DO APELO À RESSURREIÇÃO DA RAZÃO
A incidência actual da covid-19 em Portugal está, actualmente, em nível similar ao do ano passado: cerca de 1% da população (aproximadamente 100.000 casos activos), sendo que em 2020 tínhamos 0% de vacinados, e agora temos 88% da população com dupla dose, dos quais 26% com tripla.
Os óbitos diários (média móvel de 7 dias) estavam, no ano passado, nos 72; este ano estamos nos 15. Quase 5 vezes mais mortes no ano passado, ou se se quiser ao contrário, este ano temos uma redução de quase 80% no número de mortes por esta doença.
A melhoria é evidente. Inquestionável.
Devíamos celebrar, mas não é isso que sucede. Somam-se as medidas restritivas e até discriminatórias. Criou-se um ambiente de culpabilização de todos aqueles que não queiram pertencer ao “clube dos puros”, formado por aqueles que nada contestam, que nada interrogam, que obedecem apenas, que não se importam pela criação de um mundo dual e maniqueísta.
Num mundo racional, e onde a morte existe, se antes da pandemia, em pleno inverno, se registasse 15 óbitos diários por aquela doença chamada G e causada pelo vírus I, diríamos que estava tudo ok em termos de impacte na Saúde Publica. Controlávamos a situação, mas não enveredávamos em medidas esdrúxulas.
Também se procuraria saber se o agora número baixo de óbitos por covid-19 se devia à eficácia da vacina, se à mudança de critérios para atribuição de mortes por covid-19 ou se se devia à muito menor taxa de letalidade da variante Ómicron. Se à conjugação de tudo isso.
Porém, vivemos (ou morremos) agora num Novo Normal, de histerismo e discriminação, num mundo de rótulos e clubes, de insanidade completa. O pânico não move as sociedades. Tolhe-lhes a vida. É nisto que nos transformámos.
A Razão e a Ciência nunca foram tão maltratadas como nestes últimos dois anos. Vivemos uma Nova Idade das Trevas. Leiam os livros de História.
Os senhores expezialistas das estatísticas por favor cheguem-se à frente com as vossas teorias, probabilidades etc.