1910, UK and Germany had plans to Portugal's rich colonies

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Portucale

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« Responder #15 em: Dezembro 12, 2008, 12:58:18 am »
Pereira Marques escreveu;

Mas ainda não se deram conta que nas monárquias constitucionais europeias - que consideram exemplo a seguir por Portugal - o Chefe de Estado-Rei tem menos competências político-constitucionais e real intervenção sobre a vida político-partidária do que o Presidente da República Portuguesa.

Posto isto quais as reais possibilidades de um Rei poder ter uma "palavra" na formação e acção dum governo, no sistema de partidos e na acção legislativa? Nenhuma.

Acham que com um Rei não teriamos um "Bloco Central de Interesses", os mesmos PS ou PSD ou os seus sucedâneos? E agravado pelo facto de o Rei não poder mesmo "dizer", nem "fazer" nada?

Os desafios (políticos) de Portugal centram-se numa maior intervenção civíca dos cidadãos, na reformulação do sistema de partidos e, genericamente, por um nível cultural da população e das elites mais avançado e exigente, mais próximo, precisamente, da realidade das sociedades desenvolvidas da Europa Ocidental e do Norte.

Querem nos fazer convencer que, por exemplo, a Finlândia é radicamente diferente (para pior) da Suécia, por um ser uma Monárquia e outro uma República?

Deixem-se de "lirismos"



 :Palmas:  :Palmas:
 :G-Ok:
Eis aqui
quase cume da cabeça da Europa toda
O Reino Lusitano
onde a Terra se acaba
e o Mar começa.

Versos de Camões
 

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SmokeOn

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« Responder #16 em: Dezembro 12, 2008, 01:06:35 am »
Meu caro Pereira Marques quanto ao teu banner de Camões ele também dizia "Fraco Rei ... fraca gente", podemos extrapolar para agora "Fraco Presidente ... fraca gente" ( infelizmente até rima )
 

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« Responder #17 em: Dezembro 12, 2008, 08:26:49 am »
Citação de: "PereiraMarques"
Mas ainda não se deram conta que nas monárquias constitucionais europeias - que consideram exemplo a seguir por Portugal - o Chefe de Estado-Rei tem menos competências político-constitucionais e real intervenção sobre a vida político-partidária do que o Presidente da República Portuguesa.

Posto isto quais as reais possibilidades de um Rei poder ter uma "palavra" na formação e acção dum governo, no sistema de partidos e na acção legislativa? Nenhuma.

Acham que com um Rei não teriamos um "Bloco Central de Interesses", os mesmos PS ou PSD ou os seus sucedâneos? E agravado pelo facto de o Rei não poder mesmo "dizer", nem "fazer" nada?

Os desafios (políticos) de Portugal centram-se numa maior intervenção civíca dos cidadãos, na reformulação do sistema de partidos e, genericamente, por um nível cultural da população e das elites mais avançado e exigente, mais próximo, precisamente, da realidade das sociedades desenvolvidas da Europa Ocidental e do Norte.

Querem nos fazer convencer que, por exemplo, a Finlândia é radicamente diferente (para pior) da Suécia, por um ser uma Monárquia e outro uma República?


Deixem-se de "lirismos" :headb:  :Cavaleria1:  :jaja2:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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TOMSK

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« Responder #18 em: Dezembro 12, 2008, 12:56:52 pm »
Eu não sou daqueles que busco exemplos ao lado ou no norte da Europa para se implementar aqui em Portugal.
Portugal já foi uma monarquia, durante muitos séculos, e não tem que aprender com ninguém.
Diria mesmo, os outros é que aprendam connosco. Que aprendam com o nosso passado, não o presente...

Se chegar o momento certo, do regresso da monarquia, então estou certo que Dom Duarte irá procurar o melhor modelo para ser implementado em Portugal, face ao caso português, e de forma a evitar os problemas de que a República sofre.

Porque não é a mim que me convencem que um homem que está aos destinos de um país por um espaço de tempo determinado, a "contrato", ligado a um partido, que fará uma melhor governação e com mais vontade do que alguém que sente Portugal como uma herança grandiosa de que lhe foi herdada, que tem o legitimo dever de zelar pelo bem desta Nação, sem olhar aos amigos do poder, ou aos amigos do partido.

Porque se Cavaco Silva pouco participa ou pode participar sobre a vida-política partidária devido às competências que lhe foram transmitidas, há outra palavra que eu digo:
-Vontade!
Sim, porque com vontade faz-se tudo! E a vontade de Cavaco Silva não tem sido nenhuma. Ou pelo menos não é isso que passa cá para fora...
Então não faz sentido o cargo de Presidente da República !
É mais um "tacho"!
 

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papatango

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« Responder #19 em: Dezembro 12, 2008, 02:41:08 pm »
Citação de: "SmokeOn"
Meu caro Pereira Marques quanto ao teu banner de Camões ele também dizia "Fraco Rei ... fraca gente", podemos extrapolar para agora "Fraco Presidente ... fraca gente" ( infelizmente até rima )


Meu caro SmokeOn.

A vantagem da República, é que quando o presidente é fraco, podemos muda-lo. Quando o rei é fraco, fazemos o quê?

Suspendemos o país até aparecer outro ?
Ou entregamos o poder a um rei estrangeiro, como a nobreza fez em 1580, quando o maluco do Rei entrou em guerras que nos arruinaram ?
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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TOMSK

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« Responder #20 em: Dezembro 12, 2008, 02:47:16 pm »
Citar
A vantagem da República, é que quando o presidente é fraco, podemos muda-lo. Quando o rei é fraco, fazemos o quê?


Se um rei for "fraco" poderá vir a ser substituído, por referendo ou plebiscito.
Já aconteceu, basta relembrar o caso de D. Afonso VI.
 

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papatango

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« Responder #21 em: Dezembro 12, 2008, 03:04:50 pm »
Esse caso era gritante. O rei era uma criança monstruosa, alegadamente um aborto.
O problema são os outros reis que nunca deveriam ter chegado ao trono e que não puderam ser substituidos.
As grandes crises que tivemos ao longo da nossa história estão ligadas à sucessão no trono e à instabilidade política que essa sucessão criou.

Durante a crise de 1383-1385 e em 1580 a solução foi sempre a mesma, um governo estrangeiro, porque a monarquia não conseguiu encontrar uma solução.

De qualquer forma a questão é académica, porque hoje, numa monarquia constitucional o Rei é pouco mais que uma bandeira. É um simbolo, mas não pode nem deve produzir o mais pequeno pio.

Quando piar, está a pedir para ser substituído pela facção que encarar o pio como intervenção ilegítima na política.

Tentando explicar : Eu respeito a bandeira como simbolo nacional. Mas no dia em que o pano da bandeira ou o pau da bandeira se lembrarem de ter vontade própria e mandar no país sem ter o respaldo do voto, eu serei contra o pau da bandeira ou contra a bandeira, não por ela ser simbolo, mas por ter ganho vontade própria sem ter legitimidade para isso.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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TOMSK

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« Responder #22 em: Dezembro 12, 2008, 03:32:16 pm »
Durante a crise de 1383-1385, uma solução foi encontrada!
O Mestre de Avis, apesar de ser filho ilegítimo, foi considerado o mais capaz para ser Rei de Portugal, aclamado pelo povo.

1580 foi uma dura lição para Portugal. Talvez por isso, seja mais correcta a Monarquia Constitucional. O poder de uma nação estar num só homem torna-se perigoso quando ele alimenta desejos impraticáveis.

Mas sejamos sinceros. Foram outros tempos...
Tempos de incerteza, de guerra, de conquistas territoriais, as fronteiras mudavam a cada dia, em que ao lado de Portugal estava uma Espanha pronta a entrar de espada em punho no nosso país, em que não havia União Europeia, Comunidade Internacional, o valor da vida era muito diferente do que é hoje...

Ninguém espera que Dom Duarte pegue no exército e vá conquistar Marrocos, pois não?

Se o medo perante a Monarquia, é a perda da independência nacional devido a "fraqueza" do Rei ou a falta de um herdeiro, eu digo que mais depressa esta República se vende ao Reino vizinho.
E aí, espero como Camões, morrer com a pátria...
 

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nelson38899

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« Responder #23 em: Dezembro 12, 2008, 03:39:50 pm »
Citação de: "TOMSK"

Ninguém espera que Dom Duarte pegue no exército e vá conquistar Marrocos, pois não?



 :Soldado:
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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papatango

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« Responder #24 em: Dezembro 12, 2008, 06:21:18 pm »
Não há nenhuma questão relacionada a Medo da monarquia.

O problema, é entender que num regime constitucional, não adianta ter presidente ou ter Rei, porque o problema da sociedade são os partidos, as Máfias os grupos de pressão, os Lobbies dos vários sindicatos.

Um Rei constitucional, não pode meter-se nesse tipo de assuntos e não pode tomar qualquer decisão ou sugerir o que quer que seja.

É por ter achado que o Rei deveria fazer alguma coisa que o D. Carlos foi à vida e a Monarquia acabou.
Nós em Portugal atacamos os politicos muitas vezes injustamente.
Ao entrar na política, o D. Carlos tomou partido e isso é algo que um Rei não pode fazer.

ORa o que eu vejo são monárquicos que me parecem saudosistas do periodo da Monarquia Absoluta, achando que um Rei vai salvar o país de alguma coisa, quando foram as crises monárquicas que nos meteram nos maiores buracos da nossa História.

Não está em causa se a República foi imposta legitimamente. Já afirmei anteriormente que a República não foi referendada e que o preceito que impede o país de ser uma monarquia é um insulto à liberdade dos cidadãos.

Mas uma coisa é discutir os símbolos, outra é achar que esses símbolos devem intervir na política.

Fico com a impressão de que se pretende explicar que o país ganharia com uma monarquia com um rei interventor, quando foi exactamente isso que destruiu a monarquia.

Peço desculpa, mas acho isso algo de completamente estrambólico.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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SmokeOn

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« Responder #25 em: Dezembro 13, 2008, 02:49:20 am »
Citação de: "papatango"
Citação de: "SmokeOn"
Meu caro Pereira Marques quanto ao teu banner de Camões ele também dizia "Fraco Rei ... fraca gente", podemos extrapolar para agora "Fraco Presidente ... fraca gente" ( infelizmente até rima )

Meu caro SmokeOn.

A vantagem da República, é que quando o presidente é fraco, podemos muda-lo. Quando o rei é fraco, fazemos o quê?

Suspendemos o país até aparecer outro ?
Ou entregamos o poder a um rei estrangeiro, como a nobreza fez em 1580, quando o maluco do Rei entrou em guerras que nos arruinaram ?


Meu caro dizes-te republicano ? és laico ? porque usas um avatar de uma Ordem Militar Religiosa ? Onde está a tua coerência ?

Quando um Rei é fraco existem as CORTES para o destituir, lê um bocadinho de ESTÓRIA meu caro compa-triota. Nenhum Rei desde 1820 até 1910 foi auto-plocamado, precisava de ser "aclamado" pelo parlamento ... se a maioria dos deputados fosse contra o Rei não era "eleito" ok ? percebeu o desenho ? Ou voltamos à 4ª classe ?  :P

Fonte Wikipédia para cegos : http://pt.wikinews.org/wiki/Cavaco_Silv ... sidenciais
« Última modificação: Dezembro 13, 2008, 02:54:56 am por SmokeOn »
 

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SmokeOn

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« Responder #26 em: Dezembro 13, 2008, 02:51:07 am »
Citação de: "nelson38899"
Citação de: "TOMSK"

Ninguém espera que Dom Duarte pegue no exército e vá conquistar Marrocos, pois não?


 :Soldado:


Não pá vamos é ser conquistados pelos Mouros em vez disso e com ajuda do pretróleo dos irmãos árabes
 

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SmokeOn

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« Responder #27 em: Dezembro 13, 2008, 02:53:25 am »
Citação de: "P44"
Citação de: "PereiraMarques"
Mas ainda não se deram conta que nas monárquias constitucionais europeias - que consideram exemplo a seguir por Portugal - o Chefe de Estado-Rei tem menos competências político-constitucionais e real intervenção sobre a vida político-partidária do que o Presidente da República Portuguesa.

Posto isto quais as reais possibilidades de um Rei poder ter uma "palavra" na formação e acção dum governo, no sistema de partidos e na acção legislativa? Nenhuma.

Acham que com um Rei não teriamos um "Bloco Central de Interesses", os mesmos PS ou PSD ou os seus sucedâneos? E agravado pelo facto de o Rei não poder mesmo "dizer", nem "fazer" nada?

Os desafios (políticos) de Portugal centram-se numa maior intervenção civíca dos cidadãos, na reformulação do sistema de partidos e, genericamente, por um nível cultural da população e das elites mais avançado e exigente, mais próximo, precisamente, da realidade das sociedades desenvolvidas da Europa Ocidental e do Norte.

Querem nos fazer convencer que, por exemplo, a Finlândia é radicamente diferente (para pior) da Suécia, por um ser uma Monárquia e outro uma República?


Deixem-se de "lirismos" :headb:  :Cavaleria1:  :jaja2:


Arreia nesses fidalgos ? Opá tu deves complexos de quê ? De que todos os apoiantes do Pinto da Costa e do FCP são fidalgos ?

Opá eu não beijo uma bandeira com o verde de Portugal e o vermelho de Espanha, tem dó ! Se és Patriota assume-te como tal e não vendas a alma ao diabo !
 

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Duarte

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« Responder #28 em: Dezembro 13, 2008, 03:35:13 am »
Citação de: "SmokeOn"
não vendas a alma ao diabo !


Tarde demais, é súbito de sua alteza esquerdina, D. Francisco I '"A louca"




 :lol:
слава Україна!

“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower"

The Only Good Fascist Is a Dead Fascist
 

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« Responder #29 em: Dezembro 13, 2008, 10:24:33 am »
eu respondia-vos mas agora estou a comer caviar e a beber champanhe :twisted: , para mim são mafiosos, mesmo!
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas