Guerra na Ucrânia

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Lampuka

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #855 em: Fevereiro 14, 2022, 12:37:23 pm »
João Pereira
 

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #856 em: Fevereiro 14, 2022, 03:21:00 pm »
Caro Legionario
Já é mais pró-EU  :mrgreen:
Abraço

Lampuka? Convém não esquecer pormenores importantes da história.
Até à Operação Barbarossa, em 22 de Junho de 1941 (já 2 anos depois de iniciada a IIª Guerra Mundial), Hitler e Estaline eram aliados! E tão amigos que eles eram que a Rússia alimentava a indústria alemã e partilhou a invasão de países! Quando estalou a IIª Guerra Mundial, tal deveu-se à invasão da Polónia em 1939, certo?
O que muito tem-se tentado esconder é que existia um pacto germano-russo de nome Molotov-Ribbentrop. A Alemanha invadiu a parte ocidental da Polónia e a Rússia o leste ou não se recorda deste pormenor?
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pacto_Molotov-Ribbentrop
Até fizeram uma parada militar conjunta:
https://en.wikipedia.org/wiki/German%E2%80%93Soviet_military_parade_in_Brest-Litovsk

Curioso também o facto dos Ucranianos, quando a Whermarcht lançou a operação Barbarossa, em direcção à Rússia, estes receberam os alemães como seus libertadores! Porque os Russos aplicaram a medida da terra queimada e incendiaram os terrenos agrícolas e edifícios ucranianos, depois dos assassinatos políticos. Leia um bocado:
https://www.britannica.com/place/Ukraine/The-Nazi-occupation-of-Soviet-Ukraine
E é verdade a história de comerem crianças, e olhe que você não precisa de ir muito longe para testemunhar o que foi o Holodomor, muito antes da IIª Guerra Mundial: https://pt.wikipedia.org/wiki/Holodomor
Ou pode ouvir aqui:
O caro Lampuka também podia recordar-se dos países europeus que foram atacados pela Rússia durante a IIª Guerra Mundial, ou as ocupações posteriores até de aliados. Ocuparam toda a Europa de leste, como a Polónia, Hungria, Bulgária, Roménia, Alemanha do Leste e esmagaram qualquer tentativa de afastar os comunistas do poder, como na Hungria em 1956: https://en.wikipedia.org/wiki/Hungarian_Revolution_of_1956

Mais recentemente temos países pacificados pelo cilindro Russo, como a Geórgia que ficou sem a Abecásia e a Ossétia do Sul.
Mais recentemente e como é tratado neste tópico, a Rússia ocupou a Crimeia e o leste da Ucrãnia. Mesmo no caso da Ucrãnia, convém relembrar que a Rússia invadiu a Crimeia quando a sua marioneta do Viktor Yanukovytch foi deposto depois de ter ordenado o disparo das forças de segurança e militares contra os revoltosos: https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Ucraniana_de_2014
E só depois desse facto e dessas mortes, é que até a maioria do parlamento, que na sua maioria era pró-Russo (antes das eleições).
E convém também não esquecer que a Crimeia foi invadida ainda antes do suposto neonazi subir ao poder na Ucrãnia. Já que o Arseniy Yatsenyuk subiu ao poder a 27 de Fevereiro de 2014, mas a Rússia invadiu a Crimeia no meio da confusão em 24 de Fevereiro de 2014: https://pt.wikipedia.org/wiki/Interven%C3%A7%C3%A3o_militar_da_R%C3%BAssia_na_Ucr%C3%A2nia_(2014%E2%80%93presente)

Portanto e pesando todos os prós e contras, espero que prevaleça o bom senso na Ucrãnia, mas da Rússia não podemos esperar nada de positivo. Como pode comprovar, a Rússia sabe espezinhar como ninguém os países à sua volta e se der conta, não é por acaso que todos ou quase todos os países do leste da Europa, quiseram entrar na NATO, não foi a NATO que os obrigou a entrar!!!!!!

Os americanos têem muitos defeitos, mas prefiro pessoalmente 1000 vezes os defeitos americanos aos vizinhos russos!

Olhe? E para finalizar, que o testamento já vai longo e tb tenho de trabalhar 
Veja lá como é que o democrata Putin trata a concorrência interna:
- Alexei Navalny: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-55950450
- Boris Nemtsov: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/02/150227_lider_oposicao_russia_morto_rb

Por fim, resta desejar que prevaleça a paz, o actual Presidente Ucraniano já referiu hoje que não pretende que o seu país entre na NATO, de forma a aliviar a tensão. Mas nunca devemos descurar a defesa, como a Europa tão mal costuma fazer nos últimos tempos!
 
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #857 em: Fevereiro 14, 2022, 03:31:15 pm »
A Tulsi explica

https://mobile.twitter.com/TulsiGabbard/status/1492440785223966720

https://mobile.twitter.com/TulsiGabbard/status/1492803305981972482

Mais óbvio que isto é difícil

Outra vez arroz? Foi o complexo militar americano que colocou 100 mil militares russos na fronteira da Ucrânia?

Já me começo a fartar deste marketing do pessoal com agendas. Ainda não tiveram tomates para admitir que quem colocou tropas russas na fronteira da Ucrânia foram os russos, sem qualquer tipo de ameaça proveniente da Ucrânia? Quando é que têm coragem de culpar os russos por alguma coisa nesta situação?

Engraçado que ninguém fala do complexo militar russo aqui. Não deve existir. E certamente concordam que a forma certa de obter acordos de forma diplomática, é colocando um enorme poderio militar na fronteira de um país mais fraco.

É verdade, já irrita, parece que são os mais interessados em que haja guerra, para ter visualizações.

O Presidente da Ucrânia que resolva isto directamente com o Putin (basta um acordo de neutralidade da Ucrânia e de respeito da soberania desta pela Rússia), e o Biden fica sem margem para vir "defender a democracia" da  Ucrânia. A UE também pode ajudar, ninguém quer aplicar sanções à Rússia, nem a Rússia, nem a UE, só os americanos.

O PR da Ucrânia devia evitar que o seu país se torne o campo de xadrez dos dois gigantes, são os que mais tem a perder.

Isso já se sabe, e não é só neste assunto. Vai desde a marquise do Ronaldo, à "guerra" na Ucrânia. Tudo o que seja escandaleira, boa para "clickbait", é o que lhes interessa.
 
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #858 em: Fevereiro 14, 2022, 04:30:00 pm »
Meus caros, totalmente de acordo com o que aqui foi agora apresentado.  São factos, História,  e ninguém está ou deverá negá-los.
Agora, neste momento é óbvio que a Rússia,  ao abrigo daquilo que acordou com a UE, EUA, Ucrânia e sobretudo NATO, tem um pretexto para poder agir tão legítimo quanto outros que já o fizeram em situações análogas.
E estamos a falar da sua própria segurança.
Se é justo? Não,  principalmente para os ucranianos. Como não foi para os iraquianos   os afegãos,  os líbios... que também viram os seus paíes invadidos por terceiros.
E não venham com a história de que foi para libertação dos povos e outras coisas afins porque todos sabemos que não foi.
Além de que a ONU nunca reconheceu  esse direito.
Continuo a defender que a NATO não deverá alargar o seu número de países,  muito menos a leste.
E mais, caso a inércia e comodismo da UE não fosse o que foi desde o fim da guerra fria (há mais de 30 anos...) e esta não representasse a única forma viável de nos defendermos perante as potencias que eventualmente nos possam atacar  (pelo menos algumas), já deveria ter sido extinta.
Assim poderíamos em definitivo voltar uma página da nossa História.
Já ouvi um sem número de comentadores,  cá e no estrangeiro a afirmar que aparentemente o travão de tudo isto passa precisamente pela questão da presença da Ucrânia na NATO. Não entendo a dificuldade.
« Última modificação: Fevereiro 14, 2022, 05:35:36 pm por Lampuka »
João Pereira
 

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #859 em: Fevereiro 14, 2022, 05:43:53 pm »
Meus caros, totalmente de acordo com o que aqui foi agora apresentado.  São factos, História,  e ninguém está ou deverá negá-los.
Agora, neste momento é óbvio que a Rússia,  ao abrigo daquilo que acordou com a UE, EUA, Ucrânia e sobretudo NATO, tem um pretexto para poder agir tão legítimo quanto outros que já o fizeram em situações análogas.
E estamos a falar da sua própria segurança.
Se é justo? Não,  principalmente para os ucranianos. Como não foi para os iraquianos   os afegãos,  os líbios... que também viram os seus paíes invadidos por terceiros.
E não venham com a história de que foi para libertação dos povos e outras coisas afins porque todos sabemos que não foi.
Além de que a ONU nunca reconheceu  esse direito.
Continuo a defender que a NATO não deverá alargar o seu número de países,  muito menos a leste.
E mais, caso a inércia e comodismo da UE não fosse o que foi desde o fim da guerra fria (há mais de 30 anos...) e esta não representasse a única forma viável de nos defendermos perante as potencias que eventualmente nos possam atacar  (pelo menos algumas), já deveria ter sido extinta.
Assim poderíamos em definitivo voltar uma página da nossa História.
Já ouvi um sem número de comentadores,  cá e no estrangeiro a afirmar que aparentemente o travão de tudo isto passa precisamente pela questão da presença da Ucrânia na NATO. Não entendo a dificuldade.
O que é que a Rússia acordou com a UE, Ucrânia, NATO, EUA que legitima uma invasão com 14mil mortos, anexação de território dum país e ainda mobilização de mais de 130mil homens e equipamento militar? Será os acordos de Helsinquia? A Carta de Paris? O Memorando de Budapeste? O Tratado de Amizade Rússia-Ucrânia? O Nato-Russia Founding Act? Ao longo destes anos todos ainda ninguém conseguiu mostrar-me quais foram os tratados ou acordos assinados pela Rússia que tornam as invasões dos seus vizinhos legais.
Talvez o problema é que durante mais de 30 anos se tenham fechado os olhos aos vários crimes cometidos pela Rússia para ter acesso aos recursos energéticos russos?
- Rússia alimenta a guerra na Geórgia nos anos 90? Mas e o gás russo?
- Rússia destrói Grozny e comete inúmeros crimes de guerra na Chéchnia? E o petróleo russo?
- Rússia ocupa a Transnistria? E o fertilizante e os minerais russos?
- Rússia invade a Geórgia? E como é que chega o material ao Afeganistão?
- Rússia investe milhões para aumentar a visibilidade política de partidos de extrema-esquerda e direita? Não faz mal porque os bilionários russos lavam cá todos o dinheiro deles.
- Rússia anexa a Crimeia? Isto já começa a fazer lembrar os anos 30... Mas e o gás russo?
- Rússia invade um país para "proteger os russos nesse país". Como é que se chamava aquele senhor que queria proteger os compatriotas na Checoslováquia?
- Rússia comete crimes de guerra na Síria levando ao êxodo de milhões de refugiados sírios? Realmente parece uns senhores em Espanha nos anos 30... Mas... Mas...
- Rússia ameaça "soluções técnico-militares" se um país entrar para uma aliança militar para evitar ser invadido... Como é que se chamava aquela cidade na Polónia que o senhor que protegia os compatriotas quis que a Polónia desse para evitar a guerra?
 
A questão não é a NATO, é o conceito russo de "Ruskiy Mir". É um conceito, não só colinialista e racista, mas também extremamente revanchista. Tem sido promovido por Putin desde 2007 e abrange todo o espaço dominado pela ex-URSS e Império Russo. Por isso acho incrível que ainda hoje se ache que o problema seja a "expansão da NATO" (como se os países não tenham muitas vezes de andar anos a pedinchar para serem aceites) e ninguém fale na vontade da Rússia de dominar vários países pela força. E não foi agora que a Rússia começou.
A NATO não anda a pedir que os países se candidatem. Os países vizinhos da Rússia é que, pela presença dum regime revanchista na sua vizinhança, procuram a segurança na NATO.
Mais... se em 2008 a senhora Merkel não tivesse vetado a entrada da Geórgia e da Ucrânia na NATO, garanto que neste momento a Rússia não invadia nem colocava 100mil homens na Geórgia e na Ucrânia. Tal como não faz com a Estónia (a meros 120km de São Petersburgo), nem com a Noruega (a menos de 100km da base naval de Murmansk). Nem sequer com o Azerbeijão que tem uma aliança militar com a Turquia, como se viu na mais recente guerra do Karabakh (apesar de um membro da CSTO estar a ser ameaçado e sob ataque).

O que é giro é que o Lampuka manda postas de pescada sobre a utilidade ou não da NATO, mas vamos então ao que interessa:
Em caso dos EUA abandonarem a Europa (como se temeu que acontecesse num segundo mandato Trump e que levou a um "ai Jesus" em vária capitais europeias) o Lampuka abdica do quê para pagar um exército europeu capaz de ombrear com a Rússia? Do SNS? Da escola pública? Da Segurança Social? É que até agora ninguém me explica quem e como é que vai pagar uma força nuclear suficientemente dissuasora (os russos gozam com os franceses que têm uma força nuclear bastante capaz de 300 ogivas nucleares), um sistema de mísseis anti-mísseis balísticos, largos milhares de carros de combate actualizados, aviação de 5ª/6ª geração, sistemas de defesa anti-aérea, etc.
E depois quem é que consegue aglutinar o mínimo denominador comum no que a interesses estratégicos de cada estado-membro diz respeito? São os franceses que estão virados para o Norte de África e Sahel e mesmo aí estão a ser comidos pelos russos? São os alemães que estão relutantes a usar forças militares na maioria dos contextos? São os polacos que temem (com razão) o avanço da Rússia em direcção às suas fonteiras, sem que ninguém na Europa Ocidental lhes dê ouvidos? São os italianos, que nem em relação ao seu próprio país conseguem encontrar esse tal mínimo denominador comum?
 
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CruzSilva

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #860 em: Fevereiro 14, 2022, 07:35:47 pm »
"Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis criam homens fracos - homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis criam homens fortes."
 

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #861 em: Fevereiro 14, 2022, 10:26:25 pm »
Os EUA anunciaram que a 6th fleet atravessou o Bósforo e entrou no Mar Negro.
 

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Lampuka

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #862 em: Fevereiro 15, 2022, 01:32:50 am »
Parece que já não é quarta feira...
https://www.jn.pt/mundo/pentagono-garante-russia-ainda-nao-tomou-decisao-final-sobre-invasao-da-ucrania-14589343.html
Fico muito mais descansado com esta notícia. Eu e certamente todos os ucranianos.
Afinal isto sim, são informações sérias e credíveis, nada de especulações.
Que desgraça...
João Pereira
 

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Luso

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #863 em: Fevereiro 15, 2022, 09:11:58 am »
https://www.zerohedge.com/geopolitical/pelosi-just-gave-game-away-over-ukraine

Pelosi Just Gave The Game Away Over Ukraine

The first topic is the “Russia-Ukraine crisis,” with Stephanopoulos asking Pelosi directly if she believes Russian President Vladimir Putin is about to invade Ukraine.  Nancy Pelosi’s response [Transcript Here] tells us all we need to hear:

PELOSI: “Well, I think we have to be prepared for it. And that is what the president is — yes, I do believe that he is prepared for an invasion. I also understand why the President of Ukraine wants to keep people calm and that he wants his economy not to suffer. But, on the other hand, if we were not threatening the sanctions and the rest, it would guarantee that Putin would invade. Let’s hope that diplomacy works.

It’s about diplomacy deterrence. Diplomacy deterrence. And the president’s made it very clear. There’s a big price to pay for Russia to go there. So, if Russia doesn’t invade, it’s not that he never intended to. It’s just that the sanctions worked.” … “I’m very proud of the work that the president has done.” (read more)

Can you see the domestic political scenario that has been created out of thin air?

Democrats need a win on something; anything, to shift the narrative and change the reality of their failure into an illusion of success.

First, accuse Vladimir Putin of doing something he never intends to do, a fabricated scenario.  Second, tell the world you will strongly respond to the fabricated scenario.  Third, tell the world the exact date when the fabricated scenario is supposed to happen.  Then, when the fabricated scenario never happens, it is because you are so brilliant and strong to have outmaneuvered and cowed the Russians.

Declare the absence of the Ukraine invasion event as the result of your brilliance and announce a foreign policy victory.  That, my friends, is exactly what has taken place.

Yes, this is exactly how pathetic they are.


 :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
(espero!)
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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legionario

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #864 em: Fevereiro 15, 2022, 09:56:42 am »
O ou os que fomentaram a revolução de Maidan em 2014 devem ser os únicos interessados / beneficiários com esta conflito.
Os jogos de geopolítica ultrapassam  o simples cidadão e este,  neste tipo de jogos, só tem um estatuto : o de vitima, como acontece na Síria ou na Líbia, onde os promotores da democracia (sic) só levaram morte e desgraça.

A Rússia com 130 000 homens não consegue invadir um país de 40 000 000 de habitantes e com uma superfície superior à da Espanha. Se houver militares que frequentem este Forum conto com eles para explicar essa impossibilidade.
Consegue enviar uma chuva de misseis (o que não acredito) e  ocupar zonas de fronteira como os territórios separatistas. Outro elemento que nunca vi aqui evocado, talvez porque isto não seja muito frequentado por militares com experiencia de terreno  :  a força russa presente junto à Ucrânia está deslocada fora dos seus quarteis, em instalações provisórias, com temperaturas negativas e em regime de campanha ; toda esta gente tem que se mexer ; das duas uma : ou avança ou volta para a casa.
Falando por experiencia própria que já estive em regime de campanha durante meses, posso assegurar que o estado de espirito dos militares russos deslocados, está muito longe de ser dos melhores , já estão cansados, já estão fartos , sabem que não há reservas a caminho para os substituir, começam a desmotivar. Isto tem que ter uma evolução e tem que ser agora.
« Última modificação: Fevereiro 15, 2022, 10:02:14 am por legionario »
 

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #865 em: Fevereiro 15, 2022, 10:19:53 am »
Ontem ouvi o Sr. Jornalista da SIC que está nos EUA, e o sr. explicou o porque de diversos anúncios de datas de invasão.

Basicamente a Casa Branca decidiu que sempre que houvesse dados suficientes e que permitissem indicar uma data para um possível ataque, ia divulgar juntamente com os dados que permitem chegar a essa conclusão. Isto cria 2 situação, torna mais transparente pois são divulgados dados que normalmente são secretos, e obriga a Rússia a desmentir ou não esse possível ataque. A Rússia ao desmentir fica sem motivos/desculpa para qualquer movimento hostil naquelas datas.

Acho que aprenderam com a invasão a Crimeia que passou despercebida.

PS: Algo que deu para perceber por esse jornalista, é muita da informação que chega a Portugal, vem de outras agências noticiosas e não diretamente dos canais oficiais, logo quando cá chega já vem resumida ou com falta de dados que tão um contexto diferente ao assunto.
 
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #866 em: Fevereiro 15, 2022, 10:21:12 am »
https://www.zerohedge.com/geopolitical/pelosi-just-gave-game-away-over-ukraine

Pelosi Just Gave The Game Away Over Ukraine

The first topic is the “Russia-Ukraine crisis,” with Stephanopoulos asking Pelosi directly if she believes Russian President Vladimir Putin is about to invade Ukraine.  Nancy Pelosi’s response [Transcript Here] tells us all we need to hear:

PELOSI: “Well, I think we have to be prepared for it. And that is what the president is — yes, I do believe that he is prepared for an invasion. I also understand why the President of Ukraine wants to keep people calm and that he wants his economy not to suffer. But, on the other hand, if we were not threatening the sanctions and the rest, it would guarantee that Putin would invade. Let’s hope that diplomacy works.

It’s about diplomacy deterrence. Diplomacy deterrence. And the president’s made it very clear. There’s a big price to pay for Russia to go there. So, if Russia doesn’t invade, it’s not that he never intended to. It’s just that the sanctions worked.” … “I’m very proud of the work that the president has done.” (read more)

Can you see the domestic political scenario that has been created out of thin air?

Democrats need a win on something; anything, to shift the narrative and change the reality of their failure into an illusion of success.

First, accuse Vladimir Putin of doing something he never intends to do, a fabricated scenario.  Second, tell the world you will strongly respond to the fabricated scenario.  Third, tell the world the exact date when the fabricated scenario is supposed to happen.  Then, when the fabricated scenario never happens, it is because you are so brilliant and strong to have outmaneuvered and cowed the Russians.

Declare the absence of the Ukraine invasion event as the result of your brilliance and announce a foreign policy victory.  That, my friends, is exactly what has taken place.

Yes, this is exactly how pathetic they are.


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Ah a Zero Hedge, essa fonte de informação fidedigna e nada associada a movimentos de extrema-direita, cujo dono do site tem ligações familiares ao KGB.
 

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #867 em: Fevereiro 15, 2022, 11:21:52 am »
Ucrânia: Kiev diz ter evitado com o Ocidente nova escalada russa mas que é necessário esperar para perceber intenções
MadreMedia / Lusa  15 fev 2022 10:37 Atualidade
O Governo ucraniano defendeu hoje que a Ucrânia e o Ocidente conseguiram evitar uma nova escalada russa, numa reação ao anúncio da Rússia de retirada de algumas tropas da sua fronteira.

https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/ucrania-kiev-diz-ter-evitado-com-o-ocidente-nova-escalada-russa
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #868 em: Fevereiro 15, 2022, 11:50:28 am »
A Rússia com 130 000 homens não consegue invadir um país de 40 000 000 de habitantes e com uma superfície superior à da Espanha. Se houver militares que frequentem este Forum conto com eles para explicar essa impossibilidade.
Consegue enviar uma chuva de misseis (o que não acredito) e  ocupar zonas de fronteira como os territórios separatistas. Outro elemento que nunca vi aqui evocado, talvez porque isto não seja muito frequentado por militares com experiencia de terreno  :  a força russa presente junto à Ucrânia está deslocada fora dos seus quarteis, em instalações provisórias, com temperaturas negativas e em regime de campanha ; toda esta gente tem que se mexer ; das duas uma : ou avança ou volta para a casa.
Falando por experiencia própria que já estive em regime de campanha durante meses, posso assegurar que o estado de espirito dos militares russos deslocados, está muito longe de ser dos melhores , já estão cansados, já estão fartos , sabem que não há reservas a caminho para os substituir, começam a desmotivar. Isto tem que ter uma evolução e tem que ser agora.

Não existe português nenhum capaz de explicar como um país com uma força de 130 mil militares consegue invadir outro com uma população de 40 milhões, pois nunca foram colocados nessa situação, seja como invasor ou invadido. Será sempre uma análise teórica e a tentar prever como os russos (neste caso) iriam começar.

Mas pode-se dizer várias coisas, que sim, são uns 130 mil militares na fronteira, mas isto é sem contar com forças navais no Mar Negro, meios aéreos que obviamente não estão colocados na fronteira, tudo o que é armas de longo alcance como mísseis balísticos (que podem muito bem estar colocados a 100 km da fronteira), e ainda "uns quantos" possíveis militares da Bielorrússia. Depois, caso se desse mesmo o conflito, os russos não se iam limitar àqueles 130 mil, e na primeira semana do conflito, iriam mobilizar pelo menos mais uns milhares, talvez uns 50 a 100 mil, para reforçar as tropas iniciais.

Como iriam iniciar a invasão? Provavelmente com a tal rajada de mísseis, contra bases aéreas, centros de comando, etc, também tentariam limitar ao máximo a capacidade de Defesa Aérea ucraniana, pois garantindo superioridade aérea, os russos teriam muito mais chances de vencer. Não iriam invadir o país inteiro garantidamente, tentando controlar Kiev e obrigar a rendição deste país e/ou à demissão do Governo, para ter um mais pró-russo. É certo que a Ucrânia daria luta, causando tremendas baixas aos russos, e muito mais do que as sanções, este poderá ter sido o principal dissuasor.
 

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Lusitan

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #869 em: Fevereiro 15, 2022, 12:38:00 pm »
A Rússia com 130 000 homens não consegue invadir um país de 40 000 000 de habitantes e com uma superfície superior à da Espanha. Se houver militares que frequentem este Forum conto com eles para explicar essa impossibilidade.
Consegue enviar uma chuva de misseis (o que não acredito) e  ocupar zonas de fronteira como os territórios separatistas. Outro elemento que nunca vi aqui evocado, talvez porque isto não seja muito frequentado por militares com experiencia de terreno  :  a força russa presente junto à Ucrânia está deslocada fora dos seus quarteis, em instalações provisórias, com temperaturas negativas e em regime de campanha ; toda esta gente tem que se mexer ; das duas uma : ou avança ou volta para a casa.
Falando por experiencia própria que já estive em regime de campanha durante meses, posso assegurar que o estado de espirito dos militares russos deslocados, está muito longe de ser dos melhores , já estão cansados, já estão fartos , sabem que não há reservas a caminho para os substituir, começam a desmotivar. Isto tem que ter uma evolução e tem que ser agora.

Não existe português nenhum capaz de explicar como um país com uma força de 130 mil militares consegue invadir outro com uma população de 40 milhões, pois nunca foram colocados nessa situação, seja como invasor ou invadido. Será sempre uma análise teórica e a tentar prever como os russos (neste caso) iriam começar.

Mas pode-se dizer várias coisas, que sim, são uns 130 mil militares na fronteira, mas isto é sem contar com forças navais no Mar Negro, meios aéreos que obviamente não estão colocados na fronteira, tudo o que é armas de longo alcance como mísseis balísticos (que podem muito bem estar colocados a 100 km da fronteira), e ainda "uns quantos" possíveis militares da Bielorrússia. Depois, caso se desse mesmo o conflito, os russos não se iam limitar àqueles 130 mil, e na primeira semana do conflito, iriam mobilizar pelo menos mais uns milhares, talvez uns 50 a 100 mil, para reforçar as tropas iniciais.

Como iriam iniciar a invasão? Provavelmente com a tal rajada de mísseis, contra bases aéreas, centros de comando, etc, também tentariam limitar ao máximo a capacidade de Defesa Aérea ucraniana, pois garantindo superioridade aérea, os russos teriam muito mais chances de vencer. Não iriam invadir o país inteiro garantidamente, tentando controlar Kiev e obrigar a rendição deste país e/ou à demissão do Governo, para ter um mais pró-russo. É certo que a Ucrânia daria luta, causando tremendas baixas aos russos, e muito mais do que as sanções, este poderá ter sido o principal dissuasor.
E esses números também não contemplam as forças da Rosgvardia que foram mobilizadas e estão já perto da fronteira com a Ucrânia. Não são forças de combate, mas são forças repressivas necessárias a uma ocupação e que libertam as forças militares para tarefas de combate.
https://www.forbes.com/sites/sebastienroblin/2022/02/13/12-reasons-why-a-russian-attack-on-ukraine-looks-imminent/?sh=25b2446426e4