Um dos tradicionais truques utilizados pelos comunistas para tentarem defender o indefensável, é a criação de falsas equivalências, normalmente misturadas com uma grande quantidade de ranço soviético.Cuba e países como a Finlandia, são dados como exemplos comparáveis.
Aparentemente, os Estados Unidos tinham o direito de exigir a retirada dos mísseis cubanos ...
(os mísseis parecem ter ficado enterrados em alguma parte do corpo dos comunistas)...
E portanto, o império russo, também tem o direito de exigir que os países limitrofes se retirem da NATO.
A comparação é absurda, porque Cuba nuca fez parte do Pacto de Varsóvia. E se tivesse feito parte do pacto, seguramente que isso não seria razão para invasão.
Mais grave, é a absoluta falta de pudor em comparar democracias com ditaduras.
Para quem defende os regimes assassinos e convive bem com a repressão das ditaduras, isso realmente não é um problema. Mas para as pessoas normais, esta comparação é não apenas estupida, é também um insulto à inteligência.
A Finlandia, durante anos, tinha
taxas de aprovação para a sua adesão à NATO que andavam na casa dos 20% (um quinto da população) e às vezes menos que isso. A taxa de rejeição, era muito elevada e chegava aos 70% ainda em 2012, já depois da invasão da Georgia por exemplo. Depois da invasão da Crimeia, a taxa de aprovaçãu subiu para 30%, mas a rejeição continuava entre os 43% e os 60%
Mas chegada a segunda invasão da Ucrânia,
a taxa de aprovação, deu um salto enorme e no ano passado atingiu os 80%. A taxa de finlandeses contrários à NATO baixou de 71% em 2012 para 8% em 2022.
Os finlandeses claro, são todos estúpidos.Já os inteligentíssimos militantes do PCP [1] acham que eles deveriam continuar à mercê do império, mas eles, que estão lá, e têm que olhar para os guardas russos do outro lado da fronteira, se calhar sabem melhor...
O império russo e a URSS invadiram todos os países com os quais têm fronteiras. Não há um único caso de um país com fronteiras com o império, que não tenha sido invadido pelos russos. Desde o Japão com as ilhas no norte, à China, com os atuais territórios de Vladivostok, até à Finlandia, passando pela Mongólia, Georgia, Turquia, Romenia, Austria/Hungria, Polónia, Estónia, Letónia,. Lituânia e Suécia.
Todos eles, foram alvos de ataques, invasões, massacres, genocídios étnicos, expedições punitivas etc... (é tudo culpa deles, claro, que os russos nunca fizeram mal a ninguém
coitadinhos )
Não deixa de ser engraçado – ainda que de dificil compreensão para pessoas com um cérebro funcional – que alguém ache que, nestas circunstâncias, países que tiveram que ceder territórios por estarem sozinhos, não pensem que é melhor contar com a proteção, que só uma aliança militar como a NATO pode dar.
O império russo, como todos os impérios não se entende sem o sangue e a morte que a guerra pode trazer.
O culto do sangue e da morte caracteriza este tipo de regimes genocidas.
O problema, é que este culto à morte, também era característica de civilizações inteiras, por exemplo na America Central.
Qualquer povo que seja vizinho desta gente, inevitavelmente sente-se ameaçado, porque já sofreu na carne, o terror atroz de um império cruel, que acredita piamente no valor da crueldade.
[1] - É importante referir aqui, que neste caso entra em linha de conta, a idade e o conhecimento do discursos do PCP sobre a NATO, sobre o Pacto de Varsóvia, e as alegações comunistas sobre a aliança, ou as ligações que deveriamos manter com as ditaduras comunistas africanas.
Neste caso não muda absolutamente nada. Quem se lembrar da cassete do Cunhal na década de 1980, encontra EXACTAMENTE OS MESMOS ARGUMENTOS EM 2023.
Logo, por muito que os eventuais ex-comunistas digam que não têm nada a ver com o partido, são traídos pelas suas própria palavras