Neste momento, o Zelensky deve estar a humedecer a barba (já que não tem barba suficiente para por de molho)
A vitória do Trump e dos seus oligarcas pro russos, é sem grande dúvide o mais duro golpe na resistência dos ucranianos.
E aqui existe uma enorme culpa dos países europeus.
A guerra na Ucrânia já leva quase três anos. (A II guerra mundial na Russia durou quatro) e até ao verão do ano passado, os países europeus andaram a empurrar o problema com a barriga, esperando sempre que os americanos se chegassem à frente.
Só no verão passado, é que começaram a perceber que, o Trump poderia voltar e entretanto, tudo o que poderia ter sido feito em prol da defesa conjunta da Europa foi ficando para trás.
Os continuos atrasos, a pressão dos grupos politicos internos, financiados pelos russos (fascistas alemães e franceses, alguns dos fascistas italianos) e a inércia, levaram a que neste momento, pouco ou nada tenha sido feito no sentido de facilitar o desenvolvimento das industrias europeias de defesa.
Só agora, o plano do Mario Draghi para circundar coisas simples como a obrigação de um caderno de encargos internacional (divulgando todos os requisitos técnicos a toda a gente) está a ser considerado.
É absolutamente urgente um plano centralizado, que determine especificações técnicas para a maioria dos veículos e sistemas de armas dos países europeus.
Os padrões NATO não chegam e permitem demasiadas variantes, que não levam a nenhum tipo de integração.
São precisas coisas mais ou menos obvias - ainda que de implementação custosa - como os mesmos tipos de eixos para as viaturas 8x8 e ou 6x6. O mesmo tipo de rodas e pneus para todas as viaturas 4x4 e o desenho de viaturas que permita por exemplo, colocar uma torre de uma viatura blindada alemã, num carro de combate francês ou italiano sem grandes adaptações.
A standardização NATO deixou que fossem desenvolvidas coisas como o Challenger britânico, que utiliza munição distinta da dos outros carros de combate ainde que o calibre seja o mesmo.
São precisas armas que possam ser construidas depressa e a um custo mínimo, em vez de tanques caríssimos, destinados a encher os bolsos dos donos da Rheinmetal.
Está tudo por fazer, porque durante os primeiros dois anos da guerra, a Europa andou a olhar para ontem...