Futuro dispositivo naval da Marinha portuguesa

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Spectral

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« Responder #45 em: Junho 23, 2004, 09:34:47 am »
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Não era necessário fazer tudo de início, não previ montar os Standard/ESSM com o SAMPSON mas sim com o APAR que me parece ser o melhor sistema da actualidade. Caro seria por exemplo montar os Aster com o APAR. Aí preferia então montar o SAMPSON. Eu só tenho dúvidas que o SAMPSON esteja à altura do APAR (que muitos analistas consideram superior ao Aegis mais evoluído), convém não esquecer que o SAMPSON tem 2 antenas rotativas, enquanto o APAR tem 4 antenas embutidas. O argumento dos ingleses que é mais fácil de saturar o APAR e o AEGIS que o SAMPSON é claramente a defesa da sua dama.
Julgo portanto que se o navio fosse projectado de início com o APAR e o VLS Mk 41, o navio não seria mais caro. Aliás, os ingleses encaram até a possibilidade de terem um mix de Sylver e Mk 41.


Ah, então acho que estava a interpretar mal as suas palavras... Também concordo (na medida do que tenho visto) sobre o APAR vs Aegis, embora ainda não há muitas opiniões por aí sobre o Sampson.

Além que tenho a ideia que os canadianos ( ou serão os australianos ?) estão a desenvolver uma versão do APAR adequada a fragatas de uso geral. Se o seu peso o permitisse, seria uma boa ideia para o upgrade das VdG .

A principal vantagem do sistema ESSM parece-me ser realmente os tais 4 mísseis por silo.

Quanto ao resto. Tinha a ideia que os ASROC iam ser retirados ao serviço e que o projecto LASM tinha sido cancelado a favor de mais Tomahawks...

Já agora, com os stocks reduzidos actuais, os americanos estão com um pouco de dificuldade em preencher completamente os VLS das Tico ou das Burke...
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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Rui Elias

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« Responder #46 em: Junho 23, 2004, 11:13:41 am »
Colegas:

Eu também não tenho conhecimentos de arquitectura naval, mas tomando um navio como uma plataforma/base para que nela possam ser aplicados diversos sistemas de armas, julgo que a opção de se iniciar o programa com uma plataforma cujo deslocamento em termos de tonelagem seja elevado, equiparado ao de um cruzador ou contra-torpedeiro é positiva para que ao longo de anos se possam ir acrescentando sistemas de armas diversos.

Por isso aprovo a ideia aqui expressa por alguns, porque, como sabem, a aquisição/construção de dois cruzadores relativamente "despidos" em termos de sistemas, para que com tempo se possam ir adquirindo e aplicando os sistemas, que implicam também formação em termos de recursos humanos é quanto a mim viável.

Para os nosso mares é fundamental que a força de 8 Fragatas que preconizo, ainda que com sistemas de armas e capacidades diferentes entre si, como o JLRC preconiza, se programe a aquisição (ainda que usado) de dois cruzadores (e aqui poderiamos voltar à velha conversa sobre os Ticonderoga).

Porque numa plataforma pequena não se pode acrescentar muito mais, mas numa grande sim.

E como numa pequena, para que essa fragata seja temível por qualquer adversário moderno, terá que lhe ser aplicada elevada tecnologia de ponta, cujos custos poderão à partida estar fora do nosso alcance orçamental, julgo que estratégicamente seria bom que se fosse pensando na solução plataforma grande.
 

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JLRC

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« Responder #47 em: Junho 23, 2004, 11:56:40 am »
Citação de: "Spectral"
 

Além que tenho a ideia que os canadianos ( ou serão os australianos ?) estão a desenvolver uma versão do APAR adequada a fragatas de uso geral. Se o seu peso o permitisse, seria uma boa ideia para o upgrade das VdG .

Os canadianos uniram-se aos holandeses e alemães para o desenvolvimento do sistema APAR, que pensam utilizar nos seus novos DDG. Está em desenvolvimento um sistema mais leve e menos performante para ser usado em fragatas. O mesmo se passa com o SAMPSOM.

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 Quanto ao resto. Tinha a ideia que os ASROC iam ser retirados ao serviço e que o projecto LASM tinha sido cancelado a favor de mais Tomahawks...


O ASROC ainda não foi retirado de serviço, fazendo parte da panóplia de mísseis dos Burke, por exemplo. O que foi retirado de serviço em 1997 foi o lançador Mk 112. A partir de então só é possível lançá-lo da rampa Mk 26 dos 5 primeiros Ticos e do lançador VLS Mk 41. Quanto ao míssil LASM, também ouvi dizer que ía ser abandonado e substituído por outro míssil, não sei qual, que deverá equipar o DD(x), além dos Tomahawk.
Cumprimentos
JLRC
 

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Rui Elias

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« Responder #48 em: Junho 23, 2004, 12:04:32 pm »
Com esta intervenção do JLRC fica mais fundamentada ainda a ideia de que uma plataforma grande permite maiores e quiçá, melhores up-grade's.

Porque não pensar-se seriamente nisso?
« Última modificação: Junho 24, 2004, 11:15:03 am por Rui Elias »
 

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JLRC

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« Responder #49 em: Junho 23, 2004, 07:40:56 pm »
Caros companheiros

Ainda em relação aos dois submarinos gostava de dizer o seguinte :
Como viram no dispositivo preconizado por mim, constavam 3 submarinos. Na actual LPM está só prevista a compra de 2 que aliás já foram adjudicados. Julgo que seria conveniente a marinha ter 3 tripulações para os 2 submarinos, para poder aproveitar ao máximo o maior periodo de operacionalidade dos novos submarinos sem fatigar as tripulações. Os novos submarinos tem menos tempo de indisponibilidade que os actuais podendo portanto ter mais dias operacionais por ano. Com 3 tripulações aproveitava-se ao máximo a operacionalidade dos subs. A 3ª tripulação permitiria também disponibilizar uma tripulação para o eventual 3º submarino.
Cumprimentos
JLRC
 

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Rui Elias

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« Responder #50 em: Junho 24, 2004, 11:22:58 am »
JLRC:

Concordo coma sua ideia para uma 3ª tripulação de reserva, embora já conheça o que que penso em relação ao número de submarinos, que quanto a mim deveriam ser, no mínimo 4.

Relativamente aos recursos humanos e com a profissionalização, julgo que  Marinha já tem actualmente planos de contingência e formação militar e técnica para mais elementos da tripulação que os necessários para operar 2 submarinos simultaneamente, e até porque o MDN não fechou as portas :oops:  à aquisição de um 3º subnmarino para mais tarde.
 

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Spectral

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« Responder #51 em: Junho 24, 2004, 03:35:51 pm »
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Ainda em relação aos dois submarinos gostava de dizer o seguinte :
Como viram no dispositivo preconizado por mim, constavam 3 submarinos. Na actual LPM está só prevista a compra de 2 que aliás já foram adjudicados. Julgo que seria conveniente a marinha ter 3 tripulações para os 2 submarinos, para poder aproveitar ao máximo o maior periodo de operacionalidade dos novos submarinos sem fatigar as tripulações. Os novos submarinos tem menos tempo de indisponibilidade que os actuais podendo portanto ter mais dias operacionais por ano. Com 3 tripulações aproveitava-se ao máximo a operacionalidade dos subs. A 3ª tripulação permitiria também disponibilizar uma tripulação para o eventual 3º submarino.


Muito bem visto  :wink:
Os americanos estão a começar a fazer algo semelhante  com os seus navios no Golfo ( os navios ficam lá e as tripulações são rodadas por avião).
Cumptos
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R.P. Feynman
 

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JLRC

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« Responder #52 em: Junho 27, 2004, 01:18:46 am »
Citação :

Ministro da Defesa confirma modernização
da Marinha Portuguesa
Durante a cerimonia de abertura das comemorações do dia da Marinha Portuguesa, realizadas em Viana do Castelo, o Ministro da Defesa Nacional Dr. Paulo Portas, confirmou a intenção de modernizar a Marinha Portuguesa através da chegada ao país, no fim de 2004 ou no início de 2005, da primeira fragata da Classe “Oliver Hazard Perry” (a FFG-14 USS Sides), assim como a chegada durante o ano de 2005 da segunda unidade do mesmo modelo. A Marinha Portuguesa espera receber via FMS (Foreign Military Sales) um total de três fragatas dessa classe, todas ex-U. S. Navy. Na mesma ocasião foi confirmada a construção de um NPL (Navio Polivalente Logístico) nos estaleiros da empresa portuguesa ENVC SA (Estaleiros Navais de Viana do Castelo), cujo projeto será fornecido pela empresa Alemã Howaldtswerke Deutsche Werft AG como contrapartida pela compra de dois submarinos U209PN ao German Submarine Consortium. Por outro lado, o Ministro da Defesa assinou o contrato para a construção nos estaleiros da ENVC SA de dois NCPs (Navio de Combate à Poluição) baseados no projeto dos dez NPOs (Navio Polivalente Oceânico) encomendados à mesma empresa (os dois primeiros já se encontram em construção). Foi ainda anunciada a abertura de uma competição international para a aquisição de cinco lanchas costeiras.
Presente à cerimônia, o Chefe de Estado-Maior da Armada Portuguesa, Almirante Francisco Vidal Abreu, declarou que se trata de “sinais fortíssimos da vontade política de renovar a capacidade da Marinha Portuguesa”, pelo que se manifestou convicto de que, em 2010, “Portugal terá uma nova Marinha”. (Victor Manuel Saraiva Barreira)

Retirado de Segurança & Defesa de 1 de Junho de 2004

Afinal vêm 3 fragatas?
 

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JLRC

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« Responder #53 em: Junho 27, 2004, 01:23:07 am »
Caros companheiros

Em relação aos NPO julgo que se poderia, naqueles em que não está prevista a construção de um hangar para helicóptero, que se poderia ir para uma solução intermédia, a instalação de um hangar telescópico, que tem a vantagem de ser uma estrutura mais leve. Julgo que será possível.
Cumprimentos
JLRC
 

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Luso

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« Responder #54 em: Junho 27, 2004, 12:28:22 pm »
Hummm...

Se Santana for primeiro ministro, outras mudanças podem acontecer.
Dada a sua conhecida tendência "topo de gama", ainda se vai abandonar as OHP e compramos umas 3 De Zeven Provinzien...
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Rui Elias

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« Responder #55 em: Junho 28, 2004, 12:29:14 pm »
Luso:

eh eh eh eh

Se calhar tem razão.

Mas creio que a vinda de 3 OHP em vez das duas já não serão más notícias.

No entanto continuo a achar que mais valia comprar um pouco melhor que aceitar de "borla" três velhas OHP, que nem se sabe se vêm com o recheio, ou se vem só com o casco.

A ver vamos, mas isso ainda vai dar que falar, já que o seu horizonte de vida não deverá exceder os 10 anos e como as VdG estão a meio de vida, não prevejo nada de bom para a Marinha ao nível de Fragatas.

Quanto aos NPO's acho que tal como a 2ª esquadra de F-16, a coisa está um pouco em câmera lenta, para tristeza do nosso país e das suas capacidades de Defesa.