Saída dos EUA dividirá o Iraque em três nações

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comanche

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Saída dos EUA dividirá o Iraque em três nações
« em: Julho 18, 2007, 02:26:22 pm »
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Xiitas expulsariam sunitas do Sul. Curdos teriam mais autonomia
Num momento em que o Senado se preparava ontem para uma sessão contínua antes de votar hoje um projecto de lei que prevê o início da retirada de tropas americanas do Iraque para Abril de 2008, o exército dos EUA realizou mais um "jogo de guerra" para analisar as consequência de uma saída dos seus soldados. A conclusão é simples: o Iraque seria dividido em três nações separadas.

O exercício conduzido pelo coronel na reserva Gary Anderson prevê que, sem a presença americana, a maioria xiita expulsaria os sunitas das zonas mistas para a província de Anbar, onde são maioritários. Em segundo lugar, os grupos xiitas envolver-se-iam numa guerra civil no Sul. Quanto aos curdos, no Norte, reforçariam a sua autonomia e convidariam os EUA a manter uma presença militar no território. A divisão do Iraque em três Estados já fora defendida pelo senador democrata Joe Biden em Março e por vários analistas que a consideram a única forma de estabilizar o país.

Com um Norte curdo, um centro sunita e um Sul xiita, o Iraque recuperaria em parte a configuração das três províncias otomanas - Mossul, Bagdad e Baçorá - unidas no final da I Guerra Mundial pelo colonizador britânico para criar este país.

Com vários senadores republicanos a juntarem-se aos democratas para exigir um calendário de retirada, George Bush está a ser pressionado para apresentar resultados da sua nova estratégia. Há dias, após um relatório provisório ter revelado progressos mitigados nos objectivos traçados para diminuir a violência, o Presidente americano pediu mais tempo aos americanos e insistiu na ideia de que uma retirada precipitada levaria a Al-Qaeda ou o Irão a assumirem o controlo no Iraque.

E o que não falta são exemplos de retiradas falhadas. Em 1989, os soviéticos foram forçados a deixar o Afeganistão, após uma década de ocupação, derrotados pela resistência dos rebeldes e pelo terreno acidentado. Três anos depois, o Governo comunista caía e o Afeganistão ficava nas mãos dos senhores da guerra e mais tarde dos talibãs. Estes últimos governaram de 1996 a 2001, quando foram derrubados pelos EUA.

Os próprios EUA ainda não esqueceram a experiência do Vietname, de onde foram forçados a sair em 1975. "Já vi uma situação semelhante", declarou o senador John McCain ao Washington Post. O veterano do Vietname e candidato republicano às presidenciais de 2008 disse saber "quanto tempo demora recuperar de uma derrota".
 

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comanche

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« Responder #1 em: Agosto 11, 2007, 12:39:51 pm »
EUA evitam especular sobre queda do governo Maliki

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WASHINGTON (Reuters) - Discussões sobre a sobrevivência ou não do governo iraquiano viraram tabu entre autoridades dos EUA, mas especialistas e diplomatas acham que a vacilante coalizão dirigida por Nuri Al Maliki não vai durar.

Quase metade dos ministros iraquianos se demitiu ou boicota as sessões, apesar da pressão do governo Bush pela reconciliação das facções no país.

Os principais responsáveis pelo Iraque no Departamento de Estado dos EUA rejeitaram pedidos para entrevistas sobre a solidez do governo iraquiano, mas vários funcionários deixaram claro que Washington continua apoiando Maliki e que falar na queda do gabinete não é útil.

"O primeiro-ministro Maliki tem nosso pleno apoio. Diante da urgência e seriedade das questões que ele e seus parceiros na liderança estão confrontando, os esforços para prejudicá-lo ou obstruí-lo são perigosos e não são bem-vindos", disse Philip Reeker, consultor da embaixada dos EUA em Bagdá.

Diplomatas e especialistas dizem, porém, que Maliki continua em apuros mesmo com o apoio dos EUA. "Com todas essas defecções e boicotes das reuniões do gabinete, parece que as rodas estão caindo fora a carroça", disse um diplomata árabe.

Bruce Riedel, ex-analista da CIA, disse que a queda de Maliki seria "um desastre" para a estratégia norte-americana de ampliar a presença militar neste ano. Em setembro, com base num relatório do general David Petraeus, comandante dos EUA no Iraque, o governo Bush vai tentar convencer o Congresso do sucesso da estratégia.

"Não importa quantos números o general Petraeus apresente, se o governo estiver caindo, o povo norte-americano verá que a estratégia fracassou pelo lado político", disse Riedel, atualmente na Brookings Institution. "Não surpreende que o governo não saiba o que dizer. É um pesadelo para eles."

Embora a Casa Branca relute em criticar publicamente Maliki, a desconfiança dos EUA ficou clara em novembro, num memorando, vazado à imprensa, em que Stephen Hadley, assessor de segurança nacional, duvidava da capacidade do premiê, que é xiita, em conciliar sunitas, curdos e xiitas.

"A realidade nas ruas de Bagdá sugere que Maliki é ignorante do que está ocorrendo, representa mal suas intenções, ou que suas capacidades ainda não são suficientes para transformar suas boas intenções em ações", escreveu Hadley na época.

Uma importante fonte do governo Bush disse, sob anonimato, que nove meses depois a insatisfação com Maliki permanece, mas que ainda não se fala em substituí-lo.

"A questão é o quê [o novo governo] seria e quanto isso levaria", afirmou o funcionário, lembrando que o atual governo em torno de Maliki levou meses para ser montado.

 

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comanche

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« Responder #2 em: Agosto 17, 2007, 12:07:00 am »
EXCLUSIVO-Embaixador alerta contra avanço do Irão no Iraque

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BAGDÁ (Reuters) - O embaixador norte-americano no Iraque alertou na quinta-feira que a desocupação militar do país abrirá as portas para "um grande avanço iraniano", que ameaçaria interesses dos EUA na região.

O diplomata Ryan Crocker também acusou Teerã de tentar enfraquecer o governo iraquiano, liderado por xiitas, para que "de uma forma ou outra (o Irã) o controle". O Irã nega as acusações norte-americanas de que estaria armando e treinando milícias xiitas do Iraque.

Crocker e o comandante militar dos EUA no país, general David Petraeus, devem apresentar em setembro ao Congresso um relatório sobre aspectos políticos e militares que será definitivo para a permanência ou retirada das tropas.

As pesquisas sugerem que a maioria dos norte-americanos está contra a guerra, iniciada há mais de quatro anos. Os democratas, majoritários no Congresso, querem que o governo comece a retirar as tropas assim que possível. A Casa Branca resiste a tais apelos.

"Se a liderança quiser agir de forma diferente, tenho a obrigação de conversar um pouquinho sobre as consequências de retirar (as tropas)", disse Crocker à Reuters em seu escritório, na chamada Zona Verde de Bagdá.

"Uma área de clara preocupação é o Irã. Os iranianos não vão a lugar nenhum. Tenho preocupações significativas de que uma retirada da coalizão levaria a um grande avanço iraniano. E precisamos considerar quais seriam as consequências disso."

Crocker já encontrou três vezes o embaixador do Irã em Bagdá para discutir tais preocupações, apesar do apoio declarado de Teerã ao governo iraquiano. O Irã diz que a violência no Iraque é resultado da ocupação norte-americana.

"Com base no que vejo no terreno, acho que eles estão buscando um Estado que possam, de uma forma ou outra, controlar, enfraquecido a ponto de que Teerã possa estabelecer sua agenda", afirmou Crocker.

O veterano diplomata, que fez a maior parte da sua carreira no Oriente Médio e é fluente em árabe, disse que o Irã está buscando "maior influência, maior pressão sobre o governo".

No relatório de setembro, Petraeus vai analisar os resultados do reforço militar de 30 mil soldados enviado neste ano pelo governo Bush, enquanto Crocker vai relatar o --por enquanto pífio-- processo de reconciliação política entre as facções iraquianas.



Ora aqui está, ninguém fala mas o Irão pode com a saída dos USA entender-se para o sul(zona xiita) do Iraque, modificando as fronteiras traçadas em 1920 pela Inglaterra.
 

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André

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« Responder #3 em: Agosto 21, 2007, 06:28:21 pm »
Substituição de Maliki compete aos iraquianos diz Bush

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O presidente norte-americano, George W. Bush, admitiu hoje alguma «frustração» face ao governo do primeiro-ministro iraquiano Nuri al-Maliki, mas disse que competia ao povo iraquiano decidir se continuaria a apoiá-lo.

O presidente norte-americano falava numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro canadiano, Stephen Harper, e o presidente mexicano, Felipe Calderon, no final de uma cimeira dos três Estados da América do Norte, em Montebello, no Quebeque.

Sem lhe declarar o seu apoio explícito, Bush adiantou que não lhe competia pronunciar um veredicto sobre o governo de al-Maliki.

«A questão fundamental é se o governo corresponderá às exigências do povo», disse Bush.

«Se o governo não corresponder às exigências do povo, o povo substituirá o governo. Compete aos iraquianos tomar essa decisão, não aos políticos americanos», acrescentou.

Na segunda-feira, o senador Carl Levin, presidente democrata da Comissão das Forças Armadas do Senado norte-americano, pedira ao parlamento iraquiano que depusesse o executivo de Maliki e o substituísse por um governo menos sectário e mais unificador.

«Os iraquianos decidirão», declarou Bush.

«Decidiram que querem uma constituição. Elegeram membros para o seu parlamento e tomarão as decisões, como as democracias fazem», sublinhou.

Diário Digital / Lusa

 

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André

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« Responder #4 em: Agosto 22, 2007, 07:36:57 pm »
 Maliki responde a Bush que Iraque pode encontrar outros amigos

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O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al Maliki, respondeu hoje às críticas do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, afirmando que ninguém tem o direito de impor calendários ao seu governo e que o país pode encontrar «amigos noutro lado».
Bush reconheceu terça-feira a sua «frustração» face ao debilitado governo de Al Maliki, de confissão xiita, que se tem mostrado incapaz de impulsionar um processo de reconciliação nacional, embora admitindo que cabe à população iraquiana decidir se continua a apoiar o primeiro-ministro.

«Creio que há um certo nível de frustração face à liderança em geral, à sua capacidade para trabalhar, de se reunir, por exemplo, de aprovar uma lei sobre os lucros do petróleo ou de realizar eleições regionais», disse Bush. Face a estas declarações, o primeiro-ministro iraquiano, que se encontra de visita à Siria, recordou em conferência de imprensa que ninguém tem o direito de estabelecer calendários para o Governo do seu país.

«Fui eleito pelos cidadãos», frisou.

«Esses que fazem este tipo de comentários estão aborrecidos com a nossa visita à Síria. Não prestaremos atenção a essas declarações. Preocupamo-nos com o nosso povo e a nossa constituição e podemos encontrar amigos noutro lado», acrescentou Al Maliki.

As declarações de Bush somam-se às do senador democrata e presidente do Comité das Forças Armadas do Senado, Carl Levin, que depois de uma visita ao Iraque considerou que o Parlamento iraquiano deveria destituir Nuri al Maliki e substituir o seu Executivo por outro menos sectário e que actue mais pela reconciliação nacional.

Diário Digital

 

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comanche

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« Responder #5 em: Agosto 24, 2007, 01:19:33 pm »
EUA põem em causa capacidade de Maliki

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O Governo iraquiano vai tornar-se mais frágil durante os próximos seis a 12 meses, em consequência das críticas dos outros membros da principal componente xiita, dos sunitas e até mesmo dos curdo. Esta conclusão está contida no novo relatório dos serviços secretos americanos, ontem revelado pelo jornal New York Times.

O texto revela uma atitude bastante "pessimista" quanto às capacidades do primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, para conseguir a reconciliação nacional embora não negue que se registaram melhorias "mesuráveis mas desiguais" na segurança do Iraque.

"O relatório indica que, até agora, se registaram poucos progressos em matéria política e é alarmista quanto a futuras possibilidades de progressos políticos", afirmou ao jornal um responsável do Congresso americano.

O documento conclui também que as tropas suplementares americanas, enviadas no início do ano para o Iraque, pouco sucesso tiveram na redução das violências confessionais.

Um responsável avançou ao NYT que o relatório é mais "sombrio nas suas avaliações" sobre o futuro do Iraque do que o é a Administração Bush nas suas discussões internas. Mas o texto alerta também para o facto de que uma retirada prematura das tropas americanas poderá levar ainda a uma situação de maior caos.

De acordo com o NYT, o relatório tem como objectivo ajudar a prever os acontecimentos que poderão ocorrer nos próximos seis a 12 meses, sem - sublinha o jornal - tomar qualquer posição política.

Curiosamente, na quarta-feira, a senadora Hillary Clinton e candidata democrata à Casa Branca defendeu que o Parlamento iraquiano retire a confiança a Maliki.|
 

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oultimoespiao

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« Responder #6 em: Agosto 26, 2007, 01:24:36 pm »
Nao se esquecam que este presidente dos eua ja nao representa a opiniao do povo americano!
 

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Doctor Z

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« Responder #7 em: Agosto 30, 2007, 02:56:26 pm »
Citação de: "oultimoespiao"
Nao se esquecam que este presidente dos eua ja nao representa a opiniao do povo americano!


Será que algumas vez representou?
Blog Olivença é Portugal
"Se és Alentejano, Deus te abençoe...se não
és, Deus te perdoe" (Frase escrita num azulejo
patente ao público no museu do castelo de
Olivença).

:XpõFERENS./
 

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André

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« Responder #8 em: Setembro 03, 2007, 06:38:30 pm »
Gordon Brown nega que retirada do palácio de Bassorá seja uma derrota

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O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, negou hoje que a retirada das tropas britânicas destacadas no centro de Bassorá signifique uma derrota, insistindo que se trata de uma operação «planeada com antecipação e organizada».

Em entrevista ao programa «Today», da Rádio 4 da BBC, o chefe do Governo Britânico indicou que este movimento fará com que as tropas britânicas assumam «um papel de supervisão», mas que os soldados do Reino Unido poderiam «voltar a intervir em determinadas circunstâncias».

No entanto, assegurou que o número de efectivos britânicos no Iraque continuará a ser «aproximadamente o mesmo neste momento», e disse que o Reino Unido permanecerá «para cumprir» as suas obrigações, tanto com o povo iraquiano como com a comunidade internacional.

As tropas britânicas retiraram-se hoje do quartel-general que tinham em Bassorá (sul do Iraque), instalado no palácio presidencial da cidade desde a invasão.

Questionado na entrevista se as tropas britânicas recuaram na sequência de uma derrota, respondeu: «Permita-me ser muito claro nisto. Trata-se de uma operação planeada com antecipação e organizada para sair do palácio de Bassorá para a base aérea».

«O objectivo disto foi transferir o controlo da segurança do exército britânico para as Forças de Segurança iraquianas», acrescentou.

O líder trabalhista reconheceu ainda os erros cometidos após a queda do regime de Saddam Hussein: «Se fossemos capazes de tomar essas decisões agora, teríamos actuado de forma diferente».

Os 550 militares britânicos que continuavam destacados no centro de Bassorá começaram domingo a retirada para se concentrarem com o resto dos cinco mil soldados do Reino Unido na base aérea, situada 20 quilómetros a oeste da cidade.

Os efectivos, pertencente ao quarto batalhão «The Rifles», estavam praticamente sob estado de sítio, o que fez com que o Ministério da Defesa tenha tentado manter em segredo a data da evacuação por motivos de segurança, segundo o jornal britânico The Independent».

Em princípio, estava previsto a entrega do controlo do palácio de Bassorá aos iraquianos no início de Agosto, mas foi atrasada devido ao mal estar dos EUA em relação à iniciativa, acrescentou o jornal.

Desde o iníco da invasão liderada pelos EUA, em Março de 2003, 168 soldados britânicos morreram no Iraque.

Diário Digital

 

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André

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« Responder #9 em: Setembro 03, 2007, 08:24:30 pm »
É possível reduzir tropas se «êxito» continuar diz Bush

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O presidente dos Estados Unidos, de visita surpresa ao Iraque, admitiu hoje, depois de reunir-se com os máximos comandos militares do país, ser possível reduzir o nível de tropas norte-americanas na nação árabe, se o «êxito continuar».

«O general David Petraeus e o embaixador norte-americano em Bagdad Ryan Crocker dizem-me que se o tipo de êxito que conhecemos neste momento se mantiver, será possível garantir a mesma segurança com menos tropas norte-americanas», disse George W. Bush, em declarações divulgadas hoje pela Casa Branca em Honolulu (Hawai), onde se encontra a imprensa que acompanha o presidente norte-americano à cimeira da APEC (Fórum de Cooperação Económica Asia/Pacífico) na Austrália.

O presidente não precisou a quantidade de tropas que poderão vir a deixar o Iraque, nem quando isso acontecerá.

Bush partiu na noite de domingo numa viagem inesperada até à província de Al Anbar, a ocidente do Iraque, numa escolha muito simbólica, já que os Estados Unidos consideram que a pacificação da zona demonstra que a estratégia da Casa Branca no país árabe funciona.

O presidente norte-americano salientou que Al Anbar é hoje «um lugar muito diferente» e acrescentou que a zona está a regressar à normalidade graças ao que os líderes da província estão a fazer face aos extremistas islâmico.

Indicou ainda que os Estados Unidos «não vão abandonar o povo iraquiano» e salientou que «o êxito é possível».

Assim, pediu aos parlamentares de ambos os partidos no Congresso que ouçam a avaliação dos militares no terreno e que não se apressem a extrair conclusões antes de ouvir o que têm para dizer os comandantes no Iraque.

Está previsto que o Congresso norte-americano receba a 15 de Setembro um relatório sobre a situação no Iraque elaborado por Petraeus, máximo responsável das forças norte-americanas nesse país.

A administração Bush vai defender a sua estratégia no Iraque perante um Congresso cada vez mais hostil e uma opinião pública sempre muito céptica face a uma guerra que causou a morte a mais de 3.700 soldados norte-americanos e a dezenas de milhar de iraquianos.

Bush, acompanhado da secretária de Estado, Condoleezza Rice, chegou ao início da tarde à base norte-americana de al-Assad, onde o esperavam o secretário da Defesa, Robert Gates, e altos responsáveis militares. Conversou também com o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al Maliki, e com outros altos funcionários iraquianos.

Esta visita ao Iraque ocorre no mesmo dia em que a Grã-Bretanha, o seu aliado mais seguro, procedeu a uma retirada altamente simbólica da segunda cidade do país, Bassorá (Sul).

Trata-se da terceira visita do presidente Bush ao Iraque desde o início da intervenção norte-americana neste país, em Março de 2003, depois de Novembro de 2003 e Junho de 2006. Segue depois para a Austrália para uma cimeira da APEC.

Diário Digital / Lusa

 

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comanche

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« Responder #10 em: Setembro 04, 2007, 12:33:37 am »
Iraque: Dirigentes iraquianos assinam "acordo de Helsínquia" para a reconciliação


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Helsínquia, 03 Set (Lusa) - Representantes de partidos políticos iraquianos e "outros grupos ligados ao conflito" assinaram hoje "o acordo de Helsínquia" no qual se comprometem a "abrir negociações tendo em vista a reconciliação nacional", anunciaram os organizadores da reunião.

"Os participantes acordaram uma série de recomendações para abrir negociações tendo em vista realizar a reconciliação nacional", indicou um comunicado da Crisis Management Initiative (CMI), uma organização não-governamental finlandesa especializada na resolução de conflitos.

O texto, publicado em árabe e em inglês pela CMI, compreende 12 recomendações e nove objectivos políticos.

Os seus signatários comprometem-se, nomeadamente, a "resolver todos os diferendos políticos pela não-violência e a democracia", a "proibir a utilização de armas a todos os grupos armados durante as negociações" e a "formar uma comissão independente (...) cuja missão será supervisionar o processo de desarmamento dos grupos armados não-governamentais".

Não foi fornecido qualquer pormenor suplementar sobre a identidade dos participantes na reunião nem como vão prosseguir estas consultas.

A CMI anunciara na semana passada a reunião na Finlândia de responsáveis iraquianos com o objectivo de examinar os processos de paz da África do Sul e da Irlanda do Norte.

Na altura, fez saber que parlamentares e um ministro iraquiano fariam essa deslocação.

O anúncio deste acordo, que a CMI não quis comentar, coincide com a visita surpresa do presidente norte-americano George W. Bush hoje ao Iraque.

Criada em 2000 pelo antigo presidente finlandês Martti Ahtisaari, actual enviado especial das Nações Unidas ao Kosovo, o CMI arrancou em 2005 um acordo de paz entre o governo indonésio e os rebeldes da província indonésia de Aceh.

 

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comanche

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« Responder #11 em: Setembro 04, 2007, 11:30:12 pm »
Governo iraquiano "não funciona"

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O governo iraquiano "não funciona", consideraram os autores de um relatório divulgado por um organismo norte-americano independente de controlo das actividades da administração de George W. Bush.


O controlador geral, David Walker, era questionado durante uma audição da Comissão dos Negócios Estrangeiros do Senado para dizer se o governo do primeiro-ministro iraquiano Nouri al-Maliki fracassara.

"Penso que se pode dizer que apresenta disfunções, que o governo não funciona", declarou Walker, que dirige o GAO, o organismo norte-americano de controlo pelo Congresso da acção governamental.

O relatório do GAO concluiu que o Iraque não atingiu onze dos 18 objectivos fixados pelo Congresso norte-americano em termos de progressos militares e políticos, segundo o texto divulgado terça-feira.

Do total de 18 objectivos, "o governo iraquiano atingiu três, quatro outros parcialmente, e os outros onze não", precisa o relatório do GAO.

"Leis cruciais não foram votadas. A violência continua alta e não está claramente estabelecido que o governo iraquiano aplique os 10 mil milhões de dólares dos fundos destinados à reconstrução".

A Casa Branca já veio desvalorizar o significado deste relatório desfavorável sobre o Iraque, afirmando que as suas conclusões, já esperadas, não dão uma imagem completa das realidades iraquianas.

Um porta-voz da Casa Branca, Tony Fratto, considerou "mais útil esperar" pelos testemunhos de responsáveis civis e militares no Iraque, assim como pelo relatório do presidente George W.Bush esperado para a próxima semana, "para se ter uma imagem mais completa da situação actual no Iraque e para recomendações para o futuro".

Este relatório é divulgado num período crítico de avaliação da situação no Iraque, pois o Congresso decidirá ou não apoiar a estratégia de Bush, de acordo com a opinião que fizer em função de vários relatórios, entre os quais o que o presidente vai submeter até 15 de Setembro, e em função dos testemunhos de responsáveis civis e militares no Iraque.

© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

 
 

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André

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« Responder #12 em: Setembro 05, 2007, 02:21:09 pm »
Há progressos no Iraque e possibilidade de redução de tropas

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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse hoje que viu sinais de progresso no Iraque, tanto na frente militar como na política, e reiterou a possibilidade de redução do nível de tropas norte-americanas no país.
«Se as condições melhorarem da forma como têm melhorado...poderemos dar a mesma segurança com menos tropas», disse Bush em conferência de imprensa em Sydney, com base nas informações dos seus comandantes no Iraque.

No entanto, disse que ainda não foi tomada uma decisão final sobre o número de soldados e que não seguirá «calendários artificiais» para concluir se chegou o momento de reduzir o número de tropas.

«Não estou interessado em calendários artificias, nem em datas de retirada. Estou interessado em atingir um objectivo», disse Bush na conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro australiano, John Howard, antes do encontro de líderes da Ásia e do Pacífico.

Bush chegou a Sydney na noite de terça-feira depois de uma visita surpresa ao Iraque, uma semana antes da apresentação dos relatos do comandante dos EUA no Iraque, o general David Petraeus, e do embaixador dos EUA, Ryan Crocker, ao Congresso norte-americano sobre as condições no país.

Bush disse que as recomendações de Petraeus e Crocker serão importantes na formulação da sua estratégia, mas sem adiantar se o relatório que será apresentado ao Congresso conterá mais pormenores sobre o número de soldados.

Bush considerou haver avanços na redução do nível de violência e na reconciliação entre facções rivais no Iraque, em posição muito mais optimista do que a contida num relatório divulgado pelo Congresso na terça-feira, que ainda constata muita violência e poucos progressos políticos.

«A reconciliação está a acontecer e é importante, no meu ponto de vista, para a segurança da América e para a segurança da Austrália enquanto estivermos lá a ajudar os iraquianos».

Bush disse que gostaria de ver o governo do primeiro-ministro Nuri al-Maliki aprovar a lei do petróleo, mas também se congratulou com outras medidas, nomeadamente o estabelecimento de um processo orçamental.

«Noutras palavras, há um governo a funcionar», disse.

Por seu turno, Howard, aliado próximo de Bush, prometeu apoio à missão no Iraque, apesar das críticas internas na Austrália.

A Austrália terá eleições no final do ano e Howard está atrás, nas sondagens, do líder da oposição trabalhista, Kevin Rudd, que prometeu retirar as tropas do Iraque.

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« Responder #13 em: Setembro 10, 2007, 01:10:04 pm »
PM pede mais tempo para assumir segurança do país

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O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, afirmou hoje num discurso perante o parlamento que as forças iraquianas ainda não estão prontas para receber das forças norte-americanas a responsabilidade pela segurança em todo o território.
«Houve melhorias palpáveis nos últimos tempos na segurança em Bagdad e nas províncias, mas não é suficiente. Continuamos a precisar de mais esforços e de mais tempo para podermos assumir a segurança em todas as províncias», disse o primeiro-ministro.

O discurso de Al-Maliki realizou-se horas antes de o Congresso dos Estados Unidos ouvir, hoje, o relatório do embaixador norte-americano em Bagdad, Ryan Crocker, e do comandante das forças norte-americanas no Iraque, general David Petraeus, no âmbito do debate parlamentar sobre a saída das tropas norte-americanas.

Segundo fontes da presidência norte-americana, aqueles dois responsáveis afirmam, no documento, que o recente reforço das forças no terreno permitiu reduzir a violência em Bagdad e que a sua permanência no terreno é essencial para restaurar a segurança.

No seu discurso no parlamento, Nuri al-Maliki afirmou que a violência em Bagdad baixou 75 por cento desde o reforço de militares no princípio deste ano.

«Fomos capazes de impedir que o Iraque mergulhasse na guerra civil, apesar de todas as tentativas de desestabilização de organizações locais e internacionais«, disse o primeiro-ministro iraquiano, a propósito desse reforço.

«A segurança é fundamental para a reconstrução, o desenvolvimento económico e a melhoria das condições de vida das pessoas», acrescentou.

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« Responder #14 em: Setembro 10, 2007, 05:15:53 pm »
David Petraeus pede moratória de 6 meses à redução de tropas

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O comandante das forças multinacionais no Iraque, o general norte-americano David Petraeus, vai pedir hoje ao Congresso uma moratória de um semestre à decisão sobre a eventual redução de tropas no terreno, noticiou a imprensa. Acompanhado por Ryan Crocker, embaixador dos Estados Unidos em Bagdad, Petraeus fala aos deputados no início de uma semana considerada decisiva, em que o Presidente George W. Bush anunciará ao país uma nova estratégia para o teatro de guerra.

Esta intervenção do general é a primeira de três agendadas pelo Congresso, agastado por o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, só ter cumprido 11 das 18 exigências que lhe foram feitas, nomeadamente sobre a melhoria da segurança nacional e reconciliação inter-étnica.

Bush que deverá entregar no próximo dia 15 ao Congresso um relatório sobre a situação no terreno - foi entretanto informado por Petraeus de que uma brigada com cerca de 4.000 homens poderá deixar o Iraque em meados de Dezembro, segundo o New York Times.

O general espera que uma decisão sobre a redução para aproximadamente 130.000 dos militares norte-americanos no terreno - presentemente são 168.000 - não seja tomada pelos parlamentares antes de Março de 2008.

O Partido Democrata, em maioria na câmara, não avançou até à data qualquer calendário para uma eventual retirada militar.

Para o comandante das forças multinacionais naquele país do Médio Oriente, um corte no número de efectivos, a ocorrer agora, seria «prematuro», sublinha o matutino.

Uma sondagem New York Times/CBS News hoje divulgada indica que os norte-americanos confiam mais nos chefes militares do que em Bush, ou no Congresso, para pôr fim à guerra no Iraque.

De facto, 68% declararam confiar mais nos chefes militares, 21% no Congresso e só 5% em Bush.

Dos inquiridos, 62% classificaram como um «erro» a invasão do Iraque e 52%manifestaram-se contra o sacrifício de vidas de soldados norte-americanos «em vão».

Sobre se o Iraque terá alguma vez uma democracia estável, 53% disseram que não e 705 chumbaram o executivo de Al-Maliki.

Bush está com 30% de popularidade, mas 64% dos questionados reprovaram o seu trabalho.

Esta sondagem foi realizada entre os passados dias 04 e 08 por telefone, sobre um universo de 1035 pessoas, com uma margem de erro de mais ou menos três pontos.

Um outro estudo de opinião da ABC News/BBC/NHK (japonesa) apurou que a esmagadora maioria dos iraquianos acha que a presença norte-americana só contribui para piorar a segurança interna e as perspectivas de progressos tanto políticos, como económicos.

Nesta linha, 57% dos sunitas e xiitas interrogados legitimaram os ataques contra a coligação.

Quanto aos norte-americanos, defenderam em maioria a saída imediata das tropas da coligação.

Diário Digital / Lusa