E se caísse outra ponte?

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Marauder

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E se caísse outra ponte?
« em: Junho 30, 2006, 12:16:26 pm »
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Mais de metade das pontes em risco continuam por reparar
Mais de metade das 60 pontes que em 2001 apresentavam graves riscos de estrutura ainda não têm as obras de reparação concluídas.

A denúncia surge na edição desta sexta-feira do jornal Diário de Notícias, que recorda que, cinco anos após a tragédia de Entre-os-Rios, há ainda dez estruturas em fase de estudo.

A situação, no entanto, «não preocupa» responsáveis da EP-Estradas de Portugal, nem o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, que ontem fizeram o ponto da situação e garantiram que os portugueses podem confiar nas pontes que atravessam.

Na sequência do acidente de Entre-os-Rios, «a EP percebeu que tinha de olhar para as pontes com mais atenção», afirmou António Laranjo, presidente da EP, em declarações reproduzidas na edição desta sexta-feira do Diário de Notícias.

Mais de 300 pontes do País foram objecto de inspecções e, destas, 60 foram classificadas com um estado de 4 ou 5, o que significa que apresentavam um «deficiente estado de conservação», tendo o tráfego sido imediatamente encerrado em três dessas pontes - mais tarde foram fechadas mais cinco - e instauradas restrições de carga e velocidade em 57 infra-estruturas.

Contudo, de acordo com o ponto de situação feito na quinta-feira pela EP-Estradas de Portugal, apenas 18 obras de reparação foram concluídas até este mês, sendo que em curso estão ainda 12 reparações, enquanto outras 12 estão a concurso. Entretanto, há também dez estudos a decorrer desde 2001 - segundo o documento apresentado, três foram entretanto concluídos e os restantes sete ficarão concluídos durante este ano.

António Laranjo assegura, no entanto, que «em momento algum o facto de as pontes estarem em estudo põe em causa da segurança dos portugueses», com a demora na resolução dos problemas destas obras a apresentar uma única explicação: «Estes processos são demorados», afirmou o presidente da EP-Estradas de Portugal.

30-06-2006 9:17:14


de:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=234304

Bem....António Laranjo com estas afirmações já pode ser chamado ao tribunal, caso caia mais uma ponte...
 

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Doctor Z

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« Responder #1 em: Junho 30, 2006, 12:26:01 pm »
Oxalá que não aconteça ainda outra desgraça dessas ...
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ricardonunes

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« Responder #2 em: Junho 30, 2006, 02:57:06 pm »
Ponte em risco encerrada ao trânsito de pesados
 
 
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Helena Silva

A ponte ferroviária sobre o rio Tejo, que liga Constância-sul a Vila Nova da Barquinha, vai ser interditada a veículos pesados, a partir do próximo dia 10, por questões de segurança. A decisão das Câmaras de Constância e Barquinha foi anunciada ontem, durante a visita àquela região de deputados das Comissões de Obras Públicas e de Ambiente da Assembleia da República.

Os autarcas justificam a sua decisão com base numa vistoria, efectuada ao local pela Estradas de Portugal (EP), em Abril, que detectou vários problemas na estrutura da ponte, quer nos pilares de suporte, quer no tabuleiro. De acordo com António Mendes, edil de Constância, por ali circulam diariamente cerca de quatro mil automóveis, 250 dos quais são veículos pesados. "Para já, vamos interditar a passagem a veículos a partir de 15 toneladas. Mas se não for reparada, a ponte poderá vir a ter que fechar totalmente ao trânsito", adverte o autarca.

Aquela ponte, constuída há cerca de 150 anos, foi a segunda a ser vistoriada em 2001 depois da tragédia de Entre-os-Rios, tendo sido detectados então vários problemas. Sem que tivesse avançado qualquer solução, uma nova vistoria, feita este ano pela EP, classificou o estado da ponte com um nível abaixo da pré-ruína, revelando uma deterioração das condições de segurança.

Miguel Relvas, presidente da Comissão Parlamentar de Obras Públicas, Transportes e Comunicações manifestou a sua apreensão, depois de uma visita à ponte, lamentando que "quem alerta para a degradação da segurança no local (a Estradas de Portugal) não aponte uma solução". Por isso, revelou, a comissão que lidera "decidiu por unanimidade analisar a situação e procurar uma solução para o processo".

De acordo com o deputado social-democrata "importa recuperar esta ponte, independentemente de se construírem outras nesta região", sob pena de "poder acontecer uma situação idêntica à de Entre-os-Rios".

A preocupação dos autarcas da região é agravada pela entrada em funcionamento, prevista para 2008, dos dois Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos (CIRVER), actualmente em construção no concelho da Chamusca. "Esta ponte está prevista como ponto de passagem dos camiões de transportes dos resíduos indo prestar, por isso, um serviço nacional", explicou Vítor Pombeiro, presidente da Câmara da Barquinha, que se manifesta contra a prioridade, dada pelo Governo, de avançar com a construção de uma nova travessia sobre o rio Tejo, em Abrantes.

É que, sublinhou o deputado Miguel Relvas, a solução para os CIRVER não passará pela nova ponte de Abrantes. "Essa obra nunca estará concluída antes de 2011, mas os dois centros entrarão em funcionamento a partir de 2008", lembrou.

Para os autarcas de Constância e Barquinha, a interdição a pesados na ponte constitui "um primeiro passo" na luta que se propõem travar, uma vez que se mostram dispostos a "ir até onde for preciso para afirmar e defender o interesse da região".


Se não estou em erro está é neste momento a situação mais critica no país.
A ponte foi construida á 150 anos, como refere a noticia, mas só em 1986 foi adaptado o tabuleiro para circulação rodoviária.
De relembrar que a manutenção e conservação da estrutura ficou a cargo dos dois municipios.
Potius mori quam foedari
 

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ricardonunes

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« Responder #3 em: Junho 30, 2006, 03:27:26 pm »
Julgo que este link explica bastante bem a complexidade da reabilitação de uma ponte.
http://www.estradasdeportugal.pt/site/v ... ndepasta=0
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Doctor Z

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« Responder #4 em: Junho 30, 2006, 03:45:55 pm »
Obrigado por estes links !
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alfsapt

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« Responder #5 em: Junho 30, 2006, 04:55:33 pm »
Citação de: "ricardonunes"
Julgo que este link explica bastante bem a complexidade da reabilitação de uma ponte.
http://www.estradasdeportugal.pt/site/v ... ndepasta=0


Muito interessante.
"Se serviste a patria e ela te foi ingrata, tu fizestes o que devias, ela o que costuma."
Padre Antonio Vieira
 

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typhonman

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« Responder #6 em: Junho 30, 2006, 09:51:11 pm »
A ver se não vem o senhor das EP(Estradas de Portugal) dizer que a ponte caiu porque uma borboleta bateus as asas no Japão.
 

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ricardonunes

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« Responder #7 em: Junho 30, 2006, 10:01:51 pm »
Uma triste declaração de alguém que de seguida foi responsabilizado pela queda da dita ponte...
Potius mori quam foedari
 

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ricardonunes

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« Responder #8 em: Junho 30, 2006, 10:35:29 pm »
Correcção quem explicou a teoria do efeito borboleta foi um engenheiro do LNEC, não teve nada a ver com o caso.
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Efeito borboleta é um termo que se refere às condições iniciais dentro da teoria do caos. Este efeito foi analisado pela primeira vez em 1963 por Edward Lorenz. Segundo a teoria apresentada, o bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um tufão do outro lado do mundo.

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Esse tipo de efeito quando restrito a uma ou duas variáveis, fixando-se as demais, tende a ser simples e aí, somente nesta situação não natural ou limítrofe, é que as leis da ciência clássica podem demonstrar a previsibilidade de um sistema fechado. Neste caso aumenta a rigidez sistêmica e o Efeito Borboleta pode ser mapeado de forma bastante simples. Alguns estudiosos afirmam que deixa de existir, porém, é sabido que a resultade de determinado cálculo quando passa a ser dado numérico de outro (e assim por diante), influi em seu resultado, portanto, atua o Efeito Borboleta. Isto foi descoberto (quase por acaso) por Edward Lorenz quando estava trabalhando com previsões meteorológicas no MIT e verificou a influência ocasionada em sistemas dinâmicos quando são feitas alterações muito pequenas nos dados iniciais inseridos em computadores numéricos programados para fazerem cálculos em série.


A pessoa a quem me referia (um Eng. da EP) , foi quem deu uma entrevista na Tv de costas num local escuro (estilo casapiano), esse sim foi indiciado no processo.
Potius mori quam foedari