- Egipto; exercito controlado pelos americanos e que tinha uma visão ocidental das coisas
-Libia, país anti americano, em que o exercito ainda vive na sombra do antigo pacto com os comunas, logo os americas não podem intervir.
Pois...
Esta é a realidade desagradavel, de que muita gente não gosta de falar e assobia para o lado.
Criticam o Kadafi, mas esquecem que as bases do seu regime, são marxistas e que o seu exército e as suas milicias são milicias revolucionárias que não tiveram nenhuma influencia dos malditos capitalistas ocidentais.
O resultado está à vista.
E depois desta repressão sanguinária, se sobreviver, o ocidente vai continua a receber o Gadafi como um grande líder?
Pessoalmente não me parece que possamos dizer que o ocidente alguma vez haja recebido o Kadafi como um grande líder.
Há algo que não podemos esquecer de forma nenhuma e que torna a Líbia um caso especial.
O ocidente considera, do meu ponto de vista, que o sistema revolucionario (ainda que profundamente corrupto, como todos os regimes marxistas) é na Libia, o melhor antídoto contra o extremismo islâmico da Alqaeda do Magreb.
A Libia é um caso complicado, porque tem petróleo, coisa que não acontecia no Egipto nem na Tunisia nem acontece no Yemen. Ocorre no Bahreim, mas aí os problemas são completamente distintos, pois o Bahreim está a nadar em dólares, o problema prende-se com o facto de os xiitas serem a maioria mas a monarquia ser sunita.
O Kadafi, voltou a ser aceite, quando negociou com o ocidente por um lado a entrada de empresas ocidentais, que fecham os olhos à repressão do regime. Por outro a contenção do extremismo islâmico.
Não é por acaso que a Al Qaeda do Magreb se colocou contra o Kadafi.
Ninguém reparou no caso raro, de o ocidente e a Alqaeda estarem do mesmo lado neste caso ?
A verdade é que ninguém pode prever o que se está a passar no mundo árabe.
Pode ser uma revolução que acabará com um pan-arabismo hostil ao ocidente, ou então poderá ser uma espécie de revolução francesa do mundo árabe.
No entanto, isto não acontecerá sem muita violência.