Aumenta a tensão entre a Venezuela e a Colômbia

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Tiger22

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Aumenta a tensão entre a Venezuela e a Colômbia
« em: Janeiro 14, 2005, 03:00:05 pm »
Agencia EFE:

Caracas, 14 de Enero de 2005

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Caracas.- Las relaciones entre Venezuela y Colombia han vuelto a entrar en un período turbulento a consecuencia del supuesto secuestro en Caracas del dirigente guerrillero colombiano Rodrigo Granda, ahora encarcelado en Colombia.

Aunque el gobierno colombiano insiste en que Granda fue detenido dentro de Colombia y niega haber vulnerado la soberanía de Venezuela, el gobierno venezolano ha llamado a consultas a su embajador en Bogotá.

El vicepresidente, José Vicente Rangel, confirmó el jueves que el embajador de su país en Colombia, Carlos Santiago, fue llamado a consultas para que informase al Ejecutivo "sobre lo que él percibe y de las informaciones que él maneja" sobre el caso.

Una eventual "nota de protesta o cualquier otra manifestación" oficial respecto al caso Granda "es materia exclusiva" del presidente, Hugo Chávez, y del ministro de Relaciones Exteriores, Alí Rodríguez, agregó el vicepresidente.

Históricamente las relaciones colombo-venezolanas atraviesan períodos de tensión debido a las acciones de la guerrilla y paramilitares colombianos en la frontera común, de 2.219 kilómetros.

La oposición venezolana y sectores derechistas colombianos sostienen que el izquierdista gobernante venezolano es "amigo" de las guerrillas, acusación que Chávez ha negado reiteradamente y atribuye a una "campaña" contra la integración de los dos países.

Las versiones contradictorias sobre la detención del llamado "canciller" de las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC) es la última causa de tensión en las relaciones colombo-venezolanas.

Caracas afirma que Granda fue secuestrado el pasado 13 de diciembre en la capital venezolana, pero Bogotá sostiene que fue capturado dos días después en la ciudad colombiana de Cúcuta, fronteriza con Venezuela.

El ministro del Interior y Justicia de Venezuela, Jesse Chacón, identificó el pasado jueves a policías colombianos y militares venezolanos que "coordinaron" el supuesto secuestro del guerrillero.

Según Chacón, cinco militares venezolanos, tras secuestrar en Caracas a Granda, lo "entregaron en Cúcuta al capitán del grupo colombiano ’Gaula’, Francisco Antonio Rojas Bejarano, en la madrugada del 14 de diciembre".

Señaló que todavía falta por identificar a otro policía colombiano que se encontraba en Caracas con la misión de identificar a Granda y ordenar el secuestro por parte de los efectivos militares venezolanos.

El vicepresidente dijo, por su parte, que Colombia debió actuar conforme al Derecho Internacional solicitando la extradición de Granda en lugar de optar "por la vía del delito".

Chacón insistió en que Caracas no tenía razones para detener a Granda porque por primera vez apareció "solicitado" por la Interpol el 9 de enero pasado, casi un mes después de su supuesto secuestro.

El ministro colombiano de Defensa, Jorge Alberto Uribe, reconoció el miércoles que su Gobierno pagó una recompensa no especificada por información que condujo a la captura del llamado "canciller" de las FARC, pero aclaró que nunca se vulneró la soberanía venezolana.

La recompensa que recibieron los militares venezolanos fue de 1,5 millones de dólares, según denunció el diputado oficialista venezolano, Luis Tascón.

El presidente de la Asamblea Nacional (AN) venezolana, Nicolás Maduro, dijo el jueves estar convencido de que "un sector del Gobierno (colombiano), y queda aún por determinar si al más alto nivel (...) está involucrado en las órdenes que se impartieron para el secuestro" en Caracas de Granda.

Según el legislador, "hay sectores" en los Gobiernos de Colombia y EEUU que buscarían "calentar" la frontera colombo-venezolana con el objetivo de desestabilizar la administración Chávez.

Para Maduro "el caso Granda es un golpe bajo a las buenas intenciones de Chávez de hacer avanzar las relaciones de respeto y colaboración con el Gobierno de Alvaro Uribe".

Chávez advirtió el pasado domingo que "si la policía colombiana violó nuevamente la soberanía nacional eso va a tener un impacto en las relaciones, lamentablemente".

También volvió a desmentir las acusaciones de sectores colombianos y venezolanos de que la presencia de Granda en Caracas demuestra que su Gobierno es un santuario para la guerrilla de Colombia.
"you're either with us, or you're with the terrorists."
 
-George W. Bush-
 

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J.Ricardo

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« Responder #1 em: Janeiro 19, 2005, 12:37:10 pm »
18/01/2005 - 07h32
Brasil se oferece para mediar crise entre Colômbia e Venezuela
da BBC Brasil

O governo brasileiro se ofereceu a mediar a crise diplomática entre a Colômbia e a Venezuela.

"O governo tem atuado de forma aberta em alguns casos preservados, no sentido de inibir situações de tensão, mas sempre quando solicitado", disse o assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia.

A Venezuela cortou relações comerciais com a Colômbia e os dois países vêm trocando acusações, desde que o líder das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) Rodrigo Granda foi capturado em território venezuelano.

O presidente Hugo Chávez diz considerar o incidente uma violação da soberania nacional do país e exigiu um pedido de desculpas do governo colombiano.

As autoridades colombianas, no entanto, se recusaram a se retratar. Bogotá alega que caçadores de recompensa já lhe entregaram o guerrilheiro em território colombiano, sem que houvesse nenhum envolvimento das suas forças de segurança na Venezuela.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem um encontro marcado com o presidente colombiano, Álvaro Uribe, mas Garcia negou que a ocasião seja usada para discutir o que o governo já chama de "Caso Granda".

"Será uma oportunidade para discutir assuntos de cooperação econômica", afirmou Garcia.
 

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« Responder #2 em: Março 30, 2005, 04:03:23 am »
Zapatero quer vender navios e aviões à Venezuela

Fonte: O Estado de São Paulo

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Ciudad Guayana - Com interesse em reforçar as relações políticas e os negócios espanhóis na América do Sul, o presidente de governo da Espanha, José Luís Rodríguez Zapatero, tentou desfazer hoje a imagem de estranho na reunião entre os vizinhos Brasil, Colômbia e Venezuela em Ciudad Guayana, a 800 quilômetros de Caracas.

Zapatero desembarcou um dia antes do início de sua visita oficial à Colômbia e à Venezuela especialmente para participar desse encontro. Trouxe consigo o apoio espanhol ao projeto de integração sul-americana e ao aprofundamento da comunidade iberoamericana.

Mas também dois claros recados a seus colegas: sua disposição de atuar como mediador em futuros atritos na região, como ocorreu no recente conflito diplomático entre os dois países andinos, e de colaborar na erradicação do terrorismo e para a segurança da região.

Nos encontros bilaterais de amanhã, em Caracas, e de quinta-feira, em Bogotá, Zapatero terá objetivos mais práticos. Imune às duras críticas dos Estados Unidos ao processo de rearmamento da Venezuela, o governo espanhol pretende fechar com Chávez um acordo para a venda de navios de patrulha costeira e de aviões de transporte de cargas para as Forças Armadas do país.

Da mesma forma, quer colocar em discussão uma proposta da Espanha de construir um gasoduto entre a Venezuela e a Colômbia e de fomentar a parceria entre a Petróleos de Venezuela (PDVSA) e a petroleira espanhola Repsol. Na Colômbia, onde a Espanha contribui para o plano de combate ao terrorismo liderado pelos Estados Unidos, Zapatero deverá assinar acordos de cooperação. Em sua exposição, na reunião de Ciudad Guayana, Zapatero insistiu no tema da segurança. País atormentado pelas ações do ETA, o grupo terrorista basco, e pelo atentado de 11 de março do ano passado em Madri, a Espanha insiste no cumprimento de uma agenda focada na eliminação dessas atividades.

Essa agenda, em sua opinião, deve contemplar as metas de redução da pobreza e a cooperação entre os países na área de segurança regional. Zapatero ressaltou que a América do Sul tem "mais voz do que imagina" nessas áreas e defendeu que a reunião entre os quatro presidentes tenha prosseguimento.

O documento assinado pelos quatro presidentes assinala o combate ao terrorismo como uma das prioridades na agenda quadrilateral. Segundo Javier Valenzuela, diretor-geral de Informação do gabinete de Zapatero, a Espanha poderá oferecer sua experiência no combate ao terrorismo para os países da região.

Contrariamente ao Brasil, o governo espanhol não tem dúvidas em considerar de que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farcs) como um grupo terrorista. O governo brasileiro ainda resiste a esse conceito, com a esperança de vir a intermediar o diálogo entre os terroristas colombianos e a equipe de Uribe.
As pessoas te pesam? Não as carregue nos ombros. Leva-as no coração. (Dom Hélder Câmara)
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« Responder #3 em: Março 30, 2005, 04:24:35 am »
Citação de: "J.Ricardo"
18/01/2005 - 07h32
Brasil se oferece para mediar crise entre Colômbia e Venezuela
da BBC Brasil

O governo brasileiro se ofereceu a mediar a crise diplomática entre a Colômbia e a Venezuela.

"O governo tem atuado de forma aberta em alguns casos preservados, no sentido de inibir situações de tensão, mas sempre quando solicitado", disse o assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia.

A Venezuela cortou relações comerciais com a Colômbia e os dois países vêm trocando acusações, desde que o líder das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) Rodrigo Granda foi capturado em território venezuelano.

O presidente Hugo Chávez diz considerar o incidente uma violação da soberania nacional do país e exigiu um pedido de desculpas do governo colombiano.

As autoridades colombianas, no entanto, se recusaram a se retratar. Bogotá alega que caçadores de recompensa já lhe entregaram o guerrilheiro em território colombiano, sem que houvesse nenhum envolvimento das suas forças de segurança na Venezuela.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem um encontro marcado com o presidente colombiano, Álvaro Uribe, mas Garcia negou que a ocasião seja usada para discutir o que o governo já chama de "Caso Granda".

"Será uma oportunidade para discutir assuntos de cooperação econômica", afirmou Garcia.


Uma pergunta aos irmãos brasileiros:
Em caso de conflito entre estes dois países (hipótese provavelmente absurda) para que lado caíria a simpatia do povo brasileiro, e falo apenas em simpatia pois não acredito que o Brasil se envolvesse num conflito desses?
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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« Responder #4 em: Março 30, 2005, 04:27:50 am »
No meu caso, Venezuela. Mas quero deixar claro que é a minha opinião pessoal.
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« Responder #5 em: Março 30, 2005, 04:39:46 am »
Citação de: "Paisano"
No meu caso, Venezuela. Mas quero deixar claro que é a minha opinião pessoal.


Saudações amigo Paisano.
Não olhando à côr politica dos governos dos dois países (esquerda militante na Venezuela, direita retrógada na Colômbia) à algum sentimento de maior proximidade do povo brasileiro a algum desses povos ?
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
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Guilherme

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« Responder #6 em: Março 30, 2005, 02:32:30 pm »
Citação de: "TOMKAT"
Uma pergunta aos irmãos brasileiros:
Em caso de conflito entre estes dois países (hipótese provavelmente absurda) para que lado caíria a simpatia do povo brasileiro, e falo apenas em simpatia pois não acredito que o Brasil se envolvesse num conflito desses?


No meu caso, Colômbia.
 

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Janus

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« Responder #7 em: Março 30, 2005, 03:30:47 pm »
Pelo que lí, a Venezuela está em fase de comprar, ou já comprou, 100.000 espingardas Kalashnikov e 40 helicópteros (não sei qual modelo) da Russia.
 

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dremanu

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« Responder #8 em: Março 30, 2005, 06:22:58 pm »
A minha opinião pessoal, é que o governo da Venezuela é uma cambada de idiotas. Ora, aqui está um país que tem tudo para ter sucesso, e ser um verdadeiro paraíso na terra.

A Venezuela têm:

- Petróleo, gáz natural
- Terra fértil
- Água fresca
- Pedras preciosas
- Clima extraordinário - Média anual 22o graus
- Praias maravilhosas
- Mulheres maravilhosas

E estes gajos ainda querem entrar em conflitos???? Que cambada de gente burra e ignorante.
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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Paisano

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« Responder #9 em: Março 30, 2005, 09:08:54 pm »
Entrevista Coletiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Fonte: www.defesanet.com.br

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Ciudad Guyana - 29 Março 2005: Bem, primeiro eu queria dizer à imprensa que esta reunião que estamos fazendo aqui, hoje, foi uma decisão tomada pelo presidente Uribe, pelo presidente Chávez e por mim, de fazermos uma reunião na fronteira dos três países para demonstrar duas coisas: primeiro, a nossa disposição de estabelecermos entre nós parcerias, para que possamos não apenas consolidar uma política de infra-estrutura para a integração da América do Sul e dos três países e, ao mesmo tempo, para que possamos encontrar mecanismos de financiamento dessa infra-estrutura que tanto precisamos na América do Sul.

Há pouco tempo estivemos na Venezuela para fazer um acordo, assinamos 26 acordos com a Venezuela. E agora achamos que Venezuela e Brasil precisam assinar, quem sabe, outro tanto de acordos com a Colômbia, para dinamizar os investimentos necessários para consolidar a integração.

Com relação à questão de encontrar solução para os conflitos da Colômbia: eu tenho dito, presidente Uribe, e é o pensamento de todos nós aqui, que não mediremos sacrifício para combater o terrorismo, o crime organizado e o narcotráfico. Por isso, estamos propondo, até, uma reunião bilateral entre Brasil, Colômbia e Venezuela, numa reunião junto com os nossos ministros da Defesa e da Justiça, para que possamos ter ações conjuntas para enfrentar esses problemas, que são graves no nosso Continente.

Com relação à questão da paz e os possíveis acordos para colocar fim aos conflitos da Colômbia, o Brasil já ofereceu ao presidente Uribe, muito tempo atrás, o território nacional para que haja os encontros necessários para os acordos que tanto o povo da Colômbia necessita para viver em paz e tranqüilidade.

Da parte do Brasil, nós somos solidários à luta que o governo colombiano está fazendo no sentido de encontrar uma solução pacífica para o conflito. Nós nos colocamos à disposição do governo da Colômbia e somente com a concordância do governo da Colômbia é que nós faremos qualquer gesto para participar de qualquer negociação.

Eu sou daqueles que acham que a paz é um elemento fundamental para que a América do Sul aproveite esse momento histórico que está vivendo e consiga se desenvolver, para que a gente consiga garantir melhoria na qualidade de vida.

Eu já tenho dito que este século é o século da América do Sul. O século XIX foi da Europa, o século XX dos Estados Unidos, e o século XXI tem que ser um pouco da China e um pouco da América do Sul, para que possamos nos desenvolver e, quem sabe, um pouco da África, também, porque não é possível sofrer mais um século.

Eu acredito que esqueci de dizer uma coisa, na primeira pergunta, que é o fato extraordinário de o presidente Zapatero estar participando desta reunião. Para nós foi extremamente importante termos marcado a reunião, sabendo que o presidente Zapatero viria para a reunião do dia 29 - nós tínhamos marcado a reunião para o dia 21 e a transferimos para o dia 29 para que o Zapatero pudesse participar - já que ele é um grande amigo nosso de muito tempo e sua participação em um evento como este só engrandece a participação do Brasil, da Colômbia, da Venezuela e de toda a América do Sul.

Já estava mais ou menos acertado que o Brasil não iria renovar seu acordo com o FMI. Quem é da América do Sul e acompanha política sabe que não foi o meu governo que firmou o acordo e sabe que esses acordos foram assinados porque o Brasil "quebrou" três vezes nos últimos dez anos.

E nós conseguimos recuperar a economia brasileira. Hoje, temos uma reserva substancial, um superávit na conta-corrente, e ontem alcançamos um feito inusitado: chegar a 101 bilhões de dólares em nossa relação comercial, um superávit comercial de praticamente 36 bilhões de dólares.

Portanto, pensamos que chegou o momento no qual o Brasil não deveria renovar o acordo com o FMI e demonstrar que temos responsabilidade e competência para dirigir o destino do país sem necessitar que o Fundo Monetário oriente os passos que o Brasil tem que dar para dirigir o processo. Estou feliz porque eu acho que estamos demonstrando que somos donos de nossas decisões e que podemos dirigir nossa economia do jeito que nós entendemos que deve ser.

Eu acredito que a relação da América do Sul, acho que a relação individual de cada país com os Estados Unidos, todo mundo sabe a importância que tem.

O Brasil tem nos Estados Unidos um dos seus parceiros comerciais mais importantes, junto com a União Européia, junto com a China, agora. O que nós estamos fazendo é tornar essa relação mais ampla para que não fiquemos dependentes de um único bloco comercial.

É importante lembrar que, nesses dois anos, a relação comercial dentro da América do Sul, entre os países, cresceu acima de 50%. É importante lembrar que vamos ter nos dias 10 e 11 de maio um encontro histórico entre todos os presidentes da América do Sul e todos os líderes políticos do Mundo Árabe.

É importante lembrar a estreita parceria que muitos países da América do Sul estabeleceram com a África do Sul, com a China e com a Índia. É importante lembrar o trabalho que estamos fazendo para firmar um acordo entre a União Européia e Mercosul.

E vamos continuar trabalhando para que os países da América do Sul possam ter uma relação comercial muito heterogênea, cada vez mais dependendo menos de um país, mas tendo uma relação equilibrada entre muitos outros países, e é por isso que eu acredito na mudança da geografia comercial.

Antes, o dirigente da América do Sul - eu digo isso por experiência própria, desde o meu tempo de dirigente sindical - passava por cima da América do Sul para fazer reunião com os sindicatos americanos ou com os sindicatos europeus.

Na Venezuela, a mesma coisa; na Colômbia, a mesma coisa. Eu fui o dirigente sindical mais importante do Brasil durante um determinado tempo e me encontrei com dirigentes sindicais colombianos na Europa e nos Estados Unidos, mas nunca nos visitamos regularmente. O mesmo valeu para a Argentina, para o Uruguai.

O que está acontecendo de novidade agora? É que nós descobrimos que nós temos mais importância do que nos demos até outro dia. Cada país aqui conseguiu a sua independência, entretanto a cabeça da elite dirigente continuou colonizada.

Então, toda relação era, ora com a Europa, ora com os Estados Unidos. Nós queremos manter as mesmas relações com a Europa e com os Estados Unidos, mas queremos aperfeiçoar as nossas relações. E para isso a questão da infra-estrutura é importante.

Uribe e Chávez falaram da integração que Bolívar falava 200 anos atrás: se não tiver estradas, se não tiver hidrovias, se não tiver telecomunicações, se não tiver energia... E nós não podemos depender dos outros, esse é um problema nosso, esse é um problema dos nossos governos.

O que nós precisamos é criar soluções para convencermos os países mais ricos, com tecnologia, com empresários poderosos, a virem fazer parcerias e ajudar-nos a construir a integração que nós tanto queremos.

E nem os Estados Unidos e nenhum outro país do mundo pode achar ruim que isso aconteça. Pelo contrário, nós estamos apenas cumprindo o que está na Carta das Nações Unidas, exercendo, soberanamente, a autodeterminação dos povos que representamos, em função dos seus desejos.

Portanto, o que nós queremos é apenas ocupar o nosso espaço no mundo, respeitando todos os países, mas querendo ser respeitado por todos, também.
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J.Ricardo

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« Responder #10 em: Março 31, 2005, 12:44:53 pm »
Citação de: "TOMKAT"
Uma pergunta aos irmãos brasileiros: Em caso de conflito entre estes dois países (hipótese provavelmente absurda) para que lado caíria a simpatia do povo brasileiro, e falo apenas em simpatia pois não acredito que o Brasil se envolvesse num conflito desses?


Acredito que pela própria natureza, o povo brasileiro ficaria alheio a este conflito. Faria no máximo o que fez no conflito Equador x Peru, assitiria com curiosidade o desenrolar dos acontecimentos.
« Última modificação: Março 31, 2005, 06:00:22 pm por J.Ricardo »
 

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« Responder #11 em: Março 31, 2005, 05:58:18 pm »
Eu pessoalmente não tomaria partido, e se tomasse, apoiaria o lado que fosse agredido primeiro, pois considero uma burrice dois países pobres gastarem dinheiro em uma guerra tola.
« Última modificação: Março 31, 2005, 08:18:31 pm por J.Ricardo »
 

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Paisano

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« Responder #12 em: Março 31, 2005, 08:12:18 pm »
Citação de: "TOMKAT"
Citação de: "Paisano"
No meu caso, Venezuela. Mas quero deixar claro que é a minha opinião pessoal.

Saudações amigo Paisano.
Não olhando à côr politica dos governos dos dois países (esquerda militante na Venezuela, direita retrógada na Colômbia) à algum sentimento de maior proximidade do povo brasileiro a algum desses povos ?


Salve TOMKAT,

A visão que a sociedade brasileira tem em relação a Colômbia e Venezuela é de total neutralidade e indiferença.

Creio que apenas a Argentina talvez pudesse provocar algum sentimento diverso, seja de simpatia ou de hostilidade, mas no caso de Colômbia e Venezuela, nenhuma chance.

Um abraço.
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« Responder #13 em: Março 31, 2005, 08:23:27 pm »
Espanha venderá equipamento militar à Venezuela

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/index.shtml
 
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A Espanha concordou em fornecer à Venezuela aviões militares e barcos de patrulha em um acordo que causou preocupação dos Estados Unidos.

O primeiro-ministro espanhol, José Luís Rodriguez Zapatero, e o presidente venezuelano, Hugo Chávez, defenderam o negócio alegando que o equipamento vai ser usado no combate ao narcotráfico.

O acordo foi assinado nesta quarta-feira, ao final de dois dias de visita de Zapatero à Venezuela, que incluiu participação em reunião de cúpula em Ciudad Guayana. Também estiveram presentes o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, e o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.

Diplomatas americanos na capital espanhola, Madri, disseram que este está entre uma série de acordos para a venda de armas à Venezuela que podem desestabilizar a América do Sul. Os Estados Unidos também manifestaram preocupação com planos da Venezuela de comprar helicópteros e fuzis da Rússia.

Segundo correspondentes, o governo de Caracas vê seu fortalecimento com o governo socialista da Espanha como mais um passo para construir uma ampla aliança política, libertando o país da dominação dos Estados Unidos.

A parceria também está sendo vista como parte dos esforços da Espanha para aumentar suas relações com a América do Sul.

Partidos da oposição nos dois países criticaram o acordo. Zapatero disse acreditar que essa reação em seu país se deve a falta de informações sobre o acordo.

Também foram assinados vários acordos envolvendo as companhias de petróleo da Espanha e da Venezuela, respectivamente Repsol e PDVSA.

Segundo a agência de notícias EFE, a iniciativa permitirá aumentar a produção total de petróleo cru da petrolífera espanhola na Venezuela de 100 mil para 160 mil barris por dia. A Repsol opera na Venezuela desde 1994.
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« Responder #14 em: Maio 23, 2005, 06:09:13 pm »
A Venezuela esta procurando confusão faz tempo, até com a Guiana eles tiveram um arranca rabo tempo atrás.