Artilharia do Exército

  • 1065 Respostas
  • 254384 Visualizações
*

Cabeça de Martelo

  • Investigador
  • *****
  • 20066
  • Recebeu: 2928 vez(es)
  • Enviou: 2200 vez(es)
  • +1227/-3447
Re: Artilharia do Exército
« Responder #555 em: Novembro 12, 2020, 04:05:15 pm »
Tanta confusão nessa cabecinha, estás a confundir conceitos e funções umas atrás das outras. Nada do que tu citaste defende ou sequer menciona Baterias de Artilharia de Campanha em unidade de Operações Especiais.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

*

Clausewitz

  • Membro
  • *
  • 225
  • Recebeu: 245 vez(es)
  • Enviou: 291 vez(es)
  • +101/-25
Re: Artilharia do Exército
« Responder #556 em: Novembro 12, 2020, 04:53:04 pm »
Isto não tem ponta por onde se pegue, é cada uma…
 
Já agora e sem entrar na ideia peregrina de transferir os obuses de 105 para a FOEsp, não percebo esta coisa que vai aparecendo por aqui de extinguir o GAC de 105 e uniformizar tudo com 155, por exemplo com o M777 ou pior ainda com Caeser ou afins. São coisas diferentes com propósitos diferentes, os 105 continuam no ativo em vários países, normalmente como apoio de fogo a unidades ligeiras e de rápida projecção, tal e qual como nós temos na BRR. O light gun é muito mais compacto e mais leve do que os obuses de 155 e por isso consegue melhor mobilidade, por exemplo em zonas montanhosas, além de que pode ser rebocado por um veículo ligeiro tipo humvee ou vamtac e tem maior facilidade de transporte aéreo. Porque carga de água e em nome do quê é que nos iriamos desfazer disso? Faz algum sentido? Uniformização é para coisas uniformes. Os light gun são para manter e inclusive actualizar.
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: LM

*

tenente

  • Investigador
  • *****
  • 10358
  • Recebeu: 5658 vez(es)
  • Enviou: 4353 vez(es)
  • +8476/-1841
Re: Artilharia do Exército
« Responder #557 em: Novembro 12, 2020, 10:35:25 pm »
culatra fixa e culatra móvel contendo o parafuso filetado e o cogumelo obús M114 do ExPort.



Abraços
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: HSMW

*

RABN

  • Membro
  • *
  • 158
  • Recebeu: 164 vez(es)
  • Enviou: 1 vez(es)
  • +39/-31
Re: Artilharia do Exército
« Responder #558 em: Novembro 13, 2020, 12:42:59 am »
Isto não tem ponta por onde se pegue, é cada uma…
 
Já agora e sem entrar na ideia peregrina de transferir os obuses de 105 para a FOEsp, não percebo esta coisa que vai aparecendo por aqui de extinguir o GAC de 105 e uniformizar tudo com 155, por exemplo com o M777 ou pior ainda com Caeser ou afins. São coisas diferentes com propósitos diferentes, os 105 continuam no ativo em vários países, normalmente como apoio de fogo a unidades ligeiras e de rápida projecção, tal e qual como nós temos na BRR. O light gun é muito mais compacto e mais leve do que os obuses de 155 e por isso consegue melhor mobilidade, por exemplo em zonas montanhosas, além de que pode ser rebocado por um veículo ligeiro tipo humvee ou vamtac e tem maior facilidade de transporte aéreo. Porque carga de água e em nome do quê é que nos iriamos desfazer disso? Faz algum sentido? Uniformização é para coisas uniformes. Os light gun são para manter e inclusive actualizar.

Subscrevo a 100% e aliás vai ao encontro do que eu aqui já tinha escrito, apesar de apenas um forista levantar essa hipótese.
Os light gun são excelentes na sua função, e por alguma razão são presença constante na Nato Response Force. Encaixam totalmente na doutrina e nos objetivos da BRR. São para manter e creio que está prevista a sua atualização.
Quanto à BrigInt, as hipóteses mais fortes para substituir o M114 serão sempre o M777 e o CAESAR... ambos tem as suas vantagens, e não se pode dizer que o exército fique mal servido com nenhum deles, antes pelo contrário. Como hipótese low-cost haveria os M198, mas felizmente são apenas hipótese de último recurso.
Já os M109 estão a ser modernizados e são uma excelente capacidade, mas o seu lugar é junto das forças mecanizadas.
 

*

tenente

  • Investigador
  • *****
  • 10358
  • Recebeu: 5658 vez(es)
  • Enviou: 4353 vez(es)
  • +8476/-1841
Re: Artilharia do Exército
« Responder #559 em: Novembro 13, 2020, 07:37:40 am »
Isto não tem ponta por onde se pegue, é cada uma…
 
Já agora e sem entrar na ideia peregrina de transferir os obuses de 105 para a FOEsp, não percebo esta coisa que vai aparecendo por aqui de extinguir o GAC de 105 e uniformizar tudo com 155, por exemplo com o M777 ou pior ainda com Caeser ou afins. São coisas diferentes com propósitos diferentes, os 105 continuam no ativo em vários países, normalmente como apoio de fogo a unidades ligeiras e de rápida projecção, tal e qual como nós temos na BRR. O light gun é muito mais compacto e mais leve do que os obuses de 155 e por isso consegue melhor mobilidade, por exemplo em zonas montanhosas, além de que pode ser rebocado por um veículo ligeiro tipo humvee ou vamtac e tem maior facilidade de transporte aéreo. Porque carga de água e em nome do quê é que nos iriamos desfazer disso? Faz algum sentido? Uniformização é para coisas uniformes. Os light gun são para manter e inclusive actualizar.

Subscrevo a 100% e aliás vai ao encontro do que eu aqui já tinha escrito, apesar de apenas um forista levantar essa hipótese.
Os light gun são excelentes na sua função, e por alguma razão são presença constante na Nato Response Force. Encaixam totalmente na doutrina e nos objetivos da BRR. São para manter e creio que está prevista a sua atualização.
Quanto à BrigInt, as hipóteses mais fortes para substituir o M114 serão sempre o M777 e o CAESAR... ambos tem as suas vantagens, e não se pode dizer que o exército fique mal servido com nenhum deles, antes pelo contrário. Como hipótese low-cost haveria os M198, mas felizmente são apenas hipótese de último recurso.
Já os M109 estão a ser modernizados e são uma excelente capacidade, mas o seu lugar é junto das forças mecanizadas.

Entre tantas contradições apresentadas pelo sr Costa, uma que registei foi o exemplo que deu da Coreia para a modernização dos 15,5 reb.
Ora no caso que defende para a extinção do calibre ligeiro em Portugal também se seguiu o exemplo da Coreia ??

Não, pois na Coreia como as Chefias do Ex Coreano não são burras sabem que tem de possuir um calibre ligeiro para não só ser possivel deslocar suficiente poder de fogo, apoio directo para os Bat Infª, das batarias, sim batarias de bocas fogo, BBF's, não baterias, com mais rapidez e também possuir um material que permita executar as missões de tiro para alvos menos importantes como um ou dois pelotões em campo aberto sem utilizar os 15,5, com os custos associados nas suas munições.
A Coreia ainda possui uma versão melhorada do M101 que possuimos até á chegada dos 118, e tem mais de 2500 ao serviço !!

Field artillery
Howitzer   Type   In service   Manufacturer/Produced   Range   Notes
United States M2/M2A1/M3/M101
United StatesSouth Korea KM101A1   105mm towed howitzer   1,988[34]   Rock Island Arsenal/(1941~1953)
Kia Machine Tool (now Hyundai Wia)/(1970s)   HE 11.3 km   Up to 1,000 more in reserve/storage.[34]
Made under license
South Korea KH178   105mm towed howitzer   18   Kia Machine Tool (now Hyundai Wia)   HE 14.7 km[35]
RAP 18 km[36]   Wasn't produced in large numbers because too many (K)M101 in army


United States M114   155mm towed howitzer   988[34]   Rock Island Arsenal/(1941~1953)   HE 14.6 km[37]
RAP 19 km[37]   
Mainly used by the Republic of Korea Reserve Forces.
South Korea KH179   155mm towed howitzer   ≈860[34]   Kia Machine Tool (now Hyundai Wia)/(since 1983)   HE 22 km[37]
RAP 30 km[37]   

https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_equipment_of_the_Republic_of_Korea_Army


Os L118 que temos, em numero insuficiente diga-se de passagem, pois desse calibre deveriamos possuir dois GAC's e não um, são uma boca de fogo extremamente útil, capaz, e versátil, podendo á semelhança do nosso antigo, 88, o 25 pdr, utilizar o prato/plataforma, para ter um campo de tiro horizontal de 360º, de modo a que em caso de urgência possa efectuar tiro directo contra carro.
A referida boca de fogo, se utilizar o dito prato/plataforma, descarta a manobra de conteirar, para os que não sabem, é a manobra que a guarnição da BF tem de efectuar para reorientar a BF de modo a que possa bater os objectivos pretendidos, tal manobra além de morosa pois se a BF estiver com o ferrão enterrado obriga a que se desenterre e volte a enterrar depois de orientada, o que coloca a dita BBF em situação incapaz de executar missões de tiro, durante tal operação.
Imaginem esta operação ser efectuada por uma guarnição de 11 elementos, em obuses de 15,5, que no minimo pesam mais do dobro dos 10,5..............

Fico-me por aqui pois o delirio vai longo, só espero que não haja resposta pois a paciência, para ler borreguices, já me começa a faltar.

Abraços
« Última modificação: Novembro 13, 2020, 08:36:48 am por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Cabeça de Martelo, mafets

*

PereiraMarques

  • Moderador Global
  • *****
  • 7896
  • Recebeu: 1224 vez(es)
  • Enviou: 344 vez(es)
  • +5154/-235
Re: Artilharia do Exército
« Responder #560 em: Novembro 13, 2020, 11:57:22 am »
Apesar de se usarem ambos os termos "Bataria" é visto, de certa forma, como um arcaísmo...Basta ver que no site do Exército usam sempre a designação "Bateria", já no site da Revista de Artilharia usam mais "Bataria". ;D
 

*

NVF

  • Investigador
  • *****
  • 5327
  • Recebeu: 3962 vez(es)
  • Enviou: 9808 vez(es)
  • +8449/-245
Re: Artilharia do Exército
« Responder #561 em: Novembro 13, 2020, 12:26:02 pm »
O nosso camarada tenente é da velha guarda da artilharia e, obviamente, prefere o termo mais tradicional.  :G-beer2:
Talent de ne rien faire
 

*

mafets

  • Investigador
  • *****
  • 8608
  • Recebeu: 3219 vez(es)
  • Enviou: 996 vez(es)
  • +4059/-6468
Re: Artilharia do Exército
« Responder #562 em: Novembro 13, 2020, 12:28:13 pm »
Uma das razões para o uso do 105mm é a mobilidade aérea. Vejam os aparelhos que levam os 155mm.


Citar
GetArchive
A truck is used to push a 155 mm M198 Howitzer


Citar
SVK - Zuzana 155mm

Uma peça de 105 mm até num C130.


Citar

A 105 mm Howitzer


Citar
82nd Airborne Division obuses en la fuerza aérea de transporte C130

Cumprimentos
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 

*

tenente

  • Investigador
  • *****
  • 10358
  • Recebeu: 5658 vez(es)
  • Enviou: 4353 vez(es)
  • +8476/-1841
Re: Artilharia do Exército
« Responder #563 em: Novembro 13, 2020, 01:16:52 pm »
não sejas mauzinho Mafets...... :mrgreen:



Já quanto ao heli transporte dos 10,5 escolhi este só para relembrar alguns das capacidades dos blackhawk.....

 
« Última modificação: Novembro 13, 2020, 01:21:42 pm por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

*

dc

  • Investigador
  • *****
  • 8301
  • Recebeu: 3761 vez(es)
  • Enviou: 705 vez(es)
  • +4964/-780
Re: Artilharia do Exército
« Responder #564 em: Novembro 13, 2020, 01:54:45 pm »
Só por curiosidade, os 119 cabem num C-295, ou é demasiado largo?
 

*

mafets

  • Investigador
  • *****
  • 8608
  • Recebeu: 3219 vez(es)
  • Enviou: 996 vez(es)
  • +4059/-6468
Re: Artilharia do Exército
« Responder #565 em: Novembro 13, 2020, 02:27:50 pm »
Só por curiosidade, os 119 cabem num C-295, ou é demasiado largo?

Tenho ideia que só o C27J é que transporta.





No C130 já fica apertado.


Citar
Aircrew load an M777 A2 Howitzer onto a U.S. Air Force C-130J

Cumprimentos
« Última modificação: Novembro 13, 2020, 02:34:28 pm por mafets »
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: dc

*

Cabeça de Martelo

  • Investigador
  • *****
  • 20066
  • Recebeu: 2928 vez(es)
  • Enviou: 2200 vez(es)
  • +1227/-3447
Re: Artilharia do Exército
« Responder #566 em: Novembro 13, 2020, 02:36:15 pm »
Só por curiosidade, os 119 cabem num C-295, ou é demasiado largo?

Duvido que coubesse!




7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: dc

*

Portucale

  • Membro
  • *
  • 197
  • Recebeu: 19 vez(es)
  • +3/-0
Re: Artilharia do Exército
« Responder #567 em: Novembro 15, 2020, 11:23:44 pm »
Permitam-me uma resumida (em 3 textos) resenha e análise à artilharia de campanha do nosso Exército.

1 - Introdução

A missão da artilharia de campanha consiste na execução de fogos de supressão, neutralização e destruição, através dos seus sistemas de armas.

Os homens da artilharia de campanha guarnecem armas coletivas de elevado calibre com o objetivo de providenciar apoio de fogos.

O sistema de apoio de fogos é composto por três subsistemas;
a) Comando, controlo e coordenação - É o cérebro do sistema, permite dirigir as ações táticas e técnicas necessárias para bater os objetivos.
b) Aquisição de objetivos - Constitui os olhos e os ouvidos do sistema e compreende a deteção, identificação e localização de objetivos com oportunidade, pormenor e precisão.
c) Armas e munições - São os músculos do sistema destinados a bater os objetivos

A artilharia de campanha constitui o meio terrestre de apoio de fogos mais poderoso que o Comandante de uma força tem à sua disposição para influenciar o decurso do combate.
Pode fazê-lo de duas formas;
a) Fornece fogos em apoio da manobra na profundidade do campo de batalha, ações de contrabateria e supressão de objetivos.
b) Fornece fogos em apoio aos elementos de manobra.

Entre as vantagens da artilharia de campanha estão a disponibilidade, 24h, e a capacidade de emprego em quaisquer condições meteorológicas.

Adicionalmente existem fatores que influenciam a sua eficácia tais como a imprevisibilidade, o volume, a precisão e a rapidez.

O apoio de fogos tem efeitos nos domínios físico e psicológico e têm por finalidade destruir, neutralizar, suprimir, desmoralizar e influenciar o inimigo.

Eis aqui
quase cume da cabeça da Europa toda
O Reino Lusitano
onde a Terra se acaba
e o Mar começa.

Versos de Camões
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: typhonman, NVF, HSMW

*

Portucale

  • Membro
  • *
  • 197
  • Recebeu: 19 vez(es)
  • +3/-0
Re: Artilharia do Exército
« Responder #568 em: Novembro 16, 2020, 09:15:50 pm »
2 – História recente da nossa artilharia de campanha

Recuemos 45 anos até 1975, com a mudança de regime o Exército iniciou um processo de adaptação á nova realidade, de volta á NATO.

Por esta altura todo o equipamento era da 2ª guerra mundial, consistia em múltiplos calibres e tinham várias origens nomeadamente Itália, Alemanha e Reino Unido.

Apenas o obus Alemão de 105mm tinha sido atualizado e foi este mesmo obus que equipou originalmente o GAC da 1ªBMI.

Perante a necessidade de substituir o material existente e a ausência de recursos próprios para os adquirir a solução possível veio dos nossos aliados da NATO que nos forneceram em 1978 o obus de 105mm M101A1 e em 1979 os obuses OTOMelara e os M101A1L, igualmente de 105mm e rebocados.
O quantitativo total permitia, no máximo, o levantamento de Quatro GAC mais Uma bataria.

Posteriormente recebemos material de 155mm, em 1982 o obus M109A2 autopropulsado e em 1983 o obus M114A1.
O quantitativo total permitia, no máximo, o levantamento de Dois GAC mais Uma bataria autopropulsionada.

A receção de este material trouxe uma grande vantagem, a adoção dos calibres usados pelos nossos aliados, 105mm e 155mm, facilitando de esta forma a obtenção de munições.

Importa informar que a BBF (bataria de boca de fogo) dispõe de 6 obuses, um GAC (grupo de artilharia de campanha) é constituído por 3 batarias de bocas de fogo, logo 18 obuses.

No final dos anos 80 o sistema de forças do Exército no continente era constituído pelo um Corpo de Exército que incluía;
- 1ªBMI (1ª Brigada Mista Independente),
- BFE (Brigada de Forças Especiais, incluía o Regimento de Comandos),
- 3 Brigadas territoriais,
- Tropas de corpo de Exército,
todas estas tinham um GAC orgânico.
Operacionalmente apenas o GAC da 1ªBMI se encontrava completo, os restantes tinham, por norma, apenas uma bateria operacional.

Com a queda do muro de Berlim e o fim do Pacto de Varsóvia os Exércitos da NATO mergulharam em profundas mudanças, e o nosso não foi exceção.

Uma das maiores foi a alteração do sistema de recrutamento, passou de uma base de conscritos para um sistema de voluntariado com uma fase transitória de uma dúzia de anos.

Com um Exército só de voluntários o efetivo fica estabelecido na casa dos 24000Homens.
Para a artilharia de campanha representou a redução do número de unidades e em 2004 existiam apenas dois GAC.
Um de 105mm equipado com o obus M119 Light Gun, adquirido novo no fim dos anos 90, e Um de 155mm com o obus autopropulsado M109A5, em processo de receção dos stocks Americanos.

Como o sistema de forças do Exército compreendia 3 brigadas em 2008 foi reativado um GAC de 155mm equipado com os M114A1 como transição até este ser substituído.

Assistimos igualmente á evolução do PAO (pelotão de aquisição de objetivos) para o escalão bataria.
Eis aqui
quase cume da cabeça da Europa toda
O Reino Lusitano
onde a Terra se acaba
e o Mar começa.

Versos de Camões
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Cabeça de Martelo, HSMW

*

Portucale

  • Membro
  • *
  • 197
  • Recebeu: 19 vez(es)
  • +3/-0
Re: Artilharia do Exército
« Responder #569 em: Novembro 17, 2020, 09:58:04 pm »
3 – Presente e futuro

Em 2020 o Exército tem um efetivo máximo estabelecido de 17700Homens.
Infelizmente a realidade é bem diferente.
A dificuldade em recrutar e manter nas fileiras os efetivos traduz-se num efetivo muito inferior que coloca em causa a missão do Exército.

Atualmente o sistema de forças é constituído por 3 brigadas com um GAC orgânico cada;
A BMec (Brigada Mecanizada) dispõe do M109A5 Autopropulsado de 155mm
A BRR (Brigada de Reação Rápida) dispõe do Light Gun de 105mm
A BInt (Brigada de Intervenção) dispõe do M114A1 de 155mm

Mesmo recuperando o nível de efetivos para os definidos, creio que a médio prazo o sistema de forças será constituído por duas brigados mais as forças de apoio geral e as forças nas Zonas Militares da Madeira e Açores.

Ficamos com a questão, que caminhos deve trilhar a artilharia de campanha?

Acredito que um possível caminho é a constituição de dois GAC mais 3 Batarias;

a ) Um GAC de 105mm utilizando os Light Gun existentes, incorporados na ‘Brigada Ligeira de Intervenção’.
Grande Unidade que congregará no futuro as forças ligeiras incluindo as unidades classificadas como tropa especial.

b ) Um GAC de 155mm incorporado na ‘Brigada Mecanizada’.
Grande Unidade que representará a evolução e mútua integração da atual BMec e da BInt.
Esta deve ser equipada com um obus de 155 autopropulsado com tração de rodas.
Uma eventual solução seria adquirir em 2ªmão os Caeser 6X6 do Exército Francês quando este avançar na compra de novos 8X8 que deverá ocorrer nos próximos anos.
Até á sua recepção manteríamos os M109A5.

c ) Bataria UAV, constituída por dois pelotões com a missão de AO (aquisição de objetivos) e VRI (vigilância, Reconhecimento e Informações);
Um pelotão com drones táticos com alcance até aos 20Km, equipados com sensores
Um pelotão com drones táticos com alcance até aos 80Km, equipados com sensores

d ) Bataria Aquisição de objetivos, constituída por;
- Pelotão de radar para aquisição de alvos
- Pelotão de radar de contrabateria
- Pelotão de OAV (observadores avançados)
- Secção de meteorologia
- Secção de topografia

e ) Bataria de Misseis UAV, (loitering munition) constituída por dois pelotões com a missão de atingir alvos com precisão;
Um pelotão com sistema de lançamento de drone/míssil tático com alcance até aos 20Km
Um pelotão com sistema de lançamento de drone/míssil tático com alcance até aos 80Km

Eis aqui
quase cume da cabeça da Europa toda
O Reino Lusitano
onde a Terra se acaba
e o Mar começa.

Versos de Camões
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: typhonman, HSMW