BA4 - Base das Lajes

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Re: BA4 - Base das Lajes
« Responder #15 em: Abril 19, 2011, 09:17:54 pm »
Citação de: "PereiraMarques"
Um aspecto interessante...

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O Puma mais antigo do Mundo no activo é Português.

Actualmente a voar na Esquadra 752 encontra-se a voar a aeronave SA-330S Puma mais antiga em todo o Mundo. Com o número de cauda 19502, e após árduo trabalho de recondicionamento de voo, pela equipa de Manutenção, é uma realidade o facto de actualmente a Força Aérea Portuguesa deter, na sua frota, o helicópreto SA-330S Puma mais antigo em todo o Mundo a voar. O helicóptero foi recebido na Base Aérea nº3, em Tancos, após uma viagem directa das instalações do fabricante Francês Sud-Aviation a 1 Agosto 1969 . Este helicóptero esteve em inúmeros cenários efectuando diversificadas missões. Desde Transporte Táctico, Evacuações Médicas, SAR, entre outras o helicóptero com o número de cauda 19502 está de volta a servir o País e o Povo Português.

http://pumas752.blogspot.com/

Umas fotos do mesmo , no passado dia 13 , aquando da passagem de três SA-330 Puma pelo Porto Santo , vindos de Santa Maria.
Curioso o facto de serem as aeronaves com os números de cauda 19502 , 19503 e 19504 , e provavelmente terem efectuado a última escala em Porto Santo.
Até sempre Pumas !!!!






http://portosantoplanes.blogspot.com

Um Abraço
God and the soldier all men adore
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Re: BA4 - Base das Lajes
« Responder #16 em: Abril 19, 2011, 09:25:05 pm »
Mais uma foto , desta vez com os 3 Pumas em voo .



http://tafixeolim.blogspot.com/

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Turlu

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Re: BA4 - Base das Lajes
« Responder #17 em: Abril 29, 2011, 01:27:02 pm »
Vi os três a voar no dia em que sobrevoaram a Cidade de Angra do Heroísmo em voo de despedida. Foi um misto de sentimentos: Alegria por termos ao serviço novos aparelhos com melhores características e alguma tristeza por ser, possivelmente, a última vez que veria um Puma nos nossos céus.
Nós açorianos temos muito boas recordações dos Puma (e tripulações, como é óbvio) que prestaram muitos e bons serviços aqui na Região quer nas missões de busca e salvamento no mar quer no apoio às catástrofes naturais em que somos pródigos, quer ainda nas evacuações médicas de emergência que aqui estão a cargo da Força Aérea.
Esperemos que os Merlin estejam à altura dos seus antecessores.
Espero também que, tal como fez com os FIAT G91 em que a Força Aérea ofereceu um ao Museu de Angra, também faça o mesmo com os Puma.

Cumprimentos,

Turlu
 

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toste

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Re: BA4 - Base das Lajes
« Responder #18 em: Agosto 23, 2011, 11:08:16 am »
Boas

Como primeira participação neste fórum, deixo uma imagem da chegada do EH às Lajes no dia 19 Agosto depois de um resgate de um tripulante do “FORT SAINT PIERRE”, notícia que foi amplamente divulgada na comunicação social.



Abr
 

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typhonman

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Re: BA4 - Base das Lajes
« Responder #19 em: Dezembro 18, 2011, 01:08:11 am »
 

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Turlu

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Re: BA4 - Base das Lajes
« Responder #20 em: Dezembro 19, 2011, 01:54:17 pm »
In Diário Insular de 2011/12/17:

"Esqueletos da guerra fria retirados do armário por professor norte-americano
Mais de 30 bombas nucleares estacionadas na ilha Terceira

Os Açores estiveram armados com 32 bombas nucleares durante a Guerra Fria. O objetivo era dar caça aos submarinos soviéticos.

Cerca de 32 bombas nucleares norte-americanas de profundidade estiveram estacionadas na ilha Terceira durante a Guerra-fria, revela um estudo de 2007 do professor norte-americano Robert e. Harkavy, da Universidade do estado de Pensilvânia, especialista em controlo de armamento e política internacional. No seu trabalho “strategic basing and the Great Power, 1200-200”, que retoma argumentos de um trabalho anterior do mesmo autor, “bases abroad: The Global Foreing Military Presence”, de 1989, Harkavy escreve o seguinte: “... Some 32 nuclear depth bombs were stored at Lajes in the azores for wartime operations”. Antes do trabalho de Harkavy, a presença de armamento nuclear nos açores era colocada apenas como hipótese, embora muito provável. Mesmo depois dos textos do professor norte-americano serem publicados, a questão continuou a ser colocada como hipótese, ao que parece por desconhecimento dos trabalhos em causa.
OUTRAS FONTES
Já em 1998, num trabalho publicado pelo Natural Resources defense Council e da autoria de arkin, Norris&Handler (Taking stock), era dada como certa a presença de armas nucleares nos açores, embora no passado, o que significa que, segundo os autores, o armamento à data da publicação do texto já teria sido retirado. Independentemente de as armas nucleares terem estado em depósito na Terceira ou não, a verdade é que são muitos os documentos que falam na capacidade da base das Lajes para receber bombas nucleares de profundidade para ataque aos submarinos soviéticos que circulavam pelo atlântico na Guerra Fria. É o caso de uma tese da Naval Postgraduate school, de 1990, assinada por Karl deusen, que refere a capacidade nuclear dos avições P3 de busca anti-submarina que operaram a partir das Lajes, indica que a base estava preparada para receber 32 bombas nucleares de profundidade em tempo de guerra e dá conta da capacidade de comando e controlo nuclear instalada na Terceira. O texto utilizado nesta tese não permite concluir se as bombas nucleares estariam estacionadas na Terceira ou se para aqui seriam deslocadas em tempo de guerra. Em inglês, está escrito: “... Will become deployment site for 32 nuclear depth bombs in wartime”.
INDÍCIOS
Os relatos de movimentações suspeitas dos norte-americanos na ilha Terceira, relacionadas com eventual transporte e estacionamento de armas perigosas, são vários ao longo da presença dos EUA nas Lajes, conforme dI deu conta bastas vezes. Colunas de camiões que partiam do porto da Praia da Vitória ou da base das Lajes para diversas zonas na ilha, escoltadas por militares bem armados e com interdição aos populares de circulação ou apenas de observação próxima, são relatadas por antigos funcionários portugueses das Lajes, todos já reformados. Um dos relatos mais surpreendentes de todos os que foram publicados no dI diz respeito a um ex-funcionário que afirmou ter visto norte-americanos a trabalhar em depósitos de armamento nos paióis do Cabrito “vestindo fatos semelhantes aos que se usa para retirar mel das colmeias”. Segundo afirmou, quando os norte-americanos vestiam esses fatos todos os portugueses eram afastados da zona e a segurança era assumida por militares norte-americanos armados. Um caso exótico, ocorrido em 1968, conta-se também entre os indícios de manuseamento de armas perigosas. Trata-se de um trabalhador português da base das Lajes que numa noite disse ter visto um OVNI-objeto Voador não Identificado em cima de uma pequena elevação que desde esse dia e até hoje ficou com a parte superior improdutiva e árida. O homem foi rapidamente transplantado para os EUA, mantendo a história do OVNI, incluindo seres extraterrestres que se terão manifestado. “Apenas vi que os homens tinham uma viseira com um pouco de vidro e que a cor do fato era uma cor de chumbo. Assim que acendi o foco para eles, aquilo moveu-se muito rapidamente, tendo emitido na minha direção uma projeção de luz muito forte, que tive de tapar a cara. Logo a seguir senti uma coisa estranha, como que uma poeira. Caí e não me recordo de mais nada”, descreveu o homem após ter sido socorrido no Hospital de Angra do Heroísmo. A verdade é que o conhecido “Pico Careca” nunca foi, que saibamos, estudado por autoridades científicas portuguesas, pelo que nada se sabe, pelo menos publicamente, sobre eventuais vestígios deixados pela provável nave alienígena e pelos seus estranhos ocupantes. Oficialmente, o homem terá tido o azar de ser surpreendido por um balão meteorológico que terá chocado com cabos de alta tensão, vindo a explodir. O principal buraco desta tese oficial é que à altura não havia cabos de alta tensão na zona, mas apenas cabos telefónicos. Até hoje, nenhuma destas histórias foi investigada ao ponto de ser possível descartar a sua eventual ligação ao manuseio de armamento."

Cumprimentos,

Turlu
 

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Re: BA4 - Base das Lajes
« Responder #21 em: Junho 04, 2012, 07:22:49 pm »
Importância estratégica da Base das Lajes mantém-se, afirmam EUA


O comandante do Destacamento Militar dos EUA na Base das Lajes, coronel José Rivera, assegurou hoje, em Ponta Delgada, que a importância estratégica da base localizada nos Açores se mantém inalterada para as autoridades norte-americanas. «Não temos dúvidas de que a importância estratégica e histórica da Base das Lajes se mantém a mesma», afirmou José Rivera, em declarações aos jornalistas no final de uma audiência com o secretário regional da Presidência do Governo dos Açores, André Bradford.

O responsável militar norte-americano, que termina no final deste mês a sua missão como comandante do destacamento militar do seu país na Base das Lajes, frisou que a geografia «não muda», assim como o longo relacionamento entre Portugal e os EUA.

No mesmo sentido, André Bradford salientou que os responsáveis norte-americanos manifestaram «a manutenção do interesse da presença na Base das Lajes», apesar de admitir que está em causa «em que termos, de que modo e com que intensidade» essa presença será mantida.

Desde que as autoridades norte-americanas manifestaram a intenção de reduzir a presença na base açoriana, já se realizaram vários encontros entre as partes envolvidas, mas André Bradford frisou que «foram conversas e não um processo negocial», já que o assunto ainda está «numa fase muito inicial».

Relativamente ao balanço dos dois anos da missão do actual comandante norte-americano, o secretário regional da Presidência salientou que foram positivos em termos de cooperação, tendo ficado marcados pela questão da contaminação de aquíferos na zona da base.

«Felizmente, tivemos capacidade de cooperar e foi possível encontrar as melhores maneiras de solucionar o problema, que se encontra agora no calendário normal de resolução», afirmou.

Lusa
 

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Re: BA4 - Base das Lajes
« Responder #22 em: Junho 05, 2012, 06:38:30 pm »
Sempre a mesma treta, uns dias já não tem importância, nos outros mantém-se... :G-beer2:
 

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Re: BA4 - Base das Lajes
« Responder #23 em: Agosto 26, 2012, 02:11:08 pm »
Romney manterá presença na Base das Lajes


Caso ganhe as presidenciais norte-americanas de Novembro, o candidato republicano Mitt Romney vai ordenar ao Departamento de Defesa para recuar na decisão de reduzir a presença na Base das Lajes, Açores, disse à Lusa fonte da sua campanha. Adolfo Franco, um dos porta-vozes da campanha do adversário de Barack Obama, que será oficialmente nomeado candidato presidencial republicano na próxima semana, afirma que a redução na Base das Lajes, que vem sendo negociada entre os dois países, «seria algo a que o governador Romney se oporia especificamente».

«Seria um grande revés para as nossas relações bilaterais com Portugal, um grande erro», adiantou Franco, porta-voz da campanha do ex-governador do Massachusetts.

No final de Fevereiro, o secretário da Defesa norte-americano, Leon Panetta, informou o ministro da Defesa português, José Pedro Aguiar-Branco, da intenção dos Estados Unidos de reduzirem a presença na Base das Lajes.

No encontro no Pentágono não foram discutidos números de redução de efectivos, mas apenas o início de um processo de negociações entre equipas norte-americanas e portuguesas, sobre a «modalidade» da reestruturação, segundo afirmou então o governante.

O futuro das Lajes, na ilha Terceira, tem causado apreensão nos Açores, onde pode ter a vir um impacto na economia local.

Por trás da decisão norte-americana está a necessidade de cortes orçamentais projectados na Defesa, que Romney promete travar.

«Os cortes na Defesa seriam uma ameaça de segurança muito séria para os Estados Unidos», afirma Franco.

Caso, após as eleições, os dois partidos não cheguem a «um grande compromisso» sobre a redução orçamental para os próximos anos, entram em vigor no final do ano cortes automáticos em vários sectores, incluindo na Defesa, que Franco afirma poderem ter sérias implicações para a segurança e mesmo para a economia do país.

Com a economia norte-americana a demonstrar falta de dinamismo crescente e o desemprego a manter-se em máximos históricos, a campanha de Romney tem-se esforçado para trazer para o centro da discussão a «falta de resultados» da administração Obama neste campo.

A experiência de Romney no «mundo dos negócios», sobretudo no fundo de investimento Bain, é usada como trunfo contra a experiência quase exclusivamente política de Obama.

Para a campanha de Romney, é necessária também uma postura mais determinada de Washington na procura de soluções para a crise da dívida europeia, que tem em Portugal um dos seus epicentros, e que tem afectado a retoma económica norte-americana, afirma Franco.

«Fortalecer laços com a Europa, integrar a nossa economia de uma maneira eficiente para os Estados Unidos e ajudar tanto quanto possível, pelo menos sendo uma voz de preocupação, é o que Romney faria e este presidente não tem feito», disse à Lusa.

Lusa
 

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Re: BA4 - Base das Lajes
« Responder #24 em: Agosto 26, 2012, 05:59:48 pm »
Também deve ser dificil, manter uma base para a qual não pagam nada :roll:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: BA4 - Base das Lajes
« Responder #25 em: Agosto 26, 2012, 06:51:22 pm »
Citação de: "P44"
Também deve ser dificil, manter uma base para a qual não pagam nada :roll:

Portugal é um país membro da NATO ...
 

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Re: BA4 - Base das Lajes
« Responder #26 em: Agosto 26, 2012, 07:46:39 pm »
Citação de: "Lusitano89"
Citação de: "P44"
Também deve ser dificil, manter uma base para a qual não pagam nada :roll:

Portugal é um país membro da NATO ...

Acho que isso não tem muito a ver, no passado houve material militar que veio para as nossas Forças Armadas como compensação pelo uso da Base das Lages, mas sim acho que eles não tem "renda" sobre o espaço que ocupam na Base.

O que sei é que lá tem as suas despesas de pessoal e material que lá está colocado, da ultima vez que soube eles tinham um efectivo cerca de 1000 militares, mais as familias, lembro que os Americanos tem o habito de "levar a América" para onde quer que vão, isto é, eles quando constroem uma unidade militar fora dos EUA (penso que isso seja só em paises aliados, como Europa, Japão, etc) também constroem autenticas aldeias ou vilas com casas, lojas, escolas, igreja, campo de basebol, etc, etc, não é só a unidade militar.

Para a nossa Força Aérea também ajuda a presença militar Americana pois eles participam em conjunto em aguns serviços da Base como seja a Segurança, o controlo de tráfego aéreo, e noutros serviços deixamos mesmo de fazer para serem só os Americanos a fazer como seja o serviço de bombeiros e o serviço de combustiveis de aeronaves, se eles reduzirem ou acabarem com a participação Americana nesses serviços, Portugal teria que reforçar o efectivo.
 

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Re: BA4 - Base das Lajes
« Responder #27 em: Agosto 29, 2012, 05:32:25 pm »
Citação de: "Lusitano89"
Citação de: "P44"
Também deve ser dificil, manter uma base para a qual não pagam nada :roll:

Portugal é um país membro da NATO ...


e depois?

Até há uns anos atrás existiam "contrapartidas" pela utilização da Base (leia-se SUCATA), agora nem isso
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: BA4 - Base das Lajes
« Responder #28 em: Outubro 28, 2012, 07:34:06 pm »
Austeridade nos EUA ameaça base das Lajes


Assegurar a viabilidade da base aérea norte-americana nas Lajes, Açores, em causa devido a medidas de austeridade orçamental, é missão prioritária para os congressistas luso-americanos, disse à Lusa Jim Costa, candidato ao Congresso pelo partido democrata. "Manteremos a pressão sobre o Departamento de Defesa para assegurar um papel forte e ativo" das forças norte-americanas nas Lajes, afirma o congressista candidato nas eleições de 6 de novembro a um quinto mandato pela Califórnia.

Num encontro no Departamento da Defesa, em Washington no final de fevereiro, o secretário da Defesa, Leon Panetta, informou o homólogo português, José Pedro Aguiar-Branco, da intenção de reduzir a presença na Base das Lajes, no âmbito da revisão da presença militar norte-americana no estrangeiro.

No encontro no Pentágono não foram discutidos números de redução de efetivos, mas apenas o início de um processo de negociações entre equipas norte-americanas e portuguesas, sobre a "modalidade" da reestruturação.

O futuro das Lajes, na ilha Terceira, tem causado apreensão nos Açores, onde pode ter a vir um impacto na economia local.

Ele próprio com raízes nos Açores, Jim Costa foi copresidente do grupo ("caucus") de legisladores lusodescendentes no último Congresso, tendo sido imediatamente iniciados contactos para "tentar manter operações viáveis nas Lajes".

No final de agosto, a campanha do republicano Mitt Romney disse à Lusa que a decisão de redução nas Lajes seria invertida em caso de vitória em novembro contra o democrata Barack Obama, dado que está previsto um reforço das verbas para Defesa.

"Seria um grande revés para as nossas relações bilaterais com Portugal, um grande erro", disse Adolfo Franco, porta-voz da campanha do ex-governador do Massachusetts.

Jim Costa dá pouco crédito a esta promessa, salientando que a decisão não competiria unicamente a uma futura administração Romney, pois depende da apropriação de verbas a aprovar pelo Congresso, em que os democratas são maioria.

"Os políticos a concorrer para cargos públicos fazem muitas declarações", disse à Lusa.

Fontes diplomáticas ouvidas pela Lusa, afirmam que as negociações em torno das Lajes entraram num compasso de espera, sem "pressões" da parte dos norte-americanos para se decidir a dimensão do corte.

Francisco Semião, diretor da organização luso-americana NOPA, afirma ser difícil "imaginar como a redução [nas Lajes] não venha a acontecer, independentemente de quem ganhar".

"Nos últimos dois anos, tem havido uma enorme viragem para medidas de austeridade", disse o responsável da NOPA e gestor hospitalar.

"Com os limites à despesa estabelecidos no último ano e milhares de milhões de cortes agendados para o início de 2013, é difícil imaginar que alguma parte do orçamento seja poupada aos cortes", adiantou.

Fernando Rosa, presidente da associação luso-americana PALCUS, afirmou ter recebido do Departamento de Estado informação de que as negociações vão estar paradas "até passar o período eleitoral".

"Depois disso, a Base, o Consulado [em Ponta Delgada, a encerrar] e outras questões serão resolvidas", disse à Lusa.

"O que está a acontecer com a Base, nos Açores e no resto mundo, é reflexo das questões económicas, não são tanto militares. É importante reduzir o orçamento e eles optaram por reduzir nos Açores e Portugal", adiantou.

A decisão "não está completamente tomada", refere, e "no fundo, as relações [luso-americanas] são excelentes".

Também para conter custos, no final de fevereiro, o Departamento de Estado anunciou que a Embaixada em Lisboa e o consulado-geral em Ponta Delgada vão deixar de emitir vistos de imigração para portugueses, agora a cargo da representação norte-americana em Paris.

O embaixador norte-americano, Allan Katz, afirmou então que a mudança afeta poucas pessoas, dado o baixo nível de emigração portuguesa para o país, resultando da "consolidação de uma série de serviços em todo o mundo, simplesmente porque, como todos os governos", os Estados Unidos estão a "tentar poupar algum dinheiro".

Lusa
 

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