Guerra na Ucrânia

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #810 em: Fevereiro 11, 2022, 11:18:12 am »
Esqueceu-se do ponto 3, que esta crise também revelou a dependência (energética) em relação à Rússia. Para qual a UE tinha de deixar de ser dependente deste país. Mas se calhar nisto não convém tocar, porque depender dos EUA e da China é mau, mas da Rússia é sem problema.
 

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Lightning

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #811 em: Fevereiro 11, 2022, 12:53:11 pm »
Opinião do general na reserva, Carlos Branco.

"Os russos não estão interessados em invadir a Ucrânia".
https://www.jornaldenegocios.pt/weekend/detalhe/carlos-branco-os-russos-nao-estao-interessados-em-invadir-a-ucrania-so-o-farao-in-extremis
 

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #812 em: Fevereiro 11, 2022, 02:47:24 pm »
Opinião do general na reserva, Carlos Branco.

"Os russos não estão interessados em invadir a Ucrânia".
https://www.jornaldenegocios.pt/weekend/detalhe/carlos-branco-os-russos-nao-estao-interessados-em-invadir-a-ucrania-so-o-farao-in-extremis

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As movimentações diplomáticas sucedem-se para evitar uma guerra entre a Ucrânia e a Rússia. Neste conflito está também em causa "um esclarecimento" das regras de relacionamento de Moscovo com a NATO e com a União Europeia, diz Carlos Branco, major-general (na reserva). Putin não quer um alargamento da Aliança Atlântica a leste. É essa a sua linha vermelha. Mas a NATO mantém a porta aberta para Kiev. Se existir uma guerra, toda a Europa ficará a perder. O antigo diretor da Divisão de Cooperação e Segurança Regional, no Estado-Maior Militar Internacional, no quartel-general da NATO em Bruxelas, avisa que, nesse contexto, a UE vai ficar para trás, económica e tecnologicamente, "em particular na nanotecnologia, domínio fundamental para alcançar vantagens competitivas nas indústrias do futuro".


Não sei como é que ele chegou nesta conclusão, então e a Russia como é que fica? Seria interessante saber a opinião, ou pelo menos conseguir lêr todo o texto.
Uma coisa é certa, em caso de uma guerra ninguém fica a ganhar, a não ser os USA, é claro que tanto é EU como os russos vão perder e muito, mas muito muito mais a Russia.
 

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #813 em: Fevereiro 11, 2022, 06:15:28 pm »
Opinião do general na reserva, Carlos Branco.

"Os russos não estão interessados em invadir a Ucrânia".
https://www.jornaldenegocios.pt/weekend/detalhe/carlos-branco-os-russos-nao-estao-interessados-em-invadir-a-ucrania-so-o-farao-in-extremis

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As movimentações diplomáticas sucedem-se para evitar uma guerra entre a Ucrânia e a Rússia. Neste conflito está também em causa "um esclarecimento" das regras de relacionamento de Moscovo com a NATO e com a União Europeia, diz Carlos Branco, major-general (na reserva). Putin não quer um alargamento da Aliança Atlântica a leste. É essa a sua linha vermelha. Mas a NATO mantém a porta aberta para Kiev. Se existir uma guerra, toda a Europa ficará a perder. O antigo diretor da Divisão de Cooperação e Segurança Regional, no Estado-Maior Militar Internacional, no quartel-general da NATO em Bruxelas, avisa que, nesse contexto, a UE vai ficar para trás, económica e tecnologicamente, "em particular na nanotecnologia, domínio fundamental para alcançar vantagens competitivas nas indústrias do futuro".


Não sei como é que ele chegou nesta conclusão, então e a Russia como é que fica? Seria interessante saber a opinião, ou pelo menos conseguir lêr todo o texto.
Uma coisa é certa, em caso de uma guerra ninguém fica a ganhar, a não ser os USA, é claro que tanto é EU como os russos vão perder e muito, mas muito muito mais a Russia.
O Carlos Branco não é uma pessoa isenta relativamente à Rússia. A sua conversa é sempre a mesma. É dum anti-americanismo primário e cospe propaganda russa à velocidade que qu cuspo pevides de melancia:

https://observador.pt/programas/zoom/ucrania-russia-sera-altura-de-usar-camuflados/

É duma limitação tão evidente que até dói saber que este homem esteve em altos cargos militares (graças a ligações políticas) e mente durante esta entrevista sem um pingo de vergonha. Os relatórios da OSCE são de fácil acesso e mostram as repetidas violações de ambos os lados mas com maior incidência por parte da Rússia, com impedimento regular dos inspectores da OSCE de verificar ou viajar no território ocupado pela Rússia. A narrativa de que os russos mobilizaram mais de 100mil homens porque a Ucrânia vai atacar o Donbas é tão rídicula que nem merece perder tempo com ela, mas é proferida por um GENERAL DO EXÉRCITO PORTUGUÊS!!!
 

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MATRA

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #814 em: Fevereiro 11, 2022, 08:15:47 pm »
Com as ultimas noticias a darem conta que pessoal não essencial e familiares das embaixadas de vários países, incluindo Japão e Israel, devem abandonar a Ucrânia, vou colocar a meme da praxe e esperar pelo melhor.

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #815 em: Fevereiro 12, 2022, 02:39:38 am »
Esqueceu-se do ponto 3, que esta crise também revelou a dependência (energética) em relação à Rússia. Para qual a UE tinha de deixar de ser dependente deste país. Mas se calhar nisto não convém tocar, porque depender dos EUA e da China é mau, mas da Rússia é sem problema.

Não seja injusto, eu sei bem qual é a minha equipa. Sou português e europeu.

Os anglo-saxões têm relações de interesse não de "amizade". Se na maior parte do tempo foram nossos aliados, os acontecimentos que se seguem mostram que tudo pode mudar de um momento para o outro, segundo as suas conveniências.

- 27/12/1703 Tratado de Methuen : este tratado imposto pela Inglaterra a Portugal, levou ao abandono da politica de fomento industrial levada a cabo pelo Conde de Ericeira. Portugal entrou num declínio económico que prevaleceria pelos séculos seguintes, até hoje.

- 11/01/1890 Ultimatum inglês - Portugal foi obrigado, sob ameaça de guerra, a entregar aos britânicos parte do seu território africano .

- 17/12/1941 Invasão de Timor pelos ingleses e australianos - A ocupação de Timor pelos anglo-saxões justificou a invasão dos japoneses que sempre respeitaram a nossa neutralidade.   60 000 portugueses mortos.

- 16/01/1945 Bombardeamento de Macau pelos americanos -  5 (?) mortos

- 15/03/1961 Massacres de Angola perpetrados pela UPA, movimento terrorista financiado pelos EUA,  milhares de portugueses mortos.

Eu sou como os anglo-saxões :)  ... também acho que o interesse prevalece sobre o namoro, acho que uma boa relação com a Rússia é interessante para a UE. Neste momento não há condições para isso. Para que o relacionamento seja equilibrado é necessário que a UE tenha a mesma força que a Rússia.
« Última modificação: Fevereiro 12, 2022, 02:42:19 am por legionario »
 
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #816 em: Fevereiro 12, 2022, 10:37:28 am »
Esqueceu-se do ponto 3, que esta crise também revelou a dependência (energética) em relação à Rússia. Para qual a UE tinha de deixar de ser dependente deste país. Mas se calhar nisto não convém tocar, porque depender dos EUA e da China é mau, mas da Rússia é sem problema.

Não seja injusto, eu sei bem qual é a minha equipa. Sou português e europeu.

Os anglo-saxões têm relações de interesse não de "amizade". Se na maior parte do tempo foram nossos aliados, os acontecimentos que se seguem mostram que tudo pode mudar de um momento para o outro, segundo as suas conveniências.

- 27/12/1703 Tratado de Methuen : este tratado imposto pela Inglaterra a Portugal, levou ao abandono da politica de fomento industrial levada a cabo pelo Conde de Ericeira. Portugal entrou num declínio económico que prevaleceria pelos séculos seguintes, até hoje.

- 11/01/1890 Ultimatum inglês - Portugal foi obrigado, sob ameaça de guerra, a entregar aos britânicos parte do seu território africano .

- 17/12/1941 Invasão de Timor pelos ingleses e australianos - A ocupação de Timor pelos anglo-saxões justificou a invasão dos japoneses que sempre respeitaram a nossa neutralidade.   60 000 portugueses mortos.

- 16/01/1945 Bombardeamento de Macau pelos americanos -  5 (?) mortos

- 15/03/1961 Massacres de Angola perpetrados pela UPA, movimento terrorista financiado pelos EUA,  milhares de portugueses mortos.

Eu sou como os anglo-saxões :)  ... também acho que o interesse prevalece sobre o namoro, acho que uma boa relação com a Rússia é interessante para a UE. Neste momento não há condições para isso. Para que o relacionamento seja equilibrado é necessário que a UE tenha a mesma força que a Rússia.
Certamente os russos estiveram por detrás de tudo isto... por isso temos de continuar a prestar cegamente vassalagem a estes sempre fiéis aliados.
Mas há mais, muito mais, que nem convém aqui falar porque é "chato".
Centremo-nos no presente, no alargamento/expansão da NATO a leste, na ingerência e pressões externas sobre os relacionamentos na Europa e destes com o exterior, nos exemplos recentes de total desrespeito pelas instituições internacionais e pelos "supostos" parceiros, no rompimento de acordos internacionais unilateralmente...  tudo tem servido,  entre outras coisas, para impor a sua supremacia sobre todos os outros, ou quase todos.
Essa arrogância de terem de "validar" tudo o que se passa no mundo a mim particularmente enoja-me. Porque acima de tudo peca por ser incoerente e basear-se quase sempre numa visão demasiado egoísta, onde o interesse ( seu ou dos seus parceiros) sobrepõe-se a tudo o resto.
Pior, quando o resto do mundo segue atrás  como numa seita, sem hesitações.
Se a Rússia tem direito a invadir quem quer que seja? Obviamente não. 
Se se acha nesse direito para preservar a sua segurança ou interferir internamente de acordo com os seus interesses? Bem, sobre isto peço que reflitam sobre o que tem sido o passado recente de conflitos e respondam.
Se poderá ser evitado? Cada dia que passa fica mais difícil, mas só se a Europa tiver coragem de ter voz própria.
Senão vai ser arrastada para uma situação que ainda a vai isolar, fraturar e fragilizar mais.
Irónico é que o assunto supostamente é de primordial interesse europeu, mas parece que não serão os europeus a decidi-lo.
« Última modificação: Fevereiro 12, 2022, 10:40:45 am por Lampuka »
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #817 em: Fevereiro 12, 2022, 10:49:06 am »
Curiosamente ontem zarparam o Tridente e o Arpão, juntos.
Vigiar a passagem de navios russos nas nossas águas?
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #818 em: Fevereiro 12, 2022, 11:08:35 am »
Curiosamente ontem zarparam o Tridente e o Arpão, juntos.
Vigiar a passagem de navios russos nas nossas águas?

Mais uma vez fica provado, que são os 2 únicos meios de combate decentes da Marinha Portuguesa.
 
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #819 em: Fevereiro 12, 2022, 01:31:14 pm »
Curiosamente ontem zarparam o Tridente e o Arpão, juntos.
Vigiar a passagem de navios russos nas nossas águas?

Não sei se será só para isso, (devem ir com os BlackShark e Sub-Harpoon)....
 

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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #820 em: Fevereiro 12, 2022, 01:45:20 pm »
15 anos, apenas isso...
Particularmente a partir do minuto 3.32 o papel da NATO e de quem a comanda fica clarificado. 
Pena é que não se queira ver.
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #821 em: Fevereiro 12, 2022, 05:17:30 pm »
Do ponto de vista económico, um conflito na Ucrânia beneficia sobretudo os Estados Unidos, na medida em que restaura a legitimidade e a razão de ser da OTAN (dominada pelos americanos) ... para além do mercado da defesa europeu que se vai abrir ainda mais para os EUA,  principal fornecedor dos exércitos europeus.  A escolha dos F 35 por alguns países europeus em detrimento do Rafale ou do Eurofighter (ou do Gripen)  confirma a importância do mercado de defesa europeu para os States. O fornecimento do gás à Europa é mais uma cereja no bolo para os nossos amigos anglo-saxões.

Uma aproximação entre a Rússia e a Europa faria deste continente um bloco ainda mais poderoso que o da China o que confirma o interesse dos EUA por este conflito.
Já nos  tempos em que o R.U. era a potência dominante e em que a Rússia era governada pelos Czares , uma aliança continental era uma ameaça ao domínio anglo-saxão ; a tática destes é colocar a UE contra a Rússia para enfraquecer ambos. Uma Rússia isolada e uma Europa sob a proteção da OTAN é o principal objetivo dos Estados Unidos, (seja qual for o regime vigente na Rússia).

A construção de uma UE forte é a principal parada que temos para deixarmos de ser um simples peão no tabuleiro de jogo.

No pé em que estão as coisas só posso fazer votos de êxito para os nossos militares destacados no T.O., especialmente o pessoal dos submarinos e da FAP assim como de todos os portugueses que se encontram na linha da frente. A situação está mesmo muito sensível, esperemos que tudo corra bem.
« Última modificação: Fevereiro 12, 2022, 05:19:27 pm por legionario »
 
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Re: Guerra na Ucrânia
« Responder #824 em: Fevereiro 12, 2022, 08:35:03 pm »
Curiosamente ontem zarparam o Tridente e o Arpão, juntos.
Vigiar a passagem de navios russos nas nossas águas?

Ja agora, o que temos para vigilância/defesa/combate a submarinos que passem nas nossas aguas?