Viva!
Caro amigo LUSO:
Perguntou-me num qualquer destes fóruns, quais eram os defeitos que eu encontrava na FAMAE SAF da GNR. Em primeiro lugar, tenho a informar, que para muita pena minha, ainda não tive oportunidade de experimentar nenhuma. Mas já troquei muitas opiniões a respeito da dita cuja, com alguém que a conhece perfeitamente e a quem considero um VERDADEIRO expert na matéria.
A opinião que vou expressar a seguir, é um misto de opinião própria e do tal meu amigo.
-- Os carregadores (lábios) da arma partem com muito facilidade. Chegam a partir apenas com a pressão exercida aquando da introdução do carregador na arma. Uma arma sem carregador não funciona. O carregador é o sangue da arma. Se uma situação dessas ocorre no meio de um tiroteio.... São também muito volumosos para a quantidade de munições que albergam. Um carregador tão grande, obriga a que o atirador mantenha uma silhueta muito alta, quando está a dar tiro deitado. Se o carregador fosse curvo como a HK MP5, seria possível baixar a silhueta uns bons centímetros.
-- A coronha ao ser retráctil, não permite ajustar o seu comprimento ao braço do atirador. Os modelos telescópicos permitem um ajuste perfeito, seja qual for a indumentária. Porque não se tem o mesmo comprimento de braço, quando se veste uma camisola de manga curta ou um colete balístico. Uma coronha telescópica permite ajustar rápida e comodamente o seu comprimento à medida do atirador.
-- Este modelo não permite upgrades. A telha não tem rails picatinis, nem há no mercado acessórios para ela. É quase impossível montar uma lanterna ou uma mira alográfica ou outra.
-- O mecanismo é muito pouco suave. Torna o tiro incómodo e pouco preciso em rajadas de 3 tiros ou rajada livre (isto foi-me dito pelo meu amigo)
-- A seu favor tem a grande robustez e a facilidade de desmontagem.
Espero que tenha ficado esclarecido, mas não posso dizer mais nada, porque como já disse nunca tive a felicidade de lhe por as mãos em cima (até hoje).
Quanto à segunda questão, a nova arma para as forças de segurança. Tenho a dizer-lhe que na minha opinião, uma pistola deve ser em dupla e simples acção, com cão à vista e sem qualquer patilha de segurança. Como disse o meu amigo LUSO, sem querer fazer publicidade a ninguém, ficava muito feliz se viesse a ser adoptada a HK P30 (a minha preferida). Mas esta é a minha opinião pessoal. Já tive oportunidade de trocar impressões com o FOXTROVICTOR acerca da pistola ideal. Ele gosta muito da Glock. O que posso dizer é que a Glock tem um grande defeito: é muito cara! – Para mim, apenas para mim, devido ao meu gosto pessoal, não gosto do seu mecanismo de disparo. Aquele meio-termo entre dupla e simples acção não me agrada. Depois, como não tem cão à vista, também não gosto. Mas isto é apenas um preconceito meu, nada mais. A arma é seguríssima e de excelente qualidade.
Quanto aos militares, é melhor perguntar-lhes a eles, porque são eles que querem armas com patilhas de segurança e de chassis grandes.
Nunca uso qualquer patilha de segurança e transporto a arma sempre com munição na câmara. A segurança está na cabeça do usuário da arma e nos conhecimentos que tem acerca do seu funcionamento mecânico e obviamente das regras de segurança. Uma arma é sempre manuseada como se estivesse sempre carregada e pronta a dar fogo. Nunca se aponta a ninguém e o dedo está sempre ao longo da corrediça (não é ao longo do guarda-mato, porque neste caso, o dedo pode escorregar o cair sobre o gatilho, provocando o disparo). Confiar em patilhas de segurança e em câmaras vazias dá sempre mau resultado. Quando alguém faz um disparo involuntário, diz sempre esta frase sacramental: “Julguei que estava vazia!”.
Espero que tenho sido suficientemente claro e explícito.
PS: Gatilhos mais “pesados” resultam em tiros mais imprecisos.