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Forças Armadas e Sistemas de Armas => Força Aérea Portuguesa => Tópico iniciado por: typhonman em Janeiro 05, 2004, 10:17:13 pm

Título: Constituição da Força Aérea Portuguesa
Enviado por: typhonman em Janeiro 05, 2004, 10:17:13 pm
Na minha opinião a FAP deveria ter os seguintes meios para actuar em missões de defesa nacional, no âmbito NATO e outras organizações. :D  :D  8)
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Janeiro 05, 2004, 10:48:41 pm
Embora partilhe do seu entusiasmo, e vontade, em ver a FAP dotada de tal meios vou-me singir a uma visão que considero mais "realista" ( até porque a realidade do país mais não permite!  :wink:  )

__________________________________________

Quanto a equipamente terrestre e sistemas de radar, não me considero conhecedor da matéria daí não me prenunciar sobre os mesmos.  :cry:

Apenas uma pequena nota:

Sou um acérrimo defensor do GALE logo defendo a operação dos futuros helis de ataque das nossas forças armadas pelo Exército, até porque a sua principal função é o apoio às tropas no terreno.

Defendo a continuação dos "paras" no exército.

E... Ah! Já tive o prazer e o privilégio de ter uma G-36 nas mãos ( a usada pelo RESCOM ) e é com toda a sinceridade que digo - linda!  8)
Título: CAS?
Enviado por: Luso em Janeiro 06, 2004, 09:57:33 pm
RN, o cenário que descreveu é perfeitamente plausível se ouver um pouquinho de interesse. Mas já reparou que as missões CAS-FAC-RECCE ligeiro (que poderão ser boas para policiamento/e peace enforcement) estão fracas?
Uns ALX poderiam ser um bom complemento para missões no estrangeiro (já que o grosso das tarefas mais exigentes é feita pelas grandes potências). E a hora de voo seria mais barata que a de um heli.
Para já não falar do vazio operacional que existe actualmente para estas missões.

Deveriamos apostar mais no simples, barato, robusto e... eficaz.
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Janeiro 06, 2004, 10:06:01 pm
Sem dúvida.

Aliás, uma das dificuldades que tenho é imaginar um sucessor do FT-337 ( o puxa-empurra ).

Sinceramente penso que seja insubstituível. Contudo também sou fiel defensor que os pilotos que apenas têm de manter as suas horas de voo o deveriam fazer em epsilon ou em qualquer outra aeronave operada exclusivamente para treino.

A opção mais próxima que concebo ainda seriam uns "beechcraft" embora bastante longe daquilo que se consideraria ideal.

Em termos de reconhecimento, apostaria já em UAV´s. Não os referi pois penso que deveriam ser operados pelo exército no advento do GALE. Embora, pense que aeronaves de reconhecimento com maior alcance deveriam ser operadas pela Força Aérea ( isto à semelhança do que já acontece nos EUA, onde o GlobalHawk é operado pela USAF e o Predator pelo USARMY ).
Título:
Enviado por: FFAP em Janeiro 06, 2004, 11:07:46 pm
- 40 F-16AM/BM
- 20 T-50A (substitutos do AlphaJet)
- 16 T-6 Texan (substituto do Epsilon)
- 8 EC-120 apenas para treino (substituindo em parte os AL III)
- 10 A-109, tipo os da África do Sul (substituindo em parte os AL
III)
- 15 EH-101, 10 para SAR, 3 para CSAR e 2 para SIFICAP
- 6 P-3J (P-3P modernizados)
- 8 C-130, os seis que temos seriam modernizados e compravam-se 2 C-
130-30J
- 2 C-17
- 3 Falcon 900 (substituindo os 3 Falcon 50)
- 1 Falcon 50 (substituindo o Falcon 20)
- 12 C-27J (substituindo os Aviocar)
- 2 Aviocar C-212-300 e 3 C-212-400 (estes ultimos iriam
substituir os da série 100 modificados)
- 6 Chipmunk
- Quanto aos FTB é que não sei que avião o deve substituir, já
falaram aqui no Beech 200 , mas não sei.
Título:
Enviado por: filcharana em Janeiro 07, 2004, 03:13:58 am
A FAP que eu gostava de ver em 2010/12:

-DA/CAS/TASMO/BAI/...
 43/12 F-16 AM/BM

-Treino
 18 Alpha Jet
 16 Epsilon
 6 Chipmunk
 10 EC.120

-Transporte
 2 A.310 MRTT    (Estratégico)
 6 C-130 H-AMP  (Táct.Pesado)
 12 C-295M        (Táct.Médio)
 9 Beech 200      (Ligeiro/ligação)

-Transp.Especial
 3 ERJ-135

-Patrulha Maritima
 7 P-3 P (5 LECIP e 2 para treino/SAR/VM)

-ISAR
 2 ERJ-145 RS

-SIFICAP
 2 EH.101
 2 C-212-300

-SAR/CSAR
 10 EH.101

-Calibr.Ajudas-rádio
 1 Falcon 50


Talvez nem fosse preciso gastar 2% do PIB para ter uma FA destas !!

Cumptos
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Janeiro 07, 2004, 12:09:56 pm
Penso que é preciso avaliar 3 questões pertinentes à elaboração de qualquer destas "listas":

- Tempo de vida útil das aeronaves existentes;
- Compatibilidade entre aeronaves - leia-se uniformização dos meios;
- Definição das prioridades de quem faz o quê e como.

Analisando as 3:

Tempo de vida útil das aeronaves

É necessário termos uma ideia do tempo de vida útil que as aeronaves agora operadas possuem. Por exemplo, os Epsilon e os CN-212-400 têm ainda, pelo menos, 15 anos de serviço pela frente, logo seria insensato substituí-los por uma aeronave mais recente.

Uniformização de meios

De modo a reduzir os custos ao mínimo a uniformização das aeronaves utilizadas deveria ser a maior possível. Sendo assim não faria sentido utilizar o C-130J e o CN-295 na mesma frota. Isto pois, sabendo nós que o C-27J usa os mesmo motores do C-130J, os custos seriam reduzidos drasticamente ao contrário do que aconteceria com o CN-295 que exigiria uma linha de logística completamente nova e diferente.

Definição de tarefas

Numa altura em que o GALE avança mesmo para frente ( mesmo que devagar  :wink:
Título:
Enviado por: typhonman em Janeiro 09, 2004, 11:51:47 am
O filcharana eu também gosto do MRTT para reabastecimento e transporte de tropas..
Mas como único avião de transporte estratégico nem pensar!!
Não pode transportar nem veiculos ligeiros do tipo HUMVEE :wink:
Só uma pergunta, um C27J pode transportar um M113A3?

Obrigado!
Título:
Enviado por: Pedro Monteiro em Janeiro 09, 2004, 01:55:51 pm
Citação de: "Typhonman"
O filcharana eu também gosto do MRTT para reabastecimento e transporte de tropas..
Mas como único avião de transporte estratégico nem pensar!!
Não pode transportar nem veiculos ligeiros do tipo HUMVEE :wink:
Só uma pergunta, um C27J pode transportar um M113A3?

Obrigado!


Por acaso até pode, contentores e viaturas ligeiras. Os alemães usam-no nessas funções, numa verão com a cabine de passageiros desempedida (creio que os bancos são, pois, amovivéis).
Quatro C-17 é economicamente inviável, mesmo em custos de manutenção e operacionalmente exagerado. Por exemplo, de futuro os C-130H serão suficientes para garantir o suporte logístico do contigente da GNR no Iraque segundo se disse.
Um C-27J pode transportar um veículo do porte do VBL ao que sei, o que já é bastante bom para pequenas missões, deixando os C-130 livres para transporte de tropas e de grandes cargas. Por mim, seriam suficientes para Portugal 2 A-310 ou 2 C-17 (com preferência para os últimos por uma série de motivos) e mais 6 C-130H-30 modernizados, complementados com uma frota de até uma dezena de CN-295 (caso se optasse pelo C-130J teria inevitavelmente mais lógica adquirir o C-27).
É economicamente mais leve e viável pedir à SATA ou outra companhia para realizar transporte VIP e de comitivas em viagens de Estado, pelo que para transporte VIP uma aeronave do porte do EMB-145 é mais que suficiente.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
Título:
Enviado por: komet em Janeiro 11, 2004, 05:13:15 pm
No que toca aos helicóteros de ataque ao solo não concordo com o AH-64 que já mostrou grandes lacunas nomeadamente o facto de ter que estar em hover ao lançar os Hellfire por exemplo, para não perder o contacto laser com o alvo, há outras opções italianas ou alemãs, tipo o Mangusta ou o Tiger, opções a considerar.
Título: GALE e Armada
Enviado por: filcharana em Janeiro 12, 2004, 01:55:29 am
Também gostava de ver em 2010:

-GALE
 10 NH.90
 16 Lynx
 10 AH-1 Z

-EHM
 8 Super Lynx


Cumptos
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Janeiro 12, 2004, 06:24:22 pm
Não sei se seria sensato adquirir o Lynx.

É uma aeronave de concepção já antiga e que de momento já está a ser substituída em algumas marinhas ( caso da Holanda ) - a substituição em si ainda não começou mas deverá começar em 2006 com a entrega das primeiras aeronaves.

Sabendo nós que o GALE já opera NH-90 seria lógico a Marinha aqduirir desde já também o NH-90. Em termos de manutenção e logística seria uma decisão díficil visto que os custos seriam elevados a curto prazo, mas a longo prazo seria bastante conpensatório visto que o NH-90 é uma aeronave recente e o Lynx uma aeronave antiga que eventualmente teria de ser substituído mais cedo ou mais tarde. Junte-se a isto o facto de o NH-90 ser bastante melhor para apoio aos Fuzileiros navais do que o Lynx e de que o exército também o operará o que, como disse, a longo prazo, tornará a manutenção mais fácil.

No caso do exército, penso que existem opções mais recentes, mais económicas ( o Lynx tem saído bem caro ao exército inglês, o seu custo de operação por unidade é astronómico para as funções que tem  ) e mais adequadas às funções de transporte ligeiro, reconhecimento e ataque ligeiro. Eu apostaria no A109.

Embora também não seja propriamente recente, o A109 é bem mais "novo" que o Lynx e já possui provas dadas nas missões acima referidas no exército belga e italiano.
De referir também que a linha de produção continua aberta com a encomenda da África do Sul de 30 aeronaves ( e a encomenda da guarda Costeira norte-americana ), bem ao contrário do Lynx ( versão de apoio terrestre ) do qual o único cliente foi o exército inglês.

O Lynx é sem dúvida um excelente heli naval, mas para apoio às forças terrestres apostaria convictamente no A109.

A109 ( exército belga - capacidade de transporte de mísseis TOW, rockets e metralhadoras )

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fhome-3.tiscali.nl%2F%7Emwdeba20%2Fpics%2Fagusta_bel2.jpg&hash=ab9bb96577a25f43c4b974ec9e77ecda)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fhome-3.tiscali.nl%2F%7Emwdeba20%2Fpics%2Fagusta_bel1.jpg&hash=704ff97d66999b97a6dea01bea1e0d81)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.ifrance.com%2FArmyReco%2Feurope%2FBelgique%2Fhelicopteres%2FAgusta_A109%2FAgusta_A109_BE_014.jpg&hash=82016fe3eb8d9c013d1aa9ad4f1a494b)
Título:
Enviado por: typhonman em Janeiro 12, 2004, 10:06:36 pm
Para o GALE ,acho que o preço de um Nh90 é uma roubalheira :x
Um NH90 custa tanto como um CH47F CHINOOK , o primeiro transporta    21 soldados o segundo transporta 55..
Por isso o MDN já pensa em comprar MH60L com capacidade de levar misseis hellfire,rockets hydra,Stinger, Minas,Mg´s etc.
Além de poder transportar 20 soldados armados, vejam no site www.sikorsky.com (http://www.sikorsky.com) na parte das Brochures, está em PDF
Acho que seria a opção mais barata e poderia-nos trazer vantagens, tipo o exército operava os MH60L, a marinha os SH60B e a Fap se quizesse poderia operar o MH60K para missões especiais. Além do SNB que poderia comprar os FH60F FireHawk para apagar fogos e fazer evacuações médicas
Fica a ideia 8) ..
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Janeiro 12, 2004, 10:14:05 pm
Eh eh eh eh eh

A qualidade paga-se. Pode ser caro mas é o heli ideal.

O próprio BlackHawk já é antigo e revelou no Afeganistão enormes lacunas em termos de operação a altitudes elevadas ( parece que o desempenho dos motores ficava reduzido a 30% acima dos 1800m ) dái que na televisão fosse muito mais comum vermos Chinook e não BlackHawks ( vá-se lá saber porque é que os Austríacos os compraram para opererarem nos Alpes ). O NH-90 felizmente não sofre nesse problema.

Falou-se no MDN na compra de BlackHawks mas de modo a preencher o requerimento de helis ligeiros ( antigos EC-635 ) o que acho uma perfeita irresponsabilidade.  :roll:
Título:
Enviado por: komet em Janeiro 12, 2004, 10:17:17 pm
Para não falar de que deviamos investir mais em material europeu na minha opinião :]
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Janeiro 12, 2004, 10:26:13 pm
A questão do equipamento Europeu vs Americano é um bom debate.

Pessoalmente não defendo nem um nem outro. Visto que Portugal é um país pequeno com poucos recursos económicos deveríamos comprar aquele material que melhor serve o país. Isto implica o melhor "ratio" preço/qualidade que encontrarmos - isto é devemos pensar no preço do material, na qualidade desse mesmo material e nas contrapartidas que oferece ao país.
Americano ou Europeu pouco interessa. Tem é de favorecer os requesitos do páis.

E como bem sabemos os EUA estão bem à frente da Europa em termos de aviação caça e transporte estratégico e a Europa bem à frente dos EUA em termos de Helis e aeronaves de treino ( estes foram só um exemplo ). Penso que existe um meio-termo entre as 2 indústrias.

Agora gastar dinheiro em material obsoleto ou em projectos sem futuro ( que tem acontecido com demasiada frequência ) isso é que não!  :?
Título: Lynx
Enviado por: Luso em Janeiro 12, 2004, 10:44:41 pm
Oh Ricardo, não saberás nada sobre o Future Lynx?
Se pudessem encolher um Blackhawk...
Deixem-me ver...

Dois tripulantes e um ou dois artilheiros mais 6 tripulantes equipados...
11-12 tripulantes. Raio de acção de 400km... Não me parece mau.

- Mandem vir uns Hueys!!!  :wink:
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Janeiro 12, 2004, 10:51:11 pm
Para mim o Future Lynx é mais um dos projectos do reino unido que irá parar a gaveta. Aliás desde que o ministério da defesa britânico deu a aprovação para o projecto nunca mais ouvi falar do mesmo ( excepto quando a Thale decidiu aderir ao projecto ainda no início de 2002 ).

O A109 é bem mais ligeiro do que o Lynx ( ou super Lynx ) bem mais barato e cumpre bem os requesitos do exército. Para mim é a melhor opção!  :wink:
Título: Re:
Enviado por: filcharana em Janeiro 13, 2004, 02:28:00 am
Ricardo:

"Não sei se seria sensato adquirir o Lynx"

Se fosse para 2015/20 também concordava contigo.
É que o novo A109 LOH/LUH até tem sido a minha preferência mas, para além de ser mais um modelo diferente dos existentes também me parece que é um pouco mais caro que o Lynx.

E por ver as fotos de A109 belgas, estás recordado da polémica que houve quando eles os adquiriram? Acho que ainda hoje não são muito "apreciados"... No entanto também acho que estas ultimas versões devem ser muito melhores.

"O próprio BlackHawk já é antigo e revelou no Afeganistão enormes lacunas em termos de operação a altitudes elevadas ( parece que o desempenho dos motores ficava reduzido a 30% acima dos 1800m ) dái que na televisão fosse muito mais comum vermos Chinook e não BlackHawks"

Mais engraçado foi ver Mi-17's apenas com uma pequena bandeira americana (CIA). Quem disse que os ianques não sabem o que é bom?!!


Typhoon:

Não sei se o que disse dos preços está correcto.
Para mim este será sem dúvida o melhor héli do género e se o preço não derrapar (muito) então será excelente. E depois, também somos nós que os construímos!
A família xxxhawk seria a última escolha. Menos capaz que um NH90 mas grande e caro demais para "substituto" do EC635.

"Acho que seria a opção mais barata e poderia-nos trazer vantagens, tipo o exército operava os MH60L, a marinha os SH60B e a Fap se quizesse poderia operar o MH60K para missões especiais."

Não concordo.
E os Lynx, que têm 10 anos, iam para a sucata?
E já agora, dos mais de 10 países que operam a versão UH-60/S-70A, quantos os usam armados com Stingers e Hellfires? Ou mesmo rockets? É que até hoje só vi essas configurações em aparelhos de demonstração!
E que missões especiais a FAP tem para necessitar de MH-60?
Título:
Enviado por: JNSA em Janeiro 13, 2004, 06:05:20 pm
Este género de tópicos são sempre óptimos para uma pessoa ir divagando e pondo mais equipamento no "cesto de compras", equipamento este que seria totalmente inviável economicamente, já para não falar das redundâncias a nivel operacional.

Já tenho tido algumas discussões interessantes sobre este tema ( uma delas ainda hoje com o Ricardo Nunes, enquanto ele era "embarretado" com uma caipirinha manhosa  :wink:  ), e já cheguei a algumas conclusões:
- a qualidade é preferível à quantidade
- os "multiplicadores de força" ( AWACS, EW, Reabastecedores, etc. ) são tão importantes quanto as unidades de combate
- tendo em conta o estado económico do país, e a típica disponibilidade dos nossos governantes para a compra de equipamento militar, deve-se pensar ao máximo na operação eficiente das células que ainda têm muitas horas de vôo ( C-212-400's, etc.)

Assim, a minha proposta para 2010/15, seria, em linhas muito gerais:
- aeronaves de combate - os actuais 40 F-16AM/BM; mais do que isto é desnecesário e operacionalmente inviável ( a "gasolina" não está barata  :x  ) mas ainda não cheguei à conclusão de que héli ligeiro é que gostava de ver na FAP...
- 12 EH-101 - na configuração actualmente prevista - 2 SIFICAP, 6 SAR, 4 CSAR ( eventualmente convertendo, se houver $$, os de SAR para CSAR )
- aeronaves de transporte - eu sinceramente não acredito muito na proposta dos americanos do upgrade dos C-130 e venda de 2 C-17, mas se for verdade, então é a melhor opção; eventualmente poder-se-iam comprar mais 2 C-130 ( ou converter 2 dos existentes ) para MC-130/KC-130 para operações especiais e apoio aos EH-101 CSAR. Qualquer número acima deste parece-me desnecessário. Para missões mais ligeiras, o C-27J seria a escolha lógica do ponto de vista logístico
- aeronaves de reabastecimento - 2 A-310 MRT, que fariam também a rotação das forças colocadas em operações de paz, evitando o uso dos C-130 ou o aluguer de aeronaves civis ( que não chegam a horas com o bacalhau  :wink:

Abraços
JNSA
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Janeiro 13, 2004, 06:22:06 pm
Aquela Caipirinha....  :?  :?

E 5.2 euros....  :twisted:

Gostaria de salientar aqui um ponto, que tive o prazer de trazer "à baila" na conversa que tive hoje com JNSA e que ele já referiu e bem, que são os multiplicadores de força.

Não faz sentido termos mais do que 40 F-16´s MLU quando eles em si não têm qualquer valor de combate. Isto é, o que torna um caça eficiente é acima de tudo o apoio que este tem - os AWAC´s, os Reabastecedores e a inteligência.

Os F-16´s nacionais hoje em dia não têm praticamente nenhuma margem de operação relevante pois não têm o apoio necessário à sua operação Aliás, os nossos F-16s só fazem sentido e só poderiam operar hoje em dia, no estrangeiro, numa força conjunta NATO ou  EUA, onde os factores acima referidos ( AWACs, reabastecedores e inteligência ) estejam garantidos.

Por vezes achamos estranho que 12 EH-101 custem 80 milhões de contos e que cada F-16 MLU custe ao estado português 4 milhões de contos, mas é por hábito esquecermo-nos que toda a panópolia de sistemas que é necessária para tornar um caça eficiente é caríssima. E ter caças só faz sentido com esses apoios garantidos. O caça em si é barato mas rentabilizá-lo de modo a que seja eficiente fica mais caro.

Sendo assim prefiro muito mais ter apenas 40 F-16´s MLU ( bem operacionais ) com plataformas AWAC´s e reabastecedores de apoio do que 60 ou 80 F-16´s a operarem a "solo". Pessoalmente penso que 32 F-16´s MLU seriam suficientes ( 16 em cada esquadra com 3 B em cada uma e 12 de spares ), mas apoio a decisão de possuir 40!  :wink:
Título: Re:
Enviado por: filcharana em Janeiro 14, 2004, 04:32:11 am
Pois, isto das listas é sempre um bocado "ficcionado"!
No fundo tem que se saber para que se quer os aviões e só então depois comprá-los. E se tomarmos isto em consideração vêmos os erros que foram feitos (e nunca desfeitos) nas últimas décadas.

Só dois exemplos:
-No que toca a defesa aérea...
Estamos piores em 2004 do que estávamos em 1984 (apesar de agora termos F-16!).
A evolução nos sistemas de ataque (aeronaves, munições,...) durante este 20 anos foi muito maior que a evolução de um A-7P com AIM-9P para um F-16A com AIM-9L.
Os nossos sistemas SA são os mesmos, só que têm mais 20 anos em cima!!

-Quanto a jactos de treino...
Quando tivemos caças subsónicos e de claras características ofensivas (A-7 e G-91) os jactos usados para instrução eram supersónicos e ideais para o treino de combate aéreo (T-38).
Hoje, que temos um caça supersónico, o melhor para dogfight e dos melhores para combate BVR (F-16), os "treinadores" são subsónicos e mais "mud movers" que caças (Alpha Jet)

Claro que tudo começou com o fim do Ultramar, mas isto já é outra história.

Importante mesmo são os "force multipliers". Como nós não os temos, 55 F-16 talvez até fossem poucos. Ou seja, à falta de qualidade tem que se apostar na quantidade!!


Cumptos
Título:
Enviado por: Spectral em Janeiro 14, 2004, 06:21:35 pm
Também acho a compra de umas paltaformas AWACS ( não precisam de ser muitas) o EMB145 AEW se não estiver enganado , como essencial. Mas daí até serem compradas...

Também concordo totalmente o GALE. Aliás, por mim os AlIII tinham ido logo para o exército quando vieram e evitavam-se estas chatices. Essa ideia de que tudo o que voa vai para a FAP está mais que antiquada...

O Blackhawk está desactualizado: poucas perfomances e pouca capacidade para um bicho daquele tamanho. E a sua manutenção não é lá muito fácil: perguntem aos Australianos  que têm as suas aeronaves com 10 anos a pedirem substituição!! :D  :D

E não se esqueçam de sistemas anti-aéreos!!! :D  ). uma boa opção seria o sistema norueguês NASAM ( não tenho a certeza do nome..) baseado no míssil AMRAAM.

1 abraço a todos
Título:
Enviado por: typhonman em Janeiro 20, 2004, 02:20:14 pm
O ideal , se modernizar-mos os M113 para o Exército e instalar o RAPIER istema móvel para susbstituir o Chaparral)
Assim como para a FAP, mas para a FAP o sistema devia ser estático.
Para média altitudes o sistema Noruegûes NASAMS e HAWK/AMRAAM, para altas altitudes o PATRIOTPAC3 era a solução!
Estes sistemas deveriam ser também complementados por AAA com guiamento electroóptico ou por infravermelhos..
As AAA guiadas por radar não sobrevivemao primeiro dia de guerra devido as contra-medidas e ao misseis anti-radiação :?
Claro que tudo isto deveria estar coordenado por sistemas de comando controlo e comunicações CI3, sistemas de comando baseados no sub-solo, fibra óptica radares PORTÁTEIs 3D e plataformas AEW, conjugadas por modernos interceptores....
é pena é os Euros não abundarem :twisted:
Título: re: SAMs
Enviado por: Spectral em Janeiro 20, 2004, 10:47:48 pm
Os Patriot é claro que seriam bem-vindos, mas seriam extremamente caros!! E PAC-3 ? :D  ) com radar e muniçoes 3P.
Título: Re: Constituição da Força Aérea Portuguesa
Enviado por: typhonman em Setembro 28, 2013, 02:50:25 pm
9 anos depois, muitas PPP´s se fizeram, muitos swaps, muitos parques escolares e aeroportos as moscas, por cá continuam os Alouette, os Alpha Jet e como brinde menos 12 F-16.  :roll:
Título: Re: Constituição da Força Aérea Portuguesa
Enviado por: mafets em Setembro 28, 2013, 08:42:41 pm
Citação de: "typhonman"
9 anos depois, muitas PPP´s se fizeram, muitos swaps, muitos parques escolares e aeroportos as moscas, por cá continuam os Alouette, os Alpha Jet e como brinde menos 12 F-16.  :twisted: )... :mrgreen:

http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=82862

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=3382051

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.emfa.pt%2Ficeland%2Fconteudos%2Fposts%2Fpilotos3.JPG&hash=8168a9eeb6d30a00783e2f45e4804690)
Título: Re: Constituição da Força Aérea Portuguesa
Enviado por: HSMW em Setembro 28, 2013, 08:52:41 pm
O 1º post então está fantástico...  :lol:
Quem diria...
Título: Re: Constituição da Força Aérea Portuguesa
Enviado por: Lightning em Setembro 28, 2013, 11:20:47 pm
Eu não faço ideia do dinheiro que custa o programa MLU todo, ou por avião, o que posso garantir é que não há aviões encaixotados :mrgreen: (ainda há pessoal com essa conversa nos comentários desses jornais lol), quer dizer, o programa de modernização ainda não está completo, e esses aviões que faltam podem ter alguns equipamentos ainda encaixotados, mas em breve deverá estar finalizado.

Voltando ao valor dos F-16, primeiro acho estranho que modernizar 9 F-16 custe o mesmo que modernizar 3, no jornal diz 100 milhões de euros para as duas coisas, acho estranho...

Por fim, concordo com a venda dos F-16, se a razão for Portugal não ter capacidade económica de manter toda a frota em condições de voo, isto é, o dinheiro de modernizar os 39/40 já foi gasto, mas se por razões de poupança o poder politico decide reduzir a verba atribuída à operação dos F-16, em vez de ter capacidade de operar com 39 passa a ter capacidade de operar só 30, há 9 que vão ficar para lá encostados num canto, possivelmente passariam a ser fonte de peças para os outros 30.

Assim sempre entra algum dinheiro, liquidez.
Título: Re: Constituição da Força Aérea Portuguesa
Enviado por: Get_It em Setembro 29, 2013, 12:46:36 am
Citação de: "Lightning"
Por fim, concordo com a venda dos F-16, se a razão for Portugal não ter capacidade económica de manter toda a frota em condições de voo, isto é, o dinheiro de modernizar os 39/40 já foi gasto, mas se por razões de poupança o poder politico decide reduzir a verba atribuída à operação dos F-16, em vez de ter capacidade de operar com 39 passa a ter capacidade de operar só 30, há 9 que vão ficar para lá encostados num canto, possivelmente passariam a ser fonte de peças para os outros 30.
Não é bem assim, como as aeronaves ainda têm bastantes/algumas horas de voo acabariam por ser utilizadas e nunca totalmente canibalizadas, o que permitiria distribuir as horas de voo necessárias por toda a frota. Agora, com menos aeronaves e menos de horas de voo disponíveis vai ser necessário substituir os F-16 mais cedo. Não?
Citação de: "Lightning"
Assim sempre entra algum dinheiro, liquidez.
Sempre é mais algum dinheiro para pagar salários altos e carros de luxo para as elites.

Mas OK, talvez a ideia dos políticos é que com este dinheiro que entra agora já seja possível substituir mais cedo os F-16 por F-35...

Cumprimentos,
Título: Re: Constituição da Força Aérea Portuguesa
Enviado por: Lightning em Setembro 29, 2013, 02:10:51 am
Citação de: "Get_It"
Não é bem assim, como as aeronaves ainda têm bastantes/algumas horas de voo acabariam por ser utilizadas e nunca totalmente canibalizadas, o que permitiria distribuir as horas de voo necessárias por toda a frota. Agora, com menos aeronaves e menos de horas de voo disponíveis vai ser necessário substituir os F-16 mais cedo. Não?

Acho que não, antes para 40 F-16 tínhamos uma certa verba, mas ficamos com menos aviões e menos verba, a verba no total até pode ser menor mas por avião pode continuar idêntica, não faço ideia, mas não acredito que esse factor faça com que o F-16 seja substituído mais cedo que o previsto.

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Citação de: "Lightning"
Assim sempre entra algum dinheiro, liquidez.
Sempre é mais algum dinheiro para pagar salários altos e carros de luxo para as elites.

Mas OK, talvez a ideia dos políticos é que com este dinheiro que entra agora já seja possível substituir mais cedo os F-16 por F-35...

Cumprimentos,

Não sei onde é que o dinheiro da venda dos F-16 vai ser gasto, mas já pensou que independentemente dos F-16, esses ordenados e carros iam ser pagos na mesma  :wink: , não acredito mesmo nada é que seja usado para comprar um novo caça, primeiro porque ainda nem acabamos a modernização dos F-16 e depois porque esse dinheiro nem para um F-35 dá, eles custam 150 milhões de dólares cada.
Título: Re: Constituição da Força Aérea Portuguesa
Enviado por: mafets em Setembro 29, 2013, 04:56:32 pm
Citação de: "Lightning"
Eu não faço ideia do dinheiro que custa o programa MLU todo, ou por avião, o que posso garantir é que não há aviões encaixotados :mrgreen:
Se não estou em erro, 12,1 milhões custa o MLU por F-16 pelo que 108,9 milhões é o valor de actualização de 9 unidades e não de apenas 3 (estas deverão ficar em 36,3 milhões pelo que no total  o valor deverá rondar os 145,2 milhões no total). Sendo assim, e tendo em conta os valores apresentados, como os Romenos  vão pagar 186,2 milhões ainda se ganha qualquercoizinha... :mrgreen:  :mrgreen:

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Não resisti à dos caixotes... :twisted: