Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo

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P44

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #465 em: Janeiro 23, 2020, 01:08:53 pm »
 O Aeroporto do Montijo foi pensado para aviões lowcost, mas a ANAC já veio alertar que o tamanho da pista tem limitações para aviões mais pesados, como os da Ryanair.

A entidade que certifica os aeroportos em Portugal, Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) já veio admitir que o comprimento da pista do futuro aeroporto do Montijo “pode ser motivo de preocupação”, avançou a TSF (acesso livre).

O projeto para o novo aeroporto prevê que a obra aumente em 390 metros a única pista que ficará em funcionamento depois da inauguração, ficando, no total, com 2.400 metros. O problema é que esse comprimento final “não dá total cumprimento aos requisitos de operação da aeronave B737-800”, refere a ANAC num parecer enviado à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), sublinhando que “este é o avião usado por uma das companhias low cost [Ryanair] que potencialmente operarão no Montijo”.

https://eco.sapo.pt/2020/01/23/montijo-vai-ter-a-pista-mais-curta-de-todos-os-aeroportos-nao-chega-para-avioes-da-ryanair/
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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dc

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #466 em: Janeiro 23, 2020, 01:21:59 pm »
390... onde é que já vi esse número... será que também vai custar 900 milhões de euros?  :mrgreen:

Agora fora de brincadeiras, primeiro dá tudo o Ok de que o Montijo serve, e afinal ainda têm de aumentar mais a pista do que o previsto?

Do ponto de vista militar, tenho pena que se vá perder esta belíssima Base Aérea.
 

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Lightning

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #467 em: Janeiro 23, 2020, 01:29:18 pm »
E a base aérea de Ovar (actualmente Aeródromo de Manobra), não serve para receber aeronave nenhuma?

Vamos ver, supostamente irá receber os C130 depois dos KC390 entrarem ao serviço...

O problema de Ovar é não ter infraestruturas, para receber esquadras de voo e respectivo efectivo, teria que ter várias obras, e por arrasto a FAP ter capacidade em aumentar o efectivo dos restantes serviços da base, parte administrativa, manutenção, transportes, etc.
 

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Daniel

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #468 em: Janeiro 23, 2020, 02:49:40 pm »
7 grandes números do novo aeroporto no Montijo
https://eco.sapo.pt/2020/01/23/7-grandes-numeros-do-novo-aeroporto-no-montijo/

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A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) disse “OK” à reconversão da Base Aérea n.º 6 num novo aeroporto comercial no Montijo, que deverá complementar a capacidade do atual Aeroporto Humberto Delgado. Era o último passo visto como crucial para a obra arrancar. Conheça sete grandes números do projeto.

2022

Estima-se que o novo aeroporto do Montijo comece a operar em 2022, segundo o acordo fechado entre o Governo e a ANA – Aeroportos de Portugal, que é controlada pelos franceses da Vinci. A intenção passa pela reconversão da atual base aérea num aeroporto comercial, para complementar o aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

1,3 mil milhões de euros

É o montante total que a ANA se comprometeu a investir até 2028 no novo aeroporto do Montijo. O valor inclui não só a reconversão da base onde atualmente está instalada a Força Aérea como também a expansão do atual aeroporto de Lisboa.

48 milhões de euros

É o custo previsto das 160 medidas de mitigação do impacte ambiental que a ANA vai ter de implementar para instalar o aeroporto no Montijo. Algumas visam proteger as espécies de aves que fazem ninho e se alimentam naquela área, que totaliza 2.500 hectares. Outras, reduzir o ruído dos aviões e das operações na própria infraestrutura. Antes mesmo da aprovação, a ANA já tinha mostrado desconforto com algumas delas. Mas o Governo já veio avisar que são mesmo para cumprir.

100 milhões de euros

O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, estima que retirar a Força Aérea da base que vai ser reconvertida em aeroporto terá um impacto orçamental de 100 milhões de euros. Segundo o governante, o projeto “vai afetar, direta ou indiretamente, sete das dez esquadras da Força Aérea”. No Parlamento, o ministro disse ainda que este valor “precisa de ser acomodado no âmbito da relação entre o Estado e a entidade que tem a gestão do aeroporto”.

50 milhões de passageiros

A necessidade de se instalar um aeroporto complementar ao de Lisboa no Montijo surge porque o principal aeroporto está a operar acima do limite. Juntas, as duas infraestruturas terão capacidade para receber 50 milhões de passageiros, praticamente duplicando a capacidade do atual aeroporto de Lisboa. Nos 12 meses até setembro de 2019, o Aeroporto Humberto Delgado serviu 30 milhões de passageiros, um número bastante superior à capacidade, que é de 22 milhões.
72 voos/hora

Com os dois aeroportos a funcionar em pleno, Lisboa e Montijo terão a capacidade para acomodar 72 voos por hora. Esta informação faz parte de um estudo elaborado pela NAV, a empresa que gere o tráfego aéreo em Portugal.

2.983 voos

O aeroporto do Montijo não vai poder operar entre a meia-noite e as seis da manhã, e com limitações. Há um limite anual de 2.983 voos nas extremidades deste intervalo, ou seja, este é o número máximo de aviões que vão poder operar entre as 23h00 e a meia-noite e entre as 6h00 e as 7h00.
 

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dc

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #469 em: Janeiro 23, 2020, 02:50:55 pm »


Sempre tem mais espaço que a BA1 de Sintra... mas a de Sintra mantém-se sobretudo pela AFA e para formação não é preciso maior.

Mas os C-130 vão para lá para serem operados ou só para ficarem lá parados a apodrecer?

O tempo que vão demorar a fazer as obras no Montijo dava para fazer em Ovar presumo eu. Mas percebo que dê demasiado trabalho estar a mover tudo (incluindo militares e as respectivas famílias) centenas de kms para Norte.
 

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Daniel

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #470 em: Janeiro 23, 2020, 02:56:52 pm »
Montijo vai ter a pista mais curta de todos os aeroportos. Não chega para aviões da Ryanair
https://eco.sapo.pt/2020/01/23/montijo-vai-ter-a-pista-mais-curta-de-todos-os-aeroportos-nao-chega-para-avioes-da-ryanair/
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O Aeroporto do Montijo foi pensado para aviões lowcost, mas a ANAC já veio alertar que o tamanho da pista tem limitações para aviões mais pesados, como os da Ryanair. A entidade que certifica os aeroportos em Portugal, Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) já veio admitir que o comprimento da pista do futuro aeroporto do Montijo “pode ser motivo de preocupação”, avançou a TSF (acesso livre).

O projeto para o novo aeroporto prevê que a obra aumente em 390 metros a única pista que ficará em funcionamento depois da inauguração, ficando, no total, com 2.400 metros. O problema é que esse comprimento final “não dá total cumprimento aos requisitos de operação da aeronave B737-800”, refere a ANAC num parecer enviado à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), sublinhando que “este é o avião usado por uma das companhias low cost [Ryanair] que potencialmente operarão no Montijo”.
Esta situação “pode ser motivo de preocupação por implicar a operação do avião com limitações de carga”, refere o regulador, explicando que o futuro aeroporto foi dimensionado para aviões deste tipo, pelo que o comprimento da pista poderá ser um problema.

Em comparação a outros aeroportos nacionais, como Lisboa, Porto, Faro, Beja, Ponta Delgada e Funchal, é o novo aeroporto do Montijo que terá a pista mais curta. A ANAC já veio dizer que será possível aumentar a pista para 2.500 metros (para responder às necessidades desta aeronave), mas isso pode obrigar a aumentar o aterro, ganhando mais espaço ao rio Tejo, ou noutro tipo de solução, com consequências ambientais.
 

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Red Baron

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #471 em: Janeiro 23, 2020, 07:51:45 pm »
E a base aérea de Ovar (actualmente Aeródromo de Manobra), não serve para receber aeronave nenhuma?

Vai receber o contingente de combate aos fogos assim que forem comprados e possivelmente os C130 se foram transferidos para essa missão.
 

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PMFM

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #472 em: Janeiro 24, 2020, 11:48:47 pm »
Não sei se já colocaram aqui antes, mas este é o projeto do novo aeroporto do Montijo:



Quem tiver interesse e paciência, deixo o link da página da APA sobre a AIA do projeto com toda a documentação.

 :arrow: http://siaia.apambiente.pt/AIA1.aspx?ID=3280

« Última modificação: Janeiro 24, 2020, 11:58:03 pm por PMFM »
 

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luis simoes

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #473 em: Janeiro 25, 2020, 12:51:05 am »
E a base aérea de Ovar (actualmente Aeródromo de Manobra), não serve para receber aeronave nenhuma?

Vai receber o contingente de combate aos fogos assim que forem comprados e possivelmente os C130 se foram transferidos para essa missão.
Boa noite
sim serao ali alocados todos os meios de combate aos FF incluindo os C130 H ...havendo depois dispersao dos mesmos a nivel nacional na altura mais preocupante,,,,
Abraxo
Abriste os olhos,,,agradece a deus por isso.
 

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Daniel

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #474 em: Fevereiro 08, 2020, 02:27:28 pm »
TAP não quer voar para o Montijo. Easyjet e Ryanair também resistem
https://eco.sapo.pt/2020/02/08/tap-nao-quer-voar-para-o-montijo-easyjet-e-ryanair-tambem-resistem/
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Nenhuma das grandes transportadoras aéreas que operam em Portugal quer voar para o futuro aeroporto do Montijo, já que preveem que tal irá afetar a sua estratégia e modelo de negócios, avança o Expresso (acesso pago), este sábado. Só irá para esse novo aeroporto quem não conseguir espaço no aeroporto Humberto Delgado e as transportadoras low cost atraídas pelos preços.Embora defenda a construção da infraestrutura em causa no Montijo, a TAP, por exemplo, recusa voar para lá. Isto porque a companhia portuguesa baseia o seu modelo de negócios no transporte de passageiros transcontinentais até Lisboa, fazendo-os voar, a partir daí, para outros países. A TAP está, portanto, muito dependente de ligações a outros voos, sendo a possibilidade de ter de transportar os passageiros para a outra margem do Tejo sinónimo de um risco de perda de conexão grande.

No caso da Ryanair e da Easyjet, também há resistência, uma vez que estas transportadoras são muito usadas para pequenas pausas de dois ou três dias, não sendo atrativo para quem vem por tão pouco tempo demorar a chegar ao centro de Lisboa, sublinha o semanário. Estas companhias não querem, por isso, abdicar dos slots na Portela e só ponderam voar para o Montijo quando o crescimento o ditar ou se as taxas foram mais baixas.
 

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dc

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #475 em: Fevereiro 08, 2020, 04:06:48 pm »
Com esta brincadeira toda, não me surpreendia que ficasse mais barato deitar abaixo prédios à volta do Aeroporto de Lisboa, pagassem a indemnização/construção de novos prédios para os habitantes, e aí sim expandissem o aeroporto a seu belo prazer, mantendo as infraestruturas base.  :mrgreen:

Não me parece que haja espaço no meio de Lisboa para querer manter ou expandir o aeroporto no meio da cidade. E pelos vistos também não há vontade das companhias em aterrar fora da cidade. Aqui estão duas realidades que não coexistem.

Será que 20/30km fará diferença para quem aterra, havendo uma boa linha de transportes da e para a cidade? Qual a percentagem de voos que aterram em Lisboa, são voos de escala?
 

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tenente

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #476 em: Fevereiro 08, 2020, 04:22:53 pm »
Com esta brincadeira toda, não me surpreendia que ficasse mais barato deitar abaixo prédios à volta do Aeroporto de Lisboa, pagassem a indemnização/construção de novos prédios para os habitantes, e aí sim expandissem o aeroporto a seu belo prazer, mantendo as infraestruturas base.  :mrgreen:

Não me parece que haja espaço no meio de Lisboa para querer manter ou expandir o aeroporto no meio da cidade. E pelos vistos também não há vontade das companhias em aterrar fora da cidade. Aqui estão duas realidades que não coexistem.

Será que 20/30km fará diferença para quem aterra, havendo uma boa linha de transportes da e para a cidade? Qual a percentagem de voos que aterram em Lisboa, são voos de escala?

dc, a expansão do aeroporto de lisboa, caso fosse avante iria necessitar de mais 1015m entre a pista 03/21, a todo o comprimento dos 3800m desta, e a segunda pista que ficaria a poente, mais a distância de segurança a poente da 03L/21R, portanto no mínimo era preciso deitar abaixo as habitações e outras infraestruturas em pelo menos 3800m X 1600m, vê lá a quantidade de hectares que estão aí, e os enormes custos envolvidos.

Gastar-se-iam muitas, mas muitas centenas de mihões só em expropriações + as centenas de milhões dos custos da obra em questão pista + twy, terminais pax e bagagens +  edifícios de apoio aos agentes de handling e restantes operadores, mas o mais grave é que se mantinha, aliás agravava-se o risco de incidentes/acidentes, actualmente existente nas operações de descolagens/aterragens, devido ao aumento de movimentos/capacidade.

Na década de 80 o erro foi ter sido aprovado o plano director dessa zona de Lisboa, impossibilitando desse modo o futuro crescimento do aeroporto, nomeadamente a construção da segunda pista paralela á existente !!

Abraços
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: NVF, Charlie Jaguar, ocastilho

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Daniel

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #477 em: Fevereiro 11, 2020, 03:17:35 pm »
Cresce a contestação ao Montijo: mais oito especialistas contra o aeroporto
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/cresce-a-contestacao-ao-montijo-mais-oito-tecnicos-contra-o-aeroporto-546338

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Estes contestatários do aeroporto no Montijo, entre os quais vários engenheiros com currículos firmados, apresentam a alternativa de Alverca, no mouchão da Póvoa, para construir o aeroporto alternativo à Portela, com um custo estimado de 150 milhões de euros e com capacidade para absorver 75% do tráfego, incluindo os voos de longo curso, porque a pista teria uma extensão de 4.200 metros e uma largura de 75 metros.Apesar de a APA – Agência Portuguesa do Ambiente ter dado ‘luz verde’ condicionada na sua DIA – Declaração de Impacto Ambiental, definitiva, mas condicionada, ao projeto, está a crescer a contestação em torno do aeroporto pretendido para o Montijo.

Ontem, dia 10 de fevereiro, foi a vez de um conjunto de engenheiros, especialistas em transportes, lançarem um apelo público para “o imperativo de se corrigir um erro”, como escreveram no seu artigo conjunto publicado no jornal ‘Público’.


Os oito signatários deste artigo sublinham que “a proposta da Vinci consiste em construir no Montijo uma pista de dimensões reduzidas e que apresenta sérias limitações de segurança na aterragem”, acrescentando que “esta pista de pequenas dimensões obriga a manter a maioria do tráfego na Portela (- 75% do total, incluindo o longo curso), o que afeta a saúde de mais de 300 mil pessoas na zona de Lisboa e Loures devido ao ruído e gases poluentes emitidos, e aumenta o risco de acidentes sobre áreas densamente povoadas”.

António Carmona Rodrigues, engenheiro civil, professor da UNL – Universidade Nova de Lisboa, ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa; Ricardo Reis, professor da Universidade Católica; Fernando Nunes da Silva, engenheiro civil, urbanista, professor do IST – Instituto Superior Técnico; António Segadães Tavares, engenheiro civil, autor dos projetos premiados da ampliação do aeroporto da Madeira e o Pavilhão de Portugal da Expo’ 98, entre outros; Luís Póvoa Janeiro, professor da Universidade Católica; José Furtado, engenheiro civil, especialista em planeamento estratégico de infraestruturas de transportes; António Gonçalves Henriques, engenheiro civil, professor do IST, ex-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente; e Rui Vallejo de Carvalho, professor da Universidade Católica Portuguesa, são os autores deste artigo contestatário da opção do novo aeroporto de Lisboa no Montijo.

“A extensão mínima de pista hoje em dia recomendada na aterragem em aeroportos para voos de médio curso é de 2.450 metros. Esta é a extensão que tem a pista de Faro e que, por exemplo, o Governo francês impôs recentemente ao aeroporto de Nantes (concessão também Vinci). Com uma faixa RESA (‘Runway End Safety Area’) superior a 300 metros, as aeronaves devem ter no mínimo uma distância disponível superior a 2.750 metros antes de embater num obstáculo ou cair. A pista que se propõe construir no Montijo tem uma distância total de aterragem de 2.140 metros, o que fica muito aquém do necessário”, denunciam os autores deste artigo.

Estes especialistas chamam a atenção: “os acidentes no fim de pista são os mais frequentes e não surgem apenas por uma razão”. E insistem: “os acidentes ocorridos recentemente com aviões de médio curso deveriam fazer soar um alarme sobre a proposta da Vinci para a nova pista no aeroporto do Montijo e lembrar-nos dos riscos que estas pistas representam (…)”.

“A pista do Montijo está limitada em comprimento a norte e a sul. A norte, devido ao muro de suporte que será necessário construir para manter o uso da estrada militar. A sul, devido à superfície livre de obstáculos necessária no canal navegável. Mesmo que a pista crescesse para sul, a soleira de aterragem não se poderia mover, continuando a 900 metros do bordo do canal, para preservar uma altura livre de 18 metros na aproximação das aeronaves (tal como em Veneza). O caso do Montijo é ainda mais exigente devido às dimensões em altura das embarcações que navegam no canal”, assinalando que o regulamento ICAO (‘International Standards and Recomended Practices – anexo 14), é claro sobre esta matéria no seu artigo 10.1.1: ‘Mobile objects (vehicles on roads, trains, etc.) at least within that portion of the approach area within 1.200 m longitudanilly from the threshold’.

Os oito especialistas signatários deste artigo garantem que, “na proposta da Vinci, o Montijo terá uma pista com uma distância de segurança na aterragem de 2.140 metros até ao ano de 2062 (termo da concessão da Vinci), o que representa um défice de segurança inaceitável numa pista onde se querem movimentar 17 milhões de passageiros em aeronaves maiores, transportando em média 200 passageiros (atualmente 130)”.

“Esta pista terá ‘grosso modo’, um custo direto de 130 milhões de euros (65 milhões indicado no estudo de impacto ambiental mais a substituição do aterro por plataforma de betão sobre estacas). O custo da pista e da mudança militar significa um total de 250 milhões de euros numa pista com menos 330 metros de distância de segurança na aterragem que a pequena pista do aeroporto de Ponta Delgada”, asseguram estes especialistas.

Estes contestatários do aeroporto no Montijo  apresentam a alternativa de Alverca, no mouchão da Póvoa, para construir o aeroporto alternativo à Portela, com um custo estimado de 150 milhões de euros e com capacidade para absorver 75% do tráfego, incluindo os voos de longo curso, porque a pista teria uma extensão de 4.200 metros e uma largura de 75 metros.

“Com a solução que propõe a Vinci, quem assumirá a responsabilidade se ocorrer um acidente de fim de pista no Montijo, ou no último quilómetro antes de aterrar na Portela? Será quem propõe a solução, quem a defende, quem a aprova, ou seremos todos nós que fomos coniventes?”, questionam estes oito especialistas.
 

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #478 em: Fevereiro 17, 2020, 06:57:33 am »
Aeroporto de Lisboa: o imperativo de corrigir um erro

Os acidentes ocorridos recentemente com aviões de médio-curso deveriam fazer soar um alarme sobre a proposta da Vinci para a nova pista no aeroporto do Montijo.

Portugal espera há 50 anos por um novo aeroporto de Lisboa e não por uma pista pequena, sem as distâncias mínimas aconselháveis de segurança na aterragem. Para analisar este tema é importante ter em conta:

 É estimado que o movimento aéreo em Lisboa aumente de 30 milhões de passageiros atualmente para 65 milhões até 2062;

A proposta da Vinci consiste em construir no Montijo uma pista de dimensões reduzidas e que apresenta sérias limitações de segurança na aterragem;
Esta pista de pequenas dimensões obriga a manter a maioria do tráfego na Portela (~75% do total, incluindo o longo-curso), o que afeta a saúde de mais de 300.000 pessoas na zona de Lisboa e Loures devido ao ruído e gases poluentes emitidos, e aumenta o risco de acidentes sobre áreas densamente povoadas.

A pista que está planeada para o aeroporto do Montijo tem um défice de 610m na distância de segurança na aterragem
 
Os acidentes no fim-de-pista são os mais frequentes e não surgem apenas por uma razão – “a aeronave viu-se forçada a sobrevar mais alto o ponto de aterragem”, “o vento estava por trás”, “estava a chover”, etc. –; nestes casos, a dimensão da pista e da sua margem de segurança é crítica para evitar consequências graves.

Os acidentes ocorridos recentemente com aviões de médio-curso deveriam fazer soar um alarme sobre a proposta da Vinci para a nova pista no aeroporto do Montijo e lembrar-nos dos riscos que estas pistas representam: nem há um ano em Jacksonville, EUA, um avião caiu na água depois de esgotar os 2750m de pista; no mês passado, no Irão, um avião terminou numa estrada depois de esgotar os 2800m da pista; mais recentemente, em Istambul, na Turquia, um avião caiu numa ribanceira depois de esgotar os 3070m (mais 930m do que o disponível no Montijo).

A extensão mínima de pista hoje em dia recomendada na aterragem em aeroportos para voos de médio-curso é de 2450m. Esta é a extensão que tem a pista de Faro e que, por exemplo, o governo francês impôs recentemente no aeroporto de Nantes (concessão também Vinci). Com uma faixa RESA (Runway End Safety Area) superior a 300m, as aeronaves devem ter no mínimo uma distância disponível superior a 2750 m antes de embater num obstáculo ou cair. A pista que se propõe construir no Montijo tem uma distância total na aterragem de 2140m, o que fica muito aquém do necessário.

O problema da pista do Montijo é a distância de 2140m de segurança na aterragem e o facto de esta ser inalterável

A pista do Montijo está limitada em comprimento a Norte e a Sul. A Norte, devido ao muro de suporte que será necessário construir para manter o uso da estrada militar. A Sul, devido à Superfície Livre de Obstáculos necessária no canal navegável. Mesmo que a pista crescesse para Sul, a soleira de aterragem não se poderia mover, continuando a 900m do bordo do canal, para preservar uma altura livre de 18m na aproximação das aeronaves (tal como em Veneza). O caso do Montijo é ainda mais exigente devido às dimensões em altura das embarcações que navegam no canal. O regulamento ICAO (International Standards and Recomended Practices – Anexo 14) é claro no seu art.º 10.1.1: “mobile objects (vehicles on roads, trains, etc) at least within that portion of the approach area within 1200 m longitudinally from the threshold.”

Na proposta da Vinci, o Montijo terá uma pista com uma distância de segurança na aterragem de 2140 m até ao ano de 2062 (termo da concessão da Vinci), o que representa um défice de segurança inaceitável numa pista onde se quer movimentar 17 milhões de passageiros em aeronaves maiores, transportando em média perto de 200 passageiros (actualmente 130).

Esta pista terá, grosso modo, um custo direto de construção de 100 milhões de euros (65 milhões indicado no Estudo de Impacto Ambiental mais a substituição de aterro por plataforma de betão sobre estacas). O custo da pista e da mudança militar significa um total de 250 milhões de euros numa pista com menos 300m de distância de segurança na aterragem que a pequena pista do aeroporto de Ponta Delgada.

Uma alternativa em Alverca
SERÁ ALTERNATIVA SÓ PARA MANTER O AEROPORTO DE LISBOA EM FUNCIONAMENTO, MAS O OBJECTIVO NÃO É CONSTRUIR O NOVO AEROPORTO DE LISBOA ????
PERGUNTO EU .


A envolvente da base aérea de Alverca permite a construção de uma nova pista paralela à atual da Portela, no mouchão da Póvoa, atualmente degradado devido à inundação por água salgada, junto da margem do rio Tejo. Esta pista teria um alinhamento sobre plano de água nos dois lados, uma extensão de 4200m e uma largura de 75m, disposição que ofereceria o mais elevado nível de segurança tanto em termos de saída de fim-de-pista ou saída lateral, como em termos da população de Lisboa.

Esta nova pista permitiria a construção de um hub com quatro pistas, duas em Alverca (uma já existente) e duas na Portela (que já existem). Alverca e Portela funcionariam como dois núcleos interligados por um comboio ligeiro automático.

A área do núcleo de Alverca seria de 1200ha (similar à do aeroporto do Dubai), o que teria capacidade para absorver 75% do tráfego, incluindo os voos de longo-curso.

O projeto que propomos conta com uma pista híbrida, com parte em solução de estrutura em betão armado (1400m), igual à do aeroporto da Madeira mas de menor altura, desenvolvida pelo engenheiro Segadães Tavares.

O custo total estimado da construção da pista em Alverca seria inferior a 150 milhões de euros, face aos 250 milhões de euros da pista no Montijo.

A solução hub Alverca-Portela está a ser desenvolvida desde 2016 e foi apresentado à tutela no ano seguinte. Foi entregue também uma “Avaliação Ambiental Estratégica” no final de 2018 e disponibilizada em www.hubalvercaportela.com para consulta pública. Em Janeiro de 2019 foi formalizada a candidatura a “Alternativa do Concedente ao NAL”, que é uma figura prevista no contrato de concessão para a eventualidade da concessionária apresentar uma alternativa que não satisfizesse as condições mínimas, o que é o caso.

Há sempre tempo para priorizar a segurança e saúde das pessoas e optar por outro caminho

Com o hub Alverca-Portela, a capital do país poderá ter um aeroporto com um excelente nível de serviço e segurança, que respeite o bem-estar dos habitantes da cidade e com uma operação eficiente e de qualidade.

Com a solução que propõe a Vinci, quem assumirá a responsabilidade se ocorrer um acidente de fim-de-pista no Montijo, ou no último quilómetro antes de aterrar na Portela? Será quem propõe a solução, quem a defende, quem a aprova, ou seremos todos nós que fomos coniventes?

José Furtado, Engenheiro Civil, Especialista em Planeamento Estratégico de Infraestruturas de Transporte;
António Gonçalves Henriques, Engenheiro Civil, Professor do IST, ex-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente;
Ricardo Reis, Professor da Universidade Católica de Lisboa;
Rui Vallejo de Carvalho, Professor da Universidade Católica de Lisboa;
António Segadães Tavares, Engenheiro Civil, autor dos projetos premiados da ampliação do aeroporto da Madeira e do Pavilhão de Portugal da Expo 98, entre outros;
António Carmona Rodrigues, Engenheiro Civil, Professor da UNL, ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa;
Fernando Nunes da Silva, Engenheiro Civil, Urbanista, Professor do IST;
Luís Póvoa Janeiro, Professor da Universidade Católica

um dos erros deste artigo é a defesa por parte dos intervenientes da construção do novo aeroporto de Lisboa em Alverca, o outro é o estar implícito a manutenção do aeroporto da Portela, porquê uma vez que se trata de construir o novo aeroporto de Lisboa ????.
Alverca não tem a área necessária para construir duas pistas paralelas com 3800m de extensão e separadas entre si 1015 m !
Alverca não possui a área necessária para construir os terminais de pax e bagagens, os hangares e oficinas de equipamento e os edifícios para albergar todos os serviços prestados pelos operadores aeroportuários.
As contas são muito fáceis de fazer, para quem sabe claro, multipliquem a área do actual aeroporto de Lisboa por dois e vão ver em que locais a área necessária cabe !!
O CTA é de longe, o único local que pode albergar o novo aeroporto e tem capacidade de expansão do mesmo.

PS eu moro em Lisboa e não possuo casas ou terrenos na margem sul !

Abraços
« Última modificação: Fevereiro 17, 2020, 07:15:16 am por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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tenente

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #479 em: Fevereiro 17, 2020, 07:24:47 am »
Para mim os maiores constrangimentos deste novo aeroporto são:
1- O choque das aeronaves com as aves. A propósito disto há uma boa reportagem da Renascença sobre o assunto
https://rr.sapo.pt/2019/07/29/pais/avioes-e-milhares-de-aves-em-rota-de-colisao-sobre-o-tejo/extralarge/139658/
2- O comprimento da pista. Não dá para desenrascar se por acidente ou incidente na Portela a pista ficar inop.

Para mim os maiores constrangimentos deste novo aeroporto são:
1- O choque das aeronaves com as aves. A propósito disto há uma boa reportagem da Renascença sobre o assunto
https://rr.sapo.pt/2019/07/29/pais/avioes-e-milhares-de-aves-em-rota-de-colisao-sobre-o-tejo/extralarge/139658/
2- O comprimento da pista. Não dá para desenrascar se por acidente ou incidente na Portela a pista ficar inop.

zawevo,

Quem choca são as aves com as aeronaves, e não o contrário.
Na aviação nada se deve desenrascar, todas as situações possiveis de acontecer estão previstas assim como os procedimentos para as solucionar, quando estás a desenrascar estás a fazer merdinha !

junta-lhe mais dois pontos :

A incapacidade de expansão do dito apeadeiro que, por falta de espaço, posições de estacionamento, e limitação física para construir uma segunda pista, ou aumentar a única existente, chegará ao limite da capacidade em quinze anos, se tanto !!

A distância que o separa de Lisboa, não permite que seja usado como aeroporto alternante !

A ideia inicial não era construir um aeroporto que substituisse o actualmente existente ??
Que pudesse ter um plano de expansão que lhe permitisse no decorrer da sua vida, aumentar gradualmente a sua capacidade sem ter as limitações que este apeadeiro já no inicio apresenta ??
ERA !!!!

Achas que o aeroporto do Montijo poderá alguma vez substituir o de Lisboa ??
NÃO !!!!

Nunca na vida pois não tem capacidade para receber o trafego mais pesado, A330/340/350, B757/767/777/747 AN124, IL76 e outras aeronaves de categoria M,  > 07 Ton < 136 Tons,, com PMD muito perto ou algo superior a umas 100 tons, por exemplo o A321 com cerca de 95 Tons, e as categorias Heavy e Super Heavy, pesos superiores ás 136 tons, de certeza que não conseguirão operar no Montijo por motivos óbvios.

Junto esta lista com Aircraft and Range Minimum runway requirement.
A vermelho os modelos que não podem operar no Montijo, e a laranja os que terão limitações em lá operar, reparem que há alguns modelos dos B737 que não poderão lá operar.
Divirtam-se pois o Montijo, foi uma bela escolha :


Concorde Takeoff : 2900m, Landing : 2150m *Payload Limited"
6,200km with 100 pax

Airbus A300 B4-200 Takeoff : 2850m, Landing : 1635m *Payload Limited"
5,270km with 251 pax

Airbus A300-600R Takeoff : 2280m, Landing : 1489m
7,700km with 266 pax
Airbus A310-200 Takeoff : 1860m, Landing : 1480m
4,633km with 220 pax

Airbus A310-300 Takeoff : 2290m, Landing : 1490m
9,600km with 218 pax

Airbus A318-100 Takeoff : 1355m, Landing : 1356m
5,270km with 107 pax
Airbus A319 -100 Takeoff : 1950m, Landing : 1450m
6,800km with 124 pax
Airbus A320-200 Takeoff : 2090m, Landing : 1530m
5,500km with 150 pax

Airbus A321-200 Takeoff : 2180m, Landing : 1577m
5,500km with 185 pax

Airbus A330-200 Takeoff : 2220m, Landing : 1750m
12,300km with 253 pax
Airbus A330-300 Takeoff : 2500m, Landing : 1750m
10,500km with 295 pax
Airbus A340-200 Takeoff : 2990m, Landing : 1890m *Payload Limited"
14,800km with 239 pax
Airbus A340-300 Takeoff : 3000m, Landing : 1926m *Payload Limited"
13,500km with 295 pax
Airbus A340-500 Takeoff : 3050m, Landing : 2010m *Payload Limited"
15,750km with 313 pax
Airbus A340-600 Takeoff : 3100m, Landing : 2100m *Payload Limited"
13,900km with 380 pax
Boeing 727-200Adv Takeoff : 3033m, Landing : 1494m *Payload Limited"
4,720km with 134 pax
Boeing 737-200Adv Takeoff : 1990m, Landing : 1350m
3,700km with 120 pax
Boeing 737-300 Takeoff : 1939m, Landing : 1396m
4,790km with 141 pax

Boeing 737-400 Takeoff : 2540m, Landing : 1540m
4,625km with 146 pax
Boeing 737-500 Takeoff : 2470m, Landing : 1360m
5,550km with 108 pax
Boeing 747-200B Takeoff : 3190m, Landing : 1890m *Payload Limited"
10,660km with 452 pax

Boeing 747-300 Takeoff : 3322m, Landing : 1905m *Payload Limited"
10,360km with 452 pax
Boeing 747-400 Takeoff : 3018m, Landing : 2179m *Payload Limited"
13,320km with 400 pax
Boeing 757-200 Takeoff : 2377m, Landing : 1544m
7,400km with 186 pax
Boeing 757-300 Takeoff : 2550m, Landing : 1750m
6,410km with 243 pax

Boeing 767-200ER Takeoff : 2620m, Landing : 1524m
12,300km with 181 pax
Boeing 767-300ER Takeoff : 2713m, Landing : 1676m *Payload Limited"
11,400km with 218 pax
Boeing 767-400ER Takeoff : 3382m, Landing : 1859m *Payload Limited"
10,440km with 245 pax

Boeing 777-200ER Takeoff : 3018m, Landing : 1630m *Payload Limited"
14,400km with 305 pax
Boeing 777-200LR Takeoff : 3170m, Landing : 1675m *Payload Limited"
16,405km with 301 pax
Boeing 777-300 Takeoff : 3703m, Landing : 1844m *Payload Limited"
11,080km with 368 pax
Boeing 777-300ER Takeoff : 3260m, Landing : 1920m *Payload Limited"
13,330km with 365 pax
Boeing MD-81 Takeoff : 2210m, Landing : 1478m
2,897km with 155 pax
Boeing MD-82 Takeoff : 2271m, Landing : 1500m
3,798km with 155 pax

Boeing MD-83 Takeoff : 2553m, Landing : 1585m
4,635km with 155 pax
Boeing MD-87 Takeoff : 1859m, Landing : 1430m
4,395km with 130 pax

Boeing MD-11 Takeoff : 3115m, Landing : 2118m *Payload Limited"
12,805km with 285 pax
Ilyushin Il-86 Takeoff : 3350m, Landing : 2300m *Payload Limited"
3,600km with 234 pax
Ilyushin Il-96-300 Takeoff : 2600m, Landing : 1980m
7,500km with 235 pax
Lockheed L1011-1 Tristar Takeoff : 2423m, Landing : 1737m
5,735km with 310 pax
Lockheed L1011-100 Tristar Takeoff : 3292m, Landing : 1768m
*Payload Limited" 7,030km with 310 pax
Lockheed L1011-250 Tristar Takeoff : 2987m, Landing : 2042m
*Payload Limited" 9,410km with 280 pax
Lockheed L1011-500 Tristar Takeoff : 2636m, Landing : 2073m
9,905km with 250 pax
MD DC-9-30 Takeoff : 1777m, Landing : 1317m
2,940km with 105 pax

MD DC-9-50 Takeoff : 2362m, Landing : 1439m
1,850km with 125 pax
MD DC10-10 Takeoff : 2625m, Landing : 1720m
5,370km with 277 pax
MD DC10-30 Takeoff : 2847m, Landing : 1758m *Payload Limited"
10,450km with 277 pax
Tupolev Tu-154M Takeoff : 2100m, Landing : 2060m
3,700km with 180 pax

Tupolev TU-204-100 Takeoff : 2500m, Landing : 2130m
4,900km with 196 pax

Tupolev TU-214 Takeoff : 2050m, Landing : 2000m
4,800km with 182 pax
Yak 42D Takeoff : 1500m, Landing : 1670m
1,900km with 120 pax


https://www.jn.pt/nacional/interior/pista-da-base-do-montijo-e-curta-para-descolagem-de-avioes-grandes-5729799.html

Demétrio Alves destacou que a ANA lhe transmitiu esta preocupação acerca do tamanho da pista 01/19 do Montijo, que será usada como alternativa ao aeroporto Humberto Delgado, e que tem 2.147 metros de comprimento, o que "é insuficiente" para a descolagem "de alguns aviões de grande porte".

"Para aterrar, quase todos os aviões aterram aqui. O problema é descolar. Não dá nem para o Boing 737, nem para o Airbus 320, nem para o Airbus 322", disse, salientando que foi "referido como altamente provável a [necessidade de] extensão da pista do Montijo".

"A pista tinha de ser aumentada em 350 metros", disse, salientando que a pista começa e termina muito perto do estuário, pelo que, a ser aumentada, entraria pelo estuário.


https://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=521835

SUL:
Portela - 2 pistas; 03/21- 3805 x 45, asfalto; 17/35 - 2400 x 45, asfalto
Montijo (militar) - 2 pistas 01/19 - 2147 x 45, asfalto; 2440 x 45, concreto
Cascais: 1190 x 30, asfalto
Beja (militar) - 2 pistas: 2951 x 45, concreto; 3450 x 60 (!), concreto
Faro: 2490 x 45, asfalto
Portimão: 859 x 30, asfalto



Esta amostra de aeroporto está condenada a operar as aeronaves da Airbus tais como os A318/319/320/321, os diversos modelos dos B737, mas nem todos, e os EMB145/170/190, e apenas isso no que diz respeito á aviação comercial Ocidental.
Este vai ser mais um excelente exemplo de uma boa escolha para o local da construção, estou a ser irónico, claro, e uma excelente aplicação dos dinheiros públicos, ( outra vez irónico ), numa infraestrutura que 15/20 anos depois do inicio da operação estará esgotada, implicando a continuação da operação do Aeroporto de Lisboa.

Se pensam que será a ANA a pagar os custos esqueçam, quem vai pagar este apeadeiro, e não vai ficar pelos 500 milhões anunciados :rir: :rir: :rir:, mas sim pelo menos o triplo, vão ser os pax, os operadores, com as suas taxas, e também os nossos impostos .

Abraços
« Última modificação: Fevereiro 17, 2020, 07:58:38 am por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!