Jipes Toyota Landcruiser

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tyr

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« Responder #15 em: Setembro 09, 2008, 05:38:22 pm »
Não!!! Esta no factor de se estar habituado a maquinas que têm um desempenho quase perfeito e passar se a operar com maquinas que têm um desempenho mediocre (ou seja inicialmente da se mal até conhecer as limitações da nova maquina).

Quem só conhece o mediocre, possivelmente não imagina que existem maquinas que conseguem suplantar a performance das maquinas que operam.
A morte só é terrivel para quem a teme!!
 

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João Oliveira Silva

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« Responder #16 em: Setembro 09, 2008, 05:46:10 pm »
Vamos lá falar sobre isto:
Há uma coisa que se chama DEFESA NACIONAL.
Há outra coisa, muito distinta, que se chama NEGÓCIOS DA DEFESA NACIONAL.
Pois bem.
No meu ponto de vista, que me querem a mim e a mais uns milhões de portugueses rotular de analfabeto, estúpido, quadrupede, boçal, etç, etç, muito boa gente, generais incluidos, dizem-me que estamos a falar do mesmo. Quem sabe são eles, os entendidos...
Não é bem assim. Acresce que eu até pago isto tudo.
Para a DEFESA NACIONAL, sem entrar noutros campos como a economia, etç,  precisamos de:

1 - Homens;
2 - Equipamentos.

Quanto a homens ( mulheres agora incluidas ) não nos venham lixar porque a nossa história está repeleta de casos em que quem veio meter a pata em território continental levou que contar. E se alguém, no futuro, cá quiser vir não tenho dúvidas que não virá em passeio...

Quanto a equipamentos, é óbvio que Portugal e a generalidade dos países do mundo não têm know-how tecnológico para ser INDEPENDENTE.
Não estamos a ver Portugal a fabricar todos os aviões, os navios e os carros de combate que garantam a sua inviolabilidade territorial.
Nem o canadá, nem a espanha, nem a itália, nem a áfrica do sul o fazem.
Por isso, há equipamentos para a DEFESA NACIONAL que, necessáriamente, têm que ser comprados a países estrangeiros.
É óbvio que se comprarmos determinado tipo de missil aos americanos ( ressalvo comprar ) em quantidade x e, em determinada altura, o país y nos invadir com a benção dos americanos, mesmo que queiramos comprar mais, já não há. E toda a informação anti-missil secreta será facultada ao nosso invasor. Pagamos o equipamento, mas o antidoto será facultado ao amigo.
Mas isto são equipamentos tecnologicamente muito evoluidos e só acessíveis a 3 ou 4 países do mundo: os fabricantes. Todos os outros serão, em maior ou menor quantidade, compradores, Portugal incluido.

Pois bem: há outros equipamentos, que por não serem tecnologia de ponta, estão acessíveis à maioria dos países razoávelmente industrializados, tal como Portugal.
Era demasiado ridiculo se, hipoteticamente, tivessemos um qualquer conflito com o Japão e os jeeps toyota fossem gradualmente para o estaleiro por falta de peças de reposição.
Para mim, isto são os NEGOCIOS DA DEFESA NACIONAL. Chorudos, com comissões apetecíveis, mas extraordináriamente lesivos do País.
Citar
quando comparados com jeeps militares, os toyotas (pelo menos a versão que o exercito comprou) são muito inferiores que os jeeps militares, como os UMM ou os Land rover (e possivelmente só comparando no terreno se percebe a diferença).

Para dar um exemplo quem nunca viu uma Berliet tramagal fora de estrada, possivelmente pensa que uma DAF nunca atasca a não ser por azelhice, mas a verdade é que quando vieram para o exercito, as DAFs fartaram se de ser desatoladas por Berliets,

UMM/Nissan Patrol ( GNR )/Toyota
Berliet Tramagal/DAF.
Estamos perante exemplos da NEGOCIOS DA DEFESA NACIONAL.
Portugal será mais independente, quer territorial quer industrialmente, se fabricar por si estes equipamentos que tecnologicamente lhe estão acessiveis.
Só que isto dá trabalho ( e há quem não queira, deseja-se emprego ) e não dá comissão ( que é o que a maior parte dos entendidos procura ).
Não me venham com a questão dos preços finais porque aqui aplica-se aquilo que um amigo meu, piloto da TAP, diz: " O combustível no chão está caro, mas a acontecer a sua falta, em voo, não têm preço ".
Cumprimentos,
 

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Dead_Corpse

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« Responder #17 em: Setembro 09, 2008, 08:44:32 pm »
Citação de: "tyr"
Não!!! Esta no factor de se estar habituado a maquinas que têm um desempenho quase perfeito e passar se a operar com maquinas que têm um desempenho mediocre (ou seja inicialmente da se mal até conhecer as limitações da nova maquina).

Quem só conhece o mediocre, possivelmente não imagina que existem maquinas que conseguem suplantar a performance das maquinas que operam.


Se não é o factor humano mas o factor habituação está a querer dizer que a máquina é que se habitua às perfomances do condutor??? :lol:
 

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Aim

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« Responder #18 em: Setembro 09, 2008, 09:28:06 pm »
Bem acho que toda a gente já percebeu que os toyotas não foram uma boa aquisição. É uma verdade .

Mas o pessoal diz que não e a meu ver ( sei do que falo porque pertenço há manutenção de uma unidade ) o que o pessoal está habituado é a fazer dos UMM "gato sapato" que o raio do bicho primeiro que arreie é dose .

Não comparem veículos totalmente diferentes . é um absurdo  :wink:
 

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Dead_Corpse

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« Responder #19 em: Setembro 09, 2008, 09:51:37 pm »
Só quero que o senhor Tyr perceba que me estou a referir à máquina Toyota landcruiser e que como viatura TT nao é de todo má. Pode ter sido um negócio para alguém? Isso não se discute, mas que são bons, pelo menos eu não tenho nenhuma razão de queixa a não ser o desconforto e a falta de elementos de protecção.
 

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tgcastilho

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« Responder #20 em: Setembro 09, 2008, 09:58:31 pm »
Citação de: "Aim"
Bem acho que toda a gente já percebeu que os toyotas não foram uma boa aquisição. É uma verdade .

Mas o pessoal diz que não e a meu ver ( sei do que falo porque pertenço há manutenção de uma unidade ) o que o pessoal está habituado é a fazer dos UMM "gato sapato" que o raio do bicho primeiro que arreie é dose .

Não comparem veículos totalmente diferentes . é um absurdo  :twisted:  :lol:
 

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LuisC

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« Responder #21 em: Setembro 09, 2008, 11:13:02 pm »
Depois de anos de produção do UMM, também me parece ter sido um grande erro não se ter aproveitado toda essa experiência e apostado no desenvolvimento de um nova geração.


Cumps
 

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OPCOM

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« Responder #22 em: Setembro 13, 2008, 03:13:31 am »
Boas,
Epá comparar em qualquer aspecto um UMM com um destes Toyotas não tem o minimo cabimento.
O problema destes toyotas, reside no facto de serem demasiado complexos, pois contam com 3 bloqueios de diferencial, e para quem percebe de todo o terreno sabe bem o que isto significa, agora como é obvio há que saber usar as capacidades, andar com bloqueios ligados destroi qualquer transmissão, (o UMM conta apenas com um autoblacante traseio parcial), o motor destes Toyotas, um 4.2 de 6 cilindros, deve ser só o motor mais fiavel que alguma vez foi montado num jipe, e as transmissões Toyotas são de grande robustez.
Um amigo meu, Tenente de cavalaria em Santa Guida (esteve recentemente na holanda), diz isso mesmo, ninguem tem formação de como trabalhar com os bloqueios, e aquilo são apenas 3 botões que la estão. Quem pega no jipe não sabe bem ver se ficou com os bloqueios e redutoras ligadas, depois o jipe não anda, não vira, e basicamente não presta..
Para o tipo de jipe, estamos muito bem servidos. melhor que os UMM, Patrol e Land Rovers (aço manteiga, é a alcunha deles).
 

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markseia

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« Responder #23 em: Setembro 13, 2008, 09:26:45 am »
A minha modesta opinião e porque passei por todos eles... willys, umm, toyota e hummvy:

Acho sinceramente, que estes toyotas são muito bons, para o uso funcional  que lhe está atribuido.  

Tal como ressalva o OPCOM:  "o motor destes Toyotas, um 4.2 de 6 cilindros, deve ser só o motor mais fiavel que alguma vez foi montado num jipe, e as transmissões Toyotas são de grande robustez..." Não podia estar mais de acordo!! São verdadeiros bichos cheios de força...
Basta saber usar!!

Para nós, militares em missão na Bosnia ou no Kosovo, qualquer jeep é melhor do que os UMM:
-porque são mais confortaveis
-porque são mais fiaveis
-porque têm aquecimento
-porque estão em melhor estado de conservação que os UMM
-porque não têm a lona rasgada ou remendada com fita cola
-porque queimam menos CO2
-porque não neva/chove lá dentro...
-porque têm lonas e fechos novos
-porque NÃO ENVERGONHAVAM OS MILITARES, QUANDO EM COOPERAÇÃO COM OUTRAS TROPAS... esta é de todas a mais grave...

Não imaginam a vergonha que passei, quando fiz reserva do cmdo da NATO ao deslocar-me para outras UN estrangeiras, com um UMM com o volante nos arames... com a lona toda remendada com fita cola, com plastico e paus de vassoura a levantar a lona, com cobertores a tapar as pernas dos militares porque não tinha lona de fecho traseira, sem aquecimento, tive de meter a minha carta topografica por cima de mim e do meu condutor pra não ser-mos torturados com os pingos na testa... enfim... MAU DE MAIS!!

Em 1996 quando lá cheguei ainda estavam em bom estado, com excepção aos que foram vandalizados propositadamente pelos militares do BIAT que fui substituir... (mas não foram só os jeeps, foi tambem as chaimites e as instalações. Nem quero falar nisto.. mas estive lá e vi o que nos fizeram estes camaradas).

Aqui começou a degradação do material... aqui começaram as lonas cortadas ou rasgadas pelos ilhoses, aqui começou a falta de aquecimento, aqui começaram os bancos apunhalados e esventrados, aqui começaram os problemas de caixa, assim começaram os problemas eléctricos ...aqui... assim...começou o fim de vida dos UMM.


Com o tempo e com o uso, em 2001 quando lá voltei... Meu Deus... devem imaginar como estariam os "nossos" UMM.

Pelo frio que passei, desejei tanto aqueles toyotas que estavam apenas ao serviço do Estado Maior... e saiam apenas uma vez por semana pras compras a Sarajevo...

Enjeitando a "coisa"... também vos digo que nestas missões que por lá fiz, qualquer arma mais pequena e leve que a G3, faria as delicias da malta, por uma serie de razões também!!

Conta a função e não a razão.

Resumindo... os UMM estão em fim de vida e os toyota são em tudo superiores.

O post do João Oliveira Silva diz o resto...
Abraço

"MAMA SUMAE"
 

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tgcastilho

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« Responder #24 em: Setembro 13, 2008, 11:37:39 am »
Citar
Tal como ressalva o OPCOM: "o motor destes Toyotas, um 4.2 de 6 cilindros, deve ser só o motor mais fiavel que alguma vez foi montado num jipe, e as transmissões Toyotas são de grande robustez..." Não podia estar mais de acordo!! São verdadeiros bichos cheios de força...
Basta saber usar!!


pois o problema é exactamente esse "saber usar" porque um UMM não tem que saber para o guiar,depois come todo o tipo de porrada e anda sempre,pneus furados,direcção avariada,e muito pouca gente tem cuidado com ele,ora os toyotas é preciso ter cuidado com eles,coisa que pouca gente tem.

Agora dizem que os toyotas são muito melhores que os UMM,pois são,mas não para o tratamento que recebem.
 

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ricardonunes

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« Responder #25 em: Setembro 13, 2008, 12:15:54 pm »
Sobre este tema só tenho uma coisa a dizer  :twisted:
Potius mori quam foedari
 

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Nuno Calhau

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« Responder #26 em: Setembro 13, 2008, 03:50:41 pm »
Meus senhores!


Comparar o UMM com o Toyota, é comparar a Chaimite com o Pandur.
Não se pode comparar jipes com 30 anos de diferença de desenvolvimento.
Por experiencia empírica, prefiro (em teatro de operações) o UMM 1000%, a qualquer outro jipe.
Simplicidade, robustez e durabilidade. Relembro que nenhum dos factos apresentados até aqui, menciona a má prestação mecânica ou operacional da viatura.
Desleixo, "vandalismo", maus tratos etc. etc. não são argumentos convincentes.
Tenho milhares de quilómetros de UMM, e nunca me deixou apeado. Já vi outros terem alguns percalços, mas nada que uma pequena mala de ferramentas mais básica não resolve-se. Poderemos sempre argumentar de mil e uma formas, nunca se poderá compara!

Um Abraço.
 

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« Responder #27 em: Setembro 13, 2008, 04:02:13 pm »
Boa tarde caros Camaradas, como sabem fui militar em Santa Margarida no 2º Bimec 2º Sarg de posto, antes de falar deste tópico a avenida que vai desde a Porta de Armas da PE até ao largo da Igreja chama-se Avenida Nuno Alvares Pereira, ja agora Patrono da Brigada Mecanizada e não Avenida de "Santa Guida" :evil: Relativamente à aquisição desta Viatura Tactica, muitas vezes a conduzi em TT e em estrada, é uma viatura confortável e fiavel, contudo não foi a melhor opção para a Brigada Mecanizada nos quais refiro alguns aspectos: embora a gasóleo este bichino tem um motor 4200CC Disel, pouco espaço atras para uma esquadra (5) homens devidamente equipados, bancos esponjosos o que qualquer descuido do militar com cinturao de combate posto rasga o estofo facilmente, penso que deveriam ter optado por uma viatura táctica mais robusta para andar no mato e não uma viatura citadina para fazer serviço em estrada, futuramente penso que o Exército deveria apostar numa viatura ligeiramente blindada que suportasse embates de munições de armas ligeiras tipo 7,62mm e 9mm, estas viaturas nem os militares estao seguros se alguem lhes atirar com um paralelo la para dentro, enfim resumindo é uma viatura bonita para desfiles militares e serviços administrativos mas muito pouco robusta e prática para missoes tacticas de combate.
"Aqui na Lusitanea existe um povo que não se governa nem se deixa governar" voz corrente entre os Romanos do Séc. I a.C
 

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markseia

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« Responder #28 em: Setembro 13, 2008, 04:36:20 pm »
Camarada... sou do tempo em que nem havia sequer 2ºBIMec... Estava no BIMec e saí de lá em 2001... e deixa-me contrariar a tua opinião: Para a BMI foi sim a melhor opção, porque estas viaturas só têm que fazer a avenida de St Guida ou no mínimo passar na estrada junto á pista dos M´s, até ao D.Pedro ou no maximo até à estrada de Ponte de Sor.

Pra transportar esquadras tens o Panhard M11.

Se queres espaço tens os hummvys

Pro resto tens lagartichas...


Claro que não se comparam... UMM x TOYOTA
Mas de longe, e para aquilo a que se destinam; vivam os LAND CRUISER.
Abraço

"MAMA SUMAE"
 

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João Oliveira Silva

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« Responder #29 em: Setembro 13, 2008, 05:04:37 pm »
Citar
Em 1996 quando lá cheguei ainda estavam em bom estado, com excepção aos que foram vandalizados propositadamente pelos militares do BIAT que fui substituir... (mas não foram só os jeeps, foi tambem as chaimites e as instalações. Nem quero falar nisto.. mas estive lá e vi o que nos fizeram estes camaradas).

Aqui começou a degradação do material... aqui começaram as lonas cortadas ou rasgadas pelos ilhoses, aqui começou a falta de aquecimento, aqui começaram os bancos apunhalados e esventrados, aqui começaram os problemas de caixa, assim começaram os problemas eléctricos ...aqui... assim...começou o fim de vida dos UMM.

Eh pá... esta é forte...
Se é assim, não há nada que resista.
Para estar ao nível de alguns bairros últimamente em voga dos arredores de Lisboa, só falta o carjacking e uns grafittis.
Não haverá para aí um bocadinho - mesmo que pouco - de exagero?

Quanto ao assunto em discussão:
O debate está inquinado porque a verdade é simplesmente esta:
Citar
Comparar o UMM com o Toyota, é comparar a Chaimite com o Pandur.
Não se pode comparar jipes com 30 anos de diferença de desenvolvimento.

A questão é: Portugal, em determinado momento e com o conhecimento existente à data, produziu ou não uma óptima viatura.
Se hoje, caso houvesse interesse, fizessemos o mesmo também tenho a certeza que, com o nosso know-how, produziriamos também um execelente veículo. A questão é querer.

Cumprimentos,