Operación Félix

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manuel liste

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Operación Félix
« em: Janeiro 06, 2006, 08:04:52 pm »
Directiva 18 del Cuartel General del Führer, 12 de noviembre de 1940 (traducción al español):

http://www.exordio.com/1939-1945/codex/Documentos/directiva18.html

Resumo: es un plan ALEMAN para ocupar Gibraltar y cerrar su Estrecho al tráfico marítimo aliado. En él se prevé la cooperación española.

Como Franco decidió no entrar en la segunda guerra mundial, la operación no se llevó a cabo.

Portugal es citado de forma marginal en una sola frase, como posible objetivo en caso de desembarco británico.

Conclusión: la Operación Félix nunca se llevó a cabo porque España renunció a entrar en guerra, y su objetivo no era Portugal, sino Gibraltar. España no fue informada del plan, y no participó en su confección.

Causa vergüenza ajena leer algunos comentarios de cierto foro cerrado por los moderadores.  :oops:
 

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Get_It

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« Responder #1 em: Janeiro 06, 2006, 09:14:56 pm »
Ai a minha riquinha Wikipédia... Já agora mais algumas informações em inglês na Wikipédia - Operation Felix.

Citação de: "manuel liste"
Conclusión: la Operación Félix nunca se llevó a cabo porque España renunció a entrar en guerra, y su objetivo no era Portugal, sino Gibraltar. España no fue informada del plan, y no participó en su confección.

Causa vergüenza ajena leer algunos comentarios de cierto foro cerrado por los moderadores.  :oops:

Já temos aqui um conflito de fontes, segundo a Wikipédia, Hitler e Franco encontraram-se em Hendaye nos finais de Outubro de 1940 para discutir o plano.

Citação de: "Wikipédia"
During World War II, Felix was the proposed name for a German/Spanish seizure of Gibraltar. It was scheduled for 10 January 1941 but never executed. This plan was discussed at a meeting held between Franco and Hitler in late October, 1940, in Hitler's railroad car at Hendaye, at the border of German-occupied France with Spain.
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Operation_Felix
:snip: :snip: :Tanque:
 

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manuel liste

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« Responder #2 em: Janeiro 06, 2006, 10:17:33 pm »
No hay contradicción. El plan fue enteramente redactado por los alemanes, y presentado después a las autoridades españolas con el fin de que España entrase en la guerra del lado alemán. Cuando las autoridades españolas rechazaron tal posibilidad, el plan fue abandonado.

Creo que está bastante claro.
 

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papatango

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« Responder #3 em: Fevereiro 08, 2007, 11:12:58 pm »
Desde o ano passado, que por causa deste tópico, que meti na cabeça fazer qualquer coisita sobre a Operação Félix.

Demorou um bocado e esteve muito tempo na prateleira, mas a matéria foi finalmente publicada hoje no Áreamilitar.net.

Como todas as matérias que lá estão, pode sempre vir a ser alterada. Se alguém tiver dados adicionais sobre o tema, agradece-se. :mrgreen:
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Yosy

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« Responder #4 em: Fevereiro 09, 2007, 02:38:18 pm »
Citação de: "papatango"
Desde o ano passado, que por causa deste tópico, que meti na cabeça fazer qualquer coisita sobre a Operação Félix.

Demorou um bocado e esteve muito tempo na prateleira, mas a matéria foi finalmente publicada hoje no Áreamilitar.net.

Como todas as matérias que lá estão, pode sempre vir a ser alterada. Se alguém tiver dados adicionais sobre o tema, agradece-se. :Palmas:

Está muito bom. Parabéns.
 

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comanche

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« Responder #5 em: Fevereiro 10, 2007, 01:13:23 pm »
Citação de: "Yosy"
Citação de: "papatango"
Desde o ano passado, que por causa deste tópico, que meti na cabeça fazer qualquer coisita sobre a Operação Félix.

Demorou um bocado e esteve muito tempo na prateleira, mas a matéria foi finalmente publicada hoje no Áreamilitar.net.

Como todas as matérias que lá estão, pode sempre vir a ser alterada. Se alguém tiver dados adicionais sobre o tema, agradece-se. :Palmas:

Está muito bom. Parabéns.



Também gostei do artigo, ficou bastante claro que Espanha queria invadir Portugal, mas Franco  primeiro queria ter a certeza que Portugal não iria ter o apoio da Inglaterra, ou seja que a Inglaterra fosse posta fora de combate pela Alemanha, mas como isso não aconteceu......
 

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papatango

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« Responder #6 em: Fevereiro 10, 2007, 03:17:52 pm »
Não estou convencido das ideias de Franco.

O que sabemos é que a Falange ganhou muita força nos anos de 1939 e 1940 atingindo o apogeu com a queda da França.

Aí, os nazistas atingiram o topo e Franco colocou Serrano Sunher como ministro dos negócios estrangeiros.

Mas também creio que pelo tipo de pessoa que era e demonstrou ser, Franco provavelmente veria com bons olhos a destruição de Portugal.
Mas teve medo, e acima de tudo, o facto de os ingleses se terem infiltrado e subornado muitos dos militares espanhóis, levou a que estes convencesem Franco das desvantagens de tomar uma acção favoravel ao Eixo.

A operação Félix, dá também para vermos a penuria em termos militares em que o país se encontrava naquela altura.

Cumprimentos
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MERLIN

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« Responder #7 em: Fevereiro 12, 2007, 01:26:17 pm »
Naquela altura?! A situação hoje não é muito diferente. So quando os programas de reequipamento estiverem concluidos a que a situação melhorar'a.
Cumptos
"Se serviste a patria e ela te foi ingrata, tu fizestes o que devias, ela o que costuma"
Padrea Antonio Vieira
 

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papatango

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« Responder #8 em: Fevereiro 12, 2007, 10:59:20 pm »
É por isso que acho interessante analisar e estudar os vários periodos da história no que diz respeito à organização (ou desorganização) das Forças Armadas.

Ficamos com a ideia de que durante a nossa história, há periodos em que as Forças Armadas existem no papel, mas na realidade é como se não existissem.

Isso nota-se quando são necessárias e não conseguem corresponder ao que se espera delas, mais por dificuldades de organização do que por falta de qualidade individual dos militares.

É uma assunto que merece ser estudado, para que se possam retirar conclusões
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Sintra

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« Responder #9 em: Fevereiro 20, 2007, 09:42:52 pm »
Citação de: "papatango"
É por isso que acho interessante analisar e estudar os vários periodos da história no que diz respeito à organização (ou desorganização) das Forças Armadas.

Ficamos com a ideia de que durante a nossa história, há periodos em que as Forças Armadas existem no papel, mas na realidade é como se não existissem.

Isso nota-se quando são necessárias e não conseguem corresponder ao que se espera delas, mais por dificuldades de organização do que por falta de qualidade individual dos militares.

É uma assunto que merece ser estudado, para que se possam retirar conclusões


 Por acaso ainda não dei os Parabéns ao Papatango pelo artigo...
 Os meus parabéns  :roll: ) - "Finalmente ao fim da milionésima quinquagésima Enésima reorganização militar/politica já conseguimos colocar três divisões semi organizadas em campo, estamos no ano de 1943 e os Espanhóis começaram a pancadaria à uma década atrás, mas uma luminária brilhante achou que primeiro tinha que se reorganizar a marinha"

 1963-1974 - Guerras Coloniais - "Angola?- Aonde é que isso fica?"


 :roll:
 

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LM

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« Responder #10 em: Fevereiro 21, 2007, 12:24:31 am »
Citar
Já repararam que se formos analisar com atenção o estado das forças armadas Portuguesas nas vésperas de entrarmos em conflito com quem quer que seja nos ultimos dois /três séculos somos sempre "apanhados com as calças na mão"?!


Sem esquecer a "Guerra dos Sete Anos" (1756-1763), onde como de costume, e nas palavras do "treinador" por nós contratado de emergência (Conde Guilherme de Schaumburg-Lippe) "onde há munições não há canhões, onde há canhões não há munições e onde há ambas as coisas não há artilheiros"... a nossa sorte foi o difícil terreno (e pobreza) da Beira Interior e os Espanhois estarem como nós.

Verdade seja dita que ao Marquês de Pombal só apanharam esta vez "com as calças na mão", pois até cerca de 1780 tinhamos um exercito bem organizado - sem falar na marinha, que entre 1775 e 1805 era de se ter orgulho.
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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papatango

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« Responder #11 em: Fevereiro 21, 2007, 12:51:10 am »
Citar
Verdade seja dita que ao Marquês de Pombal só apanharam esta vez "com as calças na mão", pois até cerca de 1780 tinhamos um exercito bem organizado - sem falar na marinha, que entre 1775 e 1805 era de se ter orgulho.

Esta é uma realidade muitas vezes esquecida.
Ainda há pouco, num fórum de nuestros hermanos (where else) vi uma descrição da marinha portuguesa nessa altura em que (como é hábito) se falava da decadência da marinha portuguesa no inicio do século XIX.

Na altura, a Holanda estava relativamente decadente, mas Portugal tinha conseguido reconstruir a marinha, de forma a que ela fosse a quarta mais poderosa do mundo. Aqui, há que no entanto referir que neste caso há bastante influência do periodo brasileiro.

= = =

Quanto à operação Félix e ao periodo imediatamente anterior, é importante dizer que no inicio dos anos 30, os planos navais apontavam para a construção de uma marinha mais importante.
Em 1931/34, com a República Espanhola, o regime começou a sentir-se pressionado e passou a considerar a Espanha como uma potêncial ameaça.

É por isso, que o planos posteriores abandonam os projectos navais (construção de um transporte de aviões e de pelo menos um cruzador) para passar a dar primazia ao exército, porque se considerou que a Espanha estava a caminhar para uma guerra, onde inevitavelmente de uma maneira ou de outra, Portugal tinha que intervir.

Os planos posteriores a 33/34 e 34/36 são segundo alguns historiadores, a preparação de Portugal para intervir na guerra em Espanha.

Para muitos, a opção por cancelar os projectos navais acabou por ser um erro, porque o país não podia de nenhuma forma defender-se de uma invasão e a nossa capacidade de sobrevivência baseava-se na força que poderiamos ter do império e do controlo dos Açores.

Quando começou a guerra, não tinhamos o exército em condições e a marinha também não tinha meios suficientes. As ilhas estavam completamente desprotegidas e mesmo com o envio de quase toda a Força Aérea para lá, continuavam a estar "parcamente" defendidas.

Verdade se diga, que perante a força das divisões alemãs, pouco se poderia fazer.
Mesmo que Portugal tivesse cinco divisões operacionais, podemos comparar com o que aconteceu na Grécia, onde os gregos tinham de 14 a 16 divisões, e receberam apoio de várias divisões britânicas e mesmo assim os alemães ganharam, por causa da sua esmagadora superioridade aérea.

Cumprimentos
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Spectral

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« Responder #12 em: Fevereiro 21, 2007, 09:33:49 pm »
Sobre a Marinha Portuguesa recomendo os 2 volumes de " Campanhas Navais - A Marinha Portuguesa na Época de Napoleão" da colecção "Batalhas d'Portugal"  ( uma mini- crítica minha aqui : http://www.forumdefesa.com/forum/viewtopic.php?t=1235&start=16 )

Se alguém puder indicar mais obras sobre o tema, força :D
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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papatango

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« Responder #13 em: Março 02, 2007, 05:32:46 pm »
Para manter questões tão diferentes separadas.

A parte respeitante à marinha no periodo final do século XVIII, continuamos aqui:
http://www.forumdefesa.com/forum/viewtopic.php?t=4980
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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comanche

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« Responder #14 em: Abril 13, 2008, 03:10:32 pm »
Franco ambicionou Portugal

Anson escreveu um livro sobre Hitler e Franco, do qual são aqui transcritos alguns excertos do livro "Don Juan"

Citar
El caudillo ocupa Tánger y devuelve el consulado alemán a Hitler que lo transforma en un nido de espionaje. Vigón visita al führer en el Château Acuz, en Bélgica, y regresa fascinado. Todo son inciensos y timbales en una Prensa prisionera tras las rejas de la Censura.

El 29 de junio de 1940, el caudillo revela al duce sus ambiciones imperiales: el Marruecos francés, Argelia, el Sahara, la Cataluña fran-cesa, el control de Portugal y la expansión en torno a Guinea. A continuación Franco presenta formalmente a Hitler su disposición a entrar en guerra a cambio de que satisfaga sus sueños de caminar por el im-perio hacia Dios, con estas aspiraciones coloniales. “Convencido de la caída inminente de Gran Bretaña "escribe Preston- Hitler estaba poco interesado en la participación española según las condiciones de Franco. Algunas de las aspiraciones de Franco estaban en conflicto con los planes del propio Fúhrer para crear un imperio alemán en África.” Hoare lo confirma de forma rotunda: “Estaba claro que (Hitler) había decidido reservar para sí solo el espléndido botín de una victoria africana.” Hitler no necesita a Franco para la ganar la guerra. Prefiere además entenderse con Pétain y el mariscal no aceptará nunca conce-siones territoriales francesas a Franco. “Hitler no está dispuesto a perjudicar las negociaciones para el armisticio con Pétain a fin de satisfacer gratuitamente a Franco”, afirma Preston que coincide con Hoare, el cual subraya la política del führer “tendente a colocar en su órbita al Gobierno de Vichy”.

España, pues, no se salva de entrar en la Guerra Mundial, al lado de los que la perderían, por la habilidad de Franco. El caudillo hizo, en 1940, todo lo posible para participar en la guerra. Lo que le salva a España es, por un lado, las aspiraciones de Hitler a su propio imperio africano, y por otro, la actitud de Pétain que muy bien informado por su embajador en Madrid, plantea al führer la imposibilidad de seguir con Vichy, si el Reich acepta las condiciones de Franco.

El general Beigbeder, que podía introducir un punto de sentido común en los sueños imperiales de Franco, estaba con la razón al lado de Inglaterra, pero el soberbio calibre de los muslos de la varonesa Von Stohrer, esposa del embajador alemán, le había enloquecido. El adulterio con la carne suntuosa de la alta dama le resulta muy útil al Reich. Apenas algún anglófilo al lado de Franco. Beigbeder tiene un picadero discreto y aromático en la calle Fuentidueña. Franco sigue con asombro las peripecias románticas de su ministro, que es un auténtico atleta sexual, que escala a la vez desde los encantos de su sobrina Dolores Velarde hasta las enhiestas cumbres de Gertrudis Wittek, agente de una red norteamericana de espionaje, y mujer de hermosa boca emputecida.

1940. Franco proyecta apoderarse de Portugal, al servicio del Eje.

Hitler sigue mostrándose desdeñoso con el caudillo y ambiciona una de las islas Canarias. Sin desanimarse porque el führer no tome en cuenta sus ofertas, “Franco estaba impaciente por negociar la entrada de España en guerra”, afirma Preston. Con copiosa documentación demuestra que el caudillo se prepara “a emplear tropas españolas para forzar a Portugal a depender de España” y que “las tropas españolas bastarías para una acción en Portugal…” Hoare lo dice más claro: “… que Serrano Súñer publicara una serie de artículos en la Prensa contra Portugal, como aliado de Inglaterra, y como parte integrante de la Península que podía ser reabsorbido dentro del Imperio Español”. En carta a Don Juan de 12-V-1942, Franco reprocha a los reyes que “firmaron las paces que mutilaron nuestro Imperio, suscribiendo la separación de Portugal o nos infamaron en Utrech”.
El futuro amigo de Salazar, el del “Bloque Ibérico” y la hermandad entrañable de las naciones peninsulares, estuvo dispuesto en su megalomanía imperial a la puñalada traidora y a anexionarse Portugal en 1940.

“Alemania tiene ganada la guerra”, reitera Franco. Cuando Sainz Rodríguez le expone, en su despacho, un plan alternativo por si Hitler pierde la contienda, el caudillo le interrumpe con desdén y le repite: “No hay si que valga, no hay condicionantes, Alemania ha ganado a la guerra. Se lo dice un militar.”

Franco recibe la más alta condecoración del tercer Reich: la Gran Cruz de Oro de la Orden del Águila. “Irónicamente "escribe Preston" este hito en su relación con el führer encubre el hecho de que Franco no había percibido la importancia a largo plazo del armisticio de Hitler con Francia. No comprende que ello había cerrado las puertas a sus esperanzas de heredar partes sustanciales de los territorios franceses del norte de África.” Franco es un pigmeo entre los grandes de la política europea. No entiende nada de lo que se juega sobre el tablero es-tratégico de las contienda.

Tampoco advierte que la poderosa Alemania está perdiendo la batalla de Inglaterra. Y que los aviadores británicos dibujan en el aire son su heroísmo y su acierto el principio de la victoria final.
El caudillo no se da cuenta del desdén con que le trata el führer. Continúa “impaciente por negociar la entrada de España en la guerra”. Al embajador portugués Pereira le dice: “Alemania tiene ganada la guerra. Lo máximo que Inglaterra puede hacer es durar un poco más con la esperanza de obtener mejores condiciones de paz que Francia.” Habla el genio militar del caudillo. “Pereira temía que Franco utilizara su relación con el Tercer Reich para afirmar su dominio sobre Portugal, del mismo modo que pensaba conseguir las colonias francesas sin apenas contrapartidas. Durante la primera semana de julio se habían desplegado tropas españolas cerca de la frontera portuguesa. Desde la Guerra Civil se habían producido llamamientos de los falangistas de la línea dura a la inmediata anexión de Portugal y ahora volvían a oírse”.
La “fantástica victoria” del Eje, que Franco celebra con entusiasmo, no era una lucha como sus apologistas enmascararon posterior-mente contra el comunismo, porque en esas fechas estaba vigente el pacto germano-soviético. Sus discursos “muestran su simpatía ideológica con los otros dos dictadores”.

Hitler proyecta un Imperio nazi del Norte de África: posesiones francesas, Marruecos y Sahara español y francés, y una isla canaria.

En septiembre de 1940, el caudillo cree que es cuestión de días que cristalice el triunfo alemán. El führer humilla a Franco y refuerza el ejército colonial francés en Marruecos. El dictador español baja la cabeza, coloca sus manos victoriosas sobre la abundosa tripa y calla.
Franco no se entera de que Seeloewe, la operación León Marino, se pospone porque Hitler no puede con Inglaterra y su Royal Air Force. Pero se inquieta al conocer que el dictador nazi piensa en una isla ca-naria como base alemana.

El 11 de septiembre de 1940, el caudillo escribe al führer para expresar su fe en una victoria “inminente y definitiva”. Hitler se ríe. Sabe lo que Franco espera de él. Pero en sus planes de dominio proyecta también un gran imperio alemán en África del Norte con bases en Canarias y en el Marruecos español. España sería solo dentro de la Alemania imperial “un satélite agrario menor”

Franco escribe a Serrano para subrayarle que “cree ciegamente en la victoria del Eje y que estaba completamente decidido a entrar en guerra”. Ante ciertos signos de desinterés nazi, Franco insiste, según Preston y Hoare, en que “su actitud hacia Alemania no era un oportunismo pasajero sino una realidad eterna”.

La entrevista de Hendaya se va a celebrar con un Franco anhelante de entrar en guerra y un Hitler reticente que, a finales de septiembre, le confiesa a Ciano que la intervención española “costaría más de lo que vale”. El führer no quería que Pétain, informado de las aspiraciones de Franco, perdiera el control de Vichy y le abandonaran las fuerzas coloniales francesas. Hitler deseaba mantener el control de Francia a través de Pétain y, tras la victoria, engañar al mariscal y construir el imperio africano de la Gran Alemania a costa, sobre todo, de las posesiones francesas y españolas: Argelia, Túnez, el Marruecos francés y español, y una isla canaria.

Franco cede a las presiones de Berlín, destituye al anglófilo Beig-beder y nombra ministro de Asuntos Exteriores a Ramón Serrano Súñer. Es el 16 de octubre de 1940. Beigbeder reacciona acercándose al embajador británico Samuel Hoare. Le facilita los primeros encuentros Pedro Sainz Rodríguez y varios generales. Para no tener problemas con las autoridades españolas, el embajador exige secreto absoluto y encarga a un australiano que sirve en la misión británica el contacto con los conspiradores. Se llama Arthur Yencken y se entiende a la perfección, desde el primer momento, con Sainz Rodríguez. También se entablan relaciones con el general Torr y Allan Hillgarb, hombres de confianza de Hoare.


Octubre-diciembre de 1940. Hendaya: Franco acude emocionado a ver a Hitler para entrar en guerra.
El 23 de octubre de 1940, Franco tiembla de emoción al tender su mano al dueño de Europa. Se disculpa de que su tren haya llegado con ocho minutos de retraso. Es mentira que ese retraso lo promoviera el caudillo para poner nervioso al führer. Franco iba dispuesto a entregarse a Hitler y a obtener compromisos que colmaran sus delirios imperiales. No sabía que los consejeros militares de Hitler no querían la incorporación de España al Eje porque “carece de valor práctico”. No sabía que Pétain, que se entrevistaba al día siguiente, 24, con el führer en Montoire, conocía las exigencias del dictador español y no estaba dispuesto a ceder. Hitler quería una Francia tranquila y sometida. Le importaba eso mucho más que la aportación del caudillo, aparte el objetivo final del führer de disponer de su propio imperio en África. “Franco no es un héroe sino un pequeño mequetrefe”, había advertido el almirante Canaris a Hitler. Y ésa es la impresión que sacó el führer de la entrevista de Hendaya. El tono de la reunión, según Preston, hace que “carezca de sentido la pretensión posterior de Franco y Serrano Súñer de que estaban hábilmente conteniendo a Hitler. Su determinación no era la de mantenerse en la neutralidad, sino lograr la base de un imperio colonial”. El protocolo firmado constituía, en todo caso, un compromiso formal por parte de España para entrar en guerra al lado del Eje. Según Satrústegui, la máxima concesión que pensaba hacer Hitler si un día, en cumplimiento del acuerdo firmado, exigía la participación española en la guerra, se reducía a Gibraltar.

Luis Carrero Blanco, capitán de navío, hace un informe a Franco en el que subraya el poderío de la Royal Navy y las consecuencias de la entrada de España en guerra. Serrano Súñer, sin embargo, estaba convencido, como Franco, de que “el cadáver del Imperio británico yacía preparado para la disección”. El caudillo ha caído de lleno en lo que Arnold J. Toynbee llama “la tentación suicida del militarismo”. Será salvado en última instancia por la ambición de Hitler.

El dictador español estudia la operación Félix. El plan de Hitler consistía en entrar en España el 10 de enero de 1941 y tomar Gibraltar. Franco necesita ayuda económica, trigo, cereales, petróleo, suministros de Estados Unidos y Gran Bretaña, que Alemania no puede darle. Churchill alienta sagazmente a Estados Unidos a jugar la carta económica para dominar el entusiasmo de Franco de entrar en guerra.

A pesar de eso, el 28 de noviembre de 1940, Stohrer informa a Berlín de que Franco ha empezado los preparativos para la guerra. No era así. El caudillo piensa entrar en guerra, pero da largas a la operación Félix que no sabe cómo justificar ante la Falange. Tiene la suerte de que Hitler ordene aplazar la operación Félix. Los hechos históricos son un poco distintos a como los cuenta Satrústegui, que acepta la versión de Serrano Súñer en su libro Entre Hendaya y Gibraltar y elogia las gestiones del ministro español, enviado por Franco a Berlín.

Sainz Rodríguez no se entera y comienza su arriesgada y sutil conspiración con la Embajada británica que, a causa de una indiscreción, concluiría con su exilio en Portugal. Si las tropas alemanas entraban en España para tomar Gibraltar, arrastrando al país a la guerra, los británicos tomarían las Canarias para establecer allí un Gobierno de resistencia con Don Juan y Sainz Rodríguez.

En el archivo de Sainz Rodríguez existe un documento de 1941, en cuyo margen está escrito de puño y letra del catedrático “utilizable como está”, en el que Franco transmite un recado a su antiguo ministro para que hable con el jefe del Alto Estado Mayor, general Vigón, y estudie con él su plan de crear una línea aliadófila en el Régimen. La respuesta de Vigón es concreta: “No merece la pena acometer esa empresa. Falla la premisa mayor. No se puede hablar de si Alemania pierde la guerra. Es imposible que Alemania pierda la guerra. Militarmente la tiene ganada ya.”

El año 1941 avanza y el caudillo sigue afirmando con seguridad absoluta que Alemania ha triunfado. “Nunca se le ocurrió pensar que los alemanes podrían ser derrotados, y su única duda estribada en cuándo la ganarían y cuál sería el momento oportuno para unirse a ellos en la marcha triunfal del fin de la guerra.” Franco caza, pesca, escribe el guión de Raza, llora al ver la película, se organiza el botafumeiro personal a través de una censura obsesiva. España es solo Franco, Franco, Franco.



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