Acho que para manter uma capacidade de combate adequada em número, após a redução dos F-16 para 25, passaria pela aquisição de UAVs com capacidade de ataque. Assim pelo menos não se coloca o problema dos pilotos, e apesar de UAVs não substituírem na totalidade caças, pelo menos para algumas missões conseguem tomar o seu lugar.
Se for pra missões de ataque ao solo em ambientes não contestados o UAV serve perfeitamente.
Basta olhar prós americas e o programa do Predator/Reaper que já fez milhares de ataques.
Os UAV's continua a precisar de pilotos.
Para além disso implicaria criar toda uma estrutura nova com cadeia logística, formação, treinos, ... , e isso seria para que? A nossa força aerea em território nacional serve principalmente para fazer patrulhamento aéreo, nas missões externas normalmente fazem só patrulhamento aéreo, para ter uma força de UAV's custa dinheiro e convém ter utilização para ela, se nem guito para manutenção temos para manter a actual força de F-16, em que vamos ter que vender uns para ter guito para "modernizar" outros como é que estão a pensar em gastar mais guito.
Mesmo que houvesse guito íamos ter isso tudo para que? participar em treinos, se nós nem para RCA somos capazes de enviar 1 ou 2 helis CSAR por a sua manutenção e hora de voo é muito cara.
Mas as exigências de um piloto de UAV são muito diferentes das de um piloto de caças. Acho que isto é uma questão óbvia, já que um piloto de UAV não tem que aguentar forças G, não tem que ter visão "perfeita", não tem de ter a preparação física de um piloto de um avião de caça. Isso é o mesmo que dizer que conduzir um fórmula 1 na vida real e num jogo de pc é a mesma coisa, e não é.
Para que servem? Bem, no dia-a-dia, garantem um complemento na capacidade de vigilância costeira e marítima, a uma fracção do custo de um P-3. Garantem também a criação de uma nova doutrina, que mais tarde ou mais cedo terá de ser criada se quisermos continuar a seguir os padrões NATO. Além de que, dependendo do/dos modelos adquiridos, serve também de meio dissuasor, tal como os submarinos. O seu argumento está perigosamente perto do usado pelos que questionam a utilidade dos submarinos...
Agora, UAVs, acima de tudo representam um aumento do número de aeronaves operacionais para certos tipos de missões, já que a falta de pilotos atinge quase todos os sectores da FAP. "Precisam de pilotos", pois precisam, mas com valências e exigências completamente diferentes das de um piloto de caça por exemplo, logo seria muito mais fácil arranjar pilotos. Não esquecer que parte do problema para se arranjar pilotos, são os requisitos. Não só há requisitos físicos e psicológicos, como cognitivos. Um/a jovem que sonhe ser piloto, pode tirar as notas que quiser a matemática, que se não tiver a visão perfeita, nunca será piloto. O inverso também pode acontecer, ter todas as condições físicas para ser piloto, e faltar uma unidade na nota de matemática ou o que seja.
Quanto aos EH-101, o problema não é só o custo de manutenção, são os moldes em que esta está contratada. Se a questão da manutenção estivesse resolvida, sem contratos de treta, talvez os enviassem até lá, mas ainda assim, o EH-101 precisaria de escolta armada, algo que não possuímos.