Reflexões Geoestratégicas de José Manuel Félix Ribeiro

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Pedro_o_Tuga

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Re: Reflexões Geoestratégicas de José Manuel Félix Ribeiro
« Responder #15 em: Setembro 16, 2010, 10:03:24 pm »
Citação de: "Luso"
Pretendia referir-me à realidade portuguesa, mas já que coloca a questão, direi que o mesmo se aplicará a maioria das alegadas democracias deste mundo.
Mas não pense que quero convencer ninguém do que digo: gostaria apenas de fazer pensar as pessoas e obrigá-las a somar 2+2 e tentar fazê-las questionar a realidade de um princípio abstracto que se revela cada vez mais académico e um embuste cada vez mais descarado. E veremos até que ponto será assassino.
Agora agradeço que não me venham com abstrações académicas porque já não dou para esse peditório.

Bem, concordo que a democracia portuguesa está podre e é cheia de interesses que não são favoráveis a Portugal, mas eu não iria tão longe e acusaria valores democraticos de serem incompativeis com propesridade e independencia. Ditaduras também não são um modelo de eficiencia, como podemos atestar por paises como Zimbabue e Coreia do Norte. Agora se refere a um modelo de monarquia constitucional, que assegure a liberdade dos cidadão e mantenha um Estado Forte, bem, aí estaria de acordo consigo.
 

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Jorge Pereira

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Re: Reflexões Geoestratégicas de José Manuel Félix Ribeiro
« Responder #16 em: Setembro 21, 2010, 12:36:32 am »
Soube-se recentemente que o fundo soberano da Noruega, o segundo maior do mundo, constituído por aproximadamente 450.000 milhões de dólares, anda a comprar dívida dos chamados PIGS, incluindo da Grécia. Especialistas afirmam que isto significa tão pura e simplesmente que a Noruega assumiu que não via existir nenhuma situação de «default» nesses países.

Nestes momentos de aflição, este gesto reveste-se de uma importância crucial.

Assim sendo, e aproveitando a temática do tópico, é caso para perguntar: Porque não a formalização de uma aliança estratégica com a Noruega para a prospecção e exploração de recursos na nossa vasta ZEE e Plataforma Continental?

Pensem no efeito que uma aliança deste tipo iria provocar nos mercados. Uma aliança com um país, a Noruega, com o segundo maior fundo soberano e um dos países mais sólidos e credíveis do mundo.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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Re: Reflexões Geoestratégicas de José Manuel Félix Ribeiro
« Responder #17 em: Setembro 21, 2010, 10:13:17 am »
Eu sempre defendi aproximação aos países nórdicos, mas Portugal parece ter uma cambada de meninos conservadores que teimam em manter-se ligados aos mesmos países de sempre em vez de procurarem parcerias junto de países ricos e evoluídos.
A Noruega é um bom exemplo de aliança que deveríamos procurar, assim como a Finlândia é um exemplo de país com o qual deveríamos procurar ter a humildade de aprender com eles.
 

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Vicente de Lisboa

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Re: Reflexões Geoestratégicas de José Manuel Félix Ribeiro
« Responder #18 em: Setembro 21, 2010, 10:26:39 am »
Hm... a Noruega tem Petróleo e Gás Natural. Nós temos...  :?:
 

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Re: Reflexões Geoestratégicas de José Manuel Félix Ribeiro
« Responder #19 em: Setembro 21, 2010, 10:35:05 pm »
Temos interesse em compra-lo, mais um motivo para nos aproximarmos deles. Por outro lado a nossa placa Oceania nunca foi estudada, até podemos ter petróleo na nossa ZEE sem o sabermos, andamos a desperdiçar anos quando a nossa economia está toda no fundo do mar.
 

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Vicente de Lisboa

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Re: Reflexões Geoestratégicas de José Manuel Félix Ribeiro
« Responder #20 em: Setembro 22, 2010, 10:09:21 am »
Citação de: "Camuflage"
Temos interesse em compra-lo, mais um motivo para nos aproximarmos deles.
Eu não preciso de ser amigo do Soares dos Santos para comprar pão no Pingo Doce... Eles vendem a dinheiro, não a amizade.
Isso funciona na Venezuela, não na Escandinávia.

Citar
Por outro lado a nossa placa Oceania nunca foi estudada, até podemos ter petróleo na nossa ZEE sem o sabermos, andamos a desperdiçar anos quando a nossa economia está toda no fundo do mar.
Em que é que se baseia para dizer tal coisa?
 

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Jorge Pereira

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Re: Reflexões Geoestratégicas de José Manuel Félix Ribeiro
« Responder #21 em: Setembro 24, 2010, 12:53:30 am »
Citação de: "Vicente de Lisboa"
Hm... a Noruega tem Petróleo e Gás Natural. Nós temos...  :arrow: viewtopic.php?f=22&t=2531&start=30


Citação de: "Expresso 2006/09/16"
O novo Mar do Norte
 
Riqueza virgem em águas profundas
 
Portugal tem a maior zona atlântica não pesquisada. Há boas probabilidades de termos aí petróleo em quantidades comerciais

Quem identifica a Zona Económica Exclusiva (ZEE) de Portugal - uma das maiores da Europa - num mapa do Atlântico Norte, compreenderá que o potencial petrolífero das nossas águas profundas nunca foi pesquisado. Todas as sondagens petrolíferas efectuadas até hoje em águas portuguesas concentraram-se nas zonas costeiras, em profundidades que raramente ultrapassaram os 200 metros. O facto do consórcio Petrobrás-Galp-Partex iniciar agora esta avaliação criou uma nova expectativa sobre a pesquisa petrolífera portuguesa. Para já, isso implicará um grande investimento no levantamento das características sísmicas das zonas de águas profundas localizadas entre os paralelos de Aveiro e Cascais. Mais a Sul, também os espanhóis da Repsol acalentam o sonho de encontrarem, ao largo da costa algarvia, a continuação do filão de gás detectado na baía de Cádis. A intenção actual de pesquisar as águas profundas portuguesas só é possível graças à grande evolução tecnológica recentemente ocorrida, muito incentivada pelas elevadas cotações projectadas para os preços do barril de petróleo até ao fim da década em curso (previsões conservadoras apontam para uma duplicação dos preços). Mas este projecto só poderá trazer frutos a longo prazo o que não inibe que especialistas digam que podemos estar perante “o novo Mar do Norte”.

Antes de ser feita qualquer perfuração (designada por sondagem), é preciso obter informações detalhadas sobre os cortes rochosos do subsolo, fornecidas sob a forma de linhas sísmicas. Essas linhas são recolhidas por navios que arrastam longos cabos, transportando sonares para recolherem todos os reflexos das ondas sonoras provocadas por disparos efectuados dentro de água.

É certo que já foram feitos muitos destes levantamentos sísmicos na nossa costa, desde os anos 50. No entanto, poucos detalham as zonas mais profundas. Entre os mais recentes levantamentos encontram-se os 23.000 quilómetros de linhas sísmicas, recolhidos de 1999 a 2002 pelos noruegueses da TGS-NOPEC. O consórcio Galp-Petrobrás-Partex adquiriu parte das linhas levantadas pela TGS e já está a avaliar o interesse de algumas zonas. Mas, certamente, muitas mais linhas sísmicas terão de ser levantadas. Quer em outras zonas quer para apertar a malha existente com mais informações a duas e três dimensões.


Custo de meio milhão por dia



A fase das perfurações (sondagens) vem a seguir à análise de informação que está a ser feita. Como são trabalhos que implicam investimentos muito pesados - o aluguer de equipamentos técnicos, desde plataformas a navios, pode custar entre 250 mil a 550 mil dólares por dia, durante vários anos -, a escolha de um local a perfurar tem de ser confirmada com o máximo de informação sísmica possível, recorrendo a linhas ‘3D’.

O certo é que das 27 perfurações efectuadas no «offshore» português, entre 1974 e 1995, destinadas a sondar petróleo, apenas quatro foram realizadas em águas profundas - o designado «deep-offshore» -, a última das quais em 1985, efectuada pelo operador Pecten, na bacia do Porto. Esta sondagem atingiu uma profundidade total de perfuração de 4040 metros.

“Toda a vasta área Atlântica que se encontra na zona económica portuguesa está virgem. Terá um potencial de sucesso para exploração de petróleo da ordem dos 12 poços por cada 100 perfurados. Na costa sul, ao largo do Algarve, esta probabilidade aumenta para 20 poços por cada 100 perfurações”, admite Virgílio Cabrita da Silva, um dos mais experientes especialistas portugueses em pesquisa e exploração de petróleo - iniciou a sua actividade em Angola em 1966, passou para a Shell em 1975, onde esteve até 1996, altura em que Micael Gulbenkian o contratou para a Partex, de onde já saiu.

Para Cabrita da Silva, a verdadeira pesquisa e exploração de petróleo em águas profundas portuguesas só vai começar a ser feita agora. E refere que “nenhum outro país europeu tem uma área com a dimensão desta”. Porém, diz que não se pode sequer falar em atraso na exploração do mar português, porque, na realidade, só muito recentemente há tecnologia disponível para pesquisar grandes profundidades. “Em 1978 fiz um furo na Irlanda, que então constituiu um recorde. Foi a 850 metros de profundidade de água. Hoje trabalha-se bem com 4000 metros de água”, refere.


No «offshore» português sobre o qual há mais informação disponível, uma das mais elevadas probabilidades de sucesso concentra-se nos blocos 13 e 14, localizados entre Faro e Vila Real de Santo António, licitados em 2002 pela Repsol. “Aí, a petrolífera espanhola terá de fazer perfurações entre os 800 e os 900 metros de profundidade para pesquisar um tipo de reservas semelhante às encontradas na baía de Cádis, ou seja, de gás”, admite Cabrita da Silva. Mas a montagem de equipamento de pesquisa petrolífera numa zona eminentemente turística não facilita o desenvolvimento desta actividade. No entanto, Cabrita da Silva refuta os argumentos utilizados contra a pesquisa de petróleo ao largo do Algarve. “Não se pode invocar a poluição para contrariar trabalhos de pesquisa feitos perto de praias, muito menos quando há probabilidade dos poços só terem gás. Já perdi o número de perfurações que fiz, algumas em ilhas com praias utilizadas por banhistas, como é o caso dos furos feitos na Holanda junto à fronteira com a Alemanha, que nunca implicaram problemas ambientais e que ainda hoje continuam a produzir gás sem colidir com a utilização da praia por turistas”, refere.


Citar
Berardo testa exploração de petróleo em Portugal


A Mohave realiza estudos de sísmica para explorar reservas que podem atingir 500 milhões de barris.

O sonho do empresário Joe Berardo de encontrar petróleo em Portugal está mais perto de se tornar realidade. A Mohave Oil & Gas, empresa canadiana que tem o comendador como principal accionista, deu início aos estudos de sísmica tridimensional na concessão que detém na zona de Aljubarrota, acreditando que poderá encontrar petróleo ainda este ano.

"O petróleo pode vir a ser a salvação do nosso país", revelou o empresário, mostrando-se optimista quanto a um resultado positivo. É a primeira vez que se realizam em Portugal estudos de sísmica tridimensional, que servem para apurar as formas geométricas das estruturas geológicas. Esta pesquisa é necessária para que a perfuração dos poços avance até ao final do ano. Neste particular, a Mohave está à frente da Galp, da Petrobras e de outras empresas que vão realizar estudos idênticos nas suas concessões ao largo da costa nacional.

"A Petrobras e a Galp vão investir 300 milhões de dólares em Portugal e vão usar a mesma tecnologia. Ninguém seria louco para investir isto se não existisse petróleo! O desafio é conseguir extraí-lo", salientou Berardo.
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Re: Reflexões Geoestratégicas de José Manuel Félix Ribeiro
« Responder #22 em: Setembro 24, 2010, 10:49:16 am »
Citação de: "Jorge Pereira"
Citação de: "Vicente de Lisboa"
Hm... a Noruega tem Petróleo e Gás Natural. Nós temos...  :arrow: viewtopic.php?f=22&t=2531&start=30
De 2006 para cá o país não esteve parado. Bem pelo contrário.  :(
 

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Jorge Pereira

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Re: Reflexões Geoestratégicas de José Manuel Félix Ribeiro
« Responder #23 em: Outubro 01, 2010, 01:26:31 am »
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Partex: Portugal «está cego» quanto à exploração gás no Algarve

O presidente da petrolífera Partex Oil and Gas considerou hoje que Portugal «está cego» em relação aos recursos de gás natural na Bacia do Algarve, que poderiam representar uma poupança anual na fatura energética de mil milhões de euros ano.

«Há uma correlação muito forte da Bacia do Algarve com a Bacia de Cádis, em Espanha. Em Cádis, a Repsol produziu o campo Poseidon. E nós no Algarve podemos ter reservas 20 vezes maiores que esse campo, suficientes para 12 ou 15 anos do consumo do país. É significativo, mas infelizmente a Repsol ganhou o contrato há oito anos e o contrato não foi assinado pelo Governo português», disse hoje António Costa Silva.

O presidente da Partex, que falava numa conferência sobre exploração de petróleo nas duas margens do Atlântico, hoje em Lisboa, considerou que se trata de «uma situação incompreensível» a todos os níveis.
Diário Digital / Lusa

 :bang:


Citar
No Algarve há reservas de gás natural para abastecer Portugal durante 15 anos
07-06-2010 23:54:00

O Algarve "tem reservas suficientes de gás natural para cobrir o consumo interno de Portugal durante 15 anos". Administrador da petrolífera Partex criticou o Governo pelo impasse na pesquisa. Mas há quem receie acidentes ecológicos.         
gas-natural-petroleo-prospecção.jpg
Ver Galeria
     

António Costa da Silva falava no seminário 'Prospecção e exploração de gás natural nas águas profundas da costa do Algarve: as perspetivas energética, económica e ambiental', que decorreu hoje em Loulé.

“Desde 2002, quando o concurso terminou, a Repsol apresentou-se a concurso, é um concurso internacional aberto, a Repsol ganhou e hoje estamos senão me engano em 2010”, ironizou o especialista em pesquisa de gás natural e petróleo, questionando o Governo sobre o porquê de até agora não ter assinado o contrato.

"A 40 quilómetros da costa algarvia existem reservas de gás natural suficientes para cobrir o consumo interno de Portugal durante 15 anos", estimou António Costa da Silva.

O Algarve, segundo estudos divulgados, tem potencial elevado para gerar gás, com uma capacidade cerca de 20 vezes superior às reservas que foram encontradas nos campos do Golfo de Cádiz, em Espanha.

António Costa da Silva recorda que na “bacia do Algarve existem os diferentes componentes para procurar gás natural”.

Existem rochas geradoras de hidrocarbonetos, armadilhas estruturais, rochas reservatório, há migração dos fluidos e já foram perfurados cinco poços no passado, recordou o especialista, acrescentando que valeria a pena perfurar no deep offshore (nas águas profundas) e desenvolver o projeto, porque os riscos associados são “pequenos e os benefícios para o Algarve e país seriam enormes” defende o administrador da Partex.

Recorde-se que a exploração de hidrocarbonetos na costa algarvia, um assunto falado há mais de 15 anos, teve em 2007 desenvolvimentos, quando o Governo firmou em Janeiro desse ano três contratos com um consórcio composto pela empresa australiana Hardman Resources e pelas empresas portuguesas Partex e Galp, concessionando a pesquisa e exploração de hidrocarbonetos ao largo da Costa Vicentina.

Já a concessão ao largo da ria Formosa, a que concorreu um consórcio liderado pela empresa espanhola Repsol, também deveria ter sido assinado naquele ano, alegadamente sem concurso público.

O assunto foi levado ao Parlamento pelo líder regional do PSD, Mendes Bota, que afirma não existirem garantias de que a região seja indemnizada, em caso de um acidente ou desastre ambiental.

"Há apenas um seguro que retira uma pequena percentagem do orçamento anual das companhias petrolíferas, mas que de maneira nenhuma cobre os prejuízos em caso de catástrofes", referiu na altura o deputado social-democrata, para quem a região vai ficar numa posição de alto risco e ainda mais vulnerável a acidentes ecológicos com consequências desastrosas, uma vez que "já passam centenas de petroleiros pela costa da região, mas com estas explorações vão passar muitos mais e o risco vai ser agravado".

Acidente Ecológico ou benefício “entre 1 400 a 1 500 milhões de euros por ano”?

"Mapear os recursos naturais em Portugal" é, pelo seu lado, o concelho que António José Silva deu ao Governo, na sua intervenção em Loulé, referindo que a estimativa de gás que se poderia retirar do Algarve pouparia ao país “entre 1 400 a 1 500 milhões de euros por ano”.

Em sua opinião, gerar emprego ou diminuir a dependência energética de Portugal em relação ao exterior são outros dos benefícios que poderiam advir da descoberta de gás natural ao largo do Algarve.

“O país paga uma fatura energética elevada e não podemos esquecer que cerca de 15 por cento tem a ver com importações de gás natural”, sustentou no colóquio em Loulé o administrador da Partex, que pertence à Fundação Calouste Gulbenkian.

“Os espanhóis exploram gás natural desde 1976 no Golfo de Cádiz, mas Portugal, ao nível do seu posicionamento estratégico, tem fragilidades e não conseguimos projetar o país a 20 a 30 a 50 anos”, lamentou, afirmando que o Estado “tem uma missão de soberania para explorar os recursos”, porque Portugal tem das “maiores zonas económicas exclusivas do mundo com recursos mapeados”.
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Re: Reflexões Geoestratégicas de José Manuel Félix Ribeiro
« Responder #24 em: Outubro 01, 2010, 10:37:19 am »
É verdade, sim senhor.

Eles andem aí na costa.

"PORTUGAL – Another Offshore Concession for Partex
     2007.05.18

Partex, Petrobras and Galp Energy have signed agreements with the Portuguese Government for exploration and production of petroleum in four blocks covering an area of about 12,000 km located northwest of Lisbon in very deep waters (over 2000 metres).
The four blocks - “Camarão”, Amêijoa”, Mexilhão” e “Ostra” – are included in the so-called Lusitanian Basin.
Petrobras (with 50% participation) will be the operator. Partex and Galp Energy have, respectively, 20% and 30% interest in the venture."


Para inglês ver, no site da PARTEX: http://www.partex-oilgas.com/portugal/press_news_noticia_en.php?idn=22

Com a óbvia presença maioritária dos "manos" brasileiros (que ainda na semana passada aumentaram o capital da PETROBRAS para uns 50 mil milhões de euros).  :mrgreen:

Haja alguém que faça algo. Afinal não será preciso exumar o Infante D. Henrique.
"E se os antigos portugueses, e ainda os modernos, não foram tão pouco afeiçoados à escritura como são, não se perderiam tantas antiguidades entre nós (...), nem houvera tão profundo esquecimento de muitas coisas".
Pero de Magalhães de Gândavo, História da Província Santa Cruz, 1576
 

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Jorge Pereira

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Re: Reflexões Geoestratégicas de José Manuel Félix Ribeiro
« Responder #25 em: Dezembro 09, 2010, 11:19:03 am »
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Dom Duarte
Brasil quer apoiar Portugal na crise da dívida com melhores condições que o FMI

Dom Duarte Pio de Bragança já pediu a nacionalidade timorense. Ao i, abre a porta a pedir ainda a nacionalidade brasileira

Dom Duarte serviu o chá, num bule japonês, oferta de um mestre do chá. O sabor adocicado das ervas não merece açúcar, assegurou. Depois recostou-se na cadeira. A sala da fundação Dom Manuel é escura, como imaginamos os castelos, e o dia negro não ajuda. Nas paredes, pinturas a óleo e resquícios de outro regime. Tinha estado ao telefone para Timor, na semana passada pediu a nacionalidade timorense. A brasileira pode ser a seguinte, "quem sabe", diz. Para já, o país que será de Dilma deverá dar uma ajuda às contas nacionais.



Defendeu que Portugal deve pedir ajuda ao Brasil, para evitar a entrada do FMI no país.

Na véspera do dia 1 de Dezembro (Dia da Restauração da Independência), um ministro do futuro governo de Dilma Rousseff - que também é ministro do actual governo de Lula da Silva - telefonou-me e manifestou o interesse do futuro governo brasileiro para apoiar Portugal na questão da dívida externa em melhores condições que o Fundo Monetário Internacional (FMI) e, eventualmente, em melhores condições até que a União Europeia. E gostariam de abrir essa negociação com Portugal logo que Dilma assumisse o governo brasileiro. Aliás, julgo que já houve contactos entre o governo português e o de Lula da Silva durante a Cimeira Ibero-Americana que decorreu na Argentina.

Qual foi o ministro de Lula da Silva que o contactou.

Preferia não revelar o nome.

Mas revelou essa conversa ao governo português?

Sim, claro. E agradeceram. Transmiti, aliás, ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, porque me pareceu que é a pessoa mais indicada e é a pessoa do governo com quem tenho melhores relações.

É apontado como remodelável...

Espero que não, porque é um dos ministros mais competentes e com maior aceitação internacional.

O contacto do ministro brasileiro fez com que no discurso de dia 1 de Dezembro falasse de uma confederação dos países lusófonos?

O telefonema surge na sequência da conversa que tive em Brasília com algumas pessoas do governo e em que manifestei que há em Portugal interesse numa futura confederação de Estados lusófonos. Isto quereria dizer que a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) iria evoluir para uma confederação de Estados lusófonos. A confederação não é só uma aliança de Estados, é o começo, de facto, de um Estado. A Commonwealth, que a Inglaterra preside, não é uma confederação, é menos que uma confederação. E a Commonwealth nunca impediu a Inglaterra de pertencer à União Europeia, pelo contrário.

Disse ainda que Portugal é um país humilhado. De quem é a culpa?

A culpa é de todos nós, porque temos um país que, desde que aderiu ao euro, começou a gastar como os alemães e a produzir como europeus do Sul da Europa. Claro que se saíssemos do euro haveria inconvenientes graves, mas por outro lado podíamos passar a ter competitividade económica maior, produzir melhor e mais, exportar mais e o nosso turismo ficava mais competitivo. A desvantagem é que a dívida externa seria mais difícil de pagar. Se entrarmos para uma confederação lusófona, as economias portuguesa, angolana e brasileira poderiam ser mais bem coordenadas e haveria sinergias que seriam certamente benéficas para Portugal.

Pedir dinheiro ao Brasil é menos humilhante do que pedir à Alemanha?

Se resolvermos o problema com o Brasil estamos em família, a família lusófona. Por outro lado, só se faria se as condições fossem melhores. O que é humilhante, no caso do FMI, é que o FMI impõe condições e obrigações, e teremos de nos governar de acordo com as regras do FMI.

É público que pediu a nacionalidade timorense.

O país com o qual tenho as relações mais íntimas e para cuja liberdade dei uma grande contribuição foi Timor. Espero que depois das minhas conversas com o Dr. Ramos-Horta e com Xanana Gusmão seja uma possibilidade. É um gesto de simpatia e de amizade para com Timor. O problema neste momento ainda é um problema legal, como não sou residente lá. Aliás, julgo que poderia pedir a nacionalidade brasileira, visto que a minha mãe é brasileira. Quem sabe...

Fica bem a um rei ter várias nacionalidades...

A rainha de Inglaterra tem dúzias de nacionalidades. Tem a nacionalidade de todos os países da Commonwealth.

A primeira visita ao país deu-se um pouco antes do 25 de Abril.

Fui visitar Timor em 1974, onde tinha na altura o meu camarada do Instituto de Agronomia - o engenheiro Mário Carrascalão. Comecei a ter problemas com a DGS, antiga PIDE, e os timorenses foram intimidados para não virem falar comigo. Quando isso aconteceu, o bispo de Timor da altura convidou-me para ficar hospedado na sua residência. As pessoas faziam de conta que iam visitar o bispo para me visitarem a mim. que estava lá hospedado.

O 25 de Abril deu-se por essa altura?

Dali fui para o Vietname e estava em Saigão quando o presidente do parlamento vietnamita me ligou a contar o que tinha acontecido.

Como reagiu à notícia?

Fiquei muito feliz por achar que o general Spínola iria resolver os problemas nacionais do ultramar e da diplomacia em Portugal. E por isso, mandei um telegrama de apoio à Junta de Salvação Nacional manifestando o meu apoio.

Mas foi Salazar que permitiu que a família do Dom Duarte voltasse a Portugal.

Houve votações no parlamento contra o exílio, que foi considerado ilegítimo. O meu pai queria vir logo para Portugal, mas o governo na altura disse que ainda não era conveniente. De maneira que eu voltei mais cedo e fiquei a estudar em casa da minha tia Filipa em Serpins, ali na Lousã, até que a família voltou toda nos anos 50. Mas as propriedades não foram devolvidas à família, por isso ficámos a viver numa casa emprestada, em Coimbrões (Gaia).

Mas - utilizando uma expressão que está na moda - a família do Dom Duarte estava "integrada" no antigo regime?

O meu pai nunca chegou a conhecer o presidente do governo. Quem tinha mais relações com Salazar era a minha tia Filipa. Eu visitei Salazar três vezes. Achei-o um homem absolutamente notável, muito interessante, simpático. Entretanto, à medida que fui amadurecendo, fui percebendo que a política do regime não tinha solução e encorajei a formação do movimento eleitoral monárquico, que foi o embrião do que mais tarde foi o Partido Popular Monárquico.

As pessoas têm curiosidade de saber do que é que vive.

Tenho um nível de vida discreto. A minha mãe herdou no Brasil parte da nossa sociedade familiar. No Brasil, o governo republicano não roubou a família. Somos proprietários, entre outras coisas, de todo o terreno onde está construída a cidade de Petrópolis e cada pessoa que tenha casa em Petrópolis, quando a vende, tem de pagar um imposto à sociedade familiar. Por outro lado, em Portugal temos uns prédios com rendas muito antigas.

A sua inquilina mais velha, a Dona Maria Luísa, ainda é viva?

Sim, tem 114 anos. É a minha inquilina mais engraçada. Neste momento, ela devolveu o apartamento. Pago-lhe parte das despesas do lar onde está.

Já tem cartão do cidadão?

Tenho o Bilhete de Identidade, enquanto não for obrigado não mudo.

E no BI, está escrito o nome completo: Duarte Pio João Miguel Gabriel Rafael?

Não, só tenho Dom Duarte Pio de Bragança. No registo de baptismo ficou o nome completo, mas só para a dimensão espiritual.

A rainha Dona Amélia foi sua madrinha e o Papa Pio XII o seu padrinho...

A rainha Dona Amélia era muito amiga da família. O rei Dom Manuel reconheceu o meu pai como seu sucessor político e foi padrinho de uma tia minha, a minha tia Maria Adelaide que está também a fazer 100 anos. Foi resistente do nazismo e presa pelos alemães na Áustria porque participava na resistência austríaca contra o domínio alemão, ajudando os refugiados a fugirem para a Suíça. É a última neta viva do rei Dom Miguel. Neta mesmo, não é bisneta. Os outros todos já morreram.

Tem o brevê de piloto. Ainda pilota?

Pilotei um helicóptero em Beja há pouco tempo. Quando o meu antigo instrutor era vivo, voei com ele várias vezes, nomeadamente quando estava em serviço de incêndios.

E a agricultura?

O meu irmão em S. Miguel é que se ocupa da quinta. Produz lá vinho e frutas, mas com grandes problemas económicos. Os agricultores estrangeiros recebem mais subsídios que os portugueses. Nós não recebemos subsídios praticamente nenhuns. Eu sou horticultor. Em Sintra, vou dando uma mão nas nossas hortas. Do que gosto mais são as nossas framboesas, são das melhores que há. Temos legumes frescos, galinhas e patos. As galinhas e os patos são óptimos para reciclar os restos de comida. Salazar criava galinhas em São Bento. O nosso primeiro-ministro podia começar também a fazer o mesmo.

Acha que vamos ter eleições legislativas no próximo ano?

Não faço ideia. Gostaria de ver um governo de unidade nacional. Creio que o candidato Fernando Nobre também propôs isso. As decisões duras que vão ter de ser tomadas seriam mais fáceis se houvesse um consenso e uma responsabilização colectiva pelo menos dos principais partidos. Caso contrário, qualquer partido que esteja no poder vai ter medo de comprometer a sua carreira política, tomando decisões duras. Há decisões práticas que vão ter de ser tomadas, diminuição do número de feriados ou pelo menos juntá-los ao fim-de-semana, por exemplo.

Está preparado para a austeridade?

Vamos ter de aprender a viver bem, com felicidade, com menos. E para isto é muito importante espírito de caridade. Faz-se caridade por amor às pessoas, com pessoas com quem não temos ligação nenhuma. Temos de nos organizar para não haver pessoas a passar fome, para não haver pessoas na rua e na miséria. O Estado não consegue resolver os problemas, gasta muito dinheiro com pessoas que não precisam ou que não querem trabalhar e temos muitas pessoas que não são ajudadas.

Fonte

 
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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Jorge Pereira

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Re: Reflexões Geoestratégicas de José Manuel Félix Ribeiro
« Responder #26 em: Dezembro 09, 2010, 11:24:45 am »
Apesar de ser uma notícia sobre economia, enquadra-se melhor neste tópico, por tudo aquilo que foi até aqui discutido.

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Investimento
Fundo de pensões da Noruega tem mais de 700 milhões em empresas nacionais

O fundo de pensões público da Noruega, gerido pelo banco central do país - Norges Bank - , já tem mais de 700 milhões de euros investidos em empresas não financeiras portuguesas cotadas na bolsa. Este número, 705 milhões de euros, inclui só o valor bolsista das participações comunicadas acima dos 2% na EDP, Portugal Telecom, Sonae SGPS, Semapa, Altri e Ibersol.

No entanto, as aplicações do fundo público norueguês - que é alimentado com receitas do petróleo - em empresas nacionais serão superiores e têm vindo a ser reforçadas este ano. No final de 2009, o fundo de pensões da Noruega detinha participações em 17 empresas portuguesas, a maioria delas abaixo dos 2%, no valor global de 640 milhões de euros, à cotação da altura. Neste pacote estavam acima de 1% em sociedades como o BCP e a Brisa e posições entre 0,5% e os 0,9% em quase todas as grandes empresas cotadas portuguesas. Algumas delas foram reforçadas este ano, como a EDP, a Sonae, a Semapa e a PT para participações acima dos 2%.

A maioria das participações qualificadas, todas em empresas e nenhuma em bancos, foi comunicada a partir de Outubro, ou seja, quando se agravou a pressão dos mercados sobre a dívida pública nacional. Deste lote de seis, o Norges Bank só terá reduzido a posição na PT, de mais de 5% para 4,94% naquele que é o activo accionista mais valioso da sua carteira lusa.

Questionado pelo i, fonte oficial da entidade gestora em Oslo não deu explicação para este aparente reforço em acções portuguesas, numa altura em que outros investidores internacionais estão a sair da bolsa nacional. No entanto, sublinhou que o fundo tem participações em mais de 8000 companhias a nível mundial, sempre com posições abaixo dos 10%. Os investimentos accionistas do fundo, que são 60% do total, estão concentrados sobretudo na Europa, pelo que é natural que esteja representado no capital de todas as principais empresas europeias, as portuguesas não são excepção, participando inclusive nas respectivas assembleias gerais quando são posições relevantes, mas em regra sem entrar em conflitos.

O Norges Bank também investe em Obrigações do Tesouro nacionais e em dívida de empresas portuguesas. No final de 2009, os valores aplicados em OT eram relativamente modestos: pouco mais de 300 milhões de euros, mas o investimento em dívida de empresas públicas como a Refer e a Parpública ascendia a quase 700 milhões de euros, mais de 600 milhões estavam em títulos de rendimento fixo da Caixa Geral de Depósitos.

No final do ano passado, as aplicações em Portugal ascendiam a quase 2 mil milhões de euros - mais de metade estavam em títulos de rendimento fixo, tipo obrigações. Este era um valor equivalente ao aplicado à data na Grécia, mas neste caso mais de metade do investimento era em dívida pública grega que saiu do portefólio principal do Fundo após o resgate do país. A exposição à Irlanda era, no final de 2009, de 2620 milhões de euros, com alguma relevância na dívida no sector bancário. Quando chegamos a Espanha, os números do investimento em 2009 disparam para 18 mil milhões de euros, com dívida e acções. No terceiro trimestre, as aplicações em obrigações do reino de Espanha , cujos juros também têm estado a subir, ascendiam a 3 mil milhões de euros, mais do dobro do final de 2009 e faziam parte dos dez maiores activos em rendimento fixo do Fundo.

Mais do dobro do PIB nacional O Fundo do Estado da Noruega tem actualmente activos no valor de 390 mil milhões de euros, o que representa mais do dobro do PIB português. Apesar de se designar fundo de pensões, não é utilizado para pagar encargos correntes com as reformas do país, mas foi pensado para responder ao envelhecimento da população, protegendo a Noruega das oscilações do preço do petróleo e da previsível queda de produção e receitas.

O fundo foi criado em 1990 para gerir as receitas do petróleo, exemplo que foi seguido por Timor, o proprietário é o Ministério das Finanças, em nome do povo norueguês, que tem aqui uma reserva de capital que só marginalmente financia despesas normais. O capital tem de ser investido fora do país, com uma gestão prudente. O último negócio foi imobiliário, a compra de uma participação na Regent Street de Londres, propriedade da coroa britânica.

http://=http://www.ionline.pt/conteudo/92845-fundo-pensoes-da-noruega-tem-mais-700-milhoes-em-empresas-nacionais]Fonte

 
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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Re: Reflexões Geoestratégicas de José Manuel Félix Ribeiro
« Responder #27 em: Dezembro 11, 2010, 11:44:29 pm »
Notícia bombástica no Expresso de hoje:


Citar
Brasil aposta forte na ajuda a Portugal

O Brasil está a preparar um megaprograma de cooperação com Portugal, que vai incluir não só a compra de títulos da dívida pública, como a importação de bens em grande quantidade, a abertura de linhas de crédito, fomento de pólos industriais, e a participação de hubs industriais…

Entre outros sectores, O Brasil está bastante interessado na indústria naval.

 :G-beer2:
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Re: Reflexões Geoestratégicas de José Manuel Félix Ribeiro
« Responder #28 em: Dezembro 11, 2010, 11:57:49 pm »
Citação de: "Jorge Pereira"
Notícia bombástica no Expresso de hoje:


Citar
Brasil aposta forte na ajuda a Portugal

O Brasil está a preparar um megaprograma de cooperação com Portugal, que vai incluir não só a compra de títulos da dívida pública, como a importação de bens em grande quantidade, a abertura de linhas de crédito, fomento de pólos industriais, e a participação de hubs industriais…

Entre outros sectores, O Brasil está bastante interessado na indústria naval.

 :G-beer2:

Infelizmente, isto é apenas economia e política, e por isso, esta "ajuda" é apenas nada mais que uma acção pela defesa dos interesses brasileiros.
O Brasil irá tornar-se uma potência mundial no futuro e isto será mau para Portugal, porque poderemos perder o nosso papel de país-lider do mundo lusofono (sendo essa liderança tomada pelo Brasil) e com esta "ajuda", se irá por Portugal mais dependente do crescente poder económico, daquilo que foi outrora a sua colónia.

Deviamos apostar mais numa recuperação económica pelas nossas próprias mãos.
"A Patria não caiu, a Pátria não cairá!"- Cromwell, membro do ForumDefesa
 

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Lightning

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Re: Reflexões Geoestratégicas de José Manuel Félix Ribeiro
« Responder #29 em: Dezembro 12, 2010, 03:27:29 pm »
Citação de: "cromwell"
Infelizmente, isto é apenas economia e política, e por isso, esta "ajuda" é apenas nada mais que uma acção pela defesa dos interesses brasileiros.

Todos os paises defendem os seus interesses, mas não será do nosso interesse também este investimento? Eu acho que é.

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O Brasil irá tornar-se uma potência mundial no futuro e isto será mau para Portugal, porque poderemos perder o nosso papel de país-lider do mundo lusofono (sendo essa liderança tomada pelo Brasil) e com esta "ajuda", se irá por Portugal mais dependente do crescente poder económico, daquilo que foi outrora a sua colónia.

Meu amigo, nós somos o pais lider de que? Nós nem lider de nós mesmos somos quanto mais dos outros, na europa não existe nenhum pais que por si, seja uma potência mundial, por isso falar de Portugal nestes termos e no mundo actual parece uma comédia, o Brasil tem todas as condições para ser uma grande potência, é um pais grande e tem muita população, falta a parte economica que só recentemente começou a despertar, o Reino Unido também há muito tempo que não é a potência dominante do mundo anglo-saxónico.

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Deviamos apostar mais numa recuperação económica pelas nossas próprias mãos.

Eu gostava mas vou esperar sentado para não me cansar.