Caro Ricardo Nunes:
É óbvio que, salvo excepções raríssimas que só confirmam a regra (caso do Pat Tilman), hoje nos EEUU ( e na maioria dos aliados) já não se vai para a guerra por patriotismo, mas por dinheiro (e até para obter a nacionalidade, nem que seja a título póstumo para os filhos...). Nos EEUU, quem se alista são os estudantes pobres (para terem bolsas universitárias, p. ex.) e os emigrantes ilegais (para se legalizarem). E mesmo assim, porque a superioridade de armamento lhes permite (em princípio) fazer guerras quase sem baixas....
Enquanto que no Iraque e em todo o mundo árabe, há voluntários aos milhões, apesar de não receberem salário e de as probabilidades de morte em combate serem mil vezes superiores...
E não pense que sou anti-americano. Se a situação fosse a inversa (ocupantes islâmicos super-armados a massacrarem nuns EEUU ocupados patriotas americanos, eu seria sem rodeios pró-resistência. E, nesse caso, tenho a certeza de que milhões de petriotas americanos pegariam voluntariamente em armas para defenderem a sua pátria da soldadesca ocupante. É que então a sua guerra seria verdadeiramente justa, e quando a guerra é justa, o patriotismo e heroismo são genuínos e expontâneos...
Sobre a GNR: sabe que a ÙNICA razão da sua ida "voluntária" para o Iraque é o dinheiro ? Com todos os prémios dá para cada um 1.200 contos mensais, enquanto estiverem no Iraque. Heroísmo ? Onde, se eles não metem o nariz fora do quartel, quando lá fora só há maltrapilhos da resistência com AK's e RPG's ?
Pode crer, na guerra, o elemento decisivo é o psicológico, a chamada superioridade moral. Quem a tem vence sempre ! A desigualdade das armas só influencia o preço da vitória. Mas os heróicos iraquianos estão prontos a enfrentar o martírio, nem que seja de milhões, e por isso são invencíveis. Para mercenários, em contrapartida, 1000 mortos já é insuportável...
saudações europatriotas