A única interpretação positiva ao olhar para essa decisão/interesse é que será uma forma de não deixar o assunto morrer. Se no mínimo dos mínimos o Bérrio for submetido a trabalhos e continuar a navegar, irá-se manter alguma experiência e até um certo ponto serão obrigados a o substituir.
Caso contrário, quando chegar a altura de tomar alguma decisão em condições simplesmente irão dizer que já há muito tempo que não temos a capacidade de reabastecimento e portanto já nem é preciso e que existem outras prioridades.
Agora, não deixa de ser uma decisão infeliz. Mas também não consigo ser muito optimista em relação à Marinha; se até hoje não se investiu em qualquer novo meio - quer na aquisição do LPD que já tem décadas, quer na substituição do Bérrio que era urgente ou quer face às promessas e discursos sobre mais NPO - então não estou à espera que no pós-pandemia existam fundos para novos meios.
Também não nos vamos esquecer do que aqui já foi discutido, dentro de uma a duas décadas, quando supostamente se vai rever a LPM e gastar não sei quantos milhões em equipamento, vai ser necessário/obrigatório substituir ou no mínimo modernizar uma grande maioria de outros meios. Meios esses que não vão ser propriamente baratos (F-16, P-3, fragatas, C-295, EH-101, M113, etc.). (Tenho quase a certeza que a marinha vai ficar a ver, figurativamente, navios e que vai ser é dada prioridade à modernização de meios na FAP.)
Cumprimentos,