Correndo o risco de desagradar ao pessoal que não gosta de explicações, eu gostaria de lembrar que há diferenças entre operações COIN e CAS
A primeira designa operações de contra-insurgência, que em principio seriam aquelas levadas a cabo por forças destacadas, nomeadamente na RCA, onde há videos onde se conclui que há falta de apoio para as forças quando realizam operações à distância...
A segunda, a de apoio aéreo aproximado ou apoio de combate, não implica uma operação contra uma força insurgente, mas contra um inimigo mais organizado, numa linha de combate definida onde tradicionalmente as forças no terreno solicitam o apoio, quando não é viável por exemplo apoio de artilharia.
A razão pela qual eu não gosto do Tucano para o que quer que seja que não seja treino, chama-se T-6 «Texan»
Esta aeronave de treino, foi desenvolvida na década de 1930 e grande numero deles chegou a Portugal em várias versões, tendo as OGMA sido responsáveis por um programa de uniformização.
Dezenas foram enviados para os teatros de operações africanos, tendo-lhes sido adaptados lançadores de foguetes e até as metralhadoras de caças Spitfire.
Morreram mais de quarenta pilotos a bordo destas aeronaves, tanto em acidentes, como por artilharia antiaérea de 14.5mm ou mísseis basicos «Strela» fornecidos pela Russia gloriosa às forças da tribo guerreira Balanta, que conhecemos como PAIGC.
E isto era para operações COIN, de contrainsurgência, onde a probabilidade de o inimigo estar bem armado é muito menor.
Nos dias de hoje, o que a guerra na Ucrânia nos mostra é que os aviões destinados ao apoio aéreo próximo, os Sukhoi Su-25, tanto da Ucrânia quanto da Russia, têm sido abatidos como tordos, porque os mísseis anti-aéreos evoluiram muito mais depressa que a proteção dos aviões. E os Su-25 das gerações mais recentes, receberam PROTEÇÃO BLINDADA.
Pensar que o Super Tucano é capaz de fazer qualquer coisa parecida, é ridiculo. E temos mais de quarenta nomes que nos lembram do que resulta em enviar aviões de treino leves, para combate em África.
É uma chatice, sempre uma chatice olhar para o passado.