Na mosca! Por isso referi os Puma, que podem transportar bambis de 4 t. Claro que qualquer aeronave pode ser equipada para combater fogos, mas o que interessa é se pode desempenhar a função de forma eficaz e eficiente.
No entanto discordo num pormenor, caro MA. Acho que o Fireboss, com a sua capacidade para largar 3 t e maior agilidade que os 215/415 pode ser um grande complemento a estes últimos.
e eu também discordo do MA quando ele refere:
Os Air Tractors e Ecureuils só deitam borrifos d'água. É só para dizerem para a opinião pública que estão meios aéreos para combater incêndios. Porque aquilo para ser minimamente eficaz têm de haver um grande número de aeronaves em simultâneo, tipo em "carrocel" a atacar o fogo. O que representa um enorme utilização de recursos com resultados muito pouco efectivos e mais morosos a cumprir o objectivo final. Excepto se a sua utilização for para combater apenas pequenos incêndios rurais.Os Helis Lig são fundamentais não tanto quanto ao apagar os FF, se bem que nas fases iniciais são estes meios aéreos que fazem grande parte do trabalho, digamos meio/meio com as equipas de intervenção inicial, mas principalmente na colocação das equipas do combate inicial no terreno, equipas que tem efectuado um trabalho fantástico e que tem conseguido extinguir nos primeiros 30 a 60 minutos a grande maioria dos FF !
Se o dispositivo de forças no terreno não possuísse os tais ecureuils e demais helis ligeiros para inserção das equipas de combate teríamos de certeza uma arèa ardida bem maior.
Quanto aos C's e 390 só posso dizer o seguinte:
se houvesse um FF a apenas cinco minutos de voo, repito a apenas cinco minutos de uma base onde o C/390 pudesse reabastecer agua para o MAFFS - 10.000 L (
https://en.wikipedia.org/wiki/Modular_Airborne_FireFighting_System ) e lado a lado
tivéssemos um heli ligeiro com balde de 1000L que tivesse que efectuar o mesmo tempo de voo para encher o BB, ao fim de uma hora o Heli ligeiro já tinha efectuado pelo menos seis descargas e o meio aéreo pesado apenas uma
portanto o C/390 ganhava 10T/6T/Hora, mas se o meio aéreo fosse um
heli pesado/AT802 o resultado era muito diferente o
Kamov ganhava 24T/10T/hora e
o AT vencia por 18T/10T/hora, continuando para o
CL215/415 a vitória ainda era maior
36T/10T/hora.
As conclusões são muito simples :
1ª)
TODAS as aeronaves de asa fixa usadas para combater os FF
devem poder amarar para encher os tanques, essa valência reduz a limitação das zonas para recolha de agua e expedita e muito a frequência das largadas no TO;
2ª) No que respeita aos
helis sejam eles ligeiros médios e pesados a conclusão ainda é mais óbvia as suas valências em
colocar/retirar pessoal de combate aliadas á capacidade de efectuar os combates de imediato colocando-os na linha da frente é uma
vantagem enorme, e a capacidade de pairar para recolher a agua acelera a frequência das largadas . Mesmo sendo muito inferiores aos meios de asa fixa em termos de payload, são não só extremamente úteis, no combate
como também no apoio directo ao pessoal que combate em terra, os FF nas suas fases iniciais;
3ª) e última,
nunca usar meios de asa fixa com payload inferior ás quarenta toneladas, que necessitem de aterrar para encher os tanques de agua . O tempo necessário para a operações de
aterragem, taxiar, estacionar, encher tanques, taxiar e descolar é tempo que a aeronave não está no ar, só se possuirmos aeronaves com payload superior
ás 40 tons as devemos/podemos utilizar, pois o tempo necessário á rotação da aeronave é compensado pelo volume de agua/calda retardante.
NOTA : Um CL215/415 carrega 6000 L em doze segundos quando efectua o toca e anda na amaragem !!!
Abraços