Guiné-Bissau

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Lusitano89

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Re: Guiné-Bissau
« Responder #15 em: Setembro 07, 2011, 04:50:52 pm »
Guiné-Bissau discute acesso à fibra óptica


O governo da Guiné-Bissau e os operadores dos serviços das telecomunicações estão a discutir hoje, na capital guineense, quais as modalidades possíveis para que o país possa finalmente ter o acesso à fibra óptica. De acordo com Gibril Mane, presidente do conselho de administração da Autoridade Reguladora Nacional das Tecnologias de Informação (ARN), a Guiné-Bissau "já decidiu que vai aderir à fibra óptica, faltando agora avaliar os moldes" em que será feita essa adesão.

De concreto está a discutir-se o regulamento sobre o acesso e oferta de redes e serviços baseados nos cabos submarinos, ou seja, fibra óptica, assinalou Mané, explicando que o país "vai baixar consideravelmente os custos de telecomunicações e aumentar a qualidade dos serviços" com a adesão à fibra óptica.

Gibril Mané afirmou que da parte do Governo de Bissau "há uma vontade total" para avançar com meios, embora reconheça que o serviço "não é barato", pelo que, assinalou, os operadores das telecomunicações terão que comparticipar.

O responsável da ARN disse ter indicações em como serão precisos 42 milhões de dólares (29,8 milhões de euros) por ano para que o país possa estar conectado à fibra óptica.

Actualmente grande parte da comunicação internacional da Guiné-Bissau, serviços de Internet, telefones e transferência de dados, passa pelo Senegal, país que já está conectado à fibra óptica há vários anos, assinalou um responsável do Governo presente no seminário que decorre numa unidade hoteleira de Bissau.

A partir do Senegal parte da comunicação do país com o estrangeiro é distribuída para o resto do mundo via Portugal ou então através da França, especificou ainda o mesmo responsável.

"Se o Senegal quisesse podia ver todas as mensagens de Internet que fazemos aqui na Guiné-Bissau, isto porque, a nossa Internet vem de lá, por causa do servidor que se encontra em Dacar", observou o responsável da empresa Guinetel (telefones celulares) detida pelo Estado guineense.

"A opção é amarrarmo-nos a um cabo de fibra óptica para acabarmos com a dependência nas telecomunicações e reduzir os custos e melhorar a qualidade do serviço", notou Gibril Mané, presidente do conselho de administração da ARN.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Guiné-Bissau
« Responder #16 em: Outubro 15, 2011, 01:44:53 pm »
UE lança projecto 5,7 Milhões de €€ para energia renovável


A delegação da União Europeia na Guiné-Bissau lançou um projecto orçado em 5,7 milhões de euros para fornecer energia renovável às populações das regiões de Bissorã (norte) e Gabu (leste) no âmbito da luta contra a pobreza naquelas zonas.
O secretário de Estado da Energia guineense, Wasna Papai Danfá, disse que as duas regiões, das mais populosas do país além de Bissau, são também das zonas em que o Estado tem "imensas dificuldades" no fornecimento de energia às populações.

O governante explicou igualmente que o acesso à energia "é um problema real" na Guiné-Bissau sobretudo no interior, onde vive cerca de 70% da população. Apenas 2% das zonas rurais da Guiné- Bissau têm energia eléctrica, acrescentou Papai Danfá.

Para alterar esta situação, o secretário de Estado avançou que o governo pretende apostar num programa de electrificação rural descentralizado baseado na produção de energias renováveis que, na sua opinião, são abundantes na Guiné- Bissau.

"O país possui um potencial gigantesco no que toca às energias renováveis mas que explora pouco", notou Papai Danfá, sublinhando que tal se deve ao elevado custo dos equipamentos.

O delegado da União Europeia na Guiné- Bissau, Joaquim Gonzalez-Ducay explicou que a intervenção europeia no projecto de fornecimento de energia renovável às populações rurais vai contribuir para a erradicação da pobreza e promover o desenvolvimento sustentável daquelas populações.

O embaixador dos "27" em Bissau sublinhou igualmente o facto de o projecto ter em conta a produção de "energia limpa" que defenda o ambiente e combata as mudanças climáticas.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Guiné-Bissau
« Responder #17 em: Novembro 24, 2011, 07:24:12 pm »
França perdoa dívida de 8,56 Milhões de €€€ à Guiné-Bissau


A França perdoou o total da dívida da Guiné-Bissau, no valor de 8,56 milhões de euros (5,6 mil milhões de francos CFA).

O acordo de perdão de dívidas entre a França e a Guiné-Bissau é assinado amanhã em Bissau, segundo o Ministério das Finanças guineense. O acordo resulta das decisões do Clube de Paris, em Maio passado, no âmbito do qual a Guiné-Bissau obteve o perdão de dívidas num valor de 283 milhões de dólares (211 milhões de euros).

Quando foi anunciado o perdão da dívida, o primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, salientou o "grande alívio" para as contas do país, que fica assim com mais dinheiro para sectores como a Educação, a Saúde ou o Emprego para jovens. "A comunidade internacional reconhece os esforços que este governo tem vindo a fazer", vamos continuar a trabalhar "para merecer mais apoios dos nossos parceiros", disse na altura Carlos Gomes Júnior.

Ainda que não fazendo parte do Clube de Paris, Portugal alinhou com as decisões da instituição e em Maio passado anunciou que também iria perdoar a dívida guineense, no valor de 77 milhões de euros. O Brasil e Angola também manifestaram na mesma altura disponibilidade para perdoar a dívida da Guiné-Bissau.

O Clube de Paris é uma instituição informal que junta 19 dos países mais desenvolvidos do mundo e que se destina a ajudar financeiramente países mais pobres. Chama-se assim porque a primeira reunião realizou-se em Paris, em 1956.

Lusa
 

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Viajante

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Re: Guiné-Bissau
« Responder #18 em: Março 29, 2022, 12:52:27 am »
“Estranho e ilegal”. Governo guineense nacionaliza Armazéns do Povo, maioritariamente de capitais portugueses

O Governo da Guiné-Bissau decidiu nacionalizar a empresa Armazéns do Povo, detida maioritariamente por capitais portugueses, uma situação que o presidente do conselho de administração, Alfredo Miranda, disse hoje à Lusa ser “estranha e ilegal”.



Os Armazéns do Povo, conglomerado de edifícios públicos, foram vendidos pelo Estado guineense em 1992 e o grupo português Interfina comprou 55% das ações da empresa, a que se juntam mais participações de outros grupos lusos, perfazendo cerca de 96% de capitais portugueses, declarou à Lusa Alfredo Miranda.

O Estado guineense detém um total de cerca de 3% do capital da empresa, observou Miranda que não compreende a decisão do Governo do país em nacionalizar o grupo.

“Nós fomos surpreendidos pela aprovação de um decreto-lei, na última reunião do Conselho de Ministros, que teve lugar na quinta-feira passada, em que, efetivamente, pelo teor do decreto, o Estado decidiu nacionalizar a empresa Armazéns do Povo SARL”, afirmou Alfredo Miranda.

O presidente do conselho de administração precisou ainda que a empresa Armazéns do Povo investiu, nos últimos anos, mais de sete milhões de euros na modernização dos imóveis e ainda emprega, de forma direta, mais de 200 trabalhadores guineenses.

“A empresa Armazéns do Povo SARL é uma empresa de capitais portugueses, mais de 95% do capital é português”, observou Alfredo Miranda, para quem, talvez, seja pelo facto de a empresa se ter modernizado é que poderá suscitar “algum interesse de certas forças”.

O presidente da administração da Armazéns do Povo “não compreende” como é que se decide pela nacionalização de uma empresa privada “de capital maioritário estrangeiro”, e que representa cerca de 15% das exportações de Portugal para a Guiné-Bissau.

O grupo Armazéns do Povo, que se dedica ao comércio de produtos diversos de Portugal para a Guiné-Bissau, está, segundo Alfredo Miranda “em cumprimento de todas as normas” do país e até hoje não foi informado pelas autoridades da decisão da suposta nacionalização.

“O que a empresa pensa fazer é que se faça a justiça, que se cumpra a lei. Todos os documentos da empresa estão em dia, apresentamos o balanço regularmente”, afirmou Alfredo Miranda, realçando que a empresa faz reuniões regulares onde o Estado guineense pode participar como sócio que é.

Miranda notou ainda que o Estado guineense tem um representante permanente no conselho de administração da empresa Armazéns do Povo e que pode facultar todos os documentos, se for o caso, disse.

O presidente da administração também considerou estranho o facto de o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos “não cumprir com a lei” ao não pagar uma indemnização fixada pelo tribunal guineense e ainda mandar invadir as instalações da empresa.

Alfredo Miranda referia-se a um caso em que o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos foi condenado, “com a sentença transitada em julgada”, por ocupação ilegal das instalações da empresa.

“Estranhamente, a ministra da Justiça e dos Direitos Humanos rebentou os nossos cadeados e ocupou as nossas instalações. Pôs lá uma segurança privada. Isso foi na quinta-feira da semana anterior e nesta quinta-feira nós fomos surpreendidos com a decisão do Conselho de Ministros em nacionalizar a empresa”, sublinhou Alfredo Miranda.

Está no horizonte do grupo Armazéns do Povo, que abastece o mercado guineense, entre outros, com produtos de construção civil, eletrodomésticos, produtos alimentares, expandir-se para os países da sub-região africana onde a Guiné-Bissau está inserida, adiantou Miranda.

“E de repente surpreendem-nos com esta decisão que não sabemos como é que podemos posicionar sobre isto”, disse Alfredo Miranda notando, contudo, que a empresa poderá recorrer aos tribunais “se tiver de ser”.

O presidente da administração dos Armazéns do Povo considerou ser “muito mau” para a imagem do país o que se está a passar com a empresa.

https://24.sapo.pt/economia/artigos/estranho-e-ilegal-governo-guineense-nacionaliza-armazens-do-povo-maioritariamente-de-capitais-portugueses

Um país cumpridor!!!!!
Ou é dado ou espoliado!!!!!!
 
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Lusitano89

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Re: Guiné-Bissau
« Responder #19 em: Fevereiro 14, 2024, 12:27:13 pm »
21 autocarros a diesel da STCP vão ser doados à Guiné Bissau


 

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P44

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-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Viajante

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Re: Guiné-Bissau
« Responder #21 em: Novembro 06, 2024, 07:04:20 pm »
Os nossos BFFs que nós sustentamos

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/guine-bissau-concede-a-china-prospecao-e-exploracao-de-minerio-na-zona-de-boe

Porque não temos nenhum político com visão e que olhe para os recursos dos PALOP, até com um negócio muito fácil, olhem, nós perdoamos a dívida e em compensação dão-nos a exploração destes minerais raros!!!! Aposto que nenhum político fez esta proposta!!!!!

Temos a China a engolir Moçambique e a Guiné Bissau e os States a abraçarem Angola e nós os parolos só damos perdões de dívidas que os governos dos PALOPs têem com empresas portuguesas!!!! Que palermas!!!!

Mas também não me admira que nenhum político nacional se interesse pelos minerais raros ou hidrocarbonetos dos PALOP, ainda teríamos a extrema esquerda a acusar o Governo de neo-colonialismo (já se for a China são apenas negócios  ::)
Ou uma associação ambientalista financiada sei lá por quem, proibir de explorar o que quer que seja, como acontece no nosso próprio território!!!!!!

Para mim o cúmulo é o Relatório Draghi referir que a Europa tem poucos minerais raros estratégicos para a economia e refere especificamente Portugal como um país com reservas muito importantes na Europa, sobretudo o lítio, mas nós por cá ainda temos as associações das aves raras das penas caídas a impedir de todas as formas possíveis a sua extracção!!!!!

Nós só temos estratego-patetas a governar-nos!!!!!!
« Última modificação: Novembro 06, 2024, 07:04:48 pm por Viajante »
 
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