Ataque final a Kerbala e Najaf?

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Rui Elias

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Ataque final a Kerbala e Najaf?
« em: Maio 07, 2004, 01:41:42 pm »
Segundo corre, parece que nas últimas 48 horas os ocupantes americanos se têm esforçado para entrar e dominar os bastiões de Al Sadr, e segundo informações ainda não confirmadas terão atingido o seu quartel general.

Se se tratar de uma campanha como a de Faludja, já se adivinha quem sairá vencedor.

Mas se os ocupantes exagerarem, correm o risco de verem Al Sistani a proclamar uma Fatwa contra os americanos e outros ocidentais.

É que se até agora a Al Sistani, convinha que os ocupantes se fossem desgastando, enquanto o radical al Sadr ia fazendo as despezas da guerra, agora, com os lugares santos profanados, é o poder de Sistani que pode ficar comprometido.

A menos que o Irão passe a ser um fiel colaborador da estratégia americana para aquela área (o que é de momento improvável), não me parece que Sistani possa continuar durante muito mais tempo como espectador passivo desta guerra entre as milícias de Al Sadr e os americanos.

Por isso, e para que não perca a face, chegou a altura de se definir.

Claro que Sistani sabe que o tempo corre sempre a seu favor.

Os xiitas são maioritários, e se se caminhar para uma democracia de um homem, um voto, os xiitas depressa passarão a controlar pelo menos o centro e sul do Iraque.

Mas também, corre o risco de ser visto pelo povo iraquiano (mais particularmente pelos xiitas) como um colaboracionista.

Os tempos não estão fáceis para os invasores.

Mas para Sistani, também não.
 

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palms

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« Responder #1 em: Maio 07, 2004, 04:41:21 pm »
Francamente, se os americanos quiserem entrar por ali dentro não há quem os impeça, como Vc sabe!

Não os impediu o exército do saddam e não seriam esta meia dúzia de maltrapilhos que o faria,

A questão está em querer poupar vidas civis, coisa que os xiitas do sr. Sadr não sabem o que é!

É preciso não esquecer que esse senhor mandou matar um líder xiita moderado para atingir o poder.

Portanto, é necessário é fazer a limpeza destes assassinos e deixar a população iraquiana imaginar um mundo sem eles!
 

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Fábio G.

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« Responder #2 em: Maio 14, 2004, 02:06:29 pm »
TSF:

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NAJAF
Explosões e tiroteio suspendem cerimónias religiosas
Uma série de explosões de grande dimensão foram sentidas, sexta-feira, cerca das 11:00 (hora local) na periferia do sul da cidade santa xiita de Najaf, pouco antes das cerimónias religiosas islâmicas.  
 
  Essas explosões ocorreram ao mesmo tempo que aconteciam trocas de
tiros entre as milícias radicais e soldados da coligação, esta manhã,
em Najaf.
O tiroteio eclodiu na zona sul e oeste da cidade, situada a 160
quilómetros de Bagdad, onde está entrincheirado o líder xiita
radical Moqtada Sadr com centenas de elementos das suas milícias.
Sete pessoas, entre eles um peregrino afegão, ficaram feridas durante
o tiroteio, segundo um primeiro balanço hospitalar.
Devido aos incidentes as cerimónias religiosas foram suspensas.
« Última modificação: Maio 14, 2004, 06:09:01 pm por Fábio G. »
 

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dremanu

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« Responder #3 em: Maio 14, 2004, 06:01:28 pm »
Os Americanos deviam cercar a cidade e dar um ultimato aos combatentes, rendam-se ou nós matamos todos. Se eles não se renderem dá-se 24 horas para as mulheres e crianças sairem todas da cidade, e depois manda-se os B52 e faz-se a limpeza geral à cidade. De certeza que acabavam os problemas no Iraque de uma vez por todas.
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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Fábio G.

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« Responder #4 em: Maio 14, 2004, 06:08:34 pm »
O pior é que ganhavam era mais problemas ainda, a comunidade internacional ia "cair em cima da América" e os próprios iraquianos e os chiitas de certeza que não iam querer ver a cidade reduzida a escombros, e ainda seria um suicidio politico para o G.W. Bush.
 

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Spectral

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« Responder #5 em: Maio 14, 2004, 07:51:36 pm »
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Os Americanos deviam cercar a cidade e dar um ultimato aos combatentes, rendam-se ou nós matamos todos. Se eles não se renderem dá-se 24 horas para as mulheres e crianças sairem todas da cidade, e depois manda-se os B52 e faz-se a limpeza geral à cidade. De certeza que acabavam os problemas no Iraque de uma vez por todas.


E assim conseguia a poeza incrível de colocar a população árabe/muçulmana ainda mais contra os EUA, já para não falar do resto do Mundo ( incluindo os próprios States).

É isso mesmo que o mundo precisa mesmo neste mundo!
Brilhante!


PS: não sei se sabe mas Najaf é uma cidade santa para os xiitas, quase ao nível de Meca.
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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JNSA

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« Responder #6 em: Maio 14, 2004, 08:02:11 pm »
Dremanu, a sua estratégia, tal como o Spectral disse, é brilhante  :shock:

De uma só vez conseguiria repetir uma matança semelhante a Dresden, retirar o pouco apoio internacional com que os americanos ainda contam, e pôr contra eles a maioria dos muçulmanos do Iraque e arredores (moderados incluídos...)  :?
 

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dremanu

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« Responder #7 em: Maio 14, 2004, 09:56:51 pm »
O que o mundo árabe precisa é de levar uma lição como levou a Alemanha e o Japão, que foram completamente arrasados, e derrotados pelos Americanos e Aliados. Hoje é só "peace & love" nesses dois países. Na Alemanhã, em Berlim, até fazem uma "love parade", onde se molham uns aos outros com jatinhos d'água, e os gays dançam todos nús.

O tempo de agradar ao mundo árabe já passou. Na 1a guerra do golfe os Americanos tiveram a melhor oportunidade de sempre de deitar abaixo um regime odioso, e sairem do processo vistos pelo mundo árabe como os libertadores. Seguiram aquelas políticas de meia-tigela que resolvem os problemas pela metade, e agora tão cheios de problemas até ao pescoço. Guerras que não se finalizam, acabam sempre por voltar. Olha o exemplo da Coréia do Norte, mais outra guerra que ainda está por acabar. Ou do Afeganistão, outra que tb ficou pela metade. É esse é que é o problema, soluções cobardolas, que procuram agradar a tudo e todos, e não resolvem NADA, só complicam mais as situações a longo-prazo.

Em cada conflagração que os Árabes saem sem serem completamente derrotados, so lhes aumenta a crença que têm a capacidade de derrotar o "great satan", e alimenta ainda mais a vontade de se suicidarem, e resistirem por meios violentos. Desde que fossem sempre só eles a morrerem, ainda era menos importante, o pior é que acabam por ter que morrer soldados Americanos, e de outros países ocidentais, e cívis inocentes que só querem ter paz e sossego. Algo que não podem ter por causa destes fanáticos infernaís.
 
Com este tipo de gente não tem que se dialogar, tem é que se mostrar quem é mais forte. A cultura Árabe respeita, e teme o poder, e sendo que os Americanos têm o poder de destruir de uma forma séria a oposição que estes bandidos lhes estam a fazer, com certeza uma tomada de posição decisiva, vai demonstrar ao mundo Árabe que é melhor baixar a bolinha, e procurar dialogar com a América, do que utilizar o conflito armado, porque nesse caso arriscam a serem aniquilados por completo.

Antes da invasão começar tb se ouvia falar muita coisa da opinião Árabe, e que o mundo Árabe ia-se levantar em força, e bla bla bla....a verdade é que quando os tanques começaram a avançar, e os aviões a largar bombas, o mundo Árabe calou-se bem caladinho e não falou mais nada.

Se os Americanos demonstrassem aquilo que eles têm a capacidade de fazer através de um "show of force", a comunidade internacional punha o rabinho entre as pernas, e calava a boca. E não penso que o povo Americano ia derramar uma lágrima que fosse, se o exército dos E.U. reduzi-se a escombros as cidades de Kerbala e Najaf. A América foi atacada no seu solo, e os Americanos em geral querem se vingar, sendo assim essa ação não seria nada mais que "pay-back".  

Os Americanos não são nenhuma força opressora que veio para conquistar território, e destruir a cultura do Iraque, antes pelo contrário. Esses gajos que estam em Najaf, e os outros terroristas, não passam de ser um bando de malfeitores, mais interessados em lutar, por lutar, do que em fazer qualquer coisa de positivo para melhorarem o país deles.

Nem se perde nada em se dispachar esse monte de fanáticos. Se eles estam dispostos a lutar até à morte, contra alguém que veio para os ajudar, é melhor satisfazer os desejos deles, assim mais rapidamente eles iram para o paraíso.

É claro que existem outras soluções...aliás os Americanos é que têm culpa dos próprios problemas deles, porque se foram intrometer numa área que não vale nada a não ser pelo petróleo que tem. Provavelmente a melhor estratégia a adotar era dar armas aos shias e aos sunnis, e incentivar a que eles se matem uns aos outros, assim tão ocupados, e não nos vêm chatear. E adicionalmente fecha-se as portas a imigração de pessoas de países árabes para a Europa e E.U..

Etc etc etc....
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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Spectral

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« Responder #8 em: Maio 14, 2004, 10:05:48 pm »
Melhor solução ainda:

Bombardeava-se o Médio Oriente com uns quantos mísseis nucleares e aí é que eles levavam uma verdadeira lição.

E pronto.

Todos os problemas do mundo ficavam resolvidos, e os bravos GI podiam regressar a casa com a noção de dever cumprido : tinham espalhado a democracia e a liberdade em mais um ponto do globo.
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Fábio G.

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« Responder #9 em: Maio 14, 2004, 10:12:52 pm »
Eu penso que os bombardeamentos massivos são para "guerras totais", aqui neste caso seria um erro tremendo, e acho que por enquanto e até hoja ainda não há nada comparável ao regime nazi, japonês e ao regime de Estaline. E Najaf é uma cidade santa e isso faria com que aparecessem milhares senão milhões de árabes prontos a morreram para acbar com os EUA, para não da opinião publica mundial a condenar os EUA.
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #10 em: Maio 14, 2004, 10:19:37 pm »
Caro Dremanu,

Embora eu próprio pense que " guerra é guerra " e não é certamente ocasião para falinhas mansas, acho o seu radicalismo pouco lúcido. Não digo isto de uma prespectiva prática porque, quem sabe, funcionaria, mas de uma prespectiva global.

Os Estados Unidos, e o mundo ocidental em geral, deverão seguir uma série de valores que considera universais e que tanto defende. Embora a guerra seja paco para qualquer acção devermos fazer um esforço para que não seja pois é isso que, na sua mais pura essência, diferencia aqueles que defendem a democracia e alguns valores e aqueles que os desprezam.
Fora esta moral, politicamente correcta mas também eticamente e moralmente correcta, existem as repercussões que tal traria à política norte-americana. A administração norte-americana iria sofrer uma enorme pressão europeia, um acréscimo de ódio vindo do mundo árabe e uma elevada contestação interna que, não sendo significativa, seria bem visível. Podem não parecer desvantagens à primeira vista mas a longo prazo significariam um sem-número de dores de cabeças.

Concordo que exista uma política forte, mas não agressiva, coerente e que pressiga implacavelmente todos os radicais e terroristras ( seja economicamente, politicamente ou mesmo militarmente ), contudo penso que esta é a altura ideal para moderação, especialmente no teatro Iraquiano.

Abraços
Ricardo Nunes
www.forum9gs.net
 

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Fábio G.

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« Responder #11 em: Maio 15, 2004, 12:29:51 pm »
EUA impõe "toque de queda" em Najaf

O Exército americano impõs o "toque de queda" na cidade santa de Najaf, onde se estão a dando duros combates com os milicianos fiéis a Al Sadr.
As tropas dos EUA com os seus blindados, estão a apertar cada vez mais o cerco á mesquita do Imán Ali, onde refugia o lider chiita, este acusa os militares de disparar contra a mesquita. Al Sadr dirigiu as rezas de 6ª feira chamando a Bush "cabeça da tirania".
Também continuam os duros combates em Kerbala, onde na jornada passada morreram 14 iraquianos e 13 ficaram feridos.
 

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dremanu

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« Responder #12 em: Maio 15, 2004, 10:27:49 pm »
Dentro de pouco tempo passarei a receber o apelido de Dremanu "O carniceiro"...:D  

Quando eu digo que:"O que o mundo árabe precisa é de levar uma lição...", não estou a falar usando um tom de raiva, de ódio, ou vingança, mas sim como quando se tem uma criança rebelde que necessita de levar um tabefe para aprender a se comportar como deve ser.

Não tenho um conhecimento aprofundado do involvimento dos E.U. no médio oriente, mas do pouco que eu conheço, dá-me a impressão que todas as medidas que adotaram, resolveram alguns problemas a curto-prazo, mas a longo-prazo piorarm a situação do médio-oriente. Vejámos alguns exemplos:

Irão:

Deram armas e suporte ao xá de Pérsia que senão me engano era um ditador. O resultado foi a revolução islãmica, e a República Islãmica do Irão. Tiveram aquele episódio que tentaram salvar uns refêns Americanos onde a operação falhou por completo, foram humilhados, e é claro os iranianos saíram da situação a serem uns heroís da causa islãmica.

Líbano:

Deram suporte aberto aos Israelitas para que atacassem os palestinianos dentro deste território. O resultado foi uma guerra cívil, 200 "marines" mortos por um carro armadilhado, e uma nova retirada humilhante para a América. 1a instância em que o exército do "great satan" foi forçado a se retirar devido a um bando de fanáticos suícidas.

Iraque:

Como o Saddam era anti-Irão, deram-lhe helis para que ele pudesse atacar o vizinho. O Saddam a 1a coisa que fez foi gasear os Curdos e matar um monte de gente. Fez guerra contra o Irão e perdeu. Depois invadiu o Kuwait porque pensou que o mundo ocidental(U.S.A.), não iria fazer nada para se opór. Os Americanos fizeram a guerra, expulsaram os Iraquianos, mas deixaram o Saddam ficar no poder, e ainda por cima deixaram-no ficar com os helis de ataque, que prontamente ele usou contra os Shias revoltosos. Em seguida imposeram sanções económicas que martrizaram ainda mais o povo Iraquiano, e afetaram em nada o Saddam. Agora tiveram que voltar para resolver o problema que foi completamente criado por eles, e mais ninguém.

Afeganistão:

Deram armas aos "Mujahedin" para lutarem contra a U.S.S.R., e treinaram os guerrelheiros em táticas de combate militar, etc. No meio daquela gente que treinaram estava lá o Bin Laden. Quando os soviéticos se retiraram, prontamente se esqueceram do Afeganistão e deixaram o país cair na guerra cívil, e auto-destruição. Resultado, grupos terroristas fizeram daquele pobre país, uma nação terrorista. Trágico!

Somália:

Não sei se sabem mas a Somália há mais de 10 anos que não tem um governo central, é administrada por "chefes" tribais, ou "warlords", que se matam uns aos outros para poderem controlar o pedacinho de território de cada um. Esta situação se desenvolveu porque os Americanos durante 20 anos deram armas a um ditador qualquer que estava disposto a lutar contra a Etiópia, que se tinha tornado um estado marxista. Todos nós sabemos o desastre que foi, e é, a Somália. E toda a gente viu a forma como o exército do "great satan" teve que se retirar depois que morreram aqueles soldados todos no meio de Mogadishu. De novo os Americanos a voltarem para resolver os problemas que eles criaram, e no processo a sairem humilhados, e a deixaram a situação por se resolver por completo. (Se quiserem ler mais sobre a Somália tem aqui um link com info: http://www.alternet.org/story.html?StoryID=12253)

Arábia Saudita:

Construiram bases militares no centro geográfico da religião Islãmica. Para quê? De novo, falta de visão, entendimento cultural, incrível. Uma das razões que os fanáticos tanto odeiam os Americanos é precisamente por eles terem esta presença militar na Arábia Saudita.
   
Estes são alguns dos casos que eu conheço, provavelmente existem outros. De novo estamos a ver que os Americanos estam a fazer cagada atrás de cagada no Iraque. Porque não interessa o que eles fazem de bom(que com certeza é muito mais do que aquilo que eles fazem de mau), isso é algo que as pessoas não vêm, ou preferem não ver. O que interessa é o que eles fazem de errado, é isso é que fica gravado na memória dos fanáticos.

E de novo os Americanos estam a deixar o trabalho pela metade, porque nem o Afeganistão, nem o Iraque estam pacificados, nem a caminho da prosperidade. E o Iraque é uma situação que avança aos trambulhões, e sem ter uma paz real, estável, e com prospectos de ser duradora a longo-prazo.

Por isso eu defendo uma tomada de postura decisiva, através de uma ação, ou ações que demonstrêm ao mundo arábe que desta vez a América está disposta a usar todos os meios ao seu dispor para instaurar a páz no médio oriente. E que deixe bem claro que as consequências de não se aderir aos desejos da América para o médio oriente, serão graves para quem se atrever a não cumprir com essa vontade.

E o Ricardo está correto ao falar de ética e valores morais, o pior é que não creio que os nossos valores morais e éticos sejam de forma alguma entendidos, ou respeitados pelos árabes. De novo eu digo, os árabes só respeitam quem têm poder, e coragem de utilizar esse poder a seu favor. Os povos que vivem na região do médio-oriente sempre foram desta forma. Em todas os livros de história que li sobre os reinos da antiquidade, e depois os califados, sempre foi brutalidade, matança, imposição à força, etc...nunca houve nada de delicadezas com ninguém, nem soluções intermédias.
 
Os Americanos já estam a falar em se retirarem do Iraque, e depois o que vai aconteçer? Quantos anos se vão passar até que de novo se levante outro Saddam? E não será que os radicais se vão sentir mais fortes ainda, porque conseguiram que a América desista de uma presença a longo-prazo no Iraque devido aos ataques terroristas, e à resistência dos fanáticos das milicias?

Os Americanos envolveram-se numa região que sempre foi volátil, perigosa, e para qual se têm que ter muito estômago para lidar com aquela gente. Agora eles têm que resolver a situação de uma forma que sejá eficaz, e que produza resultados que durem a longo-prazo. Senão ou piora, ou então continua tudo na mesma, e aquela gente continua ignorante, atrasada, e fanática.

Tomara que as decisões dos Americanos sejam acertadas, e que as conseguências das ações que eles tomarem, não acabem por arrastar o mundo ocidental para uma guerra ainda mais séria do que esta.
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Rui Elias

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Dremanu
« Responder #13 em: Junho 07, 2004, 12:45:57 pm »
B-52 sobre Najaf?

Você não é nada meigo... 8)

Mas já reparou que uma guerra perdida politicamente como esta, mais cedo ou mais tarde passará a estar militarmente perdida?

Repare que recentemente até Bush reconheceu que nem todos os combatentes iraquianos são terroristas.

O mundo está a mudar, e atitude dos EUA também, felizmente.

A propósito dos 60 anos do desembarque na Normandia, Bush recebeu um puxão de orelhas do Papa e encontrou-se com Chirac e com Srhoeder.

O mundo está a mudar, e a atitude da Casa Branca também.

Para já o bode expiatório deste disparate da invasão, foi o director da CIA, mas outros se seguirão.

A coisa não lhes correu de feição.

Mas não podem dizer que não foram avisados.

P.S.

Fico satisfeito com o seu novo Avatar.

O do Errol Flin era infeliz, porque o actor tinha as mesmas tendências do Rock Hudson ( e olhe que de história do cinema americano percebo eu).

Agora já lho posso dizer uma vez que o mudou.

Mas na altura tentei alertá-lo.