Calçada portuguesa: a dura arte dos tapetes de pedra
A calçada portuguesa pode engrossar a lista portuguesa de Património Imaterial da Humanidade, onde já figuram, por exemplo, o fado, a dieta mediterrânica ou o Carnaval de Podence. Em dezembro deste ano, deverão juntar-se-lhes os barcos moliceiros de Aveiro. Proteger artes e tradições é a intenção. Com vantagens óbvias para as pessoas que as sustentam, para o turismo e para o desenvolvimento regional, entre outras.
A candidatura foi entregue à Comissão Nacional da Unesco em março e agora será preciso aguardar pelo menos dois ou três anos até à esperada aprovação em sessão mundial do organismo das Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. A "Arte e Saber-fazer da Calçada Portuguesa" está a caminho de se tornar Património Imaterial da Humanidade. Uma classificação que traz consigo exposição mediática e reconhecimento, mas também a responsabilidade de não deixar cair no esquecimento tradições e artes que podem estar em perigo de desaparecer.
"A calçada portuguesa é parte da nossa identidade, ninguém ignora essa ligação. Traz consigo uma associação imediata ao nosso país e à nossa cultura", resume António Prôa, secretário-geral da Associação da Calçada Portuguesa, um engenheiro do ambiente que já foi vereador da Câmara Municipal de Lisboa e que coordenou o processo de candidatura.
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