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Força Aérea Argentina (FAA) estará participando pela quarta vez da CRUZEX. Ausente desde 2006, nesta edição, os "hermanos" se farão presentes com os jatos de fabricação nacional IA-63 Pampa III Bloco II, versão mais recente da aeronave de dois lugares, utilizada para Treinamento Avançado e Ataque Leve, marcando sua estreia no treinamento. Atualmente a FAA opera com cerca de 20 Pampa nas variantes "II" (IV Brigada Aérea, em El Plumerillo, Mendoza) e "III" (VI e X Brigadas Aéreas), sediadas respectivamente em Tandil (Província de Buenos Aires) e Rio Gallegos (Província de Santa Cruz), no extremo sul do país. Tudo indica que serão aeronaves da VI Brigada Aérea que estarão em Natal. Cabe ressaltar que esta Unidade Aérea foi a escolhida para receber os caças F-16A/B recentemente comprados da Dinamarca. Outra aeronave que participará do Exercício, será o quadrimotor KC-130H Hércules, operado pelo I Grupo de Transporte Aéreo da I Brigada Aérea, sediado na Base Aérea de El Palomar (Buenos Aires). Estes aviões são utilizados nas funções de Transporte e Reabastecimento em Voo e passaram a pouco tempo por uma ampla modernização. A FAA conta com dois KC-130 na frota, matriculados como TC-69 e TC-70. Com relação aos caças A-4AR Fighting Hawk, sempre uma presença aguardada na CRUZEX, apesar de aparecerem na primeira listagem de aeronaves participantes, divulgada no início do ano, não estarão no treinamento.
O Chile, ao lado da França. são os países com mais participações na CRUZEX (veja infográficos no final da matéria). Nesta edição, a
Fuerza Aérea de Chile (FACh), virá com os caças F-16AM/BM Fighting Falcon Bloco 15/20, alocados junto à Quinta Brigada Aérea, em Antofagasta, no norte do país. Essas aeronaves foram adquiridas da Holanda, em dois lotes (2007 e 2011), totalizando 36 aviões, sendo 29 monopostos e 7 bipostos, servindo junto aos Grupos de Aviação nº 7 e 8. Recentemente foi anunciada a modernização destes vetores de combate, juntamente com os 10 F-16C/D Bloco 50, elevando toda a frota para o mesmo padrão. Além dos F-16, a Força Aérea chilena participará da CRUZEX com o KC-135E Stratotanker, aeronave baseada no icônico Boeing 707 e utilizada nas tarefas de Transporte e Reabastecimento em Voo. A FACh adquiriu três KC-135 em 2009, registrados com as matrículas 981 a 983. Dois deles permanecem em serviço. Todos são operados pelo Grupo de Aviação nº 10, subordinado à II Brigada Aérea, com sede na Base Aérea de Pudahiel, localizada junto ao Aeroporto Internacional Arturo Merino Benitez, em Santiago, capital do país.
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Fuerza Aérea Colombiana (FAC) participará da CRUZEX com uma aeronave Boeing 767 MMTT (Multi Mission Tanker Transport), batizada localmente de "Júpiter", utilizada para missões de Transporte e Reabastecimento em Voo. Apenas um avião desse modelo integra a frota da FAC, com a matrícula FAC 1202. Ele é operado pelo Grupo de Transporte Aéreo 81, localizado na Base Aérea de El Dorado, em Bogotá e subordinada ao Comando Aéreo de Transporte Militar (CATAM). A Unidade Aérea emprega, além do KC-767, uma diversidade de outros tipos de aeronaves de transporte. O KC-767 foi recebido em 2010 e é capaz de transportar 210 passageiros, 40 a 50 toneladas de carga, além da capacidade de reabastecer outras aeronaves em voo. Esta será a segunda participação da Colômbia na CRUZEX (a outra foi em 2013). Havia uma expectativa pela presença dos caças Kfir no treinamento, mas essa possibilidade acabou não se confirmando.
Estreando na CRUZEX, a
Força Aérea Portuguesa será a representante europeia no treinamento, que em edições passadas já contou com a presença da França. A Unidade Aérea participante é a Esquadra 506, conhecida como "Rinocerontes" e sediada na Base Aérea nº 11, em Beja, no sul do país. O vetor empregado pela Unidade é o avião de transporte C-390 Millennium, fabricado pela brasileira Embraer, do qual Portugal adquiriu cinco exemplares, com dois deles já entregues e em atividade. A Esquadra 506 é recente, foi criada em 20 de maio de 2023, especialmente para operar o C-390. Embora o rinoceronte não seja um animal da fauna portuguesa, a escolha como símbolo, se traduziu pelo seu grande porte, força e resistência, tal qual a aeronave utilizada pela Unidade Aérea. Existe também uma ligação histórica, pois em 1515, um rinoceronte foi dado de presente à corte portuguesa pelo Vice-Rei da Índia. O lema da Esquadra 506, "Só pode o que impossível parecia", faz referência a uma passagem da obra "Os Lusíadas", de Luís de Camões (1524-1580), poeta português, um dos maiores ícones da literatura mundial de todos os tempos.
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