Porto Santo sem EH-101

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lurker

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Porto Santo sem EH-101
« em: Julho 03, 2007, 11:14:26 pm »
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Falta de pilotos deixa Porto Santo sem “Merlin”
O Destacamento Aéreo da Madeira, está sem “Merlin”, o helicóptero que chegou há pouco mais de um ano, mas que teve de parar por falta de comandante.
A situação levou a que fosse o Aviocar a avançar para as missões de evacuações sanitárias, aquelas em que os voos se fazem entre aeroportos, deixando as missões de Busca e Salvamento para o navio patrulha destacado no Comando de Zona Marítima da Madeira e para um dos “Merlin” estacionados ou na Base das Lajes, nos Açores, ou na Base Aérea nº 6, no Montijo. Tudo depende de onde decorrer um eventual acidente.
Das Relações Públicas da Força Aérea Portuguesa tivemos a confirmação de que estão a ser formados novos comandantes para os doze helicópteros que deveriam estar a operar, mas apenas seis deles estão operacionais, porque efectivamente é esse o número de comandantes que existem neste momento.
O tenente-coronel António Seabra afirmou ao Jornal que a situação está a acontecer temporariamente e que o “Merlin” voltará à Madeira logo que os novos comandantes, actualmente em formação, estiverem aptos.
Mas a formação dos novos pilotos, tanto quanto se consegue perceber pela legislação internacional de aviação, tem sempre de obedecer a um mínimo de horas de voo e, nesta altura, pelo que soubemos, nenhum dos pilotos em formação específica para o “Merlin” tem horas suficientes de voo noutros aparelhos para operar, nos próximos meses, um dos aparelhos, seja de que modelo for.
Os que mais se aproximam são três comandantes que transitam dos Pumas.

FA sem capacidade de segurar altos quadros

A realidade é que a Força Aérea tem vindo, ao longo dos anos, a perder os quadros altamente especializados para o mercado civil. O exemplo das companhias aéreas é o mais flagrante, mas há também quem saia para empresas de combate a fogos florestais.
Dos nove comandantes que operavam em Novembro de 2006, passarão a ser cinco no final deste mês e, desses, um vai casar e gozar os dias a que tem direito. Ou seja, ficará reduzida a quatro a capacidade operacional daquela esquadra da Força Aérea, mas nada garante que os que neste momento estão a trabalhar continuem naquele ramo das Forças Armadas. O mesmo cenário tem acontecido com os pilotos de outras aeronaves, nomeadamente com os dos Aviocar.

Açores com dois, Madeira sem nenhum

Há quem, nos meios da Força Aérea, questione esta opção, uma vez que se mantêm nos Açores duas tripulações em permanência. Ironizando, a nossa fonte faz votos para que não haja nenhum acidente perto das Selvagens, porque aí será difícil saber se avançará o “Merlin” do Montijo ou o dos Açores, porque só para sair das Lajes e chegar a sul da Madeira são cinco horas. Além disso, deixar nas mãos da Marinha a responsabilidade de busca e salvamento pode parecer paradoxal, porque foi o Estado português que recebeu apoios internacionais para ter aqueles meios de busca e salvamento na Força Aérea e não na Armada. Enfim, a verdade é que foi a Madeira que ficou prejudicada e a situação só poderá ser resolvida dentro de alguns meses. Até lá, cspera-se que não haja perda de vidas a lamentar…

12 “helis” adquiridos com apoios da UE

A Força Aérea Portuguesa adquiriu, ainda no decorrer de 2005, 12 helicópteros “Agusta Westland EH-101” em três variantes distintas para três tipos de missões diferentes. A frota de aparelhos que conhecemos por “Merlin” consiste em 6 “helis” de variante SAR (Busca e Salvamento), 2 de variante SIFICAP (Sistema de Fiscalização das Pescas) e por 4 de variante CSAR (Busca e Salvamento em Combate). Os mais baratos custaram cerca de 23 milhões de euros e os mais dispendiosos, com cauda retráctil, preparados para estas últimas missões, ascenderam a 25 milhões. A União Europeia co-financiou parte destes aparelhos, mas o que é um facto, neste momento, é que dos doze teoricamente operacionais, apenas seis podem levantar voo. Mas isso por enquanto, porque se algum dos seis comandantes adoece ou se troca a Força Aérea por um privado, o número ainda fica mais reduzido.


in Jornal da Madeira
 

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pmdavila

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« Responder #1 em: Julho 04, 2007, 12:39:39 am »
O problema de sempre da nossa força aérea... :roll:
Com os melhores cumprimentos,
pmdavila

"Antes morrer livres que em paz sujeitos"
 

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Lightning

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« Responder #2 em: Julho 04, 2007, 02:03:02 am »
Que eu saiba o Aviocar regressou à Madeira antes ainda deste acontecimento da falta de pilotos de EH-101.
O Aviocar regressou à Madeira porque a hora de voo do EH-101 é superior à do Aviocar, e para andar a fazer de ambulancia inter-ilhas o Aviocar é suficiente, ficando o Helicoptero para salvamentos em navios.

Não tem logica dizer que o Aviocar foi substituir o Merlin porque este não pode efectuar salvamentos em navios como é logico, o Aviocar é, isso sim um meio relativamente barato de transporte, para a qual serve perfeitamente, sendo um desperdicio colocar aeronaves maiores ou helicoteros a fazer essas missões.

Vê-se logo que é um jornal regional, ficaram todos chateados por nos Açores estarem 2 EH-101 com 2 tripulações mas na Madeira não há nenhum.
Eu não sou contra o destacamento do EH-101 no Porto Santo, mas não se pode comparar o trabalho dos helicopteros nos dois arquipelagos, sei de destacamentos do Puma no Porto Santo de 15 dias em que essa tripulação não fazia uma unica evacuação e tambem sei de dias nos Açores em que saiam dois pumas no mesmo dia, mutas devendo-se à velocidade do vento ser superior à permitida para o voo de Aviocar fazer as evacuações médicas.

Os Açores estão no corredor entre o continente americano e europeu, é logico que sempre que haja alguma emergencia esses navios se dirigam para os Açores a fim de serem socorridos.
Enquanto que o mesmo possa ocorrer na Madeira devido a também existir trafego naval entre Àfrica e a europa, esse trafego é bem menor do que entre europa e américa, e além disso muitos desses navios em apuros são auxiliados pelos espanhois nas Canárias, mas os Açores são o unico ponto de auxilio do Atlântico Central.
 

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pmdavila

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« Responder #3 em: Julho 04, 2007, 09:45:35 am »
E isto sem contar com o facto de os Açores serem 9 ilhas, nas quais volta e meia há evacuações sanitárias entre as várias ilhas, o que só por si, parece-me ser factor para existir mais que um helicóptero operacional ao mesmo tempo. Só para lembrar, dessas 9 ilhas, só há maternidades em 3, daí que de vez enquando apareça mais uma criança nascida a bordo de um EH-101  :wink:  

Tirando esta parte. Será que o facto da Base das Lajes estar incluída na lista de pistas de emergência para os "space shuttle" terá alguma coisa a ver com isso?

Seja como for, a falta de um EH-101 no Arquipélago da Madeira é sempre factor de preocupação. Fazer SAR com um Aviocar nunca é a mesma coisa que fazê-lo com um helicóptero...
Com os melhores cumprimentos,
pmdavila

"Antes morrer livres que em paz sujeitos"
 

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E-migas

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Re: Porto Santo sem EH-101
« Responder #4 em: Julho 04, 2007, 03:16:52 pm »
Citação de: "lurker"
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Falta de pilotos deixa Porto Santo sem “Merlin”
(...)

12 “helis” adquiridos com apoios da UE

A Força Aérea Portuguesa adquiriu, ainda no decorrer de 2005, 12 helicópteros “Agusta Westland EH-101” em três variantes distintas para três tipos de missões diferentes. A frota de aparelhos que conhecemos por “Merlin” consiste em 6 “helis” de variante SAR (Busca e Salvamento), 2 de variante SIFICAP (Sistema de Fiscalização das Pescas) e por 4 de variante CSAR (Busca e Salvamento em Combate). Os mais baratos custaram cerca de 23 milhões de euros e os mais dispendiosos, com cauda retráctil, preparados para estas últimas missões, ascenderam a 25 milhões. A União Europeia co-financiou parte destes aparelhos, mas o que é um facto, neste momento, é que dos doze teoricamente operacionais, apenas seis podem levantar voo. Mas isso por enquanto, porque se algum dos seis comandantes adoece ou se troca a Força Aérea por um privado, o número ainda fica mais reduzido.

in Jornal da Madeira


Não sei se podemos confiar nesta notícia.
Os jornalistas já são conhecidos pelas calinadas que dão ( como na SIC a do atentado ao "Porta Aviões" USS Cole...)

Só dois Merlin foram co-financiados pela UE. Os que estão equipados com sistema SIFICAP.

Os restantes são aeronaves "puramente militares" pagas a 100% pelo contribuinte Português.

A notícia parece ser mais "dor de cotovelo" que qualquer outra coisa, e parece vir na sequência das notícias de falta de pilotos na FAP.
Cumprimentos,
e-Migas
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Una Salus Victus
 

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Lancero

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« Responder #5 em: Julho 07, 2007, 12:39:52 pm »
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Madeira:Jardim e deputados do PSD/M na AR contra retirada do helicóptero Merlin do destacamento aéreo da Madeira    

   Funchal, 06 Jul (Lusa) - O presidente do Governo Regional da Madeira,  Alberto João Jardim, protestou hoje, em carta enviada ao Ministro da Defesa  Nacional, contra a retirada do helicóptero EH-101 Merlin do destacamento  aéreo da região, situado do Porto Santo.  

     

   "Não posso deixar de expressar a minha profunda tristeza e protesto  quanto à retirada do helicóptero Augusta-Westland EH 101 Merlin do Destacamento  Aéreo da Madeira", escreve Jardim.  

     

   Acrescenta considerar esta decisão "lesiva da RAM e do bem-estar da  sua população", sustentando que seja reconsiderada, pois "não o fazer seria  secundarizar os madeirenses, votando-os a um estatuto discriminatório".  

     

   "Questões tão sensíveis como a vida das populações, a afirmação da Soberania  Nacional e segurança dos povos obviamente que não devem estar sujeitas a  contendas políticas. O bem comum nacional, os princípios constitucionais  e o senso comum assim nos exigem", sustenta o governante regional.  

     

   Jardim destaca a importância da existência deste helicóptero na Madeira,  apontando a sua utilização no transporte de pacientes do Porto Santo para  o Centro Hospitalar e em acções de busca e salvamento, tanto na zona marítima  como nas interiores de difícil acesso.  

     

   O facto de "constituir uma unidade essencial de apoio às Ilhas Desertas  e, sobretudo, às Ilhas Selvagens", a primeira reserva natural criada em  Portugal, a zona mais ao sul do território nacional, onde, para além de  ser necessário salvaguardar a soberania portuguesa é preciso apoiar o bem-estar  e próprias vidas dos biólogos, vigilantes, investigadores e vigilantes,  é outro motivo invocado por Jardim nesta carta.  

     

   Salienta que o Merlin desempenha também um papel relevante nas acções  de fiscalização e vigilância da Zona Marítima da Madeira, incluindo a protecção  da Zona Económica Exclusiva, apoio a diferentes tipos de embarcações e combate  a transgressores e traficantes, referindo casos recentes de pescadores fortuitos  espanhóis detectados naquela área.  

     

   "O Merlin é um instrumento fundamental na resposta a este tipo de ameaças,  pelo que a sua retirada cria uma lacuna grave na capacidade de defesa nacional,  cujo impacto na segurança das populações poderá ser dramático", sustenta  Jardim.  

     

   Também os três deputados do PSD/M na Assembleia da República, Guilherme  Silva, Correia de Jesus e Hugo Velosa, entregaram hoje em São Bento um requerimento,  pedindo informações ao Ministério da Defesa Nacional sobre as razões e critérios  que levaram à retirada do helicóptero do destacamento aéreo da Madeira.  

     

   Na cópia do documento, os parlamentares madeirenses criticam os "diversos  procedimentos persecutórios" por parte do Governo da República à Madeira,  entre os quais a decisão "inusitada, e a pretexto de falta de tripulações,  a Força Aérea Portuguesa retirar do destacamento aéreo da Madeira e, mais  concretamente, da Ilha do Porto Santo, cuja dupla insularidade a tornam  ainda mais vulnerável".  

     

   Perguntam se esta decisão não se "traduz numa solução pouco equitativa  e mesmo discriminatória, que deixa a Madeira e toda a Zona Económica Exclusiva  sem adequada protecção e vigilância", uma vez que estão em perman~encia  duas tripulações de helicóptero Merlin e respectivo equipamento nos Açores  e outras quatro no Montijo.  

     

   "Qual a solução ou soluções que o Governo e a FAP admitem adoptar, em  prazo curto, para que o destacamento aéreo da Madeira possa contar, de novo,  com o helicóptero Merlin e respectiva tripulação, de forma a serem repostas  as condições de vigilância e de salvamento anteriormente existente e de  que as populações da Madeira e Porto Santo carecem e a que têm direito?",  questionam os deputados sociais democratas insulares.  
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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SSK

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« Responder #6 em: Julho 11, 2007, 11:07:57 pm »
Aqui vai a boa nova

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Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas na Madeira
Valença Pinto garante “Merlin” em Setembro
 
 
O Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, Valença Pinto garantiu ontem o regresso do helicóptero “EH 101 Merlin”, a 1 de Setembro, ao Destacamento Aéreo da Madeira, situado no Porto Santo.
O responsável militar que falava após uma audiência com o Represnetante da República para a Madeira, Monteiro Diniz, sublinhou que as dificuldades que criaram à Força Aérea a necessidade de retirar temporariamente o Merlin, devem estar ultrapassadas dentro de poucas semanas.
“Acreditamos vivamente que as dificuldades no plano da sustentação dos meios e da renegeração das tripulações, em particular dos comandantes de bordo, que se tornou indispensável fazer, deve ter agora uma tramitação bem sucedida desta altura até ao final de Agosto”, asseverou Valença Pinto.
O general realizou ontem uma visita de trabalho ao Comando Operacional da Madeira, reprensentando a sua primeira deslocação à Região desde que assumiu as funções de Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas.
Depois da audiência no Palácio de São Lourenço, Valença Pinto disse que “a partir de 1 de Setembro é possível reconstituir a situação que havia antes”.
O responsável militar tinha agendado encontros com o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, Miguel Mendonça e o com o presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, contudo, devido à discussão do Programa de Governo, as audiências foram canceladas.
Refira-se que o líder do Executivo, escreveu no final da semana passada ao Ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira, protestando contra a decisão de retirar o “Merlin” da Região.
Na missiva Alberto João Jardim lembrou que tinha por missão participar em acções de busca e salvamento e na fiscalização da Zona Económica Exclusiva.
Confrontado com a lacuna deixada aos serviços apontados pelo líder madeirense, como consequência da saída do “Merlin”, Valença Pinto, considera que “essas funções nunca foram abandonadas”, realçando o facto do aviocar continuar a assegurar “a evacuação sanitária e as operações de busca e salvamento”.
O responsável militar asseverou ainda que não haverá lugar a reajustamentos ao nível do dispositivo militar para a Madeira, deixando no ar a possibilidade de haver um melhoramento de meios técnicos e de equipamentos.  
 

 
 
Miguel Fernandes
 
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
1º Ten Fontes Pereira de Melo
 

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Lancero

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« Responder #7 em: Agosto 30, 2007, 03:11:23 pm »
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Madeira.Helicóptero Merlin da Força Aérea Portuguesa regressa sexta-feira ao destacamento no Porto Santo    

   Funchal, 30 Ago (Lusa) - O helicóptero EH 101 Merlin da Força Aérea  Portuguesa, afecto ao Destacamento da Madeira, que suspendeu a operação  na Região devido à falta de tripulação, regressa ao Porto Santo, onde deverá  aterrar sexta-feira, pelas 13H00.  

     

   Em declarações à agência Lusa, o responsável por aquele destacamento  aéreo, Joaquim Ferreira, confirmou a chegada do aparelho, adiantando que  "começa a operar no sábado", 01 de Setembro.  

     

   O "Merlin", um dos doze helicópteros "Augusta Westland EH 101" adquiridos  em 2005 pela Força Aérea Portuguesa, suspendeu a sua actuação na Madeira  em Julho deste ano "por razões operacionais, de limitação de equipa".  

     

   "Na altura, a Força Aérea já tinha informado que se tratava de uma suspensão  de cerca de três meses", referiu Joaquim Ferreira.  

     

   A FAP utiliza desde Fevereiro de 2005 este tipo de aparelhos nas missões  de transporte, busca e salvamento, vigilância e reconhecimentos, em substituição  dos Pumas, tendo colocado três aparelhos nas regiões autónomas - dois nos  Açores e um na Madeira.  

     

   O "Merlin" do destacamento da Madeira foi apresentado a 01 de Março  de 2006, numa cerimónia que contou com a presença do então ministro da Defesa,  Luís Amado.  

     

   Em Julho deste ano, a Força Aérea anunciou a suspensão temporária da  actuação do helicóptero na Região, mantendo a operação dos dois existentes  no arquipélago dos Açores e justificando a decisão com a falta de tripulação.  

     

   A decisão foi contestada pelo presidente do Governo Regional da Madeira,  Alberto João Jardim, e pelos deputados do PSD eleitos para a Assembleia  da República, protestos escritos que foram enviados ao Ministro da Defesa.  

     

   Os parlamentares do PSD consideraram ser esta uma "solução inusitada,  pouco equitativa e discriminatória".  

     

   O deputado social democrata madeirense Guilherme Silva disse à Lusa  ver com "satisfação que o Governo da República atrasou a resposta ao requerimento  apresentado para agora responder. Prefiro que não tenha respondido e tenha  actuado".  

     

   "É bom para a Madeira que tenha sido retomada a operação e seja colocado  novamente à disposição este instrumento importante para a segurança e protecção  das pessoas na Região", opinou.  

     
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SSK

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« Responder #8 em: Agosto 30, 2007, 09:13:55 pm »
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Merlin volta amanhã para o Porto Santo  
 
O regresso do EH-101 “Merlin” ao Porto Santo está marcado já para esta sexta-feira, precisamente três meses depois de ter sido retirado do serviço no Destacamento Aéreo da Madeira por motivos operacionais.
A vinda do Merlin nesta data fora já prometida pelos responsáveis pela Força Aérea Portuguesa, quando questionados sobre o prazo para que todos os movimentos de tripulações fossem normalizados.
Na altura em que o “Merlin” saiu do Porto Santo, estavam operacionais seis aparelhos daquele tipo, quatro estacionados na Base Aérea do Montijo e dois na Base das Lajes, tendo a Madeira ficado sem qualquer meio de busca e salvamento para fazer face a uma situação de emergência em que fosse necessária a utilização do “heli”.
A opção tomada pelo Ministério da Defesa não foi bem recebida pelas autoridades regionais, mas a justificação da Força Aérea foi a de que as águas territoriais da Madeira ficavam “a meio caminho” entre o Montijo e as Lajes, sendo possível que de algum desses locais saísse um meio aéreo para responder a um pedido de busca e salvamento.
As justificações foram dadas com o número insuficiente de comandantes preparados paa operar aqueles meios, uma vez que dos nove iniciais na Força Aérea quando os “Merlin” foram entregues, restavam cinco nos quadros, enquanto estavam a ser formados mais três para ocupar os postos de comando das tripulações de seis pessoas que operam um “Merlin”.
O que é um facto é que não há pedidos de ajuda de busca e salvamento suspceptíveis de empregar meios navais e aéreos há já vários meses e, a qualquer momento, pode ser preciso fazer uma missão que envolva várias pessoas. Recorde-se que o EH-101 pode transportar até 16 macas ou cerca de 50 pessoas em caso de evacuação de emergência.
De qualquer forma, quando se trata de salvar vidas não se pode tentar adivinhar quando ocorrerão problemas de maior e, por outro lado, diz a estatística do Destacamento Aéreo da Madeira que em 2006 houve necessidade de empregar os meios aéreos em 8 missões, sendo 2 de busca e salvamento e seis de evacuações de passageiros ou de tripulantes de navios, classificadas de “aeromédicas”.
Já em 2007, no que está a ser um período perfeitamente atípico em relação a buscas e salvamentos, os meios aéreos foram apenas solicitados por duas vezes, mas essas foram também as vezes em que foram empregues os meios navais da Armada aqui baseados.
Por outro lado, só este ano, o Aviocar, que chegou em meados de Janeiro ao Porto Santo, já fez 78 evacuações sanitárias desde a ilha dourada para a Madeira, o que dá quase uma dezena por mês, em média. Dessas, 18 foram agora no mês de Agosto e 15 durante o mês de Julho.
 


Cristina Costa e Silva

 

 
in  Jornal da Madeira
30 de Agosto de 2007
 
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
1º Ten Fontes Pereira de Melo