Carreira militar através da Academia - anos de serviço

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zecouves

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« Responder #15 em: Setembro 20, 2007, 10:02:11 am »
Citação de: "3520"
Mas vamos la ver uma coisa, não são obrigados a ficar um determinado numero de anos ao serviço em que inclusivamente até recebem menos que qualquer outro engenheiro ou médico cá fora, e se não terminarem o contrato obrigatorio têm que pagar ao estado, portanto onde é que está o borlix? e o chulanço ao estado?

Santa paciência.  

É perfeitamente normal que ele se informe sobre a remuneração e prespectivas futuras, uma vez que é precisamente o futuro dele que está em jogo, e as coisas são como são e não me venham com "tretas" , porque para mim servir o país era quando o regime era obrigatorio,


É obvio que os tempos são outros e é sinal de inteligencia tentar perceber se uma carreira nas FA's é o que se pretende. Assim a escolha é mais conscenciosa, mais madura.

No entanto, aqui vai mais uma achega:

Não sei qual a sua vivencia no contacto com candidatos ás FA's, mas o que eu sei é exactamente aquilo que referi no meu post anterior, leia-o bem, especialmente no que concerne á tal coincidencia ... .

Resta-me relembrar ao 3520 exactamente o que escreveu o nosso pseudo-candidato a engenheiro-militar: "...Vou ser destacado para missões? E importante, qual é o tempo que terei obrigatoriamente que estar ligado ao Estado?

Quanto aos míseros vencimentos dos coitados do engenheiros e médicos: garanto que se eles quiserem ganham mais que os restante oficiais.

Para terminar. o 3520 afirma que servir o país era no tempo do SMO, só quero relembrar que estamos a falar de profissionais e portanto de algo que acontece muito antes do fim do SMO. Não percebo também qual a sua linha de raciocinio quando relaciona o fim do SMO com a desnecessidade de servir o país, ... suponho que esteja a falar da classe governante porque os militares continuam a fazer o seu serviço à Nação ... uns melhor que outros, é certo.
 

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Lancero

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« Responder #16 em: Setembro 20, 2007, 11:35:22 am »
Só dar uma achega.
Provavelmente já foram atendidos, por exemplo, nos hospitais de S. Francisco Xavier e Curry Cabral, em Lisboa, por médicos das Forças Armadas sem o saberem. É que há um convénio e os médicos das FA prestam serviço em algumas especialidades e fazem 'bancos' nas Urgências - recebendo por isso uns extras ao ordenado militar.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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lexivia

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« Responder #17 em: Setembro 20, 2007, 04:17:18 pm »
Citação de: "Lancero"
Só dar uma achega.
Provavelmente já foram atendidos, por exemplo, nos hospitais de S. Francisco Xavier e Curry Cabral, em Lisboa, por médicos das Forças Armadas sem o saberem. É que há um convénio e os médicos das FA prestam serviço em algumas especialidades e fazem 'bancos' nas Urgências - recebendo por isso uns extras ao ordenado militar.


Este convénio é só para os médicos militares ganharem um ordenado extra ou passa também por manter um nível mínimo de preparação em situações de traumas graves, queimaduras e politraumatizados?
 

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Lancero

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« Responder #18 em: Setembro 20, 2007, 04:26:21 pm »
Junta-se o útil ao agradável.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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typhonman

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« Responder #19 em: Setembro 20, 2007, 04:45:37 pm »
Mais um "xico-esperto" :lol:

Um dos males das nossas FA´s principalmente na FAP é esta mentalidade, de usar o estado para resolver problemas a nivel profissional, mas penso que a partir de agora, quem quiser sair a "meio" vai ter de pagar o dinheiro que foi investido na sua formação.
 

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dtread

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« Responder #20 em: Setembro 20, 2007, 06:37:14 pm »
Pois tambem concordo com as opiniões aqui expressas, se o que se quer e seguir pela via militar entao academia militar com ele caso contrario mais vale ir para outra faculdade qualquer...
 

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GinTonic

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« Responder #21 em: Setembro 20, 2007, 07:27:32 pm »
Sinceramente não acho bem isso de ter de pagar o dinheiro investido na sua formação.
O curso de pilotos da AFA (por exemplo) dá acesso a quem o tire a empregos em qualquer companhia aérea nacional, já as escolas de pilotagem civis dão acesso ao desemprego certo. Não acham que há por aí muitos meninos ricos que querem ser pilotos que até nem se importam de pagar para sair quando acabam o curso? Ou então até podem pedir um empréstimo ao banco e pagá-lo com o ordenado de piloto civil (altissimo, como sabem). O mesmo se aplica a outros cursos da AFA/AM/EN.
Na minha opinião se não se pode sair, não se sai seja com ou sem dinheiro. E quem deixasse de lá aparecer ia direitinho para a choça uns mesitos para aprender a não se armar em esperto.
 

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Pirex

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« Responder #22 em: Setembro 21, 2007, 03:54:13 am »
Não haja dúvida que há muito chico-esperto que espera que o Estado (que somos todos nós) lhe resolva alguns problemas, nomeadamente ao nível profissional, o problema é não se querer ser minimamente bom num caminho que um dia decidimos enveredar. Se alguém, um dia quis ser militar médico (e não médico militar) porque será que mais tarde opta por ser somente médico? Sejamos pragmáticos, as FA precisam de quem as queira servir e servir a nação e nunca de quem se queira servir delas para seu proveito próprio!
 

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Lightning

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« Responder #23 em: Setembro 21, 2007, 03:33:26 pm »
Citação de: "GinTonic"
Não acham que há por aí muitos meninos ricos que querem ser pilotos que até nem se importam de pagar para sair quando acabam o curso?


As Forças Armadas não são uma prisão, uma pessoa que esteja efectiva numa qualquer empresa privada ou do estado pode desistir desse emprego.
Nas Forças Armadas acontece a mesma coisa com o pessoal do Quadro Permanente mas com certas regras especificas, por exemplo os pilotos tinham que servir a FAP um minimo de 8 anos apos concluir o curso, isso porventura era suficiente porque no passado eram poucos os pilotos a querer sair, mas como agora parece que esse numero aumentou decidiu-se que deveriam cumprir 12 anos de serviço.
Outra coisa que acontece a quem faz isso além de ter que "devolver" o investimento do estado nessa pessoa, é a perda de todas as vantagens de ser militar, nomeadamente medicas e os anos de descontos efectuados desaparecem, mas para um piloto que muda para uma carreira na aviação comercial isso tudo vale a pena, nem que tenham que pedir um emprestimo ao banco.

Alguém me sabe dizer se tal acontece noutros serviços do estado? Eu até ouço falar em pessoal que ao fim de 8 anos em certas posições tem direito a reforma, outros ganham ao mesmo tempo a reforma de um emprego e o ordenado de outro, outros conseguem ter familiares ou amigos em locais muito bem remunerados apenas por conhecimentos, acho que existem entidades muito mais sorvedoras do dinheiro dos contribuintes do que as forças armadas, infelizmente são é pouco ou nada divulgados, mas as Forças Armadas tem sempre o machado apontado ao pescoço.
 

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Lightning

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« Responder #24 em: Setembro 21, 2007, 03:40:38 pm »
E para quem não saiba existem pilotos na FAP a contracto, por isso quem não tiver possibilidades economicas para pagar um curso de piloto civil mas o queira ser é isso que aconselho em vez de ir para a Academia da Força Aérea tirar o lugar a uma pessoa que possivelmente poderia querer ser militar de carreira.
Servem a FAP como piloto contratado e no fim do contracto vao embora sem dever nada a ninguém, nem tem que pagar nada.
 

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Gana

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« Responder #25 em: Outubro 03, 2007, 10:22:03 am »
Bons dias pessoal!

Após um longo periodo de ausencia, volto ao ForumDefesa para me deparar com comentários extremamente rebaixadores à minha pergunta, como que quem respondeu soubesse alguma coisa da minha vida...

Tenho pena que tais homens de honra e de amor à patria tenham logo apontado armas para uma pergunta perfeitamente normal, já que a informação sobre anos de efectivo no exército é muito reduzida...

E responderem-me sobre como será a carreira, tal como eu perguntei? E se seria destacado para missões? Quem disse que eu não gostava da carreira militar? Onde estava escrito que eu queria ingressar na Academia para estar na babuje do estado e formar-me à pala?

Como é obvio sinto-me atraído pela possibilidade de me pagarem para estudar, mas acima de tudo acho a carreira militar algo de que me possa orgulhar a longo prazo, e seria algo diferente do que tem sido a minha vida até agora. Ou acham que tinha lógica ser um menino rico e mimado que entraria na Academia Militar porque "gosta de filmes de guerra" e quer estar a receber do Estado?

A minha vida tem sido feita de suor e esforços para me garantir uma boa educação e eu faço o melhor que posso disso, e se querer ingressar na Academia e depois poder fazer alguma coisa pelas Forças Armadas ou pelo Estado Português nao é aliciante o suficiente, e se para vocês acham que todos os Engenheiros e Médicos da AM querem é vida boa, enganam-se em relação a mim.

Claro que tais comentários não me demoverão do meu objectivo, já estando eu a praticar exercicio 5 dias por semana e a tentar ao máximo elevar a minha média para 17. Devido à pouca informação sobre a rigidez da PAM e dos testes psicotecnicos, estou-me a preparar ao máximo para não falhar, e ainda assim já é uma coisa que me está a tirar o sono.

Acham que esta vontade de ingressar na AM e eu estar "intimidado" com a possibilidade de não ser bom o suficiente para os padrões do Exército é sinal de facilitismo? Sinal que "Hei pa, vou pá AM pa curtir e receber por isso!" Posso saber pouco sobre como as coisas lá funcionam, mas sei que se entrar vou entrar numa Universidade que me permita focar todas as atenções para o ensino e não para a "borga".

A AM é sem duvida aquela que podendo não ser tão especifica nas matérias de Engenharia que lecciona, permite ao cadete da AM ter o máximo de rendimento possivel, e a própria academia puxará todos os dias por ele para fazer o seu melhor. Isto sim é o meu maior atractivo na Academia Militar.

Para terminar agradeço a quem compreendeu as minhas questões e que corresponderam às minhas espectativas quando me registei no Forum Defesa, ao contrário de outros cujo "ego militar" está acima de qualquer "comum civil", e que com este post sejam homens o suficiente para admitir que foram premeditados no julgamento do meu carácter.
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #26 em: Outubro 03, 2007, 04:08:18 pm »
Gana fico feliz pela sua forma de pensar a carreira militar, mas tenho que confessar que quando li a sua mensagem pensei exactamente o que todos os colegas do fórum disseram.

Uma vez ultrapassado este equívoco, vamos lá ver se eu posso ajudá-lo.

As missões "consomem" essencialmente as unidades de Infantaria e Cavalaria, mas há sempre a possibilidade de ires. Não é só os Atiradores e Oficias QP da Arma de Infantaria/Cavalaria que vão.

Se conseguires entrar na Academia e completares os 5 anos de curso tornas-te automaticamente Oficial do Quadro Permanente, ou seja, ficas efectivo no Exército. Vais ter que tirar mais cursos (tanto em Portugal como no estrangeiro) para poderes aprofundar os teus conhecimentos e poderes progredir na tua carreira.

É uma vida dura porque por norma estás longe de casa, mas é também uma vida que um civil não tem nem sabe que existe. Há um espírito de camaradagem e de corpo que cá fora não tens. É um mundo à parte e por vezes no princípio vais sentir-te mesmo assim, como estivesses numa outra realidade.

Se tiveres mais dúvidas basta perguntares.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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zecouves

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« Responder #27 em: Outubro 03, 2007, 04:32:44 pm »
Citação de: "Gana"
Bons dias pessoal!

Após um longo periodo de ausencia, volto ao ForumDefesa para me deparar com comentários extremamente rebaixadores à minha pergunta, como que quem respondeu soubesse alguma coisa da minha vida...

Tenho pena que tais homens de honra e de amor à patria tenham logo apontado armas para uma pergunta perfeitamente normal, já que a informação sobre anos de efectivo no exército é muito reduzida...

E responderem-me sobre como será a carreira, tal como eu perguntei? E se seria destacado para missões? Quem disse que eu não gostava da carreira militar? Onde estava escrito que eu queria ingressar na Academia para estar na babuje do estado e formar-me à pala?

Como é obvio sinto-me atraído pela possibilidade de me pagarem para estudar, mas acima de tudo acho a carreira militar algo de que me possa orgulhar a longo prazo, e seria algo diferente do que tem sido a minha vida até agora. Ou acham que tinha lógica ser um menino rico e mimado que entraria na Academia Militar porque "gosta de filmes de guerra" e quer estar a receber do Estado?

A minha vida tem sido feita de suor e esforços para me garantir uma boa educação e eu faço o melhor que posso disso, e se querer ingressar na Academia e depois poder fazer alguma coisa pelas Forças Armadas ou pelo Estado Português nao é aliciante o suficiente, e se para vocês acham que todos os Engenheiros e Médicos da AM querem é vida boa, enganam-se em relação a mim.

Claro que tais comentários não me demoverão do meu objectivo, já estando eu a praticar exercicio 5 dias por semana e a tentar ao máximo elevar a minha média para 17. Devido à pouca informação sobre a rigidez da PAM e dos testes psicotecnicos, estou-me a preparar ao máximo para não falhar, e ainda assim já é uma coisa que me está a tirar o sono.

Acham que esta vontade de ingressar na AM e eu estar "intimidado" com a possibilidade de não ser bom o suficiente para os padrões do Exército é sinal de facilitismo? Sinal que "Hei pa, vou pá AM pa curtir e receber por isso!" Posso saber pouco sobre como as coisas lá funcionam, mas sei que se entrar vou entrar numa Universidade que me permita focar todas as atenções para o ensino e não para a "borga".

A AM é sem duvida aquela que podendo não ser tão especifica nas matérias de Engenharia que lecciona, permite ao cadete da AM ter o máximo de rendimento possivel, e a própria academia puxará todos os dias por ele para fazer o seu melhor. Isto sim é o meu maior atractivo na Academia Militar.

Para terminar agradeço a quem compreendeu as minhas questões e que corresponderam às minhas espectativas quando me registei no Forum Defesa, ao contrário de outros cujo "ego militar" está acima de qualquer "comum civil", e que com este post sejam homens o suficiente para admitir que foram premeditados no julgamento do meu carácter.


Pelo menos já passaste num 1º teste: não ligas às bocas, talvez um pouco excessivas, que eu e outros foristas mandaram. Se um dia entrares na instituição vais perceber a sua motivação. :rir:  ...

Apesar de queres ser engenheiro militar podes também tentar concorrer a infantaria, cavalaria ou artilharia, que são os cursos que te ligam às designadas de "armas combatentes". Estes cursos "só" têm um problema: não tens condições para ingressar posteriormente na ordem dos engenheiros, mas isso tu deves saber.

Força ai e começa a treinar a parte da componente fisica. Quanto às classificações académicas concerteza que também já deves saber que é mais fácil entrar nas engenharias na AM do que no Instituto Superior Técnico, por exemplo. Aliás, no concurso de admissão à AM para o ano lectivo de 2007/09, que agora terminou, as vagas das engenharias não foram completadas.

Boa sorte e "barrote ao alto" (grito da engenharia militar)
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #28 em: Outubro 03, 2007, 05:01:29 pm »
Barrote ao alto?! :twisted:  :wink:

Não levem a mal... :wink:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Probéli

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« Responder #29 em: Outubro 05, 2007, 08:47:56 pm »
Boas.

Desculpem por estar a intrometer-me com outro assunto... Mas, eu também quero alistar-me na academia do exército quando concluir o 12º ano.
Desde já digo que a minha escolha pela academia militar é o facto de ser bastante patriota, a minha paixão pela vida militar que sempre me impressionou pelo bom sentido, e a minha escolha por uma vida mexida e com alguma acção.

O que pretendo é tirar ciencias militares de infantaria e depois de concluir o curso, tirar a especialidade de operações especiais em lamego.

O meu sonho é tornar-me um oficial RANGER.

Gostaria de saber se alguem tem informaçoes sobre este tipo de cursos, e qual será a minha função se conseguir o pretendido.

fico á espera de respostas.

Obrigado.