UE pronta a enviar forças de manutenção da paz com participação, apenas, «simbólica» de portugueses
A União Europeia manifestou-se esta quarta-feira, em Bruxelas, disponível para ajudar a garantir, no terreno, a implementação do acordo de cessar-fogo entre a Rússia e a Geórgia, que não deverá contar com a participação de portugueses.
«Nós não vemos necessidade de nos envolver num teatro que nos é muito estranho, mas estamos disponíveis para ter uma participação simbólica», disse o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, no final de uma reunião dos chefes das diplomacias da UE na capital belga.
O responsável governamental português insistiu que ainda não foi tomada qualquer decisão sobre o envio de forças de manutenção da paz na região.
«O que há é uma abertura, no texto das conclusões, para o reforço do papel da UE no terreno sem configurar o tipo de missão que a UE pode assumir. Esse debate será feito mais tarde», precisou.
De acordo com Luís Amado, os 27 concordaram que houve um «equilíbrio» nas posições assumidas até agora pela presidência francesa que garantiram uma «orientação forte» da UE e um «papel destacado» no processo de estabilização da situação na região.
A presidência francesa tem liderado os esforços internacionais de mediação para resolver o conflito entre a Rússia e a Geórgia sobre a Ossétia do Sul.
«O importante é que o cessar-fogo seja sustentável, que a ajuda humanitária seja mobilizada e chegue às populações e que, a longo prazo, tudo seja feito para garantir equilíbrios que garantam a paz e a estabilidade», disse.
A Presidência Francesa da UE deu conta, numa reunião extraordinária dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27, dos resultados dos esforços de mediação entre a Rússia e a Geórgia.
O chefe da diplomacia de Paris, Bernard Kouchner, que nos últimos dias esteve em missão em Tbilissi e Moscovo, deu a conhecer aos seus homólogos os esforços de mediação, assim como o resultado das conversações do Presidente francês, Nicolas Sarkozy, que também se encontrou na região com as autoridades máximas da Rússia e Geórgia.
Os dois países aceitaram o plano de paz proposto pela França, para resolver o conflito russo-georgiano, anunciou o presidente francês, Nicolas Sarkozy, terça-feira, depois de um encontro com o seu homólogo georgiano, Mikhail Saakachvili.
TSF