Os problemas do U-214

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papatango

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Os problemas do U-214
« em: Novembro 30, 2006, 08:49:12 pm »
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Foram divulgados por varias fontes relatos sobre problemas encontrados no primeiro submarino da família U-214, que foi entregue à marinha da Grécia no ano passado. A Grécia foi o primeiro cliente deste tipo de submarino, tendo adquirido quatro unidades, a primeira das quais foi entregue à marinha grega em 2005.

Segundo os relatos, os submarinos apresentam vários problemas.
Entre os problemas detectados, estão os sistemas ópticos, como o periscópio SERO-400 fabricados pela Carl Zeiss Optronics.

O submarino apresentará também problemas ao nível do sistema de combate ISUS, que é também novo, e nunca foi instalado a bordo de outros navios. Problemas no sistema de combate, tanto podem ser ao nível de sensores, como ao nível do software que gere o sistema e conjuga os dados recebidos.

Dos problemas detectados, o mais preocupante, é que no seu conjunto o nível de ruído produzido pelo submarino parece estar a um nível acima do que foi especificado. O nível de ruído produzido por um submarino como o U-214, é da maior importância, porque sendo um submarino com sistema AIP (Propulsão Independente do Ar) utilizando células de combustível, ele baseia grande parte da sua acção na extrema dificuldade em ser detectado por causa de ser (ou dever ser) muito silencioso.

O sistema de células de combustível, tem ainda a vantagem de ao contrário de outros sistemas, não produzir altas temperaturas, o que também parece estar falhando, porque a alta temperatura de operação foi também apontada pela marinha da Grécia como um problema a resolver, e que levou que embora tenha sido entregue à marinha da Grécia em 2005, ele ainda não tenha sido aceite.

Sistema OMS-100, que inclui periscópio. Todo o cojunto vibra, impossibilitando a recolha de dados
Um dos novos conjuntos de sistemas que dá pelo nome de OMS-100 (Optronics Mast System) inclui o periscópio SERO-400 que é muito recente e alegadamente produz uma vibração inadequada a velocidades superiores a 3 nós, o que torna a observação de alvos muito difícil e pouco precisa. Este conjunto de sensores não foi instalado em nenhum outros submarino, e inclui uma variedade de sensores, como por exemplo um telémetro a laser, que permite determinar as distâncias a que se encontram os alvos. Com um telémetro em cima de um mastro que vibra, é praticamente impossível determinar a distância a que se encontra o alvo, não sendo possível alimentar os torpedos com dados correctos.

O sistema de combate também é muito recente e mais complexo que o instalado no U-212 alemão e italiano.
Neste capítulo, o sistema de combate do U-214, coordena as suas operações com dados dos seus sensores que permitem ao comandante do submarino ter uma «visão» geral da área, podendo não só disparar torpedos contra um eventual inimigo, como também mísseis anti-navio ou ambos. Problemas com os sensores colocados no mastro do periscópio, podem influir nos dados que alimentam o sistema de combate.

O sistema AIP do U-214 também é novo, utilizando menos componentes, e sendo mais compacto que o instalado no U-212.

Finalmente, foram detectados problemas de estabilidade em mar agitado, que fazem com que o submarino se incline a mais de 45º, o que pode implicar problemas mais graves, ao nível do cálculo da distribuição de pesos de componentes e acessórios, ou mesmo no desenho do casco.

Parece que deste conjunto de questões, se pode concluir que o U-214 Papanikolis, é na realidade um protótipo, o primeiro submarino de uma classe nova, que apresenta soluções ainda não testadas, pelo que os problemas - sendo indesejáveis - são também esperados.

Para vender o U-214, a empresa HDW - fabricante do U-214, bem como dos mais antigos U-209 e U-212 (este último muito mais sofisticado que o U-209) - baseou grande parte da sua propaganda na afirmação de que o U-214, somava as boas características do U-209 à tecnologia do U-212 e a fiabilidade reconhecida nesses sistemas, ajudou a vender submarinos não apenas para a Grécia, como para a Coreia, para Portugal (U-209PN) e para o Brasil, onde estranhamente o U-214 não deverá incluir a sua característica mais importante, o sistema de propulsão independente do ar (AIP).

A acreditar nos relatos, o U-214 foi demasiado «colado» aos submarinos anteriores, para lhe garantir encomendas, mas agora está-se a verificar que ele é bastante mais diferente dos seus «irmãos» mais velhos que o que se pensava. Caso contrário, provavelmente este tipo de problemas não ocorreriam.
O sistema de combate do U-214. Notar ao centro o periscópio


Não é previsível que os problemas com o U-214 não venham a ser resolvidos, porque neste momento as marinhas que adquiriram estes sistemas estão de olho quer nos problemas quer na resolução dos mesmos, e a industria alemã necessita do sucesso do U-214 no mercado mundial, onde tenta vender o seu modelo.

A marinha grega, tem por isso uma vantagem que lhe permite estar numa posição de força, pois os alemães não vão querer prejudicar o futuro daquele que pode vir a ser o substituto da série «209» que é um dos maiores sucessos da industria naval alemã.

Um projecto novo, normalmente apresenta problemas, na proporção das modernizações que pretende introduzir. No entanto não deixa de ser estranho que estes problemas continuem a ser referidos com alguma insistência na imprensa, onde a concorrência especialmente com a empresa francesa DCN/ARMARIS é extremamente forte. Ou a concorrência está demasiado acirrada, ou então os problemas são mais graves que o que a HDW está disposta a reconhecer, para não prejudicar contratos e concorrências em curso.

Em Portugal, a questão não foi abordada pela imprensa, porque o submarino U-214 para Portugal, é conhecido como U-209(PN).
Este subterfúgio, levou a própria televisão do Estado, através do seu Canal-1, a fazer uma reportagem a bordo de um submarino U-209 da marinha da África do Sul, afirmando que se tratava de um submarino igual ao que Portugal iria comprar[1].

O Brasil, terá também que acompanhar de perto os problemas, embora a opção brasileira por um sistema de propulsão tradicional, provavelmente reduza o numero de quesitos a analisar e a distância que medeia entre o momento actual e o inicio da construção, possam permitir a inclusão de cláusulas de salvaguarda adicionais.

[1]No entanto, não deve haver dúvida quanto ao submarino adquirido por Portugal. O U-209PN é na realidade um U-214 com o nome disfarçado (como se lhe referiu alguma imprensa internacional), o que chegou a ser alvo de um processo na justiça.
Caso contrário, não haveria como justificar o seu elevado preço, que está expresso nos valores apresentados na Lei de Programação Militar.


Uma situação curiosa.

Se houver problemas mais sérios com o submarino U-214, e uma vez que a marinha portuguesa não reconhece que optou por um U-214 e não por um U-209 (embora não haja outra forma de justificar a dinheirama que custaram), será que alguém vai fazer alguma coisa?

cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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antoninho

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« Responder #1 em: Novembro 30, 2006, 09:16:17 pm »
quando vierem, já os problemas foram corrigidos, afinal como diz o ditado, à males que vêm por bem.....e esta hem.....nem o Socas imaginaria uma destas....
 

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papatango

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« Responder #2 em: Novembro 30, 2006, 09:20:13 pm »
Eu acho que isso vai depender do tipo de problema.
Também acho que seria demasiada azelhice se os alemães tivessem construido um submarino que não cumpre as espectativas.

Mas ao que parece, o U-214 é muito mais diferente do U-209 que o que era suposto.

O ruido que é referido parece também ter a ver com as características hidrodinâmicas, e essas não se podem mudar com muita facilidade. Embora, evidentemente quando um submarino ainda está na prancheta seja mais facil altera-lo que depois.

cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Yosy

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« Responder #3 em: Novembro 30, 2006, 10:09:14 pm »
Isto são as "doenças infantis" inevitáveis em qualquer arma nova. No entanto, bastante preocupante (mais que o AIP ou o periscópio) é isto:

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Finalmente, foram detectados problemas de estabilidade em mar agitado, que fazem com que o submarino se incline a mais de 45º, o que pode implicar problemas mais graves, ao nível do cálculo da distribuição de pesos de componentes e acessórios, ou mesmo no desenho do casco.


Isto sim, é grave. E muito surpreendente ter sido detectado só agora.
 

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Sintra

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« Responder #4 em: Novembro 30, 2006, 10:31:41 pm »
Citação de: "Yosy"
Isto são as "doenças infantis" inevitáveis em qualquer arma nova. No entanto, bastante preocupante (mais que o AIP ou o periscópio) é isto:

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Finalmente, foram detectados problemas de estabilidade em mar agitado, que fazem com que o submarino se incline a mais de 45º, o que pode implicar problemas mais graves, ao nível do cálculo da distribuição de pesos de componentes e acessórios, ou mesmo no desenho do casco.

Isto sim, é grave. E muito surpreendente ter sido detectado só agora.


 Concordo

 Mas acho esta história muitissimo estranha, não é propriamente o primeiro submarino da HDW...
 

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Luso

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« Responder #5 em: Novembro 30, 2006, 10:42:21 pm »
Citação de: "Sintra"
Citação de: "Yosy"
Isto são as "doenças infantis" inevitáveis em qualquer arma nova. No entanto, bastante preocupante (mais que o AIP ou o periscópio) é isto:

Citar
Finalmente, foram detectados problemas de estabilidade em mar agitado, que fazem com que o submarino se incline a mais de 45º, o que pode implicar problemas mais graves, ao nível do cálculo da distribuição de pesos de componentes e acessórios, ou mesmo no desenho do casco.

Isto sim, é grave. E muito surpreendente ter sido detectado só agora.

 Concordo

 Mas acho esta história muitissimo estranha, não é propriamente o primeiro submarino da HDW...


Estava a seguir idêntica linha de pensamento. Terem cometido um erro tão básico desses é algo em que é difícil de acreditar.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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antoninho

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« Responder #6 em: Dezembro 02, 2006, 12:05:25 am »
Hum... queres ver os gregos a aprender com os tipos lá do norte(Noruega)
vai de por defeitos e não tarda muito querem o sub. de borla, mas também já li, que não accionaram as multas ao estaleiro assim isto dá que pensar principalmente quando os sul-coreanos ainda nada disseram do que já está a navegar...por acaso alguma alma caridosa do fórum, fluente em inglês, já fez alguma pesquisa, ou perguntou lá pelos fóruns dos coreanos, para saber como vai o deles?????
 

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luis filipe silva

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« Responder #7 em: Dezembro 02, 2006, 12:35:35 am »
Antoninho escreveu:
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por acaso alguma alma caridosa do fórum, fluente em inglês, já fez alguma pesquisa, ou perguntou lá pelos fóruns dos coreanos, para saber como vai o deles?????
South Korea’s navy on June 9 launched a new submarine equipped with advanced sensors and weapons systems and capable of staying underwater for up to 50 days.
The 1,800-ton 214-class submarine was launched from the Hyundai Heavy Industries shipyard in the southeastern port of Ulsan, the Navy said in a press release.
It is the first of a series of nine 214-class submarines that will be built locally over the next 12 years, navy sources said.
The vessel has a top speed of 20 knots with a crew of 40 and is armed with advanced weapons including anti-ship cruise missiles.
Named the Son Won-Il after an admiral who helped found the South Korean navy, the vessel is the country’s first submarine equipped with an air-independent propulsion system, a device that extends the duration of underwater operation.
South Korea’s Navy, which has also deployed four 4,000-ton new destroyers, plans to have its first AEGIS destroyer, weighing 7,000 tons, built by 2008.

Para já, o que se passa é que só foi lançado à água em Junho. Portanto só depois de acabado é que se saberá qualquer coisa.

http://www.defensenews.com/story.php?F=1860129&C=navwar

http://bubbleheads.blogspot.com/2006/06 ... nched.html
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saudações:
Luis Filipe Silva
 

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Jorge Pereira

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« Responder #8 em: Dezembro 03, 2006, 07:30:54 pm »
O ThyssenKrupp já veio a público rejeitar as críticas lançadas pelo governo grego ao submarino Papanikolis . Segundo o grupo empresarial que controla a HDW (construtora dos U-214) os problemas detectados ao longo dos últimos 18 meses já foram corrigidos na sua quase totalidade e que o submarino neste momento cumpre todos os requisitos técnicos estipulados no contrato.

Curioso o facto de esta notícia surgir numa altura em que o U-214 mantém uma acérrima disputa com o Marlin da DCN francesa nos concursos lançados pela Turquia e Paquistão :roll: .

Todos os novos projectos têm que sofrer “afinações” até conseguirem o seu estado de excelência. Lembram-se do acidente/incidente do Scorpene chileno novinho em folha? E do afundamento do Minerve e Eurydice da classe Daphné (os mesmos da nossa 4ª esquadrilha que duram e duram) por um defeito numa válvula? Todos esses supostos defeitos do U-214 têm de ser vistos sob a perspectiva de um projecto novo que precisa de ser “trabalhado” até atingir o seu estado de excelência.

Quanto a mim não tenho dúvidas: A HDW são os melhores construtores de submarinos do mundo inteiro. Se eles não conseguem, ninguém consegue! E tenho a plena convicção que os nossos U-209PN serão na altura da sua entrada em serviço um dos melhores senão mesmo os melhores submarinos convencionais do mundo.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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Rui Elias

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« Responder #9 em: Dezembro 28, 2006, 02:18:37 pm »
Isto parece o caso da pintura das fragatas norueguesas construidas em Espanha, as F-310 JvH.

Talvez uma forma da Grécia querer renegociar contratos e preços para as próximas unidades, e com esses "problemas" a serem ampliados pelos lobbies que actuam nos mercados potencialmente compradores dos SSK a favor da DCN e do seu producto - os Scorpéne.

O que não significa que num producto novo, não hajam problemas que serão resolvidos nas unidades seguintes.

Veja-se o caso dos nossos NPO-2000.

É que a HDW e a Alemanha não começaram a construir submarinos ontem, embora também seja verdade, como diz o ditado, que "no melhor pano, cai a nódoa".
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #10 em: Janeiro 18, 2007, 10:49:22 am »
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Submarine PAPANIKOLIS: An Outstanding Performer and Future Number One Global Player
The first-of-class 214 submarine PAPANIKOLIS designed and built at HDW Shipyard in Kiel Germany under the prime contractorship of Hellenic Shipyards (HSY) was tendered for delivery to the Greek Navy on November 15th 2006. With relevance to the issues that arised upon this delivery, we would like to clarify the following:
PAPANIKOLIS is a first-of-class boat of the highly sophisticated new class 214, the worldwide most excellent performer in the field of conventional submarines.
PAPANIKOLIS proved in more than 1 ½ years of successful and safe trials (including 12 months at sea) not only her extraordinary and outstanding performance capabilities, but also unrestricted safety for crew and boat.
PAPANIKOLIS is an outstanding performer:
Excellent Stability and Rolling Behaviour
It has to be clearly noted that the Class 214 submarine has no stability problem in any sea conditions.
The stability of the Class 214 has been proven in a diving and inclination test according to the applicable governmental building standards and the test showed the surface stability values exceeding the required performance level by nearly 50%.
Moreover, the submarine is fully operational in all respects, under water as well as when in surface transit. The so-called “technical problem” of PAPANIKOLIS is a completely normal behaviour of any ship on the surface, including for example containerships.
The Air Independent Propulsion System: Outstanding World Class Technology
The fuel cell based Air Independent Propulsion (AIP) system with its decisive contribution to the superior submerged operation of PAPANIKOLIS is a latest-state-of-the-art development: More silent, longer diving, faster driving, more compact. With this AIP system, PAPANIKOLIS sets standards never reached before.
The fuel cell modules installed on PAPANIKOLIS are based on the well-proven modules installed on submarines in operation with certain NATO navies. The world record in submerged operation time for conventional submarines was achieved in spring 2006 by a Class 212 submarine of the German Navy. HDW and Siemens can assure that the fuel cell modules installed on PAPANIKOLIS will be as reliable.
PAPANIKOLIS: Extreme New Signature for Quietness
PAPANIKOLIS has an outstanding performance in terms of acoustic signatures.
As part of the tests of the submarine, extensive acoustic measurements have been made at the two official test ranges of the German Government. As is normal practice, the submarine has thereafter been “fine-tuned” and adjusted by using the results of these measurements.
The results of the final acoustic measurements were in all areas (including the propeller) within the contracted values and are additionally meeting almost all of the extremely tough performance criteria specified for the German Navy Class 212A submarines.
The ISUS Combat System: New Standards and New Horizons
The ISUS (Integrated Sonar Utility System) system is the latest generation of a fully integrated combat system, tailored to the requirements of the Hellenic Navy and the most sophisticated system ever installed onboard a submarine.
In addition to traditional combat system capabilities, ISUS also integrates several other systems, such as navigation, radar and platform systems. In a special test program for PAPANIKOLIS in August 2006, a 36-hour test was successfully performed, meeting all specified contractual performance criteria clearly.
The Periscope: Fully in Function, Even Under Extreme Conditions
For operational reasons, the periscope of the Class 214 boat is longer than usual. In order to further minimise vibrations, comprehensive modifications were carried out. These have led to substantial improvements and no further problems have been observed.
The Hydraulic System: New Findings Led to Perfect Performance
There was never a water inrush into the boat. A minor leakage of water into the hydraulic system was immediately noted and perfectly repaired. The hydraulic system has been continuously running without restrictions.
ThyssenKrupp Marine Systems is fully committed to the excellent development of Hellenic Shipyards in the framework of this huge European shipyard group. We are sure that Hellenic Shipyards is and will be in the future a reliable partner for national and international navies and other clients.

Fonte - http://www.hellenic-shipyards.gr/pg/asp ... ress_id=28
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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papatango

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« Responder #11 em: Janeiro 19, 2007, 09:31:35 pm »
Bom, não deixam de ser pontos de vista do fabricante.

A história no entanto parece ter sido encerrada com o pagamento de 120 milhões de Euros por parte dos alemães, que na prática vão ser na sua maioria investidos nos estaleiros gregos, que são propriedade da própria HDW. Foi na realidade uma forma inteligente de transferir dinheiro para os estaleiros gregos, sendo que no processo, o governo da Grécia meteu 30 milhões ao bolso.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Jorge Pereira

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« Responder #12 em: Janeiro 19, 2007, 10:31:39 pm »
As notícias vindas da Coreia também são excelentes. Estaremos talvez perante o melhor submarino convencional da actualidade.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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« Responder #13 em: Março 06, 2008, 05:34:32 pm »
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Greece owes 'at least EUR100 million' to Thyssenkrupp, claims industry source

By Keri Smith
06 March 2008

A payment of at least EUR100 million (USD152 million) is outstanding on a Greek order for Thyssenkrupp Marine Systems Type 214 submarines and additional submarine upgrade work for the Hellenic Navy, an industry source close to the programme has told Jane's.

Greece signed a contract for three Type 214 boats for the Hellenic Navy in February 2000 and subsequently a fourth was ordered in May 2002. These were to be built by Hellenic Shipyards Company (now owned by Thyssenkrupp Marine Systems subsidiary Howaldstwerke-Deutsche Werft [HDW]).

The source told Jane's on 4 March: "A substantial three-digit figure in million euros [is] outstanding on this order," adding: "In spite of [the] client's break of contract, there has been no interruption of the work on the Type 214 submarines, nor on the Neptune II programme.

"However, the [Thyssenkrupp] yards are suffering [financial] damages."

At the time of going to press, no spokesperson for the Greek customer was available for comment.

Image: HDW launched the Greek Type 214 submarine HS Papanikolis at its yard in Kiel, Germany, on 22 April 2004. (Michael Nitz)

158 of 508 words
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http://www.janes.com/news/defence/busin ... _1_n.shtml
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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luis filipe silva

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« Responder #14 em: Março 29, 2008, 03:11:53 pm »
E como a novela ainda não acabou, aqui està o Papanikolis em Kiel com bandeira mercante alemã. De notar que a foto foi tirada hoje.
http://www.shipspotting.com/modules/mya ... lid=610732
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saudações:
Luis Filipe Silva