25 de Abril de 1974

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Pantera

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« Responder #60 em: Abril 26, 2006, 08:00:48 pm »
rei absolutista ou ditador,isso é quase a mesma coisa amigo Tomkat.É tudo a mesmo coisa, portanto...como lhe disse, Portugal existe a partir de pessoas que cometeram actos horriveis e que foram ditadores,e é a democracia que está a acabar com Portugal,cabe-nos a nós "prolongar" a nossa nação numa democracia como é obvio.Toda a nossa história é feita, pois atráves de ditadores e regimes absolutistas.

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Luso

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« Responder #61 em: Abril 26, 2006, 11:51:27 pm »
Umas achegas brilhantes do "Combustões"...


"Não há democracia sem dinheiro e sem abundância. O velho e sempre jovem Walter Lippmann deixou-o claro: o limiar que separa sociedades e indivíduos é aferido pela riqueza que possuem. A riqueza proporciona educação, ponderação, fruição e ociosidade: só as sociedades livres possuem dinheiro para a recreação, para a opacidade e para a intimidade. Sociedades pobres/indivíduos pobres pedem protecção, favorecimento, intromissão e controlo. Não teremos democracia enquanto não houver riqueza. A democracia não se funda no ressentimento mas na emulação. Logo, o extremismo - doença infantil da elite cultural sem dinheiro em busca de explicações para o seu insucesso - que aduba o extremismo dos pobres de espírito - o ódio de classe, o ódio racial, o ódio religioso - termina logo que debelada a indigência e a pelintrice. É tão difícil implantar a democracia no Afeganistão como nas circunvoluções de um analfabeto. A democracia não é um credo: é um método e uma atitude. Como tal, prefiro os democráticos aos "democratas"; a liberdade à demolatria; a demofilia à demagogia. Uma sociedade rica cria uma nova aristocracia: não apenas a dos negociantes, mas também a dos mecenas, dos investigadores e dos criadores. Não há vida espiritual sem estômagos reconfortados; não há dignidade, leis e liberdade com cidadãos submetidos ao Estado. Em suma, não há soberania do povo sem a riqueza necessária à abertura de horizontes. Tudo o mais é retórica partidocrática, clubismo e empregadorismo."

(...) Não há sociedades cuja genética predisponha a esta ou àquela forma de governo. A Rússia de 1913 caminhava para o regime parlamentar quando uma catástrofe (Grande Guerra) a atirou para a revolução. A Alemanha dos anos 20 era uma sociedade aberta quando, subitamente, sobre ela se abateu a crise económica. Lembro que Hitler não passaria de um político de terceiro plano se as circunstâncias favoráveis da desagregação precipitada pela depressão o não tivessem favorecido. O mesmo se passa com a Europa de hoje. Sabemos lá o que se passaria se sobreviesse algo análogo a 1929, mas tenho para mim que é sempre de prever o pior das mais santas criaturas com quem nos cruzamos diariamente. Quando acaba o dinheiro, começa a revolução.(...)
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Luso

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« Responder #62 em: Abril 27, 2006, 12:53:10 am »
Mais outra...
As emoções morrem com os protagonistas mas a obra - ou destruição - ficam para serem julgadas pelas gerações futuras.
Sempre foi assim.
E sempre será.


"O 25 DE ABRIL E A HISTÓRIA
António José Saraiva Diário de Notícias 26-01-1979

"Se alguém quisesse acusar os portugueses de cobardes, destituídos de dignidade ou de qualquer forma de brio, de inconscientes e de rufias, encontraria um bom argumento nos acontecimentos desencadeados pelo 25 de Abril.

Na perspectiva de então, havia dois problemas principais a resolver com urgência. Eram eles a descolonização e a liquidação do antigo regime.Quanto à descolonização havia trunfos para a realizar em boa ordem e com a vantagem para ambas as partes : o exército português não fora batido em campo de batalha; não havia ódio generalizado das populações nativas contra os colonos; os chefes dos movimentos de guerrilha eram em grande parte homens de cultura portuguesa; havia uma doutrina, a exposta no livro Portugal e o Futuro do general Spínola, que tivera a aceitação nacional, e poderia servir de ponto de partida para uma base maleável de negociações. As possibilidades eram ou um acordo entre as duas partes, ou, no caso de este não se concretizar, uma retirada em boa ordem, isto é, escalonada e honrosa.

Todavia, o acordo não se realizou, e retirada não houve, mas sim uma debandada em pânico, um salve-se-quem-puder. Os militares portugueses, sem nenhum motivo para isso, fugiram como pardais, largando armas e calçado, abandonando os portugueses e africanos que confiavam neles. Foi a maior vergonha de que há memória desde Alcácer Quibir. Pelo que agora se conhece, este comportamento inesquecível e inqualificável deve-se a duas causas. Uma foi que o PCP, infiltrado no exército, não estava interessado num acordo, nem numa retirada em ordem, mas num colapso imediato, que fizesse cair esta parte da África na zona soviética.

O essencial era não dar tempo de resposta às potências ocidentais. De facto, o que aconteceu nas antigas colónias portuguesas insere-se na estratégia africana da URSS, como os acontecimentos subsequentes vieram mostrar. Outra causa foi a desintegração da hierarquia militar a que a insurreição dos capitães deu início e que o MFA explorou ao máximo, quer por cálculo partidário, quer por demagogia, para recrutar adeptos no interior das Forças Armadas. Era natural que os capitães quisessem voltar depressa para casa.

Os agentes do MFA exploraram e deram cobertura ideológica a esse instinto das tripas, justificaram honrosamente a cobardia que se lhe seguiu. Um bando de lebres espantadas recebeu o nome respeitável de «revolucionários». E nisso foram ajudados por homens políticos altamente responsáveis, que lançaram palavras de ordem de capitulação e desmobilização, num momento em que era indispensável manter a coesão e o moral do exército, para que a retirada em ordem ou o acordo fossem possíveis. A operação militar mais difícil é a retirada; exige, em grau elevadíssimo, o moral da tropa. Neste caso, a tropa foi atraiçoada pelo seu próprio comando e por um certo número de políticos inconscientes ou fanáticos, e em qualquer caso destituídos de sentimento nacional. Não é ao soldadinho que se deve imputar esta fuga vergonhosa, mas aos que desorganizaram, conscientemente, a cadeia de comando, aos que lançaram palavras de ordem que, nas circunstâncias do momento, eram puramente criminosas. Isto quanto à descolonização, que, na realidade, não houve.

O outro problema era o da liquidação do regime deposto. Os políticos aceitaram e aplaudiram a insurreição dos capitães, que vinha derrubar um governo, que, segundo eles, era um pântano de corrupção e que se mantinha graças ao terror policial : impunha-se, portanto, fazer o seu julgamento, determinar as responsabilidades, discriminar entre o são e o podre, para que a nação pudesse começar uma vida nova. Julgamento dentro das normas justas, segundo um critério rigoroso e valores definidos.

Quanto aos escândalos da corrupção, de que tanto se falava, o julgamento simplesmente não foi feito. O povo português ficou sem saber se as acusações que se faziam nos comícios e nos jornais correspondiam a factos ou eram simplesmente atoardas. O princípio da corrupção não foi responsavelmente denunciado, nem na consciência pública se instituiu o seu repúdio. Não admira por isso que alguns homens políticos se sentissem encorajados a seguir pelo mesmo caminho, como se a corrupção impune tivesse tido a consagração oficial. Em qualquer caso já hoje não é possível fazer a condenação dos escândalos do antigo regime, porque outros talvez piores os vieram desculpar.

Quanto ao terror policial, estabeleceu-se uma confusão total. Durante longos meses, esperou-se uma lei que permitisse levar a tribunal a PIDE-DGS. Ela chegou, enfim, quando uma parte dos eventuais acusados tinha desaparecido e estabelecia um número surpreendentemente longo de atenuantes, que se aplicavam praticamente a todos os casos. A maior parte dos julgados saiu em liberdade. O público não chegou a saber, claramente; as responsabilidades que cabiam a cada um. Nem os acusadores ficaram livres da suspeita de conluio com os acusados, antes e depois do 25 de Abril.

Havia, também, um malefício imputado ao antigo regímen, que era o dos crimes de guerra, cometidos nas operações militares do Ultramar. Sobre isto, lançou-se um véu de esquecimento. As Forças Armadas Portuguesas foram alvo de suspeitas que ninguém quis esclarecer e que, por isso, se transformaram em pensamentos recalcados.

Em resumo, não se fez a liquidação do antigo regímen, como não se fez a descolonização. Uns homens substituíram outros, quando os mesmos não substituíram os mesmos; a um regímen monopartidário substituiu-se um regímen pluripartidário. Mas não se estabeleceu uma fronteira entre o passado e o presente. Os nossos homens públicos contentaram-se com uma figura de retórica: «a longa noite fascista».

Com estes começos e fundamentos, falta ao regime que nasceu do 25 de Abril um mínimo de credibilidade moral. A cobardia, a traição, a irresponsabilidade, a confusão, foram as taras que presidiram ao seu parto e, com esses fundamentos, nada é possível edificar. O actual estado de coisas, em Portugal, nasceu podre nas suas raízes. Herdou todos os podres da anterior; mais a vergonha da deserção.

E, com este começo, tudo foi possível depois, como num exército em debandada: vieram as passagens administrativas, sob capa de democratização do ensino; vieram «saneamentos» oportunistas e iníquios, a substituir o julgamento das responsabilidades; vieram os bandos militares, resultado da traição do comando, no campo das operações; vieram os contrabandistas e os falsificadores de moeda em lugares de confiança política ou administrativa; veio o compadrio quase declarado, nos partidos e no Governo; veio o controlo da Imprensa e da Radiotelevisão, pelo Governo e pelos partidos, depois de se ter declarado a abolição da censura; veio a impossibilidade de se distinguir o interesse geral dos interesses dos grupos de pressão, chamados partidos, a impossibilidade de esclarecer um critério que joeirasse os patriotas e os oportunistas, a verdade e a mentira; veio o considerar-se o endividamento como um meio honesto de viver.

Os cravos do 25 de Abril, que muitos, candidamente, tomaram por símbolo de uma primavera, fanaram-se sobre um monte de esterco. Ao contrário das esperanças de alguns, não se começou vida nova, mas rasgou-se um véu que encobria uma realidade insuportável.

Para começar, escreveu-se na nossa história uma página ignominiosa de cobardia e irresponsabilidade, página que, se não for resgatada, anula, por si só, todo o heroísmo e altura moral que possa ter havido noutros momentos da nossa história e que nos classifica como um bando de rufias indignos do nome de nação. Está escrita e não pode ser arrancada do livro.

É preciso lê-la com lágrimas de raiva e tirar dela as conclusões, por mais que nos custe. Começa por aí o nosso resgate. Portugal está hipotecado por esse débito moral, enquanto não demonstrar que não é aquilo que o 25 de Abril revelou.

As nossas dificuldades presentes, que vão agravar-se no futuro próximo, merecemo-las, moralmente. Mas elas são uma prova e uma oportunidade.

Se formos capazes do sacrifício necessário para as superar, então poderemos considerar-nos desipotecados e dignos do nome de povo livre e de nação independente. »
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Paisano

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Re: 25 de Abril de 1974
« Responder #63 em: Abril 27, 2006, 02:40:10 am »
Citação de: "Pantera"
Citação de: "JLRC"
Caros companheiros

Tenho estado à espera que alguém abra um tópico comemorativo deste dia tão importante para todos nós, mas pelos vistos, parece que os companheiros, inacreditavelmente, resolveram ignorar esta feliz data para todos os democratas, seja de que partido forem e que ideologia tenham.
Talvez não seja demais lembrar que foi com a revolução dos cravos que se implantou a democracia em Portugal, essa mesma democracia que permite que alguns foristas insultem o Presidente da República, denigram os partidos de esquerda, desrespeitem a bandeira nacional, permitam links que conduzem a páginas de ideologia suspeita (para não lhe chamar de índole nazi) enquanto hipocritamente se sentem ofendidos por um companheiro (o Rui Elias) dizer que os americanos no Iraque caiem como tordos, tendo sido necessária outra escavadora em Arlington. Estas púdicas e democratas mentes, muito democraticamente, exigiram a demissão do Rui e só descansaram quando o conseguiram. E estava eu à espera que comemorassem o dia da liberdade. Como podem comemorar aquilo que negam aos outros?
Em nome dessa liberdade que tanto os horroriza, quero aqui deixar um MUITO OBRIGADO, em meu nome e de todos os democratas deste Forum, a todos os capitães de Abril, ao MFA e a esse insigne português que dá pelo nome de OTELO SARAIVA DE CARVALHO.
VIVA A LIBERDADE
VIVA O 25 DE ABRIL
VIVA PORTUGAL

PS : Não tenciono responder a quaisquer provocações que me queiram fazer. Podem começar a destilar veneno....

Sim viva o terrorista otelo saraiva de carvalho,pois o que ele queria era mesmo uma democracia em Portugal,sejamos parvos a pensar nisso.
essa das páginas de ideologia nazi espero sinceramente que não seja para mim,pois de nazi não tenho nada,é apenas mais uma provocação comuna.

Sim viva a liberdade,e as pessoas que não saem de casas porque têm medo de criminosos,viva a liberdade e as crianças e mulheres que são violadas e os agressores ao fim de 2 anos estão cá fora,viva a liberdades e os milhares de inocentes em prisão preventiva durante dois três anos.Viva o processo casa pia e o processo dos hemofilicos,cujo criminosos ficaram sempre impunes.

Citação de: "JLRC"

VIVA PORTUGAL

A sério devia ser proibido este tipo de ofensas,não somos nós que desejamos a foice e o martelo com bandeira nacional e que sejamos comandados por soviéticos e amigo,e fique sabendo se Portugal existe é por causa de ditadores,até porque os democratas estão a tentar construir um "país" chamado união europeia,tornado portugal uma vila de bruxelas,portanto nem se atreva a usar o nome de Portugal porque voces comunas de portugueses não têm nada.


Pantera, esse seu ataque ao JLRC não tem o menor sentido. :?

Vamos respeitar para sermos respeitados. Ok?

PS: Eu sei muito bem o que é viver sob uma ditadura, pois até os meus 24 anos vivi sob a ditadura militar brasileira e não gostei nem um pouco dessa experiência.  :evil:
As pessoas te pesam? Não as carregue nos ombros. Leva-as no coração. (Dom Hélder Câmara)
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Volta Redonda
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P44

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« Responder #64 em: Abril 27, 2006, 10:09:39 am »
Eu só gostava que algúem me elucidasse do seguinte:

- Se o Antigo Regime do Estado Novo era tão bom como alguns apregoam, porque ruiu como um castelo de cartas, da noite para o dia?

Seria de esperar, que, num regime tão bom, a população resistisse ao derrube desse Benemérito Regime, e combatesse esses "comunistas" malvados do MFA , agentes da URSS e etc e etc , não é verdade?

E já agora, falemos da Guerra Colonial...

Porque é que toda a gente diz que as colónias não estavam perdidas, que militarmente a situação não era uma catástrofe, que os "indigenas" "adoravam" os colonos (conheço muita gente que esteve em África e dizem todos o contrário, mas isto devo ser só eu, só me calham "comunistas" como conhecidos...)

Porque não abrem os olhos de uma vez por todas e veêm que o verdadeiro responsável pela Guerra Colonial tem um nome :SALAZAR?

Com a sua teimosia, com o recusar de admitir os ventos de mudança da história, com o recusar de negociações , com o "mito" do "Portugal Pluri-Continental", foi esse individuo que, já não bastava ter mergulhado Portugal numa nova Idade Média, ainda tentou aniquilar os Portugueses de cá e lá????

Ou ele era o único inteligente, os Ingleses, Franceses, Belgas, Espanhois, todas as outras potências coloniais, eram os estúpidos?

Salazar era o Iluminado?

Era o Estado Novo tão maravilhoso?
Viu-se, bastou um sopro e desabou...
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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papatango

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« Responder #65 em: Abril 27, 2006, 11:00:25 am »
Ò Pantera, acho que você ainda não entendeu muito bem a questão...

O Otelo não era dos comunistas da foice e do martelo, ele era dos mais ou menos comunistas e não sabia muito bem se era trotskista ou outra coisa qualquer.

Os comunistas da foice e do martelo, bem o tentaram converter.

Até o levaram para Cuba para lhe darem banhos tropicais acompanhado de cubanascalientes, mas o Ti Otelo, não se descosia...
Não é que o homem até não apreciasse as cubanascalientes, só não deve ter gostado da ordem de trabalhos.

O Otelo, era um daqueles revolucionarios à lá Maio de 68, sem nunca ter estado em França.
Queria ser revolucionário, mas não sabia muito bem o que é que devia fazer.
Acreditava que era proíbido proíbir que queria ser razoável e exigir o impossível, mas tinha que comandar o Cop-Con e por a maralha na linha e na ordem.

É uma personalidade engraçada, mas essencialmente inerte. Otelo não passou de um puto criançola a quem alguns acharam que sería interessante dar algum poder.

O PC (o da foice e do martelo) a partir do momento em que não o conseguiu convencer com os "banhos" das cubanascalientes não confiou nele nem para dirigir uma loja dos trezentos.

P44 ->

Você está a confundir as coisas e a misturar as questões.

As pessoas não gostavam do regime, e os militares estavam fartos de guerras, mas as duas coisas estão de facto separadas.

A realidade, é que do ponto de vista militar não foi possível vencer o exército português, porque o Zé de Bragança e o Prudêncio de Beja, são ossos dificeis de roer.

O 25 de Abril, por muitos ideais repeitaveis que o norteassem, acabou também por ser uma forma de desactivar o dispositivo militar português e entregar povos inteiros nas mãos de pessoas que tinham muito menos legitimidade para governar que os portugueses que lá estavam.

Não se coloca o 25 de Abril em causa por causa da revoluçao em si como acto libertador, mas por causa do aproveitamente que uma certa clique de militares e civis deu à revolução.

Lembro-lhe que até o Galvão do Santa Maria, (o tal grande paquete  espanhol), depois de desviar o navio, disse que queria libertar o país, que queria a democracia, mas foi muito claro sobre a questão das colonias: Não se pretende dar a independência a territórios que não estão preparados para a independência.

Isso era óbvio.

Muitas das criticas não são ao 25 de Abril em si, mas ao que veio depois.

Lembro-lhe que houve uma tentativa de reverter o processo em 11 de Março de 1975. Mas as forças controladas pela URSS eram demasiado poderosas e ERA ABSOLUTAMENTE IMPRESCINDIVEL ENTREGAR AS COLONIAS AOS ALIADOS DO COMITÉ CENTRAL DO PC.

EM 25 de Novembro de 1975, já se podia entregar o poder novamente à maioria, porque a entrega das ex-colónias à União Soviética já estava consumada e é por isso que o 25 de Novembro triunfa.

Se em 25 de Novembro de 1975 a questão das colónias não estivesse resolvida, Moscovo tinha dado ordens ao PCP para resistir, o PCP tinha mandado os fuzileiros avançar, e tinha sido a guerra civil.

Você P44, ainda acha que o Verão Quente teve alguma coisa a ver com Portugal?

A razão do Verão Quente foi uma: Criar em Portugal um ambiente que impossibilitasse qualquer resistência à entrega do poder aos aliados da URSS em África.

É por isso que há nessa altura movimentos em Angola e em Moçambique que são abafados pelo PCP.
É por isso que a censura da clique soviética do Comité Central do PCP foi mil vezes mais feroz que a censura da PIDE a criar a ideia de que todos os retornados eram colonialistas sanguinários que fugiam dos pretos porque os tinham tratado como escravos.

Essa foi a ideia e a imagem que a nossa própria televisão e imprensa criou do retornado de África durante o verão quente de 1975.

E o incrível é que como se vê ainda hoje, a propaganda do politburo faz efeito.

Nós não tivemos retornados P44, tivemos refugiados de guerra, numa guerra que ganhámos.

Perdemos o conflito, porque durante o 25 de Abril, fomos infiltrados por gente que não tinha outro interesse que não fosse o de entregar as colónias nas mãos dos camaradas, gente disfarçada de revolucionária, que não passavam de bandidos disfarçados, com um cravo na lapela.

Não será extranho que nos anos 80 e inicio dos 90 houvesse tantas pequenas empresas ligadas ou a antigos "militares de Abril" ou civis ligados a "certa" esquerda, que tinham pequenos negócios de exportação para Angola, com os quais alguns militares complementavam os seus salários do exército?
Os favores pagam-se, e os portugueses sempre foram fáceis de contentar.

Este tema será um tema "eterno"...

Mas devemos ser capazes, à medida que o tempo passa de entender o que se passou.

Não podemos criticar cegamente o 25 de Abril, porque foi uma revolução que respondeu a anseios legítimos, mas também não podemos "endeusar" a revolução, para ocultar, esconder e justificar os crimes que foram cometidos em nome dessa mesma revolução.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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NBSVieiraPT

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« Responder #66 em: Abril 27, 2006, 02:23:21 pm »
Caros senhores, estão a fazer alguma confusão sobre o que escrevi.
Eu não condeno ninguém que mande os referidos "bitaites". Simplesmente não os vou imitar.
E eu não falava de pessoas que opinavam sobre os dados existentes. Apenas estou farto de pessoal que na altura ainda nem era nascido e referia coisas que não tinham vivido como se aquilo algum dia tivesse sido o seu dia-a-dia.
Apenas isso...

Agora não poder falar do passado apenas porque não era nascido?
Então que raio estive eu estas ultimas 2 horas a fazer fechado numa sala a falar da URSS e a sua decadência? :roll:

;)
 

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Rui Elias

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« Responder #67 em: Abril 27, 2006, 02:28:23 pm »
Não entendo, Papatago:

Mas a seu ver, se a guerra colonial nas 3 frentes estava ganha militarmente, e isso é muitissimo discutível, mesmo que falemos apenas de Angola, acha que a descolonização não se deveria ter feito?

É que se me disser que aquando dos início dos anos 60, se Portugal tivesse dado a autonomia a Cabo Verde e a S. Tomé, já que ali não houve guerra pela independência, e tivesse iniciado um processo que levasse à auto-determinação, e que se isso tivesse sido feito, chegados ao 25 de Abril, Portugal teria melhores condições politicas e militares para conduzir ele o processo de descolonização (caso fosse esse o desejo dos povos através da auto-determinação), eu estaria de acordo.

Até mesmo, que tivesse a capacidade para neutralizar a forte influência que o PCP teve no sentido de entregar as ex-colónias a regimes pró-soviéticos.

Mas lembre-se do seguinte:

Uma das razões do 25 de Abril foi a guerra colonial e o lirismo do Estado Novo em acreditar na especificiade portuguesa em África.

Porque foi a guerra colonial que manteve o Estado Novo de pé, embora decrépito.

Todas as ditaduras têm que arranjar um inimigo, para ver se se perpectuam o poder.

Sem guerra, sem "turras", sem "comunistas", sem fantasmas nem papões, o Estado Novo tinha caido mais cedo.

Porque não acredito que a presença portuguesa em África tivesse maior ou menor legitimidade que o MPLA, a FRELIMO ou a UNITA.

Já que esse é um tipo de legitimidade que não pode ser mensurável de um ponto de vista científico, limitando-se esssa matéria a fazer parte do domínio das convicções e crenças.

Assim, mesmo caduco, e suportado por arames seguros pela Brigada do Reumático, acreditando e querendo fazer acreditar os portugueses e a humanidade em teses poéticas e delirantes do estilo "Nação pluri-continental", o Estado Novo mateve-se até perecer de velho, tendo caido com um fraco sopro, a 25 de Abril de 1974.

Ou seja:

Com uma descolonização atempada, o Estado Novo não teria chegado a 1974, e portanto não teria havido simplesmente 25 de Abril, nem PREC, nem COPCON, nem 11 de Marços ou 25 de Novembros.
 

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Doctor Z

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« Responder #68 em: Abril 27, 2006, 04:53:29 pm »
Se tivesse havido uma descolonização agendada e planificada antes da
queda do regime, as tantas o Estado Novo continuava e estaríamos com
um regime dictatorial em Portugal ... ?
Blog Olivença é Portugal
"Se és Alentejano, Deus te abençoe...se não
és, Deus te perdoe" (Frase escrita num azulejo
patente ao público no museu do castelo de
Olivença).

:XpõFERENS./
 

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typhonman

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« Responder #69 em: Abril 27, 2006, 05:41:22 pm »
Não, mais cedo ou mais tarde estariamos livres.
 

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papatango

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« Responder #70 em: Abril 27, 2006, 06:33:21 pm »
Citar
“Mas a seu ver, se a guerra colonial nas 3 frentes estava ganha militarmente...”
Eu nunca disse isso.
Além disso, há diferenças entre o campo militar e o campo político.
É evidente que do ponto de vista militar a coisa estava melhor que do ponto de vista politico. Mesmo que Portugal controlasse a Guiné como controlava Angola, sería sempre dificil de provar, porque a opinião pública especialmente na Europa não queria acreditar nisso.


Citar
Uma das razões do 25 de Abril foi a guerra colonial e o lirismo do Estado Novo em acreditar na especificiade portuguesa em África.
Porque foi a guerra colonial que manteve o Estado Novo de pé, embora decrépito.

Quando a África foi dividida aos bocados, com fronteiras desenhadas a regua e esquadro, também os portugueses foram acusados de Liricos, porque por exemplo queriam o norte da Namibia e aceitavam deixar partes do norte de Angola, porque assim criavam uma Angola muito mais homogénea do ponto de vista étnico.

Não há lirismo nenhum Rui Elias, há apenas conhecimento das realidades locais.
Os países Africanos não estavam e continuam a não estar em condições de se governarem de forma eficiente e o regime tinha noção disso.
Tinha-a o regime e tinha-a muita gente da oposição ao regime, que percebia perfeitamente o que acontecería quando se os portugueses saíssem de África.

Sabia-o o Kaunda, quando por debaixo do pano pedia aos portugueses para não deixarem África, sabiam-no os lideres do Malawi, sabia-o o Mobutu, sabiam-no os Rodesianos, que sem Portugal, cairam alguns anos depois e sabiam-no os Sul Africanos.

Será que eles eram todos líricos ?

A África continua a ser um continente em vias de ainda mais sub-desenvolvimento e é por isso que países como o Zimbabwe, que outrora foram dos mais ricos de África, conseguem hoje ter grandes franjas da população a passar fome.

= = =

Citar
Todas as ditaduras têm que arranjar um inimigo, para ver se se perpectuam o poder.

As ditaduras a sério sim, mas os regimes autocráticos paternalistas como o de Salazar (que são tradição em Portugal) têm outras armas.
Você não acha que seria de seguramente muito mais fácil inventar outros inimigos muito mais próximos?
Era mais fácil e era muito mais barato.


= = =

Citar
Sem guerra, sem "turras", sem "comunistas", sem fantasmas nem papões, o Estado Novo tinha caido mais cedo.

Rui Elias: conhecendo a maneira de ser dos portugueses, sem nada disso, os portugueses acomodavam-se no seu cantinho e íam vivendo as suas vidinhas.
Nós somos um povo que se adapta e se acomoda.
Uma Ditadura Autocrática paternalista tem esta característica: Pode perpetuar-se.
E é a parte do paternalismo que eu considero a mais grave e aquela faceta que mais consequências negativas deixou na sociedade portuguesa.
O principal efeito negativo do regime, foi exactamente ter sido cretino, comezinho, provinciano, tacanho e culturalmente atrasado.

O resto, não passa de propaganda. Na Inglaterra ou na França, durante as greves e conflitos laborais entre 1945 e 1974, morreram mais pessoas que aquelas que morreram em Portugal na repressão da PIDE ou da GNR.

E que eu saiba, nem na França nem na Inglaterra governou nenhum Salazar.

É o PC e a esquerda que quer fazer dinheiro que demonizam o regime, para desculpar o desmando, o esbulho o roubo o desleixo e a incompetência que se instalaram em Portugal no verão quente e que deixaram feridas e consequências que ainda hoje pagamos caro.

Ocorre em 1974 a mesma coisa que em 1910.
Em 1910 quem deu o golpe, demonizou a monarquia de tal maneira, que parece que todos os problemas do país eram provocados pelo rei, de tal forma que o mandaram matar.
Logo a seguir ao golpe, os republicanos maçónicos atiram-se com uma voracidade criminosa à máquina do poder, sem nunca perguntar ao povo que regime queria.
Arruinam o país, e é o Estado Novo que recupera a situação criada pela balburdia incompetente da Maçonaria raivosa, unicamente interessada nas benesses, nos salários, em “Ficar Ministro” por uma questão de prestígio.

A bandalheira foi tal e o numero de governos foi tão grande, que deve ter calhado um ministério ou uma secretaria de estado a cada irmão, junto com o respectivo pagamento.

Repetiu-se em 1974 o mesmo tipo de cenas de 1910, com a agravante de em 1910 ainda não haver União Soviética.

= = =

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Porque não acredito que a presença portuguesa em África tivesse maior ou menor legitimidade que o MPLA, a FRELIMO ou a UNITA.

É uma opinião.
Mas considerando que a FNLA era um movimento familiar que desapareceu em três tempos porque aquilo era uma familia.
Que o  MPLA era um movimento sem qualquer apoio popular e com apenas alguns intelectuais com o apoio da URSS e que o movimento etnicamente mais representativo, que era a UNITA, era um aliado táctico dos portugueses, explique-me qual destes movimentos tinha mais legitimidade que um governo que administrava o território havia 400 anos?

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Com uma descolonização atempada, o Estado Novo não teria chegado a 1974, e portanto não teria havido simplesmente 25 de Abril, nem PREC, nem COPCON, nem 11 de Marços ou 25 de Novembros.


Mas isso é mais ou menos o que eu disse anteriormente.
Mas é uma afirmação que não desculpa e não justifica o assalto ao poder e ao dinheiro que se seguiu a 25 de Abril de 1974, pela mão daqueles que demonizaram o regime, para justificarem os seus actos de cobardia e traição.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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RedWarrior

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(sem assunto)
« Responder #71 em: Maio 02, 2006, 05:43:45 pm »
Vou fazer copy/paste de posts escritos noutros foruns sobre temáticas desse periodo conturbado que vocês não analisaram aqui: Como o PREC, o 25 de novembro e a crença errada de que possuimos um regime saído do 25 de Abril.
 Em alguns casos até pode ser verdade, em meros conteudos programáticos da nossa Constituição que não valem os tomates de um grilo nas acções dos sucessivos governos. Esses partidos que apareceram depois do 25 de Abril para formar a reacção é que não deixaram que os meios de informação saíssem das mão da burguesia, e na minha opinião democracia nessa situação é tão verdade como o PS ser socialista.
 Leio aqui algumas críticas ao PREC,e embora não especifiquem a que governo provisório e quais os "disparates catastróficos", presumo que sejam dirigidos a Vasco Gonçalves ( segue-se o copy paste )...
 Vasco Gonçalves foi um homem da revolução, foi o mentor da reforma agrária, das nacionalizações dos principais meios de produção privados (bancos, seguros, transportes públicos, Siderurgia, etc.), do salário mínimo para os funcionários públicos, do subsídio de férias (13º mês) e subsídio de Natal.
As calúnias sobre a sua obra são uma das razões pelas quais não pode existir uma verdadeira democracia enquanto os meios de informação estiverem nas mãos da burguesia. Assim que o povo se começou a aperceber das mudanças, foi preciso demonizar os comunistas e quem tratou de o fazer foi o PS ( com a ajuda da CIA e outros serviços secretos ), Mário Soares prometeu ao povo também contruir o socialismo e uma sociedade sem classes mas em "liberdade" ao contrário dos comunistas que gostavam de ditaduras e comiam crianças ao pequeno almoço.
 Aliás durante o periodo de Gonçalves quando o MFA aprovou o Poder Popular, as bases reaccionárias do PS gritavam "O povo não está com o MFA", depois aparecia Mário Soares para os contradizer dizendo que ia deixar o MFA escolher se governava com partidos maioritários ou minoritários, e assim suavizar o reaccionarismo do seu partido que tinha que fazer um papel de "Socialista e progressista" para atrair o povo.
 A difamação aos comunistas era muita, exemplo disso é um artigo publicado em que numa sessão de Dinamização Cultural, uma velhinha explica ao oficial dinamizador que lá na sua terra a população tinha medo dos comunistas. O oficial dinamizador trata então de explicar a que se propunha o socialismo e de desmentir as calunias de que eram vítimas, no fim pergunta à velhinha "Percebeu?", e ela responde "Bem, se eles são assim como o senhor diz, já gosto deles. Mas então porque lhes chamam esse nome ?". Comunista era na altura um nome feio.
É também importante referir que depois do 25 de Abril aparecem como cogumelos uma data de partidos que pretendem dividir a luta e lançar a confusão.
Conclusão: A luta perde força, o medo do comunismo ganha, a burguesia recupera os meios de produção e os grandes latifundios com a ajuda do PS. Morre o Socialismo.

( Agora deve andar aí pelo meio o argumento do imperialismo soviético e bla bla ..)
 ahh..cá está ele

Citação de: "Pantera"
A sério devia ser proibido este tipo de ofensas,não somos nós que desejamos a foice e o martelo com bandeira nacional e que sejamos comandados por soviéticos

 ( tinhas que ser tu, cá vai o copy/paste )
  Se conhecesses melhor os objectivos dos revolucionários talvez não dissesses isso. Havia no MRPP quem dissesse "nem Kissinger nem Brejnev", e imagina lá tu que eu sendo do PCP até concordo :wink:
Afinal para não ficarmos com o Brejnev ( pessoa pela qual não nutro especial simpatia ) ficámos com o Kissinger. Pois bem, como eu gosto de gente coerente, gostava de saber porque é que não houve apoio significativo dos soviéticos a nível militar para contrariar a reacção no 25 de Novembro ?? ou será que houve e eu não sei de nada ( na altura não era ainda nascido ) ??
A reacção foi apoiada pela CIA e pelo MI6, havia soldados franceses na rua. Frank Carlucci ex-embaixador norte americano em Portugal depois da vitória da reacção ascendeu a vice-director da CIA e recebeu elogios de Mário Soares. Estas pessoas não têm qualquer legitimidade para ostentar cravos seja onde fôr.
O único partido que lutou para que o regime caísse foi o PCP, mais nenhum !!! A burguesia que dantes sustentava o regime passou para os partidos surgidos no pós-25 de abril e no meio desses partidos o único que teve a coerência de assumir as suas posições foi o CDS. Todos os outros se fingiram progressistas para obter votos e aprovar uma Constituição que mais tarde não cumpriram.
 
 Talvez para ajudar à compreensão da vitória reaccionária, se possa dizer  que os meios de informação apenas foram nacionalizados depois do 25 de Novembro ( para consolidar a reacção obviamente ).
A primeira vítima de todas as guerras é a verdade
 

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Azraael

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« Responder #72 em: Maio 02, 2006, 05:55:29 pm »
Citação de: "RedWarrior"
os "disparates catastróficos"...

reforma agrária
nacionalizações dos
:arrow: seguros,
:arrow: Siderurgia
 

Ainda bem que concordas...  :twisted: E ja agora nao te esquecas da m*rd* de descolonizacao que fizemos...
 

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RedWarrior

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(sem assunto)
« Responder #73 em: Maio 02, 2006, 08:43:44 pm »
queres sustentar a tua opinião em relação às nacionalizações  ??
A primeira vítima de todas as guerras é a verdade
 

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luis filipe silva

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« Responder #74 em: Maio 02, 2006, 09:33:09 pm »
Citar
do subsídio de férias (13º mês) e subsídio de Natal.




Caro Red Warrior. Naõ estará enganado?
Isso foi o Marcelo Caetano que deu!...
O PCP deu mas foi prejuízo.

Saudações

Luis Filipe Silva
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saudações:
Luis Filipe Silva