Rangers, Comandos, Paras, etc

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #2925 em: Setembro 14, 2015, 05:43:04 pm »
Citação de: "ACADO"
Citação de: "NVF"
Só 'dei' a sugestão porque 1) faz sentido concentrar esse tipo de formação num único local, 2) porque para pilotos é uma valência crítica (da mesma forma que o é para um sniper, ou para outro operador de OE) e, finalmente, 3) porque penso que a FAP já dá o curso de sobrevivência e evasão a outras entidades fora da própria FAP. Mas admito que outros possam achar ridículo, desde que não seja na mesma frase em que defendem a optimização de meios   :G-beer2:

http://forumdefesa.com/forum/viewtopic. ... 55#p231078

Já agora, aqui fica o link para a história da unidade da FAP que ministra esta formação: http://www.emfa.pt/www/po/unidades/subPagina-1C800-001.002.003-historia

É ridículo uma vez que há entidades muito mais competentes nessa área que o dão!! As tripulações da FAP se fossem espertos faziam o curso com as unidades de Operacoes Especiais...

ACADO — Por acaso, tiveste o trabalho de abrir o link para o tópico deste forum, publicado anteriormente sobre este assunto? Se o fizeres, vais ver que a notícia menciona que de um total de 23 formandos que fizeram o curso, 6 eram da Marinha. Seriam porventura cozinheiros? Quem sabe.

Eu sou daqueles que não liga muito a etiquetas, ou títulos. Se um gajo (ou gaja) é bom naquilo que faz, não me interessa qual é a sua proveniência, ou formação inicial. Se um gajo é dentista, por exemplo, não quer dizer que não perceba puto de armas  :G-beer2:
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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #2926 em: Setembro 14, 2015, 06:23:44 pm »
Citação de: "NVF"
Citação de: "ACADO"
Citação de: "NVF"
Só 'dei' a sugestão porque 1) faz sentido concentrar esse tipo de formação num único local, 2) porque para pilotos é uma valência crítica (da mesma forma que o é para um sniper, ou para outro operador de OE) e, finalmente, 3) porque penso que a FAP já dá o curso de sobrevivência e evasão a outras entidades fora da própria FAP. Mas admito que outros possam achar ridículo, desde que não seja na mesma frase em que defendem a optimização de meios   :G-beer2:

http://forumdefesa.com/forum/viewtopic. ... 55#p231078

Já agora, aqui fica o link para a história da unidade da FAP que ministra esta formação: http://www.emfa.pt/www/po/unidades/subPagina-1C800-001.002.003-historia

É ridículo uma vez que há entidades muito mais competentes nessa área que o dão!! As tripulações da FAP se fossem espertos faziam o curso com as unidades de Operacoes Especiais...

ACADO — Por acaso, tiveste o trabalho de abrir o link para o tópico deste forum, publicado anteriormente sobre este assunto? Se o fizeres, vais ver que a notícia menciona que de um total de 23 formandos que fizeram o curso, 6 eram da Marinha. Seriam porventura cozinheiros? Quem sabe.

Eu sou daqueles que não liga muito a etiquetas, ou títulos. Se um gajo (ou gaja) é bom naquilo que faz, não me interessa qual é a sua proveniência, ou formação inicial. Se um gajo é dentista, por exemplo, não quer dizer que não perceba puto de armas  :G-beer2:

Provavelmente eram os pilotos da Marinha porque há cursos de fuga e evasão na escola de fuzileiros!!
Tens razão naquilo que dizes, no entanto justifico o que disse porque o curso que conheço dos pilotos de F16 achei-o muito fraquinho e com uma preparação para Guerra muito fraquinha !!
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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #2927 em: Setembro 14, 2015, 06:27:38 pm »
Citação de: "dc"
Eu gostava de perceber como é que juntar tudo no mesmo, lhes vai dar mais meios... E gostava de perceber como é que ia ser o treino... Cada recruta teria treino de Fuzileiro, Paraquedista e Comando? O mesmo homem tem de "aprender" as três coisas? Se for o caso, então como será para um recruta que é excelente em tudo, mas que não tem vocação para paraquedista? É "encostado" porque não gosta/tem "medo" de saltar de paraquedas? Aqui está uma coisa esperta... E quem não passa nos testes específicos para fuzileiro? Basta não ser um amante do mar, ou ser uma pessoa que facilmente entra em pânico dentro de água, ou ter alguma fobia associada ao mar, para ser excluído? Resumindo, não passa num teste que é específico a uma das forças especiais, e é automaticamente excluído do resto?
Mas mais importante que isto, é só estarem a ver as coisas do ponto de vista do que têm em comum as três forças, e não aquilo que as distingue. Cada uma tem a sua missão, o seu treino específico e o equipamento mais adequado para efectuar as suas missões (haver ou não falta de equipamento é outra questão que não seria resolvida por juntar tudo no mesmo saco), o que implica treinos diferentes em áreas específicas, e ora vejamos, aquele aumento de "qualidade" que muitos aqui falam, não existiria porque o mesmo homem teria de, para além do treino base, aprender o treino específico de cada unidade, e em vez de ter aumentar a qualidade, vamos ter militares medianos em tudo em vez de excelentes nas suas funções específicas.

Nem consegui ler tudo!! Então mas um gajo que tem medo de saltar de pára-quedas e não consegue vencer esse medo não pode estar numa unidade de elite como é óbvio!! E não sabe nadar aprende!! Mas está a gozar ou quê, isto é as tropas do faz de conta?!!!nao estamos a falar de Seals, estamos a falar de saltos de abertura automática e operações em botes de borracha ou lanchas de desembarque!!!
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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #2928 em: Setembro 14, 2015, 06:47:21 pm »
Citação de: "ACADO"
Provavelmente eram os pilotos da Marinha porque há cursos de fuga e evasão na escola de fuzileiros!!
Tens razão naquilo que dizes, no entanto justifico o que disse porque o curso que conheço dos pilotos de F16 achei-o muito fraquinho e com uma preparação para Guerra muito fraquinha !!

Também me ocorreu que poderiam ser pilotos, ou tripulantes, de Lynx. Mas se os fuzos, como dizes, dão um curso semelhante, isso levanta outra questão: porquê ir fazer um curso fora quando o mesmo está disponível em casa? A Marinha é, quanto a mim, o ramo mais prático das FFAA portuguesas e não têm problemas em irem fazer formações fora (tipo sniper e paraquedismo). Ora, se eles deixam alguns dos seus membros irem fazer formação à FAP é porque lhe reconhecem valor (digo eu). Talvez os teus contactos da Marinha possam elucidar (se não puser em causa opsec ou confidencialidade, como é óbvio)?

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #2929 em: Setembro 15, 2015, 01:27:18 am »
Todas as tropas especiais treinam infiltração/exfiltração e prisioneiros de guerra, mas os pilotos não é bem isso que precisam pois as situações em que se podem encontrar são diferentes (podem ser piores ou melhores) do que as unidades especiais.

Para mim as principais diferenças são, as tropas especiais andam em unidades de vários elementos, andam com armamento capaz de se defenderem, quando vão fazer alguma  operação está planeado a maneira como se vão inserir no TO, como se vão retirar, reforços que possam precisar se for o caso, e algo do género uma exfiltração de emergência, mas no fundo a ajuda nunca deve estar muito distante, nem o inimigo.

Um piloto de F-16 é muito diferente, ele não vai ter treino de combate tipo comando, ele quando se ejecta está sozinho e praticamente desarmado, pode estar numa zona controlada por forças inimigas, e nesse caso ele não vai andar aos tiros para sair da zona, vai ter é que se esconder e tentar sair dali sem ser detectado (pouco provável mas tenta-se), como pode ejectar-se num sitio onde não haja nenhuma pessoa em kms, mas não deixa de ser um ambiente hostil (deserto, selva, montanha) em que pode morrer na mesma, ele pode estar muito longe de qualquer helicóptero que o possa resgatar, pode ter ou não capacidade de comunicar e indicar a sua posição, aqui a importância é a capacidade de sobrevivência (aquela parte de construir abrigos, caçar, conhecer as plantas que se pode ou não comer, etc), orientação, talvez camuflagem.

A situação mais parecida que me ocorre é uma equipa sniper infiltrada muito no interior de um pais inimigo, mas mesmo esses a sua posição é conhecida.

Da mesma forma concordo que o curso SERE da Força Aérea também não é o indicado para as Tropas Especiais, para as Tropas Especiais esse tipo de treino será para lhes dar rusticidade, adaptarem a novas situações, e tenham confiança no seu treino e na sua capacidade de resistência para ultrapassar situações difíceis com que não se estava a contar.

Resumindo, uma unidade especial está sempre em perigo, sempre em zona onde há forças hostis, um piloto o perigo é ele estar só e não escolher o sitio onde se vai ejectar, depois é a carta da sorte, tanto pode cair no meio de inimigos e ai muito provavelmente está lixado, como pode cair no sitio mais isolado onde o inimigo seja um escorpião, algum tipo de planta venenosa, temperaturas negativas à noite, etc. O material de sobrevivência também deve reflectir a região onde esse avião opera, médio-oriente, selva africana, mar mediterrâneo, etc.

Nos casos de campanhas aéreas com pouca ou nenhuma participação de forças terrestres como Kosovo ou Líbia, qualquer avião em dificuldades ou que não conseguisse voltar à base (normalmente em Itália), o melhor possível seria ejectar-se sobre o mar, para que depois um helicóptero ou navio o fosse buscar, se conseguisse fazer isso já poupava muito trabalho a muita gente.
 
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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #2930 em: Setembro 15, 2015, 10:49:19 pm »
Citação de: "ACADO"
O ramo teria de ser finalmente um "ramo" independente de operações especiais. E, tal como em outros países, de modo que este se sobrepusesse operacionalmente aos outros 3 ramos.

Mais um ramo, mais uma cadeia de comando, mais um estado-maior, etc. Parece que não é aqui que estamos a resolver o que seja em termos de redução de gastos, aumento de disponibilidade de pessoal e material, menos tachos (como se uma função numa unidade operacional, qualquer que seja, fosse um TACHO, mas enfim.).
Citação de: "ACADO"
As capacidades é fácil de perceber que se se juntam 3 unidades só numa vamos ter as capacidades das 3 unidades!! Até porque o próprio nome o sugere.
 
Lamento mas o nome Grupo Aeronaval não sugere nada em termos de capacidades. Mas percebo que a ideia é que "tudo o que os comandos+páras+fuzos conseguem/sabem fazer" fique residente nesse Grupo. Por exemplo, todos os 2000/2500 brevetados para saltar. Lembro que não é baratucho a manutenção de 2000/2500 brevets militares.

Citação de: "ACADO"
O escalão e essas coisas todas teria de ser pensado constante o número de efectivos! brigada de Caçadores/Commandos Aeronavais com 20002500 homens (consuante o que se deferisse e tivesse disponível) parece-me um número razoável em tempo de paz com capacidade para aumentar consideravelmente e assumir a envergadura de uma verdadeira brigada.
Essa parte parece-me o mais fácil...

Efectivo de 2000/2500 militares? Esse é um efectivo superior ao actualmente existente somando o Batalhão de Comandos, os 2 Batalhões Páraquedistas e o Batalhão de Fuzos, os tais batalhões que, por sinal, alguns foristas vêm como "fundíveis". Portanto, mais uma vez pergunto onde fica então o principio de "menos é melhor"? Já agora, como se articulavam esses 2000/2500 militares? Isto é, quais as subunidades desse Grupo/Brigada de Caçadores/Comandos Aeronavais?  

Eu sei que somente fazer perguntas é uma postura confortável e fácil, mas de facto gostava de entender esta ideia da fusão comandos+páras+fzs. Pena não ter visto o camuflage por aqui.
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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #2931 em: Setembro 16, 2015, 01:50:24 pm »
Para o efectivo total das FA temos um número de Tropas Especiais em demasia ! :!:
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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #2932 em: Setembro 16, 2015, 02:14:56 pm »
No entanto é esse tipo de forças que vale a pena ter! O resto (tirando as áreas técnicas) é só para fazer numero.
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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #2933 em: Setembro 16, 2015, 02:35:10 pm »
Citação de: "HSMW"
No entanto é esse tipo de forças que vale a pena ter! O resto (tirando as áreas técnicas) é só para fazer numero.

Isso deve ser a tua experiência a falar !!!!

Sabes que forças permanecem num objectivo depois de o conquistares Comandos/fuzos/Paras ou a infantaria, a tal de fazer número, libertando as Tropas especiais para outra missão de infil/assalto???
Que tipo de tropas fizeram o dia D em França ?? Comandos/Rangers/Royal Marines qual a percentagem do total empenhado ??
foram menos de 5% !
Só a 29ª Div Inf Americana tinha 16.000 homens em Omaha, quantos batalhões de Rangers Americanos nas falésia dois ?? 1000 homens ???

Que quantidade de tropas especiais esteve na Invasão do Iraque ????
Quantas divisões Infª/Blindadas Americanas/Britânicas empenhadas ???

Com que então só para fazer número????
Descarta a Infantaria/artilharia/cavalaria que vais ver o que acontece a um Exército, e, posso te dizer que temos muitíssimo poucos Bat Infª para o que deveríamos ter comparativamente aos 2 bat para, 1 bat CMD e 01/02 Bat Fuzos, aliás temos mais de tropas especiais do que de Infª !!!!!!  


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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #2934 em: Setembro 16, 2015, 02:57:13 pm »
Concordo com o HSMW, para a realidade portuguesa termos duas brigadas "normais" está muito bem.

Não percebo o que é que o Tenente critica, preferia que tivessemos Divisões, algo tipo o exército da Grécia? Ou preferia que tivessemos menos tropas especiais? Se até temos dificuldades de completar as actuais Brigadas ia ser bonito ainda ter mais "quarteis fantasma", só se voltassemos ao SMO.

Não acho certo comparar-nos com os EUA, nem com a realidade da 2ª Guerra mundial, já viu os exércitos da Holanda, Bélgica, Canadá, Austrália?

Eu tinha pensado no nosso caso na guerra colonial, em que ai tinhamos muita mais "tropa normal" para a quantidade de "tropa especial", mas a realidade actual não é a mesma de 1960, não precisamos de 100.000 homens de serviço obrigatório que não podem sair de Portugal, precisamos é de 10.000 que possam ser enviados para qualquer local no mundo.

E quando falou na invasão do Iraque, é verdade que os Americanos tem muitas Divisões mas também já não é como na 2ª Guerra Mundial.

As unidades americanas eram:
 - 1ª Divisão de Marines
 - 2ª Brigada Expedicionária de Marines
 - 3ª Divisão de Infantaria
 - 101ª Divisão Aerotransportada
 - 82ª Divisão Aerotransportada
 - 4ª Divisão de Infantaria (estava na Turquia para abrir uma frente norte mas nunca foi autorizada)
 - 173ª Brigada Pára-quedista

As unidades britânicas eram:
 - 1ª Divisão Blindada (UK) com a 7ª Brigada Blindada, 16ª Brigada de Assalto Aéreo (pára-quedistas) e 3ª Brigada Commando (royal marines).

https://en.wikipedia.org/wiki/Invasion_ ... attle_2003

Já viu a quantidade de unidades especiais e normais?

Nem estamos a falar de Rangers, Special Forces, Navy Seals, etc.
 

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #2935 em: Setembro 16, 2015, 03:02:03 pm »
Citação de: "HSMW"
No entanto é esse tipo de forças que vale a pena ter! O resto (tirando as áreas técnicas) é só para fazer numero.

Eu ainda diria que as unidades normais operacionais também são para ir fazendo manutenção de paz, e um dia em crise em que seja preciso voltar ao SMO e termos um exército territorial, já temos um nucleo inicial de graduados e quarteis de onde se pode começar, não é necessário começar do 0.
 

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tenente

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #2936 em: Setembro 16, 2015, 04:07:36 pm »
Citação de: "Lightning"
Concordo com o HSMW, para a realidade portuguesa termos duas brigadas "normais" está muito bem.

Não percebo o que é que o Tenente critica, preferia que tivessemos Divisões, algo tipo o exército da Grécia? Ou preferia que tivessemos menos tropas especiais? Se até temos dificuldades de completar as actuais Brigadas ia ser bonito ainda ter mais "quarteis fantasma", só se voltassemos ao SMO.

Não acho certo comparar-nos com os EUA, nem com a realidade da 2ª Guerra mundial, já viu os exércitos da Holanda, Bélgica, Canadá, Austrália?

Eu tinha pensado no nosso caso na guerra colonial, em que ai tinhamos muita mais "tropa normal" para a quantidade de "tropa especial", mas a realidade actual não é a mesma de 1960, não precisamos de 100.000 homens de serviço obrigatório que não podem sair de Portugal, precisamos é de 10.000 que possam ser enviados para qualquer local no mundo.

E quando falou na invasão do Iraque, é verdade que os Americanos tem muitas Divisões mas também já não é como na 2ª Guerra Mundial.

As unidades americanas eram:
 - 1ª Divisão de Marines
 - 2ª Brigada Expedicionária de Marines
 - 3ª Divisão de Infantaria
 - 101ª Divisão Aerotransportada
 - 82ª Divisão Aerotransportada
 - 4ª Divisão de Infantaria (estava na Turquia para abrir uma frente norte mas nunca foi autorizada)
 - 173ª Brigada Pára-quedista

As unidades britânicas eram:
 - 1ª Divisão Blindada (UK) com a 7ª Brigada Blindada, 16ª Brigada de Assalto Aéreo (pára-quedistas) e 3ª Brigada Commando (royal marines).

https://en.wikipedia.org/wiki/Invasion_ ... attle_2003

Já viu a quantidade de unidades especiais e normais?

Nem estamos a falar de Rangers, Special Forces, Navy Seals, etc.

Mas quem é que falou em termos Divisões ?? Fui eu ?? :roll:  :lol:  :lol:
O que disse e repito é termos efectivo em demasia das ditas tropas especias em detrimento de outras forças de infantaria/cavalaria/artilharia, no computo geral qual é a percentagem ??? 40% ?? das unidades de Manobra/combate ??
Qual é a percentagem de tropas especiais no seio dos exércitos britãnico e Americano ???
è superior á nossa ???

Estou a falar de tropas especiais não de unidades de operações Especiais, OE's, DAE's !

Além disso para empenhares 10.000 fora do País o que tinhas como reserva e como unidades de aprontamento ?? A GNR e a PSP ???
teoricamente e no papel é muito bonito teres muitos Paras/Fuzos/CMDs mas quando vamos ver como são apoiados em operações é outra coisa.

para teres 10.000 homens para sair para qualquer parte do Mundo, que nunca teremos, como dizes, tens de ter um número quase tão grande nas unidades de apoio ou então passas pela eterna divida das tuas companhias destacadas ou Bat (-) (-) que não passam de companhias reforçadas, estarem sempre dependentes de unidades de apoio de outras Nações, como estivemos dependentes do apoio Italiano nos Balcãs, então porque não empenhamos um Batalhão completo ????
Porque não conseguimos não temos meios de apoio e forças suficientes para tal!
Não te esqueças que o efectivo do Exercito está quase a 80% mas os Batalhões de Pandurs ainda não conseguem ter a suas duas CAT's, que cada um tem, completas, estão apenas a dois Pel Atiradores, mas o mais grave é nem conseguirem formar a 3ª CAT orgânica !!!!!!!!

A Solução para a falta de efectivos de infª Mec é muito simples, quando for necessário aprontar uma subunidade para destacar fora do país, por rotação, passam os Paras a ser equipados com Pandur.... :lol:  :lol:  :lol:  Então qual as missões para que os Paras foram treinados ????
Vamos falar de polivalência, é que se formos então os CMDs/Fuzos/Paras também podem ser necessários para guarnecer uma unidade de artilharia autopropulsada porque não ???
Quem é que fala em Divisões se nem os poucos batalhões que temos estão a 100 % ??
Nós nem um batalhão completo conseguimos empenhar num TO qualquer, Lightning, essa é a realidade, não temos meios para o apoiar !!!!!
Falam em mantermos 2500 elementos de tropas especiais num efectivo actual de um Exército de 14.000 Homens ????
Espectacular!!!

Nós só comparamos as Nossas FA com as de certos países/FA quando nos dá jeito não é ???

Cumprimentos
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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #2937 em: Setembro 16, 2015, 04:36:45 pm »
Citação de: "tenente"
Mas quem é que falou em termos Divisões ?? Fui eu ?? :roll:  :lol:  :lol:

Fui eu que falei :mrgreen: , eu queria dizer de um total de 10.000 (numeros redondos) 3 Brigadas do Exército e Corpo de Fuzileiros (deve dar um numero perto disso) termos capacidade de destacar Batalhões/Agrupamentos para fora do pais.

Citar
para teres 10.000 homens para sair para qualquer parte do Mundo, que nunca teremos, como dizes, tens de ter um número quase tão grande nas unidades de apoio ou então passas pela eterna divida das tuas companhias destacadas ou Bat (-) (-) que não passam de companhias reforçadas, estarem sempre dependentes de unidades de apoio de outras Nações, como estivemos dependentes do apoio Italiano nos Balcãs, então porque não empenhamos um Batalhão completo ????
Porque não conseguimos não temos meios de apoio e forças suficientes para tal!

Não te esqueças que o efectivo do Exercito está quase a 80% mas os Batalhões de Pandurs ainda não conseguem ter a suas duas CAT's, que cada um tem, completas, estão apenas a dois Pel Atiradores, mas o mais grave é nem conseguirem formar a 3ª CAT orgânica !!!!!!!!

Num passado recente já tivemos batalhões na Bosnia, Kosovo e Timor, em todos eles precisamos de apoio de outras nações? Então o problema continua a ser a falta de pessoal na tropa normal :lol:  :lol:  :lol:  :mrgreen: , é um compromisso a meio entre manter ou acabar com batalhões de tropas especiais, não é o Canadá que tem 1 companhia pára-quedista em 3 Batalhões de Infantaria? :wink: Assim temos ao mesmo tempo os Batalhões mais completos e numa emergência também temos um Batalhão Pára-quedista constituido pelo conjunto destas companhias.
 
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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #2938 em: Setembro 17, 2015, 10:24:32 am »
Finalmente regressei das minha férias (que por acaso foram uma bela porcaria) e o que vejo, unidades de Caçadores Aeronavais, fusão, blábláblá).

Na prática os colegas que defendem essa solução ainda não explicaram como seria feita a selecção, formação e como seria constituída a dita unidade. Há várias coisas que devem ficar cientes, a Infantaria Ligeira de Assalto com o tempo de formação mais longo em Portugal são os Fuzileiros, a que gasta mais munição durante a sua formação são os Comandos e o curso mais caro é o de Pára-quedismo.

Tenente até parece que são só as unidades do Exército normal que têm falta de militares... o Batalhão de Comandos tem 65% do seu quadro orgânico aprovado, os BIParas devem estar ainda pior e o mesmo o Corpo de Fuzileiros. Páras em Pandur?

 :arrow: http://www.operacional.pt/paras-pandur- ... -o-kosovo/

Agora quero ver um BIMec a fazer as coisas que um BIPara faz... :mrgreen:

Também devem pensar que os Fuzileiros não são só o BLD, mas também o Batalhão de Fuzileiros n.º1 que faz a protecção das bases navais e que tem o Pelotão de Abordagem. O mais parecido a isso nas Forças Armadas Portuguesas é a PA e a sua UPF.

Também devem pensar que os Páras não são só os BIParas, mas também o BOAT que entre outras coisas tem a Companhia de Precursores.

ACADO os Caçadores são bem mais antigos que a Guerra do Ultramar e apesar de adorar esses designação, para mim nós já temos "Caçadores", infelizmente por influências externas eles designam-se de "Rangers". Em relação à cor das Boinas para mim é uma conversa de loucos. Apesar dos Fuzileiros dos primeiros cursos quererem usar a Boina Verde como a dos seus "professores" (RMC), na prática o que eles sempre usaram foi a Boina Azul Ferrete e duvido que queiram usar algo diferente. Os Comandos... até podiam ter uma Boina cor de rosa, já que o que é importante é o dístico e o crachá do curso. Os Rangers são os mui dignos Boinas Castanhas do Exército, infelizmente viram a sua Boina usuropada pelo resto do Exército (algo como aconteceu com os Rangers Norte-Americanos).

Concordo contigo quando dizes que São Jacinto tem condições espectaculares, já que a mesma pode ser usada por basicamente qualquer tipo de Tropa Especial, tem praia para desembarques, pista para aviões, um local para treinar luta em área urbanizadas, etc.

A UPF existe porque a FAP precisou de ter uma unidade do género, é que os Páras faziam muitas das funções da actual UPF (basta ver quem fez a protecção ao C-130 em Angola nos anos 90). Salvo erro são militares dessa unidade que dão alguma da formação de SERE no Centro que a FAP tem para o efeito. Em relação ao curso só tenho a dizer que para mim uma coisa é sobrevivência e Prisioneiros de Guerra numa Tropa Especial, outra coisa é SERE dada a tripulações de aviões/helicópteros. Os procedimentos, a razão do curso... é tudo muito diferente de um caso para o outro. Nem tenho conhecimento que haja unidade de Operações Especiais a darem formação SERE a tripulações das respectivas Forças Aéreas no seio da OTAN.
« Última modificação: Setembro 17, 2015, 10:51:29 am por Cabeça de Martelo »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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Cabeça de Martelo

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #2939 em: Setembro 17, 2015, 10:43:08 am »
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A FRI e as FPAS devem ser estabelecidas com base em requisitos nacionais de capacidade de atuação autónoma. Estas duas forças podem partilhar capacidades e meios em função do alinhamento com os ciclos de preparação, operação e sustentação de cada um dos elementos que as integram. Neste âmbito, em termos de requisitos de capacidades e meios, definiram-se as seguintes orientações:

• Armada – capacidade para projetar e sustentar, em simultâneo, duas unidades navais de tipo fragata, para participação nos esforços de segurança e defesa coletiva; dispor de capacidade anfíbia e submarina, navios auxiliares, de patrulha oceânica e de fiscalização costeira e capacidade oceanográfica, de modo a garantir, simultânea e continuadamente, o controlo e vigilância do espaço marítimo sob responsabilidade e jurisdição nacional, as missões de interesse público e as atribuições cometidas no âmbito do Sistema de Autoridade Marítima.

• Exército – Capacidade para projetar e sustentar, em simultâneo, até três unidades de combate (até escalão batalhão), apoio de combate ou apoio de serviços, para participação nos esforços de segurança e defesa coletiva, podendo no máximo comandar uma única operação de escalão brigada em qualquer cenário e grau de intensidade, por tempo limitado. Dispor de capacidade de dissuasão convencional defensiva, a reforçar no quadro das alianças e suficiente para desencorajar e ou conter as agressões, pronta para continuadamente cumprir missões no âmbito da segurança e defesa do território e da população e do apoio militar de emergência.

• Força Aérea – capacidade para projetar e sustentar até três destacamentos aéreos de pequena dimensão, para participação nos esforços de segurança e defesa coletiva por períodos de curta duração ou um destacamento aéreo por um período alargado. Garantir, simultânea e continuadamente, a vigilância e controlo do espaço aéreo, incluindo aeronaves de combate vocacionadas para execução de missões de luta aérea e aeronaves para o reconhecimento, fiscalização e intervenção nos espaços de soberania sob responsabilidade e jurisdição nacional, bem como missões de interesse público e a execução das ações cometidas no âmbito da Autoridade Aeronáutica Nacional.

É isto que é pedido a cada Ramo!
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.