses, 28,6% por desconhecimento do programa, 20,4% porque o calendário de eventos não agradou e 51% por outro motivo, não especificado.
 
Dos turistas que tiveram conhecimento do programa, 40,6% conheceram-no através de panfletos, cartazes e outdoors e 26,6% em jornais e revistas.
 
O estudo do Centro de Estatística Aplicada e Previsão da Faculdade de Economia da UALG traça o perfil médio do turista estrangeiro participante nos eventos do Allgarve como um homem inglês, casado ou unido de facto, com 45 anos de idade, alojado no barlavento durante 12 dias, local onde tiveram conhecimento do programa através de panfletos, cartazes e outdoors. Gasta 2200 euros na estadia, viagens excluídas.
 
O estudo inquiriu também 767 residentes e não residentes na região, dos quais só 32% sabia da existência do programa, a maioria dos quais através de panfletos, cartazes e outdoors.
 
Um total de 78% dos residentes reconhece não ter estado presente em nenhum evento do Allgarve 2011 e dos 22% restantes boa parte estiveram na Feira Medieval de Silves e no espetáculo de animação de rua "Sarrua", em Olhão.
 
Dos não residentes na região (excluindo turistas residentes no estrangeiro), 78% revelou não ter participado em eventos anteriores ao Allgarve 2011, constituindo a pop/World a área temática eleita, com 14% de participações.
 
Quanto aos estabelecimentos hoteleiros e similares, apontados como possíveis beneficiários diretos do conjunto de eventos Allgarve, o estudo aponta que 78% dos 209 estabelecimentos de restauração (restaurantes, bares e cafés) inquiridos não tinha conhecimento do programa.
 
Quanto à avaliação que os restantes estabelecimentos fazem da edição de 2011 face a 2010 e outras edições, 46,7% dizem que não melhorou nada, 13,3% que melhorou pouco e 20% razoavelmente.
 
Dos 22 hotéis algarvios inquiridos no estudo, 64% não participaram em qualquer edição do Allgarve. Desses, 42% argumentaram que "não era oportuno" participar e 32% consideram que o programa "não serve os interesses do Algarve".
 
Criado em 2007 como programa de eventos de promoção do destino Algarve, o Allgarve não deverá ter uma edição 2012, sendo substituído por um programa financeiramente menos ambicioso, designado "Algarve Com Vida", já proposto pelo Turismo do Algarve às 16 autarquias da região.
 
Segundo o presidente daquela entidade, o Governo não vai financiar este ano qualquer atividade cultural de promoção do destino Algarve, contra os 85 eventos promovidos em 2011, no quadro do Allgarve 2011.
 
O fim dos apoios estatais, concedidos à animação turística através do Turismo de Portugal foi na quinta-feira anunciada às 32 entidades que compõem a Assembleia Geral da Entidade Regional de Turismo do Algarve (ERTA), que se reuniu para aprovar o orçamento para 2012, no valor de 4,17 milhões de euros, menos 30% do que em 2011.
 
Em 2011, o investimento do Turismo de Portugal no conjunto de eventos do programa Allgarve foi de 1,8 milhões de euros, num total de 2,8 milhões de orçamento. Desta verba estão excluídos o Rali de Portugal e o Portugal Masters.
 
A restante verba foi disponibilizada pela Associação de Turismo do Algarve (456 mil euros), municípios (405 mil) e entidades privadas (143 mil).
 
Ainda assim, a verba global de 2,8 milhões de euros investida em 2011 já foi significativamente mais baixa do que em 2010, ano em que foram investidos 4,6 milhões de euros.

Lusa
 

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Re: Sector do Turismo e Hotelaria
« Responder #175 em: Março 31, 2012, 05:40:48 pm »
Alentejo com lotação esgotada, Algarve em crise


As principais unidades hoteleiras do Alentejo estão quase cheias ou com perspetivas de lotar no fim de semana prolongado de Páscoa e há algumas já lotadas, sobretudo com turistas portugueses, segundo apurou hoje a agência Lusa. Numa ronda efetuada pela Lusa junto das principais unidades hoteleiras da região, foi possível apurar que, apesar da crise, algumas já estão lotadas ou quase cheias e outras esperam lotar, tendo em conta reservas de "última hora".

"Cada vez mais, o 'last minut' [reserva de última hora] funciona, porque há pessoas que acabam por fazer a reserva mesmo em cima da estadia e, por isso, é cada vez mais difícil fazer previsões", disse à Lusa o presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo, António Ceia da Silva.

Segundo o responsável, "em termos globais, há oscilações muito grandes", entre unidades hoteleiras, já que "umas têm taxas de ocupação de 90% e outras de 50%".

Este ano, "as taxas de ocupação andarão muito próximas das do ano passado, embora possa haver uma quebra muito ligeira", admitiu, referindo que "em algumas unidades há uma ocupação idêntica à de 2011 e noutras verifica-se uma quebra ligeira".

"Há um sentimento generalizado de uma quebra ligeira em relação a 2011, mas esperemos que o 'last minut' venha atenuar a eventual quebra", disse Ceia da Silva, indicando que a "grande fatia" dos turistas que já efetuaram reservas são portugueses e nota-se "uma quebra do mercado espanhol".

Segundo dados recolhidos pela Lusa, na zona de Évora, alguns dos principais hotéis registam uma maior taxa de ocupação no fim de semana pascal, com o Hotel Dom Fernando já esgotado para a noite de Sexta-feira Santa para sábado.

Nos hotéis M'Ar de Ar Muralhas e M'Ar de Ar Aqueduto, a ocupação ronda os 70% no fim de semana pascal, uma taxa "já esperada e normal" para a quadra, disse à Lusa um responsável das unidades.

No Hotel Convento do Espinheiro, as reservas também já rondam os 70% para o fim de semana de Páscoa, mas a unidade espera atingir os 100%.

Em todos estes hotéis, a maioria dos clientes é constituída por portugueses, logo seguido de espanhóis.

No Évora Hotel, a ocupação "ainda não está muito alta" e a maior parte das reservas já efetuadas é de turistas portugueses.

No Baixo Alentejo, o Clube de Campo Vila Galé, perto de Beja, está lotado para o fim de semana de Páscoa e todos os clientes são portugueses e sobretudo famílias com filhos, o público-alvo habitual da unidade hoteleira.

No Hotel S. Domingos, na aldeia de Mina de S. Domingos (Mértola), a taxa de ocupação para o fim de semana de Páscoa ronda os 60%, sendo a maioria dos clientes casais e todos portugueses, mas a unidade acredita que poderá chegar "perto dos 100%".

No distrito de Portalegre, a taxa de ocupação dos hotéis para a época pascal está ao nível de anos anteriores, sendo que as unidades hoteleiras de Castelo de Vide registam "forte adesão", porque no concelho a Páscoa é assinalada com várias iniciativas.

É o caso do Hotel Sol e Serra, que durante a próxima semana, que antecede a Páscoa, está "quase nos 100%" e tem "lotação esgotada" para o fim de semana pascal, sendo que 80% dos turistas são portugueses.

O cenário é idêntico em Marvão, onde a Pousada de Santa Maria regista uma forte taxa de ocupação no fim de semana de Páscoa, mas a unidade considera que "ainda é prematuro" avançar com números, mas "tudo indica" que poderá rondar os 100%.

Algarve espera menos clientes e menos receitas

Mais a sul, o presidente da AHETA disse hoje que é esperada uma quebra na ocupação dos hotéis da região durante a Páscoa, e uma consequente redução significativa das receitas.

O presidente da principal associação hoteleira do Algarve, Elidérico Viegas, aponta a "conjuntura económica e a introdução de portagens" na A22 (Via Infante de Sagres) como razões para uma diminuição pela procura do destino Algarve.

"Infelizmente, a situação economicamente desfavorável e a confusão com as portagens terão reflexos negativos na ocupação hoteleira", lamentou Elidérico Viegas.

Segundo aquele responsável, "a dificuldade em entender o processamento do pagamento de portagens na Via do Infante, tem afastado muitas pessoas, principalmente, os espanhóis, mercado com maior relevo nesta altura da Páscoa".

Ainda assim, Elidérico Viegas considera que a quebra de preços e o clima "mantém elevada a procura pelo Algarve, mas longe de outras épocas", estimando que "ainda assim, alguns hotéis possam registar uma ocupação próxima dos cem por cento".

O presidente da associação dos hoteleiros sublinhou que o Algarve continua a ser muito procurado nos períodos da Páscoa, mas desde 2008 que se verifica "um decréscimo nas taxas de ocupação".

"A conjuntura atual leva a que as pessoas optem por permanecer por períodos mais curtos, contrariamente ao que acontecia em anos anteriores", observou.

Apesar de prever uma quebra na ocupação hoteleira e consequente diminuição de receitas durante a época da Páscoa, Elidérico Viegas acredita que "a tendência se inverta no verão, com o aumento da procura pelo destino Algarve".

Lusa
 

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Re: Sector do Turismo e Hotelaria
« Responder #176 em: Abril 10, 2012, 09:01:27 pm »
LISBOA QUE NÃO CONHECIA: PÁSCOA PORTUGUESA, COM CINCO GALEGOS DE CARRO.

Conhecia essa prolongação da pátria que é Portugal; faço parte da "Associação de Amigos do Caminho Português" --poupo-vos a denominação em "galeñol"-- e tinha percorrido desde Porto a Compostela; conhecia Ponte de Lima, Barcelos (expôs lá nos oitenta ou princípios dos noventa minha mãe, pintora), naturalmente, Valença,... envergonhava-me não ter chegado mais a Sul (ainda que logo recordei que estivera de criança em Fátima)...

Belém, os Jerónimos, o parque das Nações (fez-me meu pai uma fotografia ao pé da bandeira da CPLP, a sinalar com o dedo para ela). Tranvia, metro, comboio, Sintra, com seu castelo de mouros... O palácio de Quéluz e ainda as formosas vistas da cidade do Castelo de São João.

Gente amável; visita obrigada à FNAC para arranjar alguma literatura: "a máquina de fazer espanhóis" e "Comissão das lágrimas" do futuro Nobel português, Dom António...

Em Lisboa teve de arranjar roupa de abrigo, em Valença teve de arranjar refúgio e guarda-chuvas. Assim que sim: consegui embarcar num carro cinco pessoas --comigo próprio-- para ir à República a trazer palavras como tesouros; a tirar fotografias de palavras como "sujeita-se a coima se subir sem bilhete" (no metro), ou apanhando menús onde havia frangos e bacalhaus à nata.

Foram de sábado a sexta-feira; seis dias em Portugal, na República. Onde a gente é amável, onde me senti á vontade até que chegaram os espanhóis a inçarem de sotaques andaluzes o hotel. Graças a Deus era o dia que vinhamos de volta para a Galiza. Com seus cheiros a cinça recentemente combatidas pela chuva.
 

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Re: Sector do Turismo e Hotelaria
« Responder #177 em: Abril 13, 2012, 09:17:40 pm »
Turismo brasileiro em Portugal dispara 87% em Fevereiro


Número de dormidas de estrangeiros em hotéis nacionais cresceu em Fevereiro, com o turismo brasileiro a registar a maior subida.

Os hotéis nacionais perderam receita em Fevereiro pelo quarto mês consecutivo, em termos homólogos, mas os estrangeiros evitaram maiores perdas, segundo um relatório do Instituto Nacional de Estatística (INE) hoje divulgado.

Enquanto as dormidas de portugueses caíram mais de 6,8%, as de estrangeiros aumentaram 5,1% face a Fevereiro de 2011. Destacam-se as subidas do turismo brasileiro (87%), Países Baixos (13,1%) alemão (9,5%) e francês (4,4%). O desempenho dos restantes mercados foi desfavorável, nomeadamente a do mercado espanhol (-23,9%).

No total, os hotéis acolheram um total de 715,7 mil hóspedes em Fevereiro, menos 3,9% do que no mesmo período do ano passado. O número de dormidas cresceu 0,5% mas os proveitos diminuíram 0,3%.

Os dados hoje divulgados pelo INE mostram que, entre as várias tipologias, o maior aumento da procura verificou-se nos aldeamentos turísticos (37,6%). As dormidas em hotéis de uma e duas estrelas registaram a segunda subida mais acentuada (13,5%), o que representa uma inversão da tendência, já que, até aqui, os hotéis de cinco estrelas eram os preferidos dos turistas.

Quanto aos locais mais procurados no país, as regiões Centro (7,2%) e Norte (5,7%) estão no topo da lista. Lisboa e o Alentejo foram as regiões com menos visitantes e este último foi o que mais perdeu (-16,2%).

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Re: Sector do Turismo e Hotelaria
« Responder #178 em: Maio 06, 2012, 01:07:32 pm »
Costa alentejana perde turistas e não se mostra animada com meses de Verão


O turismo na costa alentejana, que se estende desde Tróia até ao limite sul do concelho de Odemira, está a sofrer com a crise e alguns empresários não acreditam em melhorias significativas nos meses de Verão. Para Filomena Valério, directora do Hotel Apartamento Porto Covo, situado em Porto Covo (Sines), as perspectivas para a época balnear que se avizinha são «preocupantes».

«A taxa de ocupação de Junho a Setembro costuma situar-se nos 80%, pelo que prevemos um decréscimo de dois a quatro pontos percentuais», explicou à Agência Lusa.

Segundo a responsável, os receios prendem-se com as medidas de austeridade já anunciadas pelo Governo: «O nosso mercado, a classe média, será certamente aquele que mais sofre com esta crise».

Efigénia Migueis Cachadinha, administradora do Comporta Village, disse à Lusa que as receitas deste empreendimento localizado na Comporta (Alcácer do Sal) nos primeiros quatro meses deste ano decresceram 50% relativamente ao mesmo período do ano passado.

A gestora admitiu que se «mantenha a ocupação do mês de Agosto», com uma taxa de 98%, mas em Julho a taxa de ocupação não deverá ir além dos 65%.

A mesma perspectiva tem Dina Guerreiro, proprietária da hospedagem Rosa dos Ventos, em Zambujeira do Mar (Odemira): «No ano passado, o mês de Julho foi mais fraco do que noutros anos e acredito que este ano será pior».

Os receios dos responsáveis são corroborados pelos números disponibilizados à Lusa pelo presidente do Pólo Turístico do Litoral Alentejano, Carlos Beato.

Neste primeiro trimestre, incluindo a Páscoa, a região registou uma quebra de 15 a 16% na procura interna e de 25% entre os turistas espanhóis.

Contudo, «os indicadores são ao contrário a nível dos mercados internacionais», com um aumento entre 7,5 e 09% de turistas oriundos de países como a Alemanha, Bélgica, França e Reino Unido.

Carlos Beato afirmou-se «menos optimista» do que em 2011, mas disse continuar a «manter a esperança» para a época balnear que se avizinha, de 1 de Junho a 15 de Setembro.

António de Sousa, proprietário do Camping Milfontes, em Vila Nova de Milfontes (Odemira), revelou uma tendência positiva na ocupação do seu parque de campismo.

O empreendimento, «ao longo das últimas épocas balneares, tem registado consecutivamente um ligeiro aumento da procura» e, segundo o empresário, este ano não deverá ser excepção.

Tal pode ser explicado por «uma procura de alojamento a preços mais acessíveis, como os que oferecem o campismo, comparando com o alojamento hoteleiro», disse.

O Aqualuz Suite Hotel Apartamentos, localizado em Tróia (Grândola), prevê uma taxa de ocupação em Agosto de «83%, ligeiramente acima da ocupação do ano anterior».

Para Agustin Macedo, director comercial do complexo, apesar de 90% dos clientes serem portugueses, «a política de promoção do Aqualuz Suite Hotel Apartamentos está ajustada ao mercado e às vicissitudes desta fase económica adversa que todas as famílias atravessam».

Lusa
 

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Re: Sector do Turismo e Hotelaria
« Responder #179 em: Maio 18, 2012, 06:42:09 pm »
Turismo é "decisivo" para futuro do país diz Rui Rio

 
O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, defendeu hoje a importância do turismo para a revitalização da economia nacional.
«O turismo é decisivo para o nosso futuro próximo, de forma optimista, e não tão próximo, de forma não optimista», assinalou hoje o presidente da câmara do Porto, durante a cerimónia do Dia do Associado da Associação de Empresários para o Desenvolvimento do Turismo Cultural no Porto e na Região (ATC – Porto Tours).

Para o autarca, «se Portugal não conseguir ultrapassar a crise, [o turismo] terá um papel determinante no futuro».

Ainda assim, ressalvou que «dada a situação em que o país está, é decisivo fazer um esforço» para que o país seja «bom no turismo», lembrando as apostas feitas na própria cidade do Porto desde que chegou à presidência.

Rui Rio afirmou que a animação na Baixa da cidade «atingiu um patamar que ninguém esperava», que gerou «investimento privado» para a regeneração do espaço público através de «parcerias público-privadas que deixam contributos à Câmara».

Já Cecília Meireles, secretária de Estado do Turismo, defendeu a necessidade de se «procurarem novos mercados» para exportar esse produto.

«Temos de ser diferentes, mais criativos e concentrar recursos para ganhar escala», assinalou a governante, que limitou a dez o «número de eventos que o Turismo de Portugal pode apoiar este ano».

Lusa