Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa

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Vicente de Lisboa

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5235 em: Junho 09, 2022, 03:56:56 pm »
Mandar NPOs para a Somália espero que ninguém se lembre. Golfo da Guiné ainda vá que pode estar mais ou menos dentro da área de operação de um. Não é exatamente alvo para piratas, mas ok, possível.

Agora, essa situação hipotética aplicável na margem das margens das missões dos NPOs justifica gastar dinheiro que a Marinha não tem?

E nem digo nada sobre ataques à Marinha Portuguesa em porto. Se alguma dia chegarmos a esse ponto não são mais uns milhões nos NPOs que nos valem.
 

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5236 em: Junho 09, 2022, 08:30:45 pm »
Isto um gajo lê aqui cada treta que é de brandar aos céus. Nada melhor que o "malhar nos Russos" para que apareçam uns teóricos do catano. Esta então dos helis. Ou seja, quando a Us Navy construiu classes de navios inteiras,  para os helis robô Dash, e depois lá meteu um Seasprite, deve ter tudo ficado destabilizado ou foi tudo ao fundo. Aliás, a formosa até meteu o Md500. Portanto, tudo coisas impensáveis para as complexidades e complexos cá do burgo.  :mrgreen:







Saudações


Isto vai contra todo o interesse já quase espirito nacional do "holístico não combatente turístico protocolar de carga" HCTPC. Que é a grande aposta dos empregados da marinha fofa.
Se vão meter uns míseros misseis no Simbad RC ou algo idêntico, um drone mais capaz, ou quiçá um heli, vai logo f.....cun...ar o HCTPC e gerar uma complexidade acima do previsto e necessário para ia ali a sul fazer umas fotos de lembrança e manter os níveis protocolares que servem muitos interesses bilaterais restritos.

Há que manter a coisa nos níveis de complexidade de fragata já conhecidos
 

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ICE 1A+

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5237 em: Junho 09, 2022, 08:43:50 pm »
Mandar NPOs para a Somália espero que ninguém se lembre. Golfo da Guiné ainda vá que pode estar mais ou menos dentro da área de operação de um. Não é exatamente alvo para piratas, mas ok, possível.

Agora, essa situação hipotética aplicável na margem das margens das missões dos NPOs justifica gastar dinheiro que a Marinha não tem?

E nem digo nada sobre ataques à Marinha Portuguesa em porto. Se alguma dia chegarmos a esse ponto não são mais uns milhões nos NPOs que nos valem.

Eu desejo isso!!

O meu maior desejo era que algum grupo de piratas mal trapilhos  assalte um NPO e deixe a tripulação numa ilha deserta! .. ou que afunde um com um RPG

Cortar  cabeças não, que os marujos não tem culpa!

A ver se os nosso políticos ganham vergonha na cara!

Precisamos de passar assim uma grande vergonha internacional

Talvez assim acordem!!
 
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papatango

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5238 em: Junho 09, 2022, 09:52:33 pm »
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Isto um gajo lê aqui cada treta que é de brandar aos céus. Nada melhor que o "malhar nos Russos" para que apareçam uns teóricos do catano. Esta então dos helis. Ou seja, quando a Us Navy construiu classes de navios inteiras,  para os helis robô Dash, e depois lá meteu um Seasprite, deve ter tudo ficado destabilizado ou foi tudo ao fundo.

Eu tenho que apresentar as minhas desculpas, porque evidentemente não tenho conhecimentos suficientes para debater contra tão excelentes fotografias e tão excelentes capacidades de pesquisa no Google.
Eu tenho dificuldades em conseguir ler todos os dados de um radar de navegação civil, e então o sonar, nem vou falar.
Eu enjoo no mar, por isso sou um marinheiro de água doce, e só ao quinto dia e depois de uma data de pastilhas é que consigo comer qualquer coisa mais substancial.

O mar, e a força do dito não contam para nada.
Mas eu já bati tantas vezes com a cabeça, que me lembrei de que deveria existir forma de explicar que o mar a norte dos Açores (umas ilhas do Atlantico, que parece que pertencem a Portugal) é dos mais violentos de todo o mundo.

Eu sou um bocado burro, mas disseram-me que é nos mares mais alterosos que é normalmente mais necessário um navio de busca e salvamento...
Mas se calhar estou enganado, e deve haver gente mais capaz que eu para explicar estas coisas.

Este mapa, mostra a altura média das ondas nos oceanos e mares do mundo.
Os OPV alemães, do Chile e da Colombia operam em águas eu diria ... um pouco menos complicadas.
As águas mais alterosas da marinha chilena, são as mais calminhas para o portugueses.
Para encontrar águas identicas às da marinha colombiana, precisamos ir para o Golfo da Guiné...

Os navios da alemã FASSMER levaram uma plataforma para helicóptero numa construção feita de proposito. Os OPV de 86m da FASSMER para a Alemanha, têm uma plataforma de maiores dimensões, mas não têm hangar.

Os colombianos possuem três destes OPV da FASSMER, mas agora estão a pensar em mais. Estranhamente, não querem o navio da FASSMER e desenvolveram uma série derivada, que tem exactamente a mesma função, mas desloca mais de 2500t.

Alguém escreva aos colombianos, a dizer, qué no,    qué no,    qué no...    qué no es necessário ....
Para quê um navio com 2500t de deslocamenteo, quando um de 1800t faz a mesma coisa...

Eles são estupidos, o último navio da FASSMER foi entregue em 2017. E tão pouco tempo depois querem um navio maior ?


Eu sou naturalmente um amador, mas um Lynx a tentar pousar na plataforma de uma Vasco da Gama, com que estado de mar é que pode pousar ?
E se um navio tiver um deslocamento que é pouco mais de metade, em que estado de mar é que é possível pousar um heli equivalente ?
E se for um heli mais ligeiro, com que estado de mar e com vento de quantos nós é que ele pode descolar ?
E nos mares a norte dos Açores, quantos dias do ano o estado de mar torna inviável a utilização de um heli ?

Isto são tudo perguntas tolas, de alguém que não entende nada disto.
Por isso, as minhas desculpas antecipadas a quem percebe da cepa ...
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 
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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5239 em: Junho 09, 2022, 10:30:27 pm »
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Isto um gajo lê aqui cada treta que é de brandar aos céus. Nada melhor que o "malhar nos Russos" para que apareçam uns teóricos do catano. Esta então dos helis. Ou seja, quando a Us Navy construiu classes de navios inteiras,  para os helis robô Dash, e depois lá meteu um Seasprite, deve ter tudo ficado destabilizado ou foi tudo ao fundo.

Eu tenho que apresentar as minhas desculpas, porque evidentemente não tenho conhecimentos suficientes para debater contra tão excelentes fotografias e tão excelentes capacidades de pesquisa no Google.
Eu tenho dificuldades em conseguir ler todos os dados de um radar de navegação civil, e então o sonar, nem vou falar.
Eu enjoo no mar, por isso sou um marinheiro de água doce, e só ao quinto dia e depois de uma data de pastilhas é que consigo comer qualquer coisa mais substancial.

O mar, e a força do dito não contam para nada.
Mas eu já bati tantas vezes com a cabeça, que me lembrei de que deveria existir forma de explicar que o mar a norte dos Açores (umas ilhas do Atlantico, que parece que pertencem a Portugal) é dos mais violentos de todo o mundo.

Eu sou um bocado burro, mas disseram-me que é nos mares mais alterosos que é normalmente mais necessário um navio de busca e salvamento...
Mas se calhar estou enganado, e deve haver gente mais capaz que eu para explicar estas coisas.

Este mapa, mostra a altura média das ondas nos oceanos e mares do mundo.
Os OPV alemães, do Chile e da Colombia operam em águas eu diria ... um pouco menos complicadas.
As águas mais alterosas da marinha chilena, são as mais calminhas para o portugueses.
Para encontrar águas identicas às da marinha colombiana, precisamos ir para o Golfo da Guiné...

Os navios da alemã FASSMER levaram uma plataforma para helicóptero numa construção feita de proposito. Os OPV de 86m da FASSMER para a Alemanha, têm uma plataforma de maiores dimensões, mas não têm hangar.

Os colombianos possuem três destes OPV da FASSMER, mas agora estão a pensar em mais. Estranhamente, não querem o navio da FASSMER e desenvolveram uma série derivada, que tem exactamente a mesma função, mas desloca mais de 2500t.

Alguém escreva aos colombianos, a dizer, qué no,    qué no,    qué no...    qué no es necessário ....
Para quê um navio com 2500t de deslocamenteo, quando um de 1800t faz a mesma coisa...

Eles são estupidos, o último navio da FASSMER foi entregue em 2017. E tão pouco tempo depois querem um navio maior ?


Eu sou naturalmente um amador, mas um Lynx a tentar pousar na plataforma de uma Vasco da Gama, com que estado de mar é que pode pousar ?
E se um navio tiver um deslocamento que é pouco mais de metade, em que estado de mar é que é possível pousar um heli equivalente ?
E se for um heli mais ligeiro, com que estado de mar e com vento de quantos nós é que ele pode descolar ?
E nos mares a norte dos Açores, quantos dias do ano o estado de mar torna inviável a utilização de um heli ?

Isto são tudo perguntas tolas, de alguém que não entende nada disto.
Por isso, as minhas desculpas antecipadas a quem percebe da cepa ...


Olhando agora para o Winguru nos Açores temos ondas de metro e meio. amanhã idem o resto da semana mais ou menos etc. Se pensarmos que não embarcam helis em navios por causa de mau tempo, então nem UAV o fazem e vamos rir dos tolos que fazem navios com decks.
É questão de ver quantos dias de mau tempo assim e os restantes. Madeira idem pois está ao abandono praticamente com uma espécie de navio patrulha que mandam para lá.
Aliás, somos o suprassumo da esperteza saloia. Vemos o exemplo na complexidade cargueiro turística dos NPO para protocolos a sul
 

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dc

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5240 em: Junho 09, 2022, 10:36:59 pm »
Mandar NPOs para a Somália espero que ninguém se lembre. Golfo da Guiné ainda vá que pode estar mais ou menos dentro da área de operação de um. Não é exatamente alvo para piratas, mas ok, possível.

Agora, essa situação hipotética aplicável na margem das margens das missões dos NPOs justifica gastar dinheiro que a Marinha não tem?

E nem digo nada sobre ataques à Marinha Portuguesa em porto. Se alguma dia chegarmos a esse ponto não são mais uns milhões nos NPOs que nos valem.

Para a Somália os NPOs podiam ser enviados, se devidamente equipados. Só lhes faltaria um helicóptero orgânico para terem uma capacidade quase comparável às VdG ou BD que chegaram a ser enviadas no passado. Num país com poucas fragatas, e que no futuro está difícil vislumbrar que o número aumente, os NPOs vão muito possivelmente ficar com essas missões de combate à pirataria. Pirataria que é uma ameaça da qual a costa ocidental de África não se verá livre tão depressa.

Ataques a navios de guerra em portos já aconteceram, a uma tal de US Navy, com um naviozinho reles da classe Arleigh Burke a ser alvo de um ataque suicida. Este ataque faz com que se aumentassem as precauções. E com o surgimento dos drones baratos, novas precauções terão de ser tomadas.
 

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papatango

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5241 em: Junho 09, 2022, 10:50:18 pm »
Basicamente, na minha humilde opinião, a questão é simples.
Os navios do tipo NPO, com menos de 2500t ficam muito guerreiros e muito catitas com o heli.
Aquilo até parece um navio de guerra e mete medo a toda a gente.

Mas com mar-chão, até um Cacine resolvia o problema, para mar chão, não precisamos de Patrulhas Oceânicos.
Quando a coisa fica complicada, e a Lei de Murphy diz que VAI FICAR, e se há problemas a sério, com o mar a partir de força 6, o que conta é a velocidade do navio para chegar  até uma embarcação acidentada,  porque o helicóptero não vai servir de nada e vai ser um peso morto, numa posição elevada, o que só quem não entender as leis da física é que não entende o que significa.

Nesse caso, só helicópteros com base em terra podem prestar auxilio efectivo, eficaz e minimamente seguro. (excepto se existir uma coisa como um um navio como um LPD ou um LHD na área de salvamento).
Até a colocação de uma embarcação pequena na água para contactar com a embarcação com problemas pode ser uma operação complexa por causa da ondulação.
A água é uma coisa chata ...


« Última modificação: Junho 09, 2022, 10:51:51 pm por papatango »
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5242 em: Junho 09, 2022, 11:37:35 pm »
Os NPO nunca foram pensados para ter um helicóptero orgânico.

Até porque não faz sentido ter um helitaxi num navio do tipo.

O que tem de ter capacidade de fazer é apoiar os helicópteros em missões SAR.
 
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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5243 em: Junho 09, 2022, 11:50:02 pm »
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Isto um gajo lê aqui cada treta que é de brandar aos céus. Nada melhor que o "malhar nos Russos" para que apareçam uns teóricos do catano. Esta então dos helis. Ou seja, quando a Us Navy construiu classes de navios inteiras,  para os helis robô Dash, e depois lá meteu um Seasprite, deve ter tudo ficado destabilizado ou foi tudo ao fundo.

Eu tenho que apresentar as minhas desculpas, porque evidentemente não tenho conhecimentos suficientes para debater contra tão excelentes fotografias e tão excelentes capacidades de pesquisa no Google.
Eu tenho dificuldades em conseguir ler todos os dados de um radar de navegação civil, e então o sonar, nem vou falar.
Eu enjoo no mar, por isso sou um marinheiro de água doce, e só ao quinto dia e depois de uma data de pastilhas é que consigo comer qualquer coisa mais substancial.

O mar, e a força do dito não contam para nada.
Mas eu já bati tantas vezes com a cabeça, que me lembrei de que deveria existir forma de explicar que o mar a norte dos Açores (umas ilhas do Atlantico, que parece que pertencem a Portugal) é dos mais violentos de todo o mundo.

Eu sou um bocado burro, mas disseram-me que é nos mares mais alterosos que é normalmente mais necessário um navio de busca e salvamento...
Mas se calhar estou enganado, e deve haver gente mais capaz que eu para explicar estas coisas.

Este mapa, mostra a altura média das ondas nos oceanos e mares do mundo.
Os OPV alemães, do Chile e da Colombia operam em águas eu diria ... um pouco menos complicadas.
As águas mais alterosas da marinha chilena, são as mais calminhas para o portugueses.
Para encontrar águas identicas às da marinha colombiana, precisamos ir para o Golfo da Guiné...

Os navios da alemã FASSMER levaram uma plataforma para helicóptero numa construção feita de proposito. Os OPV de 86m da FASSMER para a Alemanha, têm uma plataforma de maiores dimensões, mas não têm hangar.

Os colombianos possuem três destes OPV da FASSMER, mas agora estão a pensar em mais. Estranhamente, não querem o navio da FASSMER e desenvolveram uma série derivada, que tem exactamente a mesma função, mas desloca mais de 2500t.

Alguém escreva aos colombianos, a dizer, qué no,    qué no,    qué no...    qué no es necessário ....
Para quê um navio com 2500t de deslocamenteo, quando um de 1800t faz a mesma coisa...

Eles são estupidos, o último navio da FASSMER foi entregue em 2017. E tão pouco tempo depois querem um navio maior ?


Eu sou naturalmente um amador, mas um Lynx a tentar pousar na plataforma de uma Vasco da Gama, com que estado de mar é que pode pousar ?
E se um navio tiver um deslocamento que é pouco mais de metade, em que estado de mar é que é possível pousar um heli equivalente ?
E se for um heli mais ligeiro, com que estado de mar e com vento de quantos nós é que ele pode descolar ?
E nos mares a norte dos Açores, quantos dias do ano o estado de mar torna inviável a utilização de um heli ?

Isto são tudo perguntas tolas, de alguém que não entende nada disto.
Por isso, as minhas desculpas antecipadas a quem percebe da cepa ...
Um estudo feito pela Royal Navy, esses ignorantes, chegou à conclusão que o mínimo comprimento que um navio tem que ter para poder operar um helicóptero orgânico em mares de força 5-6 (que são vulgares no Atlântico Norte, bem como na nossa ZEE, tal como está mostrado nesse mapa) são 350 ft/105m… daí os River Batch II não terem héli orgânico…
 

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NVF

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5244 em: Junho 10, 2022, 05:20:12 am »
Alguém informe os chilenos para não navegarem muito a sul, ou ainda vão pensar que estão nos Açores e vão-se lixar com um grande F. Outra ilação a tirar é que não se aprende meteorologia e oceanografia no Fórum Defesa.


Maximum significant wave height from 20 years of Altimetry
Click for larger image and explanation


E para não me acusarem de ir buscar a primeira imagem que aparece no Google, aqui fica a fonte: https://learn-eo.org/lessons/l4/
Talent de ne rien faire
 

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papatango

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5245 em: Junho 10, 2022, 08:35:50 am »
Obrigado pela nota.
Eu esqueci-me de colocar um link...
https://www.researchgate.net/figure/World-map-of-average-wave-heights_fig1_254585165

Mas há complementaridade entre as imagens.
Eu procurei no entanto algo distinto.
O mapa apresentado mostra pelo que percebi a altura máxima das ondas nos oceanos do planeta mas não a altura prevalente ou ondulação média.

Ou seja, uma coisa é você navegar num mar em que já foi detetada uma onda de 16 metros, outra coisa é você navegar num mar onde a probabilidade de encontrar ondas de 16m é de 30% ou 40%.

A Lei de Murphy diz que a probabilidade de que chilenos e portugueses encontrem essas ondas existe.
As leis da probabilidade e da estatística, dizem que é muito mais provável elas ocorrerem ao largo dos Açores, que ao largo das Galápagos.

Eu nunca estive em águas chilenas, como disse sou, ou fui,  um marinheiro de água doce e algum contacto que tive com estas coisas não foi em navios de guerra. Mas a ondulação não quer saber disso para nada. Manter um navio estável é absolutamente importante na navegação. E quando em alto mar, chega a ser necessário fazer a transfega de liquidos entre tanques por causa da ondulação e ventos predominantes, eu acho meio curioso, as pessoas começarem a encarrapitar coisas em cima de um NPO de 1800t.

Notar que eu não nasci ontem e compreendo a necessidade de helicópteros embarcados. Mas sabendo o que precisamos para patrulhar o nosso mar, e tendo um ligeiro contacto com a realidade  eu acho que é isso que tem que condicionar as escolhas para novos navios.
Uma embarcação para policiar mares em operações como na Somália precisa de um helicóptero, mas tem que se maior que um NPO.

É por isso que na minha opinião, tentar encaixar mais módulos numa plataforma limitada, é tentar dourar a pílula, apenas para aparecer bem na foto e fingir que se protegem os interesses nacionais.

Nós podemos ter navios em missões de patrulha, no Atlantico norte, em que o pessoal embarcado - que fica ensopado e salgado até aos ossos só para ir apertar qualquer coisa numa verificação de segurança - nem consegue tomar um duche em condições.
Podemos achar que ter isso em atenção, é ter preocupação com luxo num navio de guerra, ou que é holistico ou coisa que o valha, que dizem que a palavra está na moda.

O que eu digo, é que é melhor começarem a importar muitos brasileiros ou africanos, porque eles também vão querer condições de trabalho...



« Última modificação: Junho 10, 2022, 08:38:54 am por papatango »
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5246 em: Junho 10, 2022, 10:35:05 am »
O hangar abriga a permanecia de heli ou é apenas mais um aspecto a considerar para poder operar dentro dos paramentos de mar?
O heli pode ir quando tiver de ir e quando puder.
De qualquer modo mesmo sem hangar deve haver condições de poiso e de abastecimento, que parece não ter embora fosse feito com essa intenção. Ou o espaço agora é só para colocar paletes para sul?

Não ter capacidade é uma coisa, não puder levar em determinada situação outra.  Se um NPO desse tamanho foi só para ter e condições de turismo é outra coisa. Seja heli ou UAV adequado(não da fnac), faz falta num meio desses.

Aliás espaço não falta para outros aspectos falados e parece não interessar. Afinal  não é para combater nada, nem piratas. É para viajar

Há um problema grave na Marinha e começa logo com mandar fazer puxadores de bronze a quase 2 mil o par por vaidade para a Sagres(não há disponíveis no mercado tem de ser torneiro), mas faltar interesse no que serve para prestar o serviço que faz falta fazer. O mesmo acontece com as proteções balísticas xpto das .50. Porque lá fora nos EUA serve as de aço balístico comum(procurem no Arsenal a ver se sobrou alguns bocados de aço, usados até para fazer laminas para machados), mas cá tem de ser compósitos sofisticados, feitos no amigo.
O importante que se lixe.

Quanto aos dias do "mar chão" para operar o meio orgânico. É questão de analisar a média de dias do ano em que essas condições tão más impossíveis de operar se dão.
A verdade é que até entre ilhas era mais um aspecto a ter em conta num NPO e se a coisa ficar má, podem ir aterrar numa e ficar. Com ou sem hangar condições de poiso e abastecimento seriam importantes. Foram construídos com esse fito, mas nem isso está feito passado quase uma década

Os hangares da VDG também pouco servem porque nem helis há e, só serve para tenda para receber convivas, numa Marinha mais de fantasia publicitada e vaidades de alguns   
 
Entretanto vai aqui em anexo uma foto de um bom espaço para espreguiçadeiras ou então para um dispositivo tipo Simbad-RC numa outra Marinha.


Olha-se para as Comemorações de Portugal ou do que for deste País e, vemos a fantasia dos que deixam andar e se servem, mas nada contribuem senão com lirismo para pategos e, não a realidade que devia estar presente num País com tanto do passado para comemorar hoje. Mas do actual nada tem para comemorar   


« Última modificação: Junho 10, 2022, 12:50:45 pm por Pescador »
 

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5247 em: Junho 10, 2022, 01:56:59 pm »
De qualquer das maneiras, o uso de helicópteros embarcados em NPOs para SAR, é impraticável para nós, com ou sem hangar. Não temos nem helicópteros nem tripulações suficientes para isso. Com apenas 5, como é que se ia disponibilizar 1 para cada NPO em patrulha, mais 1 ou 2 para fragatas, e ainda ter 1 parado para manutenção ou para treinar tripulações? Um hangar nos NPOs seria para ser usado ocasionalmente.

É uma não questão, sendo que a prioridade deveria ser a certificação dos Lynx para operar nos NPO, e o abastecimento em alto mar.
 
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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5248 em: Junho 10, 2022, 02:37:37 pm »
De qualquer das maneiras, o uso de helicópteros embarcados em NPOs para SAR, é impraticável para nós, com ou sem hangar. Não temos nem helicópteros nem tripulações suficientes para isso. Com apenas 5, como é que se ia disponibilizar 1 para cada NPO em patrulha, mais 1 ou 2 para fragatas, e ainda ter 1 parado para manutenção ou para treinar tripulações? Um hangar nos NPOs seria para ser usado ocasionalmente.

É uma não questão, sendo que a prioridade deveria ser a certificação dos Lynx para operar nos NPO, e o abastecimento em alto mar.


Era já um passo decisivo  e esperado, para melhor aproveitamento da plataforma, que parece mais a jeito de outras situações menos relevantes para o País.
A plataforma que nem o mínimo tem, apesar de concursos de aquisição do que falta, mostra bem quem serve   
 

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mafets

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #5249 em: Junho 10, 2022, 03:20:31 pm »
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Eu tenho que apresentar as minhas desculpas, porque evidentemente não tenho conhecimentos suficientes para debater contra tão excelentes fotografias e tão excelentes capacidades de pesquisa no Google.
Eu tenho dificuldades em conseguir ler todos os dados de um radar de navegação civil, e então o sonar, nem vou falar.
Eu enjoo no mar, por isso sou um marinheiro de água doce, e só ao quinto dia e depois de uma data de pastilhas é que consigo comer qualquer coisa mais substancial.

Já saber o que é o google não é mau. As fotos continua a não perceber mas é questão de fazer um esforço, daqueles que se faz, para andar anos a cantar o so-li-dó, e depois sair com toda a velocidade de trás das pedras, para assim tipo, malhar nos russos. Outras guerras e outros assuntos eram para os pobres cá do burgo. Os intelectualoides é só material substancial dos calhamaços de biblioteca e sem fotos para não estragar o raciocino. Já agora se enjoa no mar, ande em terra e se tem dificuldades ler todos os dados de um radar de navegação civil, bem como do sonar, não gaste tempo com essas coisas, ainda por cima com situações muito exigentes para a visão, com obras tão interessantes certamente do agrado de v.exma como aquele senhor que é comentador da sic, viveu na Rússia e agora é que se lembrou de  escrever um livro sobre as suas experiências.

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O mar, e a força do dito não contam para nada.
Mas eu já bati tantas vezes com a cabeça, que me lembrei de que deveria existir forma de explicar que o mar a norte dos Açores (umas ilhas do Atlântico, que parece que pertencem a Portugal) é dos mais violentos de todo o mundo.

A foto explica. Se não tente o Google. Pistas: Dinamarca e Gronelândia. Ah, também já foram aos Açores.




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Eu sou um bocado burro, mas disseram-me que é nos mares mais alterosos que é normalmente mais necessário um navio de busca e salvamento...
Mas se calhar estou enganado, e deve haver gente mais capaz que eu para explicar estas coisas.

Bem, o burro agora é animal protegido. Mas lá está. Animais à parte, não se deve acreditar em tudo o que nos contam. Ou seja, nos mares calmos é igualmente tão importante um navio Sar como nos mares agitados. Por um conjunto de variadíssimas razões, desde incidentes vários como fogos, ou doença nos tripulantes.

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Este mapa, mostra a altura média das ondas nos oceanos e mares do mundo.
Ah, já percebi. Fotos do google só quando lhe convém e apetece. Esclarecido. Aqui já não quebra o raciocínio nem é pesquisa desnecessária. Hipocrisias...

 
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Os OPV alemães, do Chile e da Colombia operam em águas eu diria ... um pouco menos complicadas.
As águas mais alterosas da marinha chilena, são as mais calminhas para o portugueses.
Para encontrar águas identicas às da marinha colombiana, precisamos ir para o Golfo da Guiné...

Os navios da alemã FASSMER levaram uma plataforma para helicóptero numa construção feita de proposito. Os OPV de 86m da FASSMER para a Alemanha, têm uma plataforma de maiores dimensões, mas não têm hangar.

Os colombianos possuem três destes OPV da FASSMER, mas agora estão a pensar em mais. Estranhamente, não querem o navio da FASSMER e desenvolveram uma série derivada, que tem exactamente a mesma função, mas desloca mais de 2500t.

Alguém escreva aos colombianos, a dizer, qué no,    qué no,    qué no...    qué no es necessário ....
Para quê um navio com 2500t de deslocamento, quando um de 1800t faz a mesma coisa...

Eles são estúpidos, o último navio da FASSMER foi entregue em 2017. E tão pouco tempo depois querem um navio maior ?

É só por causa do heli. A peça que começou numa 40mm e já vai numa de 76mm nada tem a ver. Nem os sensores só para dar alguns exemplos...


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Eu sou naturalmente um amador, mas um Lynx a tentar pousar na plataforma de uma Vasco da Gama, com que estado de mar é que pode pousar ?

Numa boa pesquisa google temos aquele Lynx da Marinha Dinamarquesa a pousar num patrulha da sua Marinha. É naqueles mares calmos da Gronelândia. Também temos aquelas coisas em muitas unidades navais que os helis usam para ajudar a pousar no deck. Aliás, as VG tem uma grelha muito gira no deck que decora muito bem e lhe dá um ar vintage. Os Américas como são mais complexos, quase que instalaram um sistema de carris nos seus navios. Eu punha foto, mas não quero estragar o raciocínio e toldar a visão dos mais sensíveis, por isso, força nesse motor de busca.

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E se um navio tiver um deslocamento que é pouco mais de metade, em que estado de mar é que é possível pousar um heli equivalente ?
E se for um heli mais ligeiro, com que estado de mar e com vento de quantos nós é que ele pode descolar ?
E nos mares a norte dos Açores, quantos dias do ano o estado de mar torna inviável a utilização de um heli ?

Uma caranguejola tipo bell 47 nos mares mais complicados do globo, numa altura em que sistemas de auxilio ao pouso nicles e a estabilização nos navios era bem mais primitiva,  em unidades que iam desde as 500t aos navios maiores na ordem das 3500t, serve ou é preciso mais pesquisa google? Já agora, os Bell 47 ainda vão ainda sendo usados por particulares um pouco por todos os mares do globo.



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Isto são tudo perguntas tolas, de alguém que não entende nada disto.
Por isso, as minhas desculpas antecipadas a quem percebe da cepa ...

Ah, o modo ironia ligado. Apontamento registado.


Saudações 









« Última modificação: Junho 10, 2022, 03:31:42 pm por mafets »
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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