Unidades especiais da PSP com formação única

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Lancero

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Unidades especiais da PSP com formação única
« em: Março 28, 2007, 03:02:35 pm »
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2007-03-28 - 00:00:00

PSP: Nova estrutura que as engloba fica em Belas
Formação única para quatro unidades especiais

Hoje realizar-se-á, provavelmente, o último aniversário do Corpo de Intervenção (CI) e do Grupo de Operações Especiais (GOE) enquanto unidades especiais da PSP com funcionamentos independentes.

A Direcção Nacional (DN) da Polícia está a preparar uma autêntica revolução no funcionamento destas unidades que, muito em breve, juntar-se-ão ao Corpo de Segurança Pessoal (CSP), e ao Centro de Inactivação de Explosivos e Segurança em Subsolo, para formar a Unidade Especial de Intervenção (UEI) da PSP.

A Quinta das Águas Livres, em Belas, Sintra, servirá de quartel-general à UEI. Para o efeito estão já a ser planeadas obras de ampliação do terreno que, provavelmente em 2008, irá albergar entre 800 a 1000 elementos da UEI.

Está previsto que, em conjunto com estas quatro unidades, também o comando do Grupo Operacional Cinotécnico da PSP, responsável pelo treino dos cães da polícia, permaneça na Quinta das Águas Livres.

LICENCIADOS

As novidades advindas do surgimento desta nova unidade não se ficam, no entanto, por aqui. A DN/PSP criou uma comissão de oficiais que está a estudar a aplicação de um programa único de formação para o efectivo das quatro unidades que irão compor a UEI.

“Numa primeira fase, com a duração de três meses, os candidatos à entrada nas quatro unidades terão uma formação comum, que versará treino físico, tiro, técnicas de algemagem, de manutenção de ordem pública, e muitos outros módulos necessários ao trabalho do efectivo”, explicou ao CM fonte policial.

A PSP está, de resto, a trabalhar para colocar especialistas licenciados à frente da formação da UEI. “No efectivo da polícia já existem elementos com estas capacidades, e o que se pretende é que cada vez existam mais”, adiantou o mesmo informador.

Só após esta primeira etapa comum de formação é que os futuros elementos da UEI estarão aptos a entrar na especialização.

Com a aposta no reforço da instrução a DN/PSP quer “melhorar a capacidade de resposta, e a coordenação das quatro forças”.

Apesar de manterem os respectivos comandos, o trabalho das diferentes unidades passará agora a ser coordenado por um oficial superior de polícia, com o posto de superintendente, e que ainda não foi designado.

Na alçada deste responsável ficará o papel de coordenação do trabalho das quatro forças. O objectivo é, ao que o CM apurou, evitar colisão de responsabilidades no terreno.

“As solicitações feitas à Unidade Especial de Intervenção serão, em primeira instância, recebidas pelo coordenador. Só depois é que os comandantes de GOE, CI, CIEXSS, e CSP serão chamados, conforme as necessidades, tendo então que apresentar soluções aos problemas apresentados”, concluiu outro informador contactado pelo nosso jornal.

INSTALAÇÕES SERÃO VENDIDAS

O ministro da Administração Interna (MAI), António Costa, anunciou já que as actuais instalações dos comandos do Corpo de Intervenção (CI) e do Corpo de Segurança Pessoal (CSP) da PSP, situadas respectivamente na Calçada da Ajuda e na Avenida António Augusto de Aguiar, em Lisboa, vão ser vendidas. O efectivo destas duas unidades irá, no âmbito da reestruturação das unidades especiais da PSP, juntar-se ao Grupo de Operações Especiais e ao Corpo de Inactivação de Explosivos e Segurança em Subsolo, que estão já sediados na Quinta das Águas Livres, em Belas, Sintra. Para evitar a inutilização dos dois imóveis, o MAI está já a começar a fazer contactos tendentes à sua venda. E os lucros obtidos com a transacção serão, como António Costa referiu durante o anúncio público das reestruturações nas forças de segurança, para reequipar a PSP. “Está previsto um reforço do investimento em instalações, viaturas, e armas para o desempenho policial”, disse ao CM fonte policial.

BOLAS DE TINTA PARA REPOR A ORDEM

O Corpo de Intervenção (CI) da PSP, que hoje comemora o Dia da Unidade, na passagem dos 31 anos de existência, poderá começar a utilizar armas não letais para repor a ordem, como pistolas de paintball com tinta e de borracha. Para além daquele tipo de armas, o CI poderá também passar a usar gases imobilizadores e dispositivos eléctricos atordoantes (taser). Este tipo de armas já são empregues por outras polícias europeias. “Não faz qualquer sentido a polícia carregar sobre as pessoas. Queremos actuar apenas sobre quem provoca o distúrbio e de uma forma eficaz, imediata e com o mínimo de violência”, disse o intendente Paulo Lucas, comandante do Corpo de Intervenção. O CI não possui ainda este tipo de armas não letais, que Paulo Lucas considera uma carência da unidade. No entanto, realça: “Apesar de não termos todos os meios, nunca deixámos de realizar e concluir com êxito todas as missões que nos foram confiadas.”

PORMENORES

FESTA MAIS BARATA

Embora o Dia da Unidade do Corpo de Intervenção tenha sido assinalado ontem, este ano, pela primeira vez na sua história, os festejos decorrem hoje, em conjunto com o Grupo de Operações Especiais (GOE), com o objectivo de reduzir custos e responder à nova orgânica decidida pelo Governo.

OITO GRUPOS

O Corpo de Intervenção é uma força da Polícia de Segurança Pública composta por oito grupos operacionais, num total de 800 homens distribuídos por Lisboa, Porto e Faro.

POSTOS À PROVA

Os elementos do CI são colocados à prova todos os dias, através de operações desenvolvidas em conjunto com outras autoridades como, por exemplo, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), a Polícia Judiciária, para além de outras unidades da PSP.

EVOLUÇÃO

Devido à necessidade de mobilidade, o CI evoluiu dos grandes autocarros blindados com protecções e de aspecto robusto para carrinhas pequenas, leves e de grande mobilidade, com poucos elementos.
Miguel Curado

 
Fonte
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Rebolt

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« Responder #1 em: Março 28, 2007, 03:59:07 pm »
confesso que esta noticia me confundiu um bocado.

Então este UEI vai ministrar o mesmo treino a todos os agentes e só depois numa fase mais avançada é que será especializado.
Esperemos que nao interfira na qualidade de treino do GOE do CI e CSP.
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #2 em: Março 28, 2007, 04:21:20 pm »
Vai ser mais ou menos como no RI da GNR.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Lancero

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« Responder #3 em: Março 28, 2007, 04:22:05 pm »
Fotos de hoje:











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QUELUZ - LISBOA - PORTUGAL
Comemoracoes conjuntas dos 31 e 25 aniversarios do Corpo de Intervencao e do Grupo de Operacoes Especiais da PSP, esta Quartafeira, 28 Marco 2007 na Quinta das Aguas Livres, em Queluz. ANDRE KOSTERS/LUSA
LUSA / STF / ANDRE KOSTERS
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Lancero

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« Responder #4 em: Março 28, 2007, 04:25:46 pm »
Não esquecer que não vão para lá directos da vida civil.
Os candidatos são já polícias que passaram por Torres Novas e estiveram pelo menos dois anos (assim de cabeça acho que é este o período) em serviço de patrulha.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Trafaria

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« Responder #5 em: Março 29, 2007, 02:22:06 pm »
Fui dos que recebi a noticia da criação desta UEI com algum cepticismo. Mas acabou, gosto da solução encontrada.

Cabeça de Martelo,
Não, não faz lembrar o RI da GNR. Nesse existem, digamos, várias companhias e serviços apoio sob um e o óbvio comando do maior desse regimento.

Pelo contrário, na UEI o GOE, CI, CSP e CIEXXS manterão a sua estrutura, as suas instalações próprias, o seu comando, as suas especialidades e especificidades, tendo no topo um superintendente coordenador, não um super comandante, será um intermediário entre essas unidades e a DN.
Se tiverem a mesma oficina auto, a mesma carreira de tiro, etc… qual é o problema? Nenhum, ainda bem!

Quanto à formação prévia e conjunta com a duração de 3 meses também nela só vejo obvias vantagens.

Falando do ponto de vista do concorrente:
No GOE, por exemplo, o número de elementos que termina o curso (isto já depois de passar o apertadíssimo filtro de selecção) é baixo em relação ao total dos que o iniciam e isto tem claros prejuizos para a unidade e para os concorrentes. Agora os corpos de instrutores dessas unidades vão ter 3 meses para observarem o pessoal, vão assim ter mais dados e saber com maior rigor quem melhor se adapta a quê e um individuo por seu lado pode lá entrar com a ideia de ir para esta ou aquela unidade e verificar que afinal até prefere ou tem melhores características para outra.

Mas é claro… tudo isto está muito no principio.
« Última modificação: Março 29, 2007, 02:24:03 pm por Trafaria »
::..Trafaria..::
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #6 em: Março 29, 2007, 02:29:48 pm »
Obrigado pelas informações, é que eu pensava que fosse como no RI.

Se for como dizes, então só vejo vantagens.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Trafaria

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« Responder #7 em: Março 29, 2007, 02:40:33 pm »
Publica e exteriormente a maior diferença que antecipo é que as siglas mais conhecidas como GOE e CI se irão desvanecer um pouco enquanto que internamente manterão o mesmo e elevado perfil.
::..Trafaria..::