Coreia do Norte

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PereiraMarques

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Re: Coreia do Norte
« Responder #120 em: Março 01, 2013, 04:16:56 pm »
Citação de: "Cabecinhas"
Nunca percebi muito bem, porque é que é a malta da América Latina é tão benevolente com "estados" terroristas.

Passaram a vida a ser "enrrab*dos" pelos EUA, quando aparece alguém contra os EUA são uns "santos".

"Inimigos dos meus inimigos são meus amigos".  :wink:
 

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Snowmeow

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Re: Coreia do Norte
« Responder #121 em: Março 01, 2013, 08:00:25 pm »
Citação de: "HSMW"
Um país que está na mira dos EUA e que possui reservas de petróleo estratégicas, obviamente vai estar mais preocupado em construir centrais nucleares....  :roll:
E vai fazer o quê: Construir termelétricas a óleo para ser acusado de poluir o meio ambiente?
Citação de: "Cabecinhas"
Nunca percebi muito bem, porque é que é a malta da América Latina é tão benevolente com "estados" terroristas.
Sob qual ótica? Sob a ótica dos árabes, chineses e comunistas em geral, os maiores estados terroristas são EUA e Israel.

Aí alguém fala: "Ah, mas não há liberdade de imprensa em Cuba/China/Venezuela/Irã/(Insira país anti-americano aqui)!"
E por acaso há liberdade de imprensa nos EUA? Onde os grandes veículos de mídia controlam tudo e divulgam apenas o que acham interessante, em vez de publicar a verdade?

Aí alguém fala: "Ah, mas esses países vivem sob ditaduras que cerceiam o povo e impõem censura, onde qualquer um pode ser preso arbitrariamente!"
Sei, e o "Patriot Act" foi o quê, cara-pálida? Não importa se troca o presidente a cada 4 ou 5 anos, a diferença entre os EUA e as ditaduras por aí é que nos EUA a ditadura é rotativa! Não há diferença entre um regime de partido único e um regime bipartidário no qual os dois partidos são as duas faces da mesma moeda!

Aí falam: "Ah, mas eles controlam a internet e bloqueiam conteúdo que lhes desagrada!"
Sei. SOPA, PIPA, DMCA, e outros acordos obscuros que só sabemos quando vaza alguma coisa são muuuito liberais, né? Julian Assange que o diga.

Já vou falando, não apoio a sharia do Irã, nem a política da China, nem esses podres dos outros países. Mas, negar que os EUA são uma ditadura de alcance global, que interferem livremente nos destinos de outros países sem serem solicitados (Vide Iraque), é tapar o sol com a peneira.

Ou seja, o conceito de "estado terrorista" é subjetivo, varia de acordo com o ponto de vista de cada um, e também com o tempo e as circunstâncias.

#prontofalei
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HSMW

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Re: Coreia do Norte
« Responder #122 em: Março 01, 2013, 10:26:07 pm »
E então? Isso já todos nós sabemos! Bem vindo ao mundo no Sec. XXI.  :roll:

A classificação de rebelde ou terrorista muda dependendo se nos é ou não favorável.
Mas mesmo assim o meu lado anti-americano que abomina esta economia do petróleo não consegue defender um estado que anseie o extermínio da cultura ocidental e de tudo o que não está de acordo com o Corão.

Citação de: "Snowmeow"
E vai fazer o quê: Construir termelétricas a óleo para ser acusado de poluir o meio ambiente?
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Re: Coreia do Norte
« Responder #123 em: Março 02, 2013, 04:29:11 am »
Citação de: "HSMW"
E então? Isso já todos nós sabemos! Bem vindo ao mundo no Sec. XXI.  :roll:

A classificação de rebelde ou terrorista muda dependendo se nos é ou não favorável.
Mas mesmo assim o meu lado anti-americano que abomina esta economia do petróleo não consegue defender um estado que anseie o extermínio da cultura ocidental e de tudo o que não está de acordo com o Corão.
Não vejo o Irã desejoso de "exterminar a cultura ocidental e tudo o que não está de acordo com o Corão".
A birra de Israel/EUA com o Irã é que o Irã é o segundo maior produtor de petróleo do mundo e, ao contrário da Arábia Saudita (Que é oito vezes pior em matéria de religiosidade e supressão dos Direitos Humanos que o Irã, mas não soltam um pio contra), primeiro da lista do petróleo, não está sob controle e influência de Israel/EUA. O Iraque era o terceiro da lista, e por causa da mentira das armas de destruição em massa, os EUA solaparam a ONU e tratorizaram o país. Pois, se mentiram sobre o Iraque, quem garante que não estarão mentindo sobre o Irã?
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Lightning

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Re: Coreia do Norte
« Responder #124 em: Março 02, 2013, 06:59:06 pm »
Citação de: "HSMW"
Claro que sim...  :roll:

Para mim há dois factores que poe os paises ocidentais procupados com o Irão ter centrais nucleares.

Uma é toda aquela confusão com as inspeções feitas pela ONU às suas centrais para confirmar se são ou não para fins pacificos (se acreditarmos no que vem nas noticias).

O outro factor é o presidente do Irão gritar aos sete ventos que quer destruir o estado de Israel (esta deu na tv, só se o tradutor estiver a enganar as pessoas  :mrgreen:, é que eu não sei persa para entender o que o homem fala).

Então acho racional (com os dados que temos), pensarmos:
 - o Irão quer destruir Israel
 - o Irão não deixa a ONU inspecionar as suas centrais nucleares para confirmar os fins pacificos
 - Se não há inspecções, é possivel que as centrais nucleares sirvam para produzir armamento nuclear
 - O Irão pode utilizar armamento nuclear para destruir Israel
 

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Re: Coreia do Norte
« Responder #125 em: Março 02, 2013, 10:57:45 pm »
Citação de: "Lightning"
Para mim há dois factores que poe os paises ocidentais procupados com o Irão ter centrais nucleares.

Uma é toda aquela confusão com as inspeções feitas pela ONU às suas centrais para confirmar se são ou não para fins pacificos (se acreditarmos no que vem nas noticias).

O outro factor é o presidente do Irão gritar aos sete ventos que quer destruir o estado de Israel (esta deu na tv, só se o tradutor estiver a enganar as pessoas  :mrgreen:, é que eu não sei persa para entender o que o homem fala).

Então acho racional (com os dados que temos), pensarmos:
 - o Irão quer destruir Israel
 - o Irão não deixa a ONU inspecionar as suas centrais nucleares para confirmar os fins pacificos
 - Se não há inspecções, é possivel que as centrais nucleares sirvam para produzir armamento nuclear
 - O Irão pode utilizar armamento nuclear para destruir Israel

Sim, os tradutores, por ordens de sei-lá-quem, aproveitando que o Farsi não é um idioma muito popular internacionalmente, REALMENTE estão botando "lenha na fogueira".


...
Ok, sugiro que voltemos ao assunto principal do tópico, que é a Coreia do Norte.
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Lusitano89

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Re: Coreia do Norte
« Responder #126 em: Março 07, 2013, 10:38:14 pm »
EUA totalmente capazes de se defenderem de mísseis norte-coreanos


A Casa Branca afirmou hoje que os Estados Unidos são “totalmente capazes” de se defenderem de um ataque de mísseis norte-coreanos, que Pyongyang hoje ameaçou.
Em resposta à ameaça de um "ataque nuclear preventivo" pelo regime norte-coreano, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, afirmou que as forças norte-americanas têm capacidade de defesa para qualquer ataque semelhante e repetiu anteriores avisos de que a Coreia do Norte se deve abster de “ameaças e provocações”.

Pyongyang ameaçou hoje os Estados Unidos com um “ataque nuclear preventivo”, pouco antes de o Conselho de Segurança votar um endurecimento das sanções ao país, e nas vésperas de manobras militares conjuntas entre forças norte-americanas e sul-coreanas.

“Como os Estados Unidos estão prestes a iniciar uma guerra atómica, vamos exercer o nosso direito a um ataque nuclear preventivo contra o quartel-general do agressor para proteger os nossos supremos interesses”, referiu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano, numa nota divulgada pela agência estatal KCNA.

No entanto, analistas consideram que a Coreia do Norte não tem tecnologia suficientemente avançada para lançar um míssil com capacidade nuclear contra os Estados Unidos e que esta ameaça se enquadra na habitual retórica belicista de Pyongyang.

Na terça-feira, a Coreia do Norte garantiu também que iria considerar nulo o armistício que acabou com a Guerra da Coreia (1950-1953), logo depois de ter sido divulgado o acordo entre a China e os Estados Unidos na ONU para impor novas sanções a Pyongyang devido ao teste nuclear realizado em Fevereiro.

O Ministério da Defesa sul-coreano anunciou hoje que a Coreia do Norte prepara exercícios militares “de grande escala” e exercícios dos três ramos das forças armadas. Os Estados Unidos mantêm 28.500 soldados na Coreia do Sul e comprometem-se a defender o seu aliado em caso de agressão.

Em reacção ao último ensaio nuclear do regime comunista, a 12 de Fevereiro, o Conselho de Segurança das Nações Unidas decidiu hoje endurecer o regime de sanções à Coreia do Norte, impondo novas restrições a nível financeiro.

Em resolução adoptada unanimemente pelos seus 15 países-membros, o Conselho de Segurança define como objectivo cortar as fontes de financiamento utilizadas por Pyongyang para desenvolver os seus programas militares e balísticos.

As sanções prevêem ainda colocar sob vigilância os diplomatas norte-coreanos e alargam uma lista negra de empresas e particulares submetidas a congelamento de bens ou interdição de viagens.

A adopção da resolução 2094 foi imediatamente aplaudida pelo secretário-geral da ONU, que salientou o carácter unânime da aprovação e as medidas "eficazes e credíveis" que contém, pedindo a todos os países-membros que a ponham em prática.

"O Conselho de Segurança enviou uma mensagem inequívoca à Coreia do Norte de que a comunidade internacional não irá tolerar a sua busca de armas nucleares e acções relacionadas", disse Ban Ki-moon, em mensagem hoje divulgada.

Lusa
 

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Re: Coreia do Norte
« Responder #127 em: Março 08, 2013, 10:31:20 am »
Guerra entre as Coreias em risco de reativar-se
A aprovação do endurecimento das sanções económicas pelas Nações Unidas, levou a uma troca de ameaças entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul.
Alexandre Costa
9:51 Sexta feira, 8 de março de 2013 Última atualização há 25 minutos



A Coreia do Norte anunciou que suspende os pactos de não agressão e o telefone vermelho com a Coreia do Sul e ameaçou mesmo reagir militarmente à aprovação do endurecimento das sanções económicas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.

A nova Presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, respondeu que caso o seu país seja atacado pelo regime de Kim Jong-un este será "apagado da face da terra".

Um general da Coreia do Norte afirmou mesmo que têm mísseis balísticos nucleares intercontinentais prontos a ser usados. As ameaças visam a Coreia do Sul e os Estados Unidos.

"Uma vez que os Estados Unidos estão prestes a iniciar uma guerra nuclear, nós iremos exercer o nosso direito de lançar um ataque nuclear preventivo contra a sede do agressor para proteger o nosso interesse supremo", referira um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano, citado pela agência de notícias do país KCNA, horas antes a aprovação da resolução da ONU.
Sanções aprovadas por unanimidade

As ameaças bélicas por parte da Coreia do Norte não são algo de novo e os especialistas duvidam que o país tenha esse tipo de armamento, mas receiam contudo que leve a cabo algum tipo de retaliação militar.

Desde que há cerca de dois anos Kim Jong-un sucedeu ao seu país à frente dos destinos da Coreira do Norte, o regime tem reforçado sua a postura bélica.

Em sequência do último teste nuclear efetuado pela Coreia do Norte a 12 de fevereiro, a moção surgiu a partir de um acordo entre os Estados Unidos e China (tradicional apoiante do regime de Pyongyang na região) e foi aprovada por todos os 15 estados membros que compõem atualmente o Conselho de Segurança

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que a medida surge como um "sinal inequívoco" de que o mundo "não tolerará a sua aposta em armamento nuclear".

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/guerra-entre-as ... z2MwWyeB2Z
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: Coreia do Norte
« Responder #128 em: Março 08, 2013, 10:33:48 am »
China pede calma e contenção após ameaça de guerra entre Coreias
Publicado às 10.06
 


A China apelou, esta sexta-feira, à "calma e à contenção" depois de Pyongyang responder às novas sanções da ONU com ameaças de guerra nuclear e promessas de anulação dos pactos de não-agressão com a Coreia do Sul.

"A China apela a todas as partes envolvidas que conservem a calma, que façam provas de contenção e se abstenham de qualquer ação suscetível de agravar as tensões", disse a porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying, aos jornalistas em Pequim.

A porta-voz lembrou que a situação atual na península da Coreia é "altamente complexa e sensível" e afirmou que Pequim "manifesta preocupação".

Pequim é o principal aliado da Coreia do Norte e de longe o seu maior parceiro comercial, além de ser o seu primeiro fornecedor de energia. No entanto, na quinta-feira, a China votou a favor da resolução da ONU que endurece as sanções contra Pyongyang na sequência do teste nuclear do mês passado.

"Acreditamos que a resolução é equilibrada", disse Hua. "A China é objetiva e justa neste assunto e assumiu um papel construtivo ao longo da discussão no Conselho de Segurança".

A porta-voz acrescentou que a China tem sempre implementado "com seriedade" as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas e reiterou o apelo de Pequim para o regresso das conversações a seis - que reúnem as duas coreias, os EUA, o Japão, a Rússia e a China - que têm estado moribundas desde 2009.

O comércio e a ajuda externa da China permitiram ao Governo de Pyongyang sobreviver desde a guerra da Coreia (1950-53), que se estima ter resultado na morte de 400.000 militares chineses.

Na perspetiva da China, a Coreia do Norte é uma "zona tampão" que impede os 28.500 militares norte-americanos estacionados na Coreia do Sul de se aproximarem das suas fronteiras.

Mas analistas admitem que as recentes ações da Coreia do Norte possam vir a azedar as relações entre Pequim e Pyongyang.

A Coreia do Norte ameaçou hoje anular os pactos de não-agressão com a Coreia do Sul e cortou o telefone de emergência com Seul, horas depois de o Conselho de Segurança ter aprovado sanções mais duras contra Pyongyang.

Um general do Exército Popular da Coreia do Norte garantiu entretanto que mísseis nucleares capazes de alcançar os Estados Unidos estão prontos para serem lançados, uma nova ameaça que surge em resposta às novas sanções das Nações Unidas.

Além disso, segundo o mesmo responsável, as tropas norte-coreanas estão preparadas para a guerra e apenas precisam de receber uma ordem nesse sentido por parte dos seus líderes.

Em resposta às ameaças de Pyongyang, o Ministério da Defesa da Coreia do Sul alertou o país vizinho de que, se realizar um ataque nuclear preventivo, provocará a sua própria destruição.

"Se a Coreia do Norte atacar a Coreia do Sul com uma arma nuclear, o regime de Kim Jong-un vai desaparecer da face da Terra", disse o porta-voz do Ministério, Kim Min-seok.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/In ... 64&page=-1
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Lightning

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Re: Coreia do Norte
« Responder #129 em: Março 08, 2013, 09:36:19 pm »
Esta Coreia do Norte parece suicida, já nem a China os atura, arranjem um planeta só para eles.
 

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Lusitano89

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Re: Coreia do Norte
« Responder #130 em: Março 27, 2013, 07:01:00 pm »
Afinal que estratégia segue a Coreia do Norte ?
Alexandre Reis Rodrigues




O grande desafio de uma análise da situação da Coreia do Norte é compreender que objetivo tem Pyongyang em vista com a escalada de ameaças de ataques nucleares contra os EUA e Coreia do Sul, depois de condenada mais uma vez pelas Nações Unidas pelo teste nuclear de 12 de fevereiro. Ao pôr de lado, por decisão unilateral, o Armistício de 1953 a Coreia do Norte veio dizer ao mundo que, na sua perspetiva, a zona desmilitarizada entre as duas Coreias deixava de estar em vigor e que o estado de guerra com os EUA voltava a estar ativo. Como se tudo isto não bastasse como demonstração de absoluta falta de senso comum, Kim Jong Un decidiu pôr de lado a linha telefónica vermelha com Seul, precisamente numa altura em que poderá ser mais precisa.

Não fosse o facto de o regime já ter habituado todo o mundo a uma inconcebível retórica de alternância de picos de extrema agressividade com sinais de possibilidade de entendimento, seria inevitável concluir que Pyongyang teria optado por criar um conflito aberto. Não é provável, no entanto, que a irresponsabilidade que o regime mostra pudesse levar ao extremo de arriscar um confronto para que obviamente não está preparado e cujo desfecho provável seria o aniquilamento do País.

Pyongyang tem seguido um padrão bem conhecido de comportamento, recorrendo regularmente a escaladas de agressividade para depois obter concessões em ajuda alimentar e energética, sem as quais o regime não teria sobrevivido. George Friedman identifica uma estratégia que joga habilmente com três posturas (ferocidade, fraqueza e insanidade) que, embora parcialmente contraditórias, têm objetivos precisos e, no seu conjunto, lhes têm permitido alcançar o que pretendem.

A “ferocidade” obriga os seus interlocutores a serem cautelosos e tratarem o regime com respeito e, sobretudo, de igual para igual, seja a superpotência ou o vizinho a sul. A “fraqueza” visa deixar transparecer alguns sinais de que afinal poderão não ter todas as capacidades para serem consequentes nas suas ameaças. Deixam o adversário na dúvida sobre até que ponto estão a ser sérios. Trocam alguma credibilidade por uma margem maior de segurança em não provocar reações. A insanidade das suas atitudes serve bem a imprevisibilidade. Deixa os interlocutores sem saber com que podem contar e sobre o que virá a seguir. Ninguém sabe se é exatamente nestes termos que concebem a sua estratégia mas, na prática, é o que tem acontecido.

Desta vez, porém, Kim Jong Un está a levar esta estratégia a níveis que ultrapassam o habitual. E Friedman interroga-se sobre se desta vez, ao contrário do passado, não quererá mesmo um conflito. Ninguém sabe ao certo, mas agora que a China mostra querer ser mais parcimoniosa no espaço de manobra que tem dado a Pyongyang a hipótese ainda é mais remota. Pequim há anos que procura deixar sinais de que não se envolveria numa guerra entre as Coreias; numa situação extrema, o que geralmente se admite que venha a fazer, é ocupar a Coreia do Norte para não deixar o conflito prosseguir. Também não é difícil prever o enorme impacto que um conflito teria na economia da região, a última coisa que a China quereria ver acontecer. Pequim não vai deixar cair o regime amigo da Coreia do Norte mas é preciso ter presente que desta vez não teve dúvidas em tornar clara a sua oposição ao teste nuclear de 12 de fevereiro, e, nessa base, deixar passar a Resolução do Conselho de Segurança.

Pyongyang sabe que não tem a sua retaguarda protegida pela China mas, apesar disso, vai prosseguir com uma estratégia de risco, escalando a conflitualidade prática com o seu vizinho a sul e a agressividade retórica com os EUA. Com a Coreia do Sul vai usar sobretudo os diferendos que mantém sobre a delimitação das fronteiras marítimas, ao longo da Northern Limit Line, para provocar novas escaramuças. Mas o seu objetivo final, ao contrário do que seria normal deduzir destas circunstâncias, não é a guerra. Aliás é por isso que se calcula que vai insistir no teatro marítimo para novos conflitos com Seul; nesse ambiente o perigo de degeneração para um conflito aberto será menor do que sobre terra.

O objetivo final é mais uma vez elevar o nível de tensão para depois negociar. No entanto, - dizem os observadores da situação na região - o que poderá ser diferente do passado é que, desta vez, não pretenderão apenas obter a habitual ajuda. Já constataram, na prática, que o recurso a atividades ilícitas de emissão de moeda falsa, tráfego de drogas e proliferação proibida de armamento não são alternativas para um mínimo de economia, particularmente agora que as sanções do Conselho de Segurança estão dirigidas para esse campo.

Terão concluído que a economia de que o regime precisa para sobreviver nunca será possível sem uma reestruturação do relacionamento internacional, isto é, sem alguma abertura ao exterior e, finalmente, um Acordo de Paz que encerre o “capítulo” ainda em aberto da Guerra da Coreia. Parece incongruente com a rejeição unilateral do Armistício, mas este, como se disse acima, deve ser interpretado, como pressão para negociar, que é o que a China também pretende, de preferência através de uma solução regional em que tenha um papel decisivo.

O que Pequim quer, sobretudo, evitar é que os EUA tenham pretextos paraaumentar a sua presença militar na área, como é o caso da realização de exercícios navais com a Coreia do Sul que incluíram meios com armas nucleares (submarinos e bombardeiros nucleares, B-52) e as intenções de reforçar a defesa antimíssil com mais intercetores e um novo radar de aviso antecipado a instalar no Japão. Obviamente, no curto prazo, a Coreia do Norte, não está a contribuir para esse objetivo, mas, a confirmarem-se as análises atrás resumidas, talvez o conflito se possa encaminhar para uma situação menos preocupante. Não se esperem, porém, progressos espetaculares; o regime poderá, finalmente, abrir um pouco mas nunca ao ponto de ficar livre de um estreito controlo central.

Jornal Defesa
 

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Re: Coreia do Norte
« Responder #131 em: Março 29, 2013, 06:58:54 pm »
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

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Re: Coreia do Norte
« Responder #132 em: Maio 08, 2013, 10:52:17 am »
Banco da China corta relações com banco da Coreia do Norte


O Banco da China, uma das quatro maiores entidades financeiras estatais da República Popular, colocou um fim na sua relação com o norte-coreano Banco de Comércio Estrangeiro cancelando também a conta que este mantinha na instituição, revelou um porta-voz do banco chinês.

O banco norte-coreano, que as entidades norte-americanas acusam de contribuir para o financiamento do programa nuclear de Pyongyang, recebeu a notificação de que a conta no Banco da china tinha sido cancelada e que seriam suspensas todas as transacções relacionadas, acrescentou o porta-voz.

O banco chinês não especificou as razões da suspensão das relações comerciais apesar de acontecer numa altura em que Pequim, o principal aliado do regime da Coreia do Norte, adopta uma posição mais dura para com o seu vizinho e o seu programa nuclear.

Em Março, durante a visita do Secretário de Estado norte-americano a Pequim, o primeiro-ministro Li Keqiang disse que as últimas ameaças de Pyongyang iriam prejudicar todos, incluindo a Coreia do Norte.

Também em Março, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou novas sanções contra a Coreia do Norte depois do regime ter realizado um novo ensaio nuclear.

Lusa
 

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Re: Coreia do Norte
« Responder #133 em: Junho 19, 2013, 12:05:46 pm »
Líder norte-coreano terá distribuído «Mein Kampf», de Hitler, por quadros do regime


O líder norte-coreano, Kim Jong-un, ofereceu cópias de «Mein Kampf» (A Minha Luta), do ditador nazi Adolf Hitler, a altos responsáveis do regime comunista, segundo revelou um portal de informação dirigido por desertores norte-coreanos.

Kim Jong-un distribuiu as traduções do manifesto por ocasião do seu aniversário, em janeiro, de acordo com o New Focus International, encorajando os altos quadros do seu regime a olhar para a obra como um manual sobre liderança.

O artigo, que tem como fonte um responsável norte-coreano não identificado que trabalha na China, é citado hoje pela maioria dos títulos da imprensa sul-coreana.

Lusa
 

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Snowmeow

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Re: Coreia do Norte
« Responder #134 em: Junho 24, 2013, 12:45:28 am »
Imprensa "internacional" querendo incitar a paranoia na base do disse-que-disse. Nem falo da Lusa, mas das fontes que lhe deram a "informação".

Quem nunca estudou sobre o Nazismo talvez vá acreditar, mas quem tem um mínimo de pesquisa sabe que o comunismo e o nazismo são antagonistas um do outro.

Notícias como essas querem despertar um sentimento de "Olha, eles estão estudando o Mein Kampf, eles vão virar Nazistas-Comunistas, ou seja, a síntese do Mal Absoluto, não restará outra opção senão invadirmos aquele país miserável e 'libertá-lo', massacrando seus civis e pondo a culpa no Kim. Claro, depois de ele ter sido morto, afinal, os mortos não podem desmentir."

Daqui a pouco vão dizer que o "Psy norte-coreano" estaria em reuniões com a Al-Qaeda.
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