Notícias do Exército Português

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Lightning

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Re: Notícias do Exército Português
« Responder #1905 em: Abril 23, 2022, 11:58:22 pm »
Nelson, usando outro exemplo, também foi a Lockheed Martin que construiu os nossos F-16, mas eles nunca mais tiveram que ir aos EUA, toda a manutenção, upgrades, alterações para padrão romeno, etc, foi feito cá.
 
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Re: Notícias do Exército Português
« Responder #1906 em: Abril 24, 2022, 03:29:32 pm »
Nelson, usando outro exemplo, também foi a Lockheed Martin que construiu os nossos F-16, mas eles nunca mais tiveram que ir aos EUA, toda a manutenção, upgrades, alterações para padrão romeno, etc, foi feito cá.

Eu concordo contigo em tudo, mas não te esqueças que quando é necessário fazer alguma modificação ou comprar componentes, não vais ao Manuel da esquina, vais ao fornecedor que fica nessa empresa.

Nós fizemos os trabalhos para romenos, mas os equipamentos vieram todos dos US.

Nós somos apenas o mecânico da esquina.
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Lightning

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Re: Notícias do Exército Português
« Responder #1907 em: Abril 24, 2022, 04:01:09 pm »
Nelson, usando outro exemplo, também foi a Lockheed Martin que construiu os nossos F-16, mas eles nunca mais tiveram que ir aos EUA, toda a manutenção, upgrades, alterações para padrão romeno, etc, foi feito cá.

Eu concordo contigo em tudo, mas não te esqueças que quando é necessário fazer alguma modificação ou comprar componentes, não vais ao Manuel da esquina, vais ao fornecedor que fica nessa empresa.

Nós fizemos os trabalhos para romenos, mas os equipamentos vieram todos dos US.

Nós somos apenas o mecânico da esquina.

"Mecânico da esquina" acho demasiado redutor, não é apenas reparar avarias, muito do trabalho feito em Monte Real noutros países é feito por empresas, mas pronto, toda a gente tem a sua opinião, mais ou menos infundada.

É verdade que não construimos os componentes do F-16, fazemos instalação e testes, existe equipamento americano, motores, radar, etc, mas também há equipamento não americano, até os parafusos tem que ser específicos, acho que é devido ao programa MLU dos países europeus, existem fornecedores belgas, dinamarqueses, etc, de material do F-16, curiosamente também de Israel, nem que seja pela distância, é mais perto que os EUA...
« Última modificação: Abril 24, 2022, 04:04:23 pm por Lightning »
 
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Re: Notícias do Exército Português
« Responder #1908 em: Abril 24, 2022, 06:05:37 pm »
Pelo relatório de contrapartidas 2017 (o mais recente que encontro na net).
https://www.portugal.gov.pt/download-ficheiros/ficheiro.aspx?v=%3d%3dBAAAAB%2bLCAAAAAAABAAztTA2AQAi8hYZBAAAAA%3d%3d

Uma das contrapartidas pela compra das Pandur era o exército receber formação, equipamentos e manuais para efectuar manutenção nivel 3 nas Pandur, é o projecto "OGME", para não complicar explico que com a extinção das OGME isto passou para outras unidades do exército, mas o nome do projecto não se alterou.

Lightning toda a MNT da frota pandur é efectuada em Portugal no RMan no entroncamento.
Essa formação foi ministrada a um grupo de sargentos e praças que executam os diversos tipos de MNT cá.
Ainda estou à espera da resposta sobre a pergunta que coloquei ao Nelson38899 sobre quais as que eram as MNT feitas pelo tal fornecedor de Madrid e em Madrid, mas sentei-me pois a resposta correcta tarda em aparecer.

Aliás esta questão da MNT é secundária e uma deriva, do tema que iniciou esta troca de argumentos, o cerne da questao em debate, é  sobre o fornecedor dos CC e dos Pandur ser uma empresa Espanhola, o que como todos sabemos é falso.

Abraços

« Última modificação: Abril 24, 2022, 06:21:34 pm por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
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Re: Notícias do Exército Português
« Responder #1909 em: Abril 24, 2022, 06:10:54 pm »
Nelson, usando outro exemplo, também foi a Lockheed Martin que construiu os nossos F-16, mas eles nunca mais tiveram que ir aos EUA, toda a manutenção, upgrades, alterações para padrão romeno, etc, foi feito cá.

Eu concordo contigo em tudo, mas não te esqueças que quando é necessário fazer alguma modificação ou comprar componentes, não vais ao Manuel da esquina, vais ao fornecedor que fica nessa empresa.

Nós fizemos os trabalhos para romenos, mas os equipamentos vieram todos dos US.

Nós somos apenas o mecânico da esquina.

Com que então agora somos o mecanico da esquina.
Às tantas nas OGMA os tecnicos Portugueses nunca fizeram trabalhos de MNT, mas sim os fornecedores dos diversos modelos de aeronaves, não só em varidissimos modelos de aeronaves de transporte e de combate da FAP como por exemplo em aeronaves da Luftwaffe, tais como os F4.
Recentemente os trabalhos nos C' foram feitos tambem pelo fornecedor do modelo?
Mas voltando aos Pandur, Então por essa ordem de ideias são os tecnicos Espanhois que em Madrid, irão/estão a modificar os pandur que serão os futuros PM ?
« Última modificação: Abril 25, 2022, 07:50:35 am por tenente »
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Re: Notícias do Exército Português
« Responder #1910 em: Abril 24, 2022, 11:02:27 pm »
Já agora, onde vai ser feita a conversão das Pandur para porta-morteiro?
 

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nelson38899

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Re: Notícias do Exército Português
« Responder #1911 em: Abril 25, 2022, 11:19:25 am »
Pelo relatório de contrapartidas 2017 (o mais recente que encontro na net).
https://www.portugal.gov.pt/download-ficheiros/ficheiro.aspx?v=%3d%3dBAAAAB%2bLCAAAAAAABAAztTA2AQAi8hYZBAAAAA%3d%3d

Uma das contrapartidas pela compra das Pandur era o exército receber formação, equipamentos e manuais para efectuar manutenção nivel 3 nas Pandur, é o projecto "OGME", para não complicar explico que com a extinção das OGME isto passou para outras unidades do exército, mas o nome do projecto não se alterou.

Lightning toda a MNT da frota pandur é efectuada em Portugal no RMan no entroncamento.
Essa formação foi ministrada a um grupo de sargentos e praças que executam os diversos tipos de MNT cá.
Ainda estou à espera da resposta sobre a pergunta que coloquei ao Nelson38899 sobre quais as que eram as MNT feitas pelo tal fornecedor de Madrid e em Madrid, mas sentei-me pois a resposta correcta tarda em aparecer.

Aliás esta questão da MNT é secundária e uma deriva, do tema que iniciou esta troca de argumentos, o cerne da questao em debate, é  sobre o fornecedor dos CC e dos Pandur ser uma empresa Espanhola, o que como todos sabemos é falso.

Abraços

Tenente:

https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/29687/1/MAJ%20Oliveira%20Valente.pdf

Os últimos 22 pandurs que vieram para o exército foram montados em Espanha e acredito que as alterações quem venha a ser efectuadas, como o porta-morteiros também terão que ser efetuados em Espanha.  Por isso o que interessa fazer a manutenção nível III em Portugal, se para teres estes ativos tens que ir a Espanha comprar os componentes.

Citar
o nível III destina-se a reparações de elevada complexidade, dimensão e durabilidade de execução, podendo inclusive ser executado pelo fabricante

Citar
Dificuldades de obtenção de sobressalentes. Frequentemente existem quebras no fornecimento de artigos para as manutenções corretivas, nomeadamente aqueles que apenas
se deteta a sua necessidade no decorrer dos trabalhos, dado que normalmente só estão disponíveis os artigos já planeados para as manutenções programadas;

No documento acima não vi uma única referência a fornecedores portugueses, ou seja, estamos complemente dependentes do espanhóis.
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Re: Notícias do Exército Português
« Responder #1912 em: Abril 25, 2022, 07:34:23 pm »
acredito que as alterações quem venha a ser efectuadas, como o porta-morteiros também terão que ser efetuados em Espanha.

Acredita? Pois isso vale 0 não é...

Citar
Por isso o que interessa fazer a manutenção nível III em Portugal, se para teres estes ativos tens que ir a Espanha comprar os componentes.

Num frase simples, é mais barato.
A partir do momento que se possui uma considerável quantidade de meios de um tipo. É mais barato a mão de obra feita "em casa", do que numa empresa privada.
É mais barato mandar vir peças pela DHL do que enviar um Pandur para Espanha em cima de um camião.

imagina os 200 e tal Pandur que temos estarem a ir 20 ou 30 por ano a Espanha, todos os anos.
« Última modificação: Abril 25, 2022, 07:41:16 pm por Lightning »
 
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Re: Notícias do Exército Português
« Responder #1913 em: Abril 25, 2022, 07:56:06 pm »
imagina os 200 e tal Pandur que temos estarem a ir 20 ou 30 por ano a Espanha, todos os anos.

Assim de memória, temos apenas 188 Pandur. Não muda em nada o argumento, mas pronto, só mencionar esse detalhe.  :mrgreen:
 
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Re: Notícias do Exército Português
« Responder #1914 em: Abril 25, 2022, 08:04:10 pm »
Obrigado DC, quanto mais correcto melhor, 200 e tal era o numero inicial, que foi reduzido. Mas sim, a teoria do que eu disse vale na mesma. :G-beer2:

Em relação à empresa espanhola da GDELS, eles também não constroem todos os componentes, motores, pneus, vidros, etc, muitos componentes tem fabricantes específicos e tanto são enviados para essa empresa em Espanha como podem ser enviados para o RMan em Portugal...

Há empresas em Portugal que são fornecedores da Airbus, e nós não temos nenhuma linha de montagem desses aviões.

E em Portugal ainda há aquele sistema de manutenção "à pobre", em vez de comprar componentes novos, podemos canibalizar de um veiculo/aeronave parado para colocar num outro que está quase operacional.
« Última modificação: Abril 25, 2022, 08:12:16 pm por Lightning »
 
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Re: Notícias do Exército Português
« Responder #1915 em: Abril 26, 2022, 07:50:17 am »
Não me parece inverosímil de todo. A Santa Bárbara fabricou os Leo espanhóis e actualmente faz parte da GDLS, que é o fabricante das Pandur.

É esta a empresa que faz a manutenção.

Citar
(defensa.com) Decorre a entrega de 22 viaturas blindadas de rodas 8x8 Pandur II ao Exército Português pela General Dynamics European Land Systems (GDELS). As primeiras foram recebidas em Dezembro de 2014 em conformidade com o plano de entregas e as últimas deverão chegar a Portugal no início de Agosto de 2015.

A Brigada de Intervenção (BrigInt) recebe 8 viaturas de combate de infantaria armadas com uma peça automática de 30x173mm em torre protegida SP30; duas viaturas de reparação e recuperação; seis viaturas de comunicações; cinco viaturas anti-carro com o sistema TOW ITAS (Tube-launched, Optically tracked, Wire-guided Improved Target Acquisition System); e uma viatura ambulância. Presentemente estão em fase de receção 4 viaturas de combate de infantaria e uma viatura de reparação e recuperação. Estas são preparadas pela General Dynamics European Land Systems-Santa Bárbara Sistemas na sua fábrica de Sevilha, na Espanha.

As 22 unidades complementam 166 viaturas recebidas até o Ministério da Defesa Nacional (MDN) ter tomado em Outubro de 2012 a decisão de denunciar o contrato por incumprimento dos prazos de entrega pelo fabricante e assim recusar o fornecimento de 85 viaturas. Iniciou-se depois um longo processo de negociações em sede de tribunal arbitral que levou finalmente a um acordo celebrado em 26 de Setembro de 2014.

Das 166 viaturas inicialmente recebidas 105 são de transporte de pessoal com reparo para uma metralhadora pesada de 12.7 mm; 7 de transporte de pessoal com a estação de armamento remotamente controlada Protector M151; 16 de posto de comando; 5 de reparação e recuperação; 7 de evacuação médica; 22 de combate de infantaria; e 4 de vigilância do campo de batalha.

Depois de avaliada a proposta da GDELS que oferecia um preço melhor em relação aos outros dois concorrentes e um melhor proposta de contrapartidas para Portugal, o MDN celebrou com a GDELS em Fevereiro de 2005 um contrato de 344.2 milhões de euros para a aquisição de 240 viaturas para o exército e 20 viaturas anfíbias para o Corpo de Fuzileiros da Marinha Portuguesa, outro de 20.3 milhões de euros para a entrega anual de sobressalentes até 2019 e um terceiro para contrapartidas. O contrato incorporou ainda a opção de aquisição de 33 viaturas armadas com uma peça de 105mm em torre, mas que nunca foram contratadas. Foram testadas em Portugal no Campo Militar de Santa Margarida viaturas Pandur II com as torres HITFACT 105 da OTO Melara e CT-CV 105HP da CMI Defence.

Do contrato original ficam por receber 9 viaturas de engenharia, 31 viaturas porta-morteiro de 120mm, duas viaturas ambulância, 10 viaturas anti-carro AC, e uma viatura de reparação e recuperação, assim como as 20 viaturas anfíbias. Para além de permitir a substituição das antigas viaturas blindadas 4x4 V200 Chaimite, a chegada da Pandur II à BrigInt permitiu aumentar consideravelmente a capacidade proteção e mobilidade da respetiva unidade militar. (Victor M.S. Barreira)

https://www.defensa.com/edio-brasil/decorre-entrega-viaturas-pandur-ii-portugal

Olhe que não, olhe que não. :mrgreen:

Nelson todo este discurso serve para provar o quê ?

A questão principal é quem foi o fornecedor tanto dos Pandur como dos Leo ?
Espanha não foi de certeza absoluta !

Apenas duas perguntas;

Em que ano foi assinado o contrato da compra dos Pandur ?
2005 !
Com quem foi assinado esse contrato ?
GDELS !

Agora as conclusões tira quem quiser .

Abraços
« Última modificação: Abril 26, 2022, 08:15:00 am por tenente »
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Re: Notícias do Exército Português
« Responder #1916 em: Abril 26, 2022, 08:01:07 am »
Pelo relatório de contrapartidas 2017 (o mais recente que encontro na net).
https://www.portugal.gov.pt/download-ficheiros/ficheiro.aspx?v=%3d%3dBAAAAB%2bLCAAAAAAABAAztTA2AQAi8hYZBAAAAA%3d%3d

Uma das contrapartidas pela compra das Pandur era o exército receber formação, equipamentos e manuais para efectuar manutenção nivel 3 nas Pandur, é o projecto "OGME", para não complicar explico que com a extinção das OGME isto passou para outras unidades do exército, mas o nome do projecto não se alterou.

Lightning toda a MNT da frota pandur é efectuada em Portugal no RMan no entroncamento.
Essa formação foi ministrada a um grupo de sargentos e praças que executam os diversos tipos de MNT cá.
Ainda estou à espera da resposta sobre a pergunta que coloquei ao Nelson38899 sobre quais as que eram as MNT feitas pelo tal fornecedor de Madrid e em Madrid, mas sentei-me pois a resposta correcta tarda em aparecer.

Aliás esta questão da MNT é secundária e uma deriva, do tema que iniciou esta troca de argumentos, o cerne da questao em debate, é  sobre o fornecedor dos CC e dos Pandur ser uma empresa Espanhola, o que como todos sabemos é falso.

Abraços

Tenente:

https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/29687/1/MAJ%20Oliveira%20Valente.pdf

Os últimos 22 pandurs que vieram para o exército foram montados em Espanha e acredito que as alterações quem venha a ser efectuadas, como o porta-morteiros também terão que ser efetuados em Espanha.  Por isso o que interessa fazer a manutenção nível III em Portugal, se para teres estes ativos tens que ir a Espanha comprar os componentes.

Citar
o nível III destina-se a reparações de elevada complexidade, dimensão e durabilidade de execução, podendo inclusive ser executado pelo fabricante

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Dificuldades de obtenção de sobressalentes. Frequentemente existem quebras no fornecimento de artigos para as manutenções corretivas, nomeadamente aqueles que apenas
se deteta a sua necessidade no decorrer dos trabalhos, dado que normalmente só estão disponíveis os artigos já planeados para as manutenções programadas;

No documento acima não vi uma única referência a fornecedores portugueses, ou seja, estamos complemente dependentes do espanhóis.

mais umas clarificações sobre este tema :

Devido à  complexidade  das  tarefas  de  manutenção,  especialmente  no  2º  e  3º  Níveis,  a  formação  dos técnicos  de  manutenção do  sistema  de  armas  VBR  Pandur  II  8x8 está  dividida  de  acordo  com  os  níveis  de manutenção. Assim, existem para cada versão deste sistema de armas 3 níveis de formação.
O 1º nível de formação é  orientado para condutor, auxiliar de mecânico e  técnicos de manutenção, sendo que  para estes últimos a versão base  ICV  (nível  I)  é  obrigatória  para  permitir,  posteriormente,  frequentar  outros  cursos  do  mesmo  nível  ou  níveis superiores. Neste nívelI,a formação está dividida pelosseguintes cursos principais:
Curso de Condutor VBR Pandur II 8x8 (Módulo A1 –Manutenção da VBR Pandur II 8x8);
Curso  de  Manutenção  VBR  Pandur  II  8x8  Praças  (preparação  de  mecânicos  para  apoio  dos  técnicos  de manutenção);
Cursos  de  Manutenção  Nível  I  VBR  Pandur  II  versão  ICV  (formação  de  Técnicos  de  Manutenção  para  Oficiais  e Sargentos).
Cursos  de  Manutenção  Nível  I  VBR  Pandur  II  versão  RV  (formação  de  Técnicos  de  Manutenção  para  Oficiais  e Sargentos).Para  os  técnicos  de  manutenção  acederem  ao  2º   nível,  para  além  do  ICV  nível  I  obrigatório,  será imprescindível  que  estes  possuam  as  habilitações  referentes  ao  nível  I  do  respetivo  curso  da  versão  a  que  diz respeito. O 2º nível de formação deste sistema armas está dividido pelosseguintes cursos principais:
Cursos de Manutenção Nível II VBR Pandur II versão ICV;
Cursos de Manutenção Nível IIVBR Pandur II versão RV;
Cursos de Manutenção Nível IIVBR Pandur II versão IFV.Todas  as  ações  de  formação,  para  nível  I  e  II  (exceto  o Curso  de  Condutor  VBR  Pandur  II  8x8) são desenvolvidas no “polo de formação”Regimento de Manutenção.
 A formação do 3º nível para Técnicos de Manutenção começa agora a dar os seus primeiros passos. Iniciou-se no  mês  de  abril  de 2014 a  primeira  formação  deste  nível,  formação  que  servirá  principalmente  para  formar  os futuros formadores deste nível que terão a responsabilidade, de numa fase inicialestruturare ministraros cursos e elaborar os respetivos referenciais de curso. A formação do 3º nível abordará, nesta fase, 4 subsistemas:
SP30/A Turret (Sistema de Torre);
Drive Train (Sistema de Transmissão de Potência);
Engine and Gear Box (Sistema Motor e Caixa de Velocidades);
Intercommunication System (Sistema de Comunicações).
Quanto  ao  local  de  formação  deste  nível  de  manutenção,  e  seguindo  o  conceito  descrito  no  início  deste artigo, ocorrerá, ao que tudo indica, junto aos locais onde no futuro serão efetuadas as ações de manutenção deste nível,  sendo  que  até  à  data  este  nível  de  manutenção  tem  sido  da  responsabilidade  da Steyer. 
No  futuro  as  ações referentes a este nível de formação serão previsivelmente realizados em dois locais:
Oficinas Gerais de Material de Engenharia
Centro Militar de Eletrónica
.


A FORMAÇÃO DOS TÉCNICOS DE MANUTENÇÃO LEOPARD 2A6

O  sistema  de  armas  Leopard  que  equipa  o  Exército Português  é  a versão 2A6  que  se  distingue  das  versões anteriores  essencialmente  pela  sua  blindagemde  terceira  geração  e  pelo  seu  moderno  canhão  de  120  mm  com alcances que lhe conferem uma nítida vantagem no campo de batalha moderno.
Este   sistema   de   armas, que   equipa   o Exército  Português,  e  os  principais  Exércitos  da NATO,  é  constituído  por  diversos  subsistemas  de maior   ou   menor   complexidade   consoante   a tecnologia  associada  a  cada  um desses  mesmos subsistemas.  Para  responder  às  necessidadesde manutenção,  e  tendo  presente  o  conceito  de manutenção,  foi  desenvolvida  uma  estrutura  de manutenção considerando os níveis de manutenção,  pelos  seus  subsistemas  principais conformese apresenta:
Subsistemas Mecânicos (a realizar na Companhia de Manutenção do Batalhão de Apoio de Serviços da Brigada Mecanizada);
Subsistema Eletrónica (a realizar pelo Centro Militar de Eletrónica);
Subsistema de Comunicações (a realizar pelo Centro Militar de Eletrónica);
As ações de manutenção realizadas nos subsistemas apresentados apenas incidem sobre trabalhos a realizar até ao 2º nível de Manutenção, sendo que, no que se refere ao 3º nível de Manutenção, neste momento, recorre-se a  empresas  de Outsourcinge  aos  fabricantes  do  CC Leopard  2A6,  tendo em  conta  o elevado  nível  de  investimento A manutenção dos Sistemas de Armas Complexos: Relevânciada Formação
Escola Prática dos Serviços, Boletim nº 1 de 1de julho de2014que seria necessário em formação, em equipamentos especiais e em infraestruturas para se efetuarem os trabalhos neste  nível.  Pelas  razões  apresentadas,  está  também  é  a  metodologia  utilizada  pela  maioria  dos  Exércitos  que possuem este sistema de armas.
Para responder às necessidades  de  manutenção deste  sistema de  armas, neste  momento estão levantados dois cursos relacionado com os subsistemas Mecânicos que respondem às necessidades de manutenção dos 1º e 2º nível:
Curso  de  Mecânico  de  Torre  de  Carro  de  Combate  Leopard  2  A6  (executa  o  nível  de Unidade  e  apoia  na execução donível Intermédio dos sistemas e órgãos que compõem a Torre do CC Leopard 2 A6);
Curso  de  Mecânico  de  Casco  de  Carro  de  Combate  Leopard  2  A6  (executa o nível  de  Unidade  e  apoia  na execução donível Intermédio dos sistemas e órgãos que compõem o Casco do CC Leopard 2 A6).
Os  elevados  conhecimentos  gerais,  nas  áreas  da  eletrónica  e  comunicações,  dos  técnicos  que  operam  com este  sistemade  armas  têm  sido  suficientes  para responder  a todas  as solicitações  de manutenção de  nível  2, não tendo sido necessário levantar nenhum curso específico para estas áreas, apenas sendo ministradas algumas ações de formação de curta duração, que serviram essencialmente para a necessária adaptação ao sistema de armas.
A formação associada a estes Sistemas de Armas Complexos implicará que os militares afetos à manutenção tenham  a  necessidade  de  serem cada vez mais “peritos”, obrigando a uma atualização em permanência das tecnologias,  em  constante  evolução,  que  são  utilizadas  nestes  sistemas  e  respetivos  subsistemas. No  entanto  um elevado nível de especialização só será conseguidose estes técnicos permanecerem durante um período de tempoconsiderável dedicados  às  ações  de  manutenção  destes  sistemas.  Para  que  isto  se  verifique  as  ações  de  formação terão, consequentemente, de  ser  bastante  exigentes e  necessariamente  ministradas por formadores  com níveis de sabereselevados, só assim se conseguiráuma relação formação/manutenção eficaz e eficiente garantindo-se desta forma que os elevados custos da formação sejam rentabilizados.

https://silo.tips/download/a-manutenao-dos-sistemas-de-armas-complexos-relevancia-da-formaao

Abraços

« Última modificação: Abril 26, 2022, 08:15:35 am por tenente »
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« Responder #1917 em: Abril 26, 2022, 09:09:59 am »
Obrigado DC, quanto mais correcto melhor, 200 e tal era o numero inicial, que foi reduzido. Mas sim, a teoria do que eu disse vale na mesma. :G-beer2:

Em relação à empresa espanhola da GDELS, eles também não constroem todos os componentes, motores, pneus, vidros, etc, muitos componentes tem fabricantes específicos e tanto são enviados para essa empresa em Espanha como podem ser enviados para o RMan em Portugal...

Há empresas em Portugal que são fornecedores da Airbus, e nós não temos nenhuma linha de montagem desses aviões.

E em Portugal ainda há aquele sistema de manutenção "à pobre", em vez de comprar componentes novos, podemos canibalizar de um veiculo/aeronave parado para colocar num outro que está quase operacional.

Um bom exemplo desse tipo de manutenção  " à pobre " no Exercito, está patente na frota dos m113.

Abraços

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« Responder #1918 em: Abril 26, 2022, 11:59:15 am »
Obrigado DC, quanto mais correcto melhor, 200 e tal era o numero inicial, que foi reduzido. Mas sim, a teoria do que eu disse vale na mesma. :G-beer2:

Em relação à empresa espanhola da GDELS, eles também não constroem todos os componentes, motores, pneus, vidros, etc, muitos componentes tem fabricantes específicos e tanto são enviados para essa empresa em Espanha como podem ser enviados para o RMan em Portugal...

Há empresas em Portugal que são fornecedores da Airbus, e nós não temos nenhuma linha de montagem desses aviões.

E em Portugal ainda há aquele sistema de manutenção "à pobre", em vez de comprar componentes novos, podemos canibalizar de um veiculo/aeronave parado para colocar num outro que está quase operacional.

Eu quero afirmar, é que temos diversificar a nossa linha de suprimentos.

Neste sentido, quando se compra algum equipamento, deveria ser obrigatório alguns dos componentes criticos serem produzidos cá.
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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LuisPolis

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Re: Notícias do Exército Português
« Responder #1919 em: Abril 26, 2022, 02:05:10 pm »

Eu quero afirmar, é que temos diversificar a nossa linha de suprimentos.

Neste sentido, quando se compra algum equipamento, deveria ser obrigatório alguns dos componentes criticos serem produzidos cá.
É muito caro e impráticavel. O ideal era tentar ter componentes de aplicação dual de modo a ter aplicação comercial civil e assim ser mais fácil a aquisição no mercado negro/mercado de 2ª mão/mercado civil em situações de natureza estratégica excepcionais.
« Última modificação: Abril 26, 2022, 02:07:13 pm por LuisPolis »
 
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