Então pronto, que se mantenha tudo como está. E das duas uma, ou acontece algum milagre, e conseguimos encher as fileiras até pelo menos 70/80% do necessário, ou, o mais provável, os números baixam de tal forma, que se vêem obrigados a extinguir uma das unidades.
Mas, depois de Nagorno-Karabakh, quem é que quer ir para a BrigMec, num Exército que não investe um cêntimo na capacidade de resposta às ameaças que se viram naquele conflito?
A questão não é manter tudo como está e a solução não é nem nunca será fundir Batalhões mecanizados, ou Brigadas, a questão prende-se pura e simplesmente com falta de efectivos, especialmente Praças, e equipamentos/Armamentos modernos em numero suficiente e ADEQUADOS, para que as unidades do Exercito possam cumprir as missões que forem incumbidas.
Essa teoria, que sei que vai ser posta em prática, de unir duas brigadas para termos uma, não vai trazer ao Exército nenhuns resultados benéficos, antes pelo contrário.
As altas chefias se soubessem ler nas entrelinhas, viam que o final deste filme, vai ser progressivamente, o Exército ir perdendo capacidades, atrás de capacidades, as poucas que ainda vai possuindo, ou alguém acredita que daqui a uns anos, quando chegar a hora de substituir os Leos e os M113, se voltarão a adquirir Viaturas de lagartas ??
Mas é que nem pensar, basta analisarmos o que tem acontecido com as diversas frotas de CC que fomos possuindo desde os M47, quantos eram de cada frota, e qual o numero da actual frota, para percebermos onde isto vai dar.
Os ditos responsáveis pelo Exercito, por razões óbvias de manutenção de mordomias e outras que tais, já aqui afloradas, estão a ir nas cantigas dos politicos, que não suportam a existência das FFAA e propõem uma redução de unidades, quando o que deviam fazer era impor melhores condições para que o aumento do numero das Praças, fosse uma realidade, sem Praças nenhum Exercito sobrevive, tão simples quanto isso !
Se as sucessivas tutelas, estivessem atentas e minimamente preocupadas. e interessadas em resolver o problema de falta de efectivos, ( quando menciono efectivos refiro-me apenas ás Praças, porque, no que diz respeito á classe de Oficiais nos últimos dez anos, houve um aumento de SÓ 9% ) em dez anos, não tinham tido tempo para ter resolvido, ou no minimo minimizado esta situação ?
Existem inúmeros relatórios anuais dos últimos dez anos que alertam para tal facto, e o que foi feito ??
Nada e não me parece que existam responsáveis! Cumprimentos