[Fábio G.]

O Exército EUA proibe técnicas de interrogatório no Iraque

O Exército EUA anunciou a proibição de alguns métodos de interrogatório aos prisioneiros iraquianos, entre eles a privação sensorial e do sono e as posturas corporais stressantes. As Forças militares reconheceram ter utilizada estas técnicas.

[Fábio G.]

TSF:

IRAQUE
Bush limita responsabilidades a militares de Abu Ghraib
O presidente norte-americano disse, na sua alocução radiofónica semanal, que não vai permitir mais abusos como os que aconteceram na prisão de Abu Ghraib, no Iraque. Bush responsabilizou os militares directamente envolvidos pelo sucedido.  

  «A minha administração e os nossos militares estão empenhados em que tais abusos não se voltem a repetir», disse George W. Bush. «Todos os americanos sabem que as acções de alguns não reflectem o verdadeiro carácter das forças armadas dos EUA», sublinhou.
Bush salientou ainda que foram acusados sete militares e o julgamento destes militares vai começar já na próxima semana.
As técnicas de interrogatório dos EUA estão, desde há umas semanas, debaixo de fogo, à medida que foram sendo conhecidos os abusos em Abu Ghraib.
Apesar dos depoimentos de alguns dos envolvidos apontarem para responsabilidades no nível mais alto da hierarquia, estas foram sempre negadas pela administração Bush. O secretário de Estado da Defesa, Donald Rumsfeld, recebeu o apoio do presidente.
Nesta intervenção radiofónica, Bush disse ainda que os EUA vão manter as suas tropas no Iraque depois da transição de poder no país a 30 de Junho.
 

[Fábio G.]

Director do Daily Mirror despedido

Por causa da publicação das fotos falsas, piers Morgan foi cessado das suas funções com "efeito imediato". A empresa propietária do jornal considerou "inadequada" a continuidade á frente do jornal depois de ter defendido a veracidade das fotografias em que aparecem supostos soldados britânicos a torturar prisioneiros iraquianos.

[Fábio G.]

Começa a "limpeza" de Rafah

O Exército israelita começou a derrubar as primeiras casas do plano em que se prevê destruir centenas de casas. primeiro serão destruidas as casas desabitadas e depois as habitadas, ás familias evacuadas Israel encarrega-se de lhes arranjar alojamento. Apesar das fortes medidas de segurança nesta operação morreram 2 soldados israelitas.

[Fábio G.]

TSF:

FAIXA DE GAZA
Cem mil israelitas exigem retirada
Mais de cem mil manifestantes concentraram-se este sábado, em Telavive, para exigir a retirada israelita da Faixa de Gaza, segundo os organizadores.  

 Os manifestantes convergiram para a Praça Yitzhak-Rabin, onde foi colocada uma faixa com a inscrição: «A maioria decidiu! Sai-se de Gaza - começa-se a dialogar (com os palestinianos)!».
A reunião começou com um minuto de silêncio, em memória de 13 soldados israelitas mortos esta semana na Faixa de Gaza.
Os manifestantes empunhavam cartazes onde se lia «sim à paz» e soltavam balões com bandeirinhas que diziam: «Evacuar os colonatos é escolher a vida».
A manifestação foi organizada em conjunto pelo Partido Trabalhista (19 deputados em 120), pelo Partido Metretz (seis deputados), pelo Partido Am Ehad (três deputados) e pelo movimento Paz Agora, que se opõe aos colonatos.

[Fábio G.]

TSF:

EUA
Popularidade de Bush negativa
Pela primeira vez desde que chegou à Casa Branca, em Janeiro de 2001, 52 por cento dos norte-americanos dão nota negativa a Bush, segundo uma sondagem que vai ser publicada segunda-feira na «Newsweek».  

  A seis meses das eleições presidenciais nos EUA, a popularidade de George W. Bush continua em queda.
Apenas 41 por cento dos inquiridos nesta sondagem apoiam a reeleição de George W. Bush nas presidenciais de Novembro, enquanto 51 por cento diz que preferia que o actual presidente norte-americano saísse do poder.
Em relação à guerra no Iraque, o actual presidente norte-americano viu reduzir o apoio de 44 por cento em Abril para 35 por cento nesta altura.
 

Parece que o Iraque já lhe começa a "pagar factura".

[Fábio G.]

TSF :

TORTURAS
Rumsfeld aprovou, Bush sabia
Donald Rumsfeld não só conhecia como autorizou um programa secreto que encorajava a coerção física e a humilhação sexual de presos iraquianos para obter informações sobre a rebelião no país. Bush estava informado. São novas revelações, publicadas na revista «New Yorker».  

  A decisão de utilizar na prisão iraquiana estas técnicas foi tomada por Donald Rumsfeld, secretário da Defesa norte-americano, no ano passado quando autorizou o alargamento de uma operação do Pentágono de caça a elementos da Al-Qaida no Afeganistão, que passou a abranger o interrogatório de prisioneiros em Abu Ghraib.
A revelação surge na edição de segunda-feira da revista «New Yorker», num artigo assinado pelo jornalista que denunciou os maus tratos em Abu Ghraib. A revista cita como fontes antigos e actuais elementos dos serviços secretos norte-americanos, que não identifica.
O Pentágono já desmentiu a infomação, dizendo que é um artigo «conspiratório e cheio de conjecturas anónimas».
De acordo com a revista, a operação inicial dava carta branca para matar ou capturar e interrogar alvos «de grande valor» na luta contra o terrorismo. O programa foi originado pelo fracasso dos esforços para capturar terroristas de alto nível na organização de bin Laden após o início dos bombardeamentos norte-americanos no Afeganistão.
Ainda segundo a «New Yorker», este programa, além da aprovação de Donald Rumsfeld, foi também autorizado por Condoleezza Rice, conselheira de segurança de George W. Bush, e o presidente norte-americano foi igualmente informado da sua existência.
O Departamento de Defesa negou e disse que os presos foram sempre tratados segundo as regras estabelecidas pela Convenção de Genebra sobre o tratamento de prisioneiros de guerra. No entanto, os informadores da «New Yorker» disseram que as fotos tiradas durante os abusos sexuais cometidos contra os presos eram utilizadas para obrigar os prisioneiros a fornecerem informação sobre a crescente rebelião no Iraque.
Segundo as mesmas fontes, era entendido que os presos cederiam à pressão para evitar que as fotos fossem mostradas aos seus familiares e amigos.
Um outro informador referiu que a CIA deixou de fazer parte do programa de interrogatórios em Abu Ghraib no Outono passado.
 

[Fábio G.]

TSF:

RAFAH
EUA opõem-se à destruição de casas
Os Estados Unidos opõem-se à destruição de casas palestinas pelo exército israelita, disse este domingo o secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, na Jordânia.  

  «Somos contra a destruição de casas. Achamos que isso não traz qualquer vantagem», afirmou Powell numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo jordano Marwan Moasher nas margens do Mar Morto, onde decorre o Fórum Económico Mundial.
Esta declaração é feita poucas horas após o Tribunal Supremo de Israel ter rejeitado os apelos apresentados contra a destruição pelo exército israelita de casas palestinas em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
 

Enquato continua o programa de destruição de casas,  a manifestação de ontem em Tel Aviv é já considerada a maior dos ultimos anos e pode começar a ser a mudança da opinião publica israelita.

[Fábio G.]

TSF :

POWELL
EUA aceitarão qualquer governo iraquiano
O secretário de Estado norte-americano Colin Powell disse este domingo, numa entrevista à cadeia de televisão NBC, que os Estados Unidos aceitarão qualquer governo iraquiano, mesmo teocrático, que saia de eleições democráticas.  

  «Deveremos aceitar o que o governo iraquiano escolher», declarou o chefe da diplomacia dos Estados Unidos em resposta a uma pergunta sobre qual seria a reacção de Washington em caso de instauração de uma regime teocrático como o existente no Irão.

Estas declarações marcam uma viragem na política do governo norte-americano, que até agora se
opunha com veemência a qualquer tentativa dos dirigentes religiosos xiitas iraquianos de seguirem o exemplo dos seus correligionários iranianos.

«Deveremos aceitar o que o povo iraquiano decidir», declarou Powell ao programa «Meet the Press» da NBC.

O secretário de Estado advertiu todavia que, para ser aceite a nível mundial, qualquer novo governo iraquiano terá de respeitar os direitos humanos, incluindo os das minorias religiosas, e exprimiu confiança em que os iraquianos optem por uma verdadeira democracia.
 

[Fábio G.]

TSF:

TORTURAS
Soldado norte-americano dá-se como culpado
O primeiro soldado norte-americano que foi presente ao tribunal marcial, esta quarta-feira, deu-se como culpado dos quatro crimes de que é acusado. Jeremy Sivits é acusado de torturar e humilhar prisioneiros iraquianos.  

  O advogado de defesa do soldado Jeremy Sivits, Stanley Martin, disse que o réu se declarou culpado de duas acusações de maus tratos infligidos a detidos iraquianos na prisão de Abu Ghraib, perto de Bagdad.

Sivits considerou-se culpado também na acusação de negligência e deverá adoptar a mesma posição, relativa a uma acusação de conspiração para maltratar prisioneiros.

[Fábio G.]

BAGDAD
Militar norte-americano em tribunal marcial
Um elemento da polícia militar norte-americana, acusado de infligir maus-tratos a prisioneiros iraquianos, é julgado esta quarta-feira em Bagdad por um tribunal marcial.  

 
  Jeremy C. Sivits, de Hyndman, Pensilvânia, 24 anos, membro da Companhia 372 da Polícia Militar, é o primeiro norte-americano a ser julgado na sequência das acusações de maus-tratos infligidos a prisioneiros iraquianos na prisão de Abu Ghraib.

O militar é acusado de conspiração para maltratar subordinados e prisioneiros, incumprimento do dever por ter negligenciado a protecção dos prisioneiros de abusos, crueldade e maus-tratos, e ainda por maus-tratos infligidos a prisioneiros.

Sivits já fez saber que se vai declarar culpado.

As audiências decorrem no centro de Conferências situado na zona verde, que abriga a sede da coligação, no centro de Bagdad.

A audiência será aberta ao público e a todos os «media».

[Fábio G.]

TSF:

IRAQUE
Descobertas novas fotos de maus tratos
O Pentágono anunciou a descoberta de um novo CD-ROM que contém fotografias de abusos a prisioneiros iraquianos norte-americanos.  


  «O Departamento de Defesa informou a comissão (de Forças Armadas do Senado dos Estados Unidos) de que novo CD-ROM de fotos foi descoberto», precisou o senador, Jonh Warner.

Até ao momento, o Pentágono já falou da existência de três CD-ROM com fotografias e filmes digitais sobre os abusos cometidos na prisão de Abu Ghraib, nos arredores de Bagdad.
 

[Fábio G.]

TSF:  

IRAQUE
Soldado dos EUA preso por abusos aos prisioneiros
O soldado norte-americano, Jeremy Sivits, foi esta quarta-feira condenado a um ano de prisão e demonstrou-se arrependido pelos maus tratos que causou aos prisioneiros iraquianos.  

 
  Para além de ter sido condenado a um ano de prisão, o soldado Sivits vai sofrer redução na graduação e despedimento por má conduta, a pena máxima prevista para os crimes de que foi considerado culpado.

«Gostava de pedir desculpa ao povo iraquiano e àqueles detidos», afirmou o condenado, entre lágrimas. «Eu devia ter protegido aqueles detidos e não fotografá-los», acrescentou.

«Aprendi uma grande lição, senhor juiz», disse Sivits, julgado esta quarta-feira por um tribunal militar em Bagdad.

Soldado confessa crimes

Em tribunal, o soldado confessou ter obrigado um prisioneiro a subir para uma pilha de detidos nus estendidos no chão e, em seguida, fotografado outro guarda da prisão, o cabo norte-americano Charles Graner, ajoelhado junto da «pirâmide humana».

Sivits admitiu ainda ser culpado dos crimes de conspiração para maltratar detidos, incumprimento do dever de proteger os prisioneiros de abusos e sujeição dos mesmos a crueldade e maus-tratos.

O militar assegurou também que outros membros da sua unidade bateram e abusaram sexualmente dos prisioneiros iraquianos.

Os crimes em causa foram perpetrados nos últimos meses de 2003 na prisão de Abu Ghraib, nos arredores de Bagdad.
 
 

[Fábio G.]

TSF

IRAQUE
Civil britânico morto no norte
Mais um estrangeiro morreu, na terça-feira, no Iraque. O civil britânico, de 33 anos, a trabalhar no país, foi atingido por um tiro quando circulava numa estrada no norte do país, informou hoje o gabinete para os assuntos externos da Grã-Bretanha.  

  Andrew Harris, natural de Cardiff (País de Gales), viajava na estrada Mossul-Erbil.

O mesmo gabinete revelou na terça-feira que um outro civil britânico foi morto na passada sexta-feira.

Este antigo militar foi abatido na casa onde residia, na capital iraquiana, por um assaltante.
 

[Fábio G.]

TSF:

IRAQUE
Fotógrafo dinamarquês assistiu a maus tratos a prisioneiros
Um fotógrafo dinamarquês assistiu a actos de violência e violações da Convenção de Genebra na prisão de Abu Ghraib. Este jornalista tinha sido preso pelo regime de Saddam Hussein e levado para aquela prisão com outros quatro cidadãos ocidentais.  

19:57
19 de Maio 04    
   
 
  O jornalista dinamarquês acabou por estar detido oito dias e revela agora que a tortura era uma prática comum na cadeia, com espancamentos diários aos detidos, durante os interrogatórios, sendo possível ouvir gritos e sons das pancadas por toda a cadeia.

A 8 de Dezembro de 2003, o jornalista pediu autorização aos responsáveis pela cadeia de Abu Ghraib para visitar as instalações do estabelecimento. O pedido foi aceite, mas foram impostas duas limitações, que proibiam o fotógrafo de fazer imagens e de contactar com os detidos, já que o argumento utilizado referia que a Brigada Militar norte-americana respeitava escrupulosamente a Convenção de Genebra.

O jornalista mostrou-se «perplexo» com o argumento, já que uma das fotografias de maus tratos a prisioneiros iraquianos mais divulgadas foi tirada apenas quatro dias após a sua visita, na mesma cadeia.

Maus tratos estendem-se a outros locais do Iraque

No entanto, o fotógrafo dinamarquês revela ainda outras situações de maus tratos a cidadãos iraquianos, a que assistiu quando acompanhou uma companhia de infantaria dos EUA no chamado triângulo sunita, em que o comandante usaria a assistência médica como meio de pressão contra os presos.

Um dos episódios envolveu um preso iraquiano com ferimentos graves provocados por balas e a quem o referido comandante recusou tratamento médico enquanto o indivíduo não falasse, apesar de se encontrar em perigo de vida.

Numa crónica assinada pelo jornalista, este faz duras críticas à administração norte-americana, nomeadamente ao secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, pela não observância à Convenção de Genebra no Iraque e em Guantanamo e pela recusa de Washington em não aceitar a jurisdição do Tribunal Penal Internacional para julgar crimes de guerra cometidos por cidadãos norte-americanos.