O colapso da união Europeia...

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Cabeça de Martelo

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O colapso da união Europeia...
« em: Novembro 18, 2016, 02:51:52 pm »
Italexit? Referendo pode colocar a Europa (de novo) em risco

A subida das intenções de voto que dizem “não” ao referendo italiano sobre alterações constitucionais pode levar à ascensão do partido anti-Europa do comediante Beppe Grillo, tornando cada vez mais provável o ‘Italexit’.

No próximo dia 4, a Itália vai a votos para referendar a proposta do Governo de Matteo Renzi, que pretende acabar com o equilíbrio de poderes entre o Congresso de Deputados e o Senado. No caso de a proposta fracassar, o Movimento Cinco Estrelas pode vir a ascender junto do eleitorado, gerando um terramoto político que colocará a economia da zona euro em risco.

Depois do ‘Brexit’, o ‘Italexit’ tem conquistado popularidade nas últimas semanas. Numa Europa que ainda está a digerir o trauma do referendo que deu vitória ao ‘Brexit’ e as presidenciais norte-americanas que colocaram Donald Trump como novo inquilino da Casa Branca, há já quem preveja que o referendo das próximas semanas possa lançar a Itália num pântano político.

O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, quer resolver nas urnas a ingovernabilidade crónica de Itália, propondo a diminuição do peso do Senado, de 315 assentos para 100, impossibilitando assim que este órgão governativo vete orçamentos públicos e derrube executivos através da aprovação de moções de censura.

O sistema bicamarário atual foi introduzido logo após a Segunda Guerra Mundial, para garantir que o surgimento de um novo ditador como Benito Mussolini seria travado. Contudo, este sistema político conduziu a que a aprovação de uma proposta de lei ou a sua moção demorasse anos a ser feita, levando à transição interminável das propostas do Senado para o Congresso (e vice-versa), o que dificulta a implementação de reformas em várias áreas importantes para a política económica. Com isto, em 70 anos, a Itália viu nascer 63 governos desde da Implantação da República em 1946.

Inicialmente as sondagens davam vitória às alterações constitucionais propostas de Renzi, que ameaçou demitir-se no caso de estas não virem a ser aprovadas pelos eleitores, mas nas últimas semanas as intenções de voto parecem estar a inverter o sentido e o número de indecisos mantém-se ainda elevado.

O Nobel da Economia, Joseph Stiglitz já se pronunciou sobre o caso dizendo que a Europa está a caminhar para um “evento catastrófico” e insiste que Renzi deve cancelar o referendo para evitar que este assuma proporções incontroláveis, como o que está ainda por calcular em relação à saída do Reino Unido da União Europeia, hipótese que foi rapidamente descartada pelo primeiro-ministro italiano.

A situação instável em Itália e a eventual queda por terra da proposta de Renzi ameaça beneficiar o partido anti-Europa do comediante Beppe Grillo, o Movimento Cinco Estrelas, que garante que a prioridade será fazer um referendo em relação à permanência de Itália na zona euro.

A terceira maior economia da Europa tem apresentado um crescimento ligeiro – apenas 0,7% em 2015, cerca de metade do registado em Portugal em igual período – e entre os italianos começasse a apontar o dedo ao euro como causador da situação económica ténue.

No entanto, segundo o editor de economia do Financial Times, Wolfgang Münchau, “uma saída da zona euro por parte de Itália levaria ao colapso total da união monetária num período de tempo muito curto. O que levaria, provavelmente, ao choque económico mais violento da História, maior do que a bancarrota do Lehman Brothers em 2008 e do que o crash de 1929 em Wall Street”. É caso para dizer que a terra pode voltar a tremer em Itália e desta vez pode arrastar consigo toda a comunidade de países pertencentes à união monetária.

http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/referendo-italia-pode-colocar-europa-novo-sobressalto-89714
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Re: O colapso da união Europeia...
« Responder #1 em: Novembro 18, 2016, 02:59:05 pm »
Primeiro-ministro francês acha que "é possível" Marine Le Pen ganhar as presidenciais de 2017

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, considerou hoje que "é possível" Marine Le Pen, candidata do partido de extrema-direita Frente Nacional, ganhar as presidenciais de 2017 em França, impulsionada pela vitória de Donald Trump nos EUA.

“É possível”, disse Valls numa conferência economia em Berlim em resposta a uma pergunta sobre se Le Pen tem hipóteses de vencer nas eleições previstas para 07 de maio.

“Todos os estudos de opinião dizem que a candidata Marine Le Pen estará presente na segunda volta. […] Isso que dizer que o equilíbrio da vida política francesa vai mudar completamente”, prosseguiu, alertando para “o perigo que a extrema-direita representa” numa altura em que as atenções estão centradas nas primárias dos partidos de esquerda e de direita.

“Naturalmente não vou misturar tudo: Trump era o candidato de um grande partido, o Partido Republicano, que já dominava o Congresso e vários estados dos Estados Unidos. Mas é o seu discurso e as suas propostas que são preocupantes”, disse o primeiro-ministro francês.

Em 2002 a Frente Nacional conseguiu chegar à segunda volta das presidenciais com o seu então líder, Jean-Marie Le Pen, pai de Marine, que na primeira volta surpreendeu ao deixar para trás o primeiro-ministro socialista Lionel Jospin. Na segunda, no entanto, foi derrotado por ampla margem por Jacques Chirac, com 17,8% e 82,2% respetivamente.

http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/primeiro-ministro-frances-acha-que-e-possivel-marine-le-pen-ganhar-as-presidenciais-de-2017
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Re: O colapso da união Europeia...
« Responder #2 em: Novembro 18, 2016, 03:00:28 pm »
Valls quer que França e Alemanha evitem "colapso" da União Europeia

O primeiro-ministro francês reconhece que a vitória de Donald Trump nos EUA torna possível que Marine Le Pen, a candidata da extrema-direita em França, possa vir a ser eleita Presidente. E lembra a importância do eixo franco-alemão para o Velho Continente.

A menos que a França e a Alemanha respondam às preocupações dos cidadãos e desenvolvam políticas de crescimento e emprego, a Europa está ameaçada de colapso. O diagnóstico é do primeiro-ministro gaulês, deixado esta quinta-feira, 17 de Novembro, na capital alemã.
"A Europa está em perigo de colapsar. (…) Por isso a Alemanha e a França têm uma grande responsabilidade," afirmou Manuel Valls, citado pela Reuters, durante um evento organizado em Berlim pelo jornal alemão Sueddeutsche Zeitung.

As declarações de Valls surgem pouco mais de uma semana depois da vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, que analistas afirmam que poderá vir a ter influências nos actos eleitorais do próximo ano na Europa – quando França e Alemanha vão às urnas, nomeadamente resultando na chegada ao poder de políticos populistas.

No caso de França, a candidata da Frente Nacional Marine Le Pen é vista nas sondagens como podendo vir a ser eleita Presidente – o próprio Valls o reconheceu hoje: "O que mudou no mundo e na Europa desde 8 de Novembro [dia das eleições nos EUA] é que isso é possível."

Já na Alemanha, a crise dos refugiados fez subir nas sondagens e reforçar-se nas eleições regionais o movimento Alternativa para a Alemanha, AfD. Ainda esta quinta-feira, à CNBC, Frank Hansel, um responsável do partido, afirmou que a vitória de Trump pode ajudar a inverter sentimentos anti-americanos na Europa e melhorar a relação entre os dois continentes. "Temos de mudar um pouco o clima em relação aos Estados Unidos na Europa e penso que a eleição de Trump ajuda a tranquilizar a situação," afirmou.

Além das eleições francesa e alemã, existe ainda o risco de um acto eleitoral antecipado na Itália, caso o referendo constitucional marcado para 4 de Dezembro seja desfavorável à reforma proposta pelo Governo. Em caso de queda do Executivo de Matteo Renzi, o movimento 5 Estrelas de Beppe Grillo prefigura-se como possível vencedor numa segunda volta.

Valls defendeu que a França deve continuar a abrir a sua economia, enquanto a Alemanha e a União Europeia devem estimular o investimento e a criação de emprego. E recordou que o eixo franco-alemão tem feito frente, nos últimos anos, a questões como a crise migratória, o terrorismo ou o Brexit.

Sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, o primeiro-ministro avisa que uma negociação que dê todas as vantagens a Londres sem os inconvenientes abre a porta para que mais Estados-membros deixem a UE.

http://www.jornaldenegocios.pt/economia/europa/uniao-europeia/detalhe/valls-quer-que-franca-e-alemanha-evitem-colapso-da-uniao-europeia
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Re: O colapso da união Europeia...
« Responder #3 em: Novembro 19, 2016, 05:46:24 pm »
União Europeia substituirá austeridade por estímulos devido a Trump
Jornal Económico

Bruxelas encorajou os parceiros comunitários a aprovar medidas de estímulo de crescimento do PIB europeu, no valor de 50.000 milhões de euros.

A vitória de Donald Trump, vista pela Europa como a vitória do populismo, está a levar a Comissão Europeia a mudar a agulha, e estudar substituir a austeridade por medidas de estimulo à economia.

Mudança de austeridade da UE por estímulos após a vitória de Trump, é publicado hoje no “. O artigo diz que depois de anos de austeridade, a União Europeia prepara-se para consumar uma clara mudança para o campo das políticas expansionistas, com um duplo objetivo: para contrariar os potenciais efeitos negativos sobre o PIB do mais que provável protecionismo norte-americano; e para combater, com o investimento e, se possível redução de impostos, o avanço do populismo, que foi erguido na voz de uma classe média atingida pela crise e que está determinada em votar em políticos que são anti-sistema. Nesse sentido, Bruxelas encorajou os parceiros comunitário a adotar medidas de estímulo do PIB europeu no valor de 50 mil milhões de euros.

Uma das primeiras medidas anunciadas pelo Trump, na campanha após a vitória do último dia 8, foi que vai estimular a economia interna dos EUA com uma injeção de 500 mil milhões de dólares para investir na área de infra-estruturas. Mais típica de um governante socialista do que de um líder de direita, ou mesmo de extrema-direita como apelidaram os media europeus. Essa medida terá um impacto directo no crescimento do PIB dos EUA.

Esse impulso será acompanhado por uma clara aposta nos produtos made in América, o que irá melhorar a posição das empresas no país, mas terá um impacto significativo sobre as exportações do resto do mundo, especialmente os seus parceiros comerciais. E aqui está o problema: entre os principais estão o Reino Unido, mesmo na UE, França, Itália e Espanha.

Não é de admirar, portanto, que o Vice-Presidente do Banco Central Europeu (BCE), Vitor Constâncio, tenha alertado que a recuperação na Europa vai continuar fraca  – o crescimento económico não vai chegar a 2% este ano ou nos dois próximos – e pode sofrer nova deterioração à mercê de “incertezas” como a política que irá realizar Trump e o seu possível impacto sobre os mercados emergentes.

“Será necessário implementar medidas de estímulo e reformas destinadas a melhorar a competitividade na zona euro”, disse Constâncio num aviso claro à Comissão Europeia e aos países defensores de políticas de austeridade como a Alemanha, a Áustria, a Finlândia e a Holanda, entre outros. Não é nova a mensagem do BCE, que leva mais de um ano de avisos à necessidade de estimular a economia europeia em crise e aumentar os salários para promover o consumo e, em última análise, aumentar a inflação.

O calendário mais populista
Por detrás da mudança de política das instituições europeias não estão apenas razões económicas, mas também políticas. Trump ganhou as eleições norte-americanas, apelando à classe média, a mais afectada pelos efeitos da crise económica. O mesmo tinha sido explicado para a vitória do Brexit no referendo britânico de 23 de junho.

No seio da UE e entre os líderes das principais economias do continente europeu há grande preocupação que tenha sido acendido o pavio anti-sistema com a vitória de Trump. Pois a verdade é que nem a resposta social-democrata à crise, conduzida por Obama; nem a mais ortodoxa, praticado deste lado do Oceano Atlântico têm resultado. Os partidos UKIP, na Inglaterra, a Frente Nacional na França, a AFD na Alemanha; o Movimento 5 Estrelas na Itália, Sryza na Grécia e Podemos em Espanha têm registado um boom de eleitores que poucos acreditavam ser possível há um par de anos. Em Portugal poderia dar-se o exemplo do crescimento do Bloco de Esquerda, hoje um dos que sustentam a maioria parlamentar.

Diz o El Economista que hoje, de fato, os governos de tom populista tomaram o poder na Grécia (o partido de esquerda Syriza) e na Hungria, onde o governa o ultranacionalista Viktor Orban.

Este Dezembro, o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi, joga a sua sobrevivência política num referendo à reforma constitucional. Se for aprovado, vai mudar a constituição italiana e reformar os poderes do parlamento de duas câmaras, com o senado a perder alguns dos seus poderes para a câmara de deputados, e tornando mais difícil a queda do governo.

 Os apoiantes do referendo defendem que a mudança vai simplificar o processo democrático e a implementação de leis, assim como trazer estabilidade política, enquanto alguns dos seus críticos acreditam que o referendo vai criar um estado mais autoritário e uma maior concentração de poderes.
E é o mês em que a direita radical pode tomar o poder nas eleições na Áustria à boleia da crise aberta pela onda de refugiados.

No próximo ano, a França com Marine Le Pen líder nas sondagens, realiza eleições. E até mesmo a chanceler alemã, Angela Merkel, pode acabar perdendo o poder perante do surgimento da AFD e dos partidos mais à esquerda.

Antes de consumar uma mudança tão radical, as autoridades europeias estão dispostos a tentar reconquistar o apoio da classe média num momento em que a taxa de desemprego na UE continua à beira dos 10 por cento e crescimento económico mal ultrapassa o 1,5%; mas em que o défice abaixo de 3 por cento e da dívida pública abaixo de 90 por cento, parecem estar controlados.

O medo de um tsunami populista nas eleições do próximo ano na França, Alemanha e Holanda levou a Comissão Europeia a anunciar o fim da austeridade. A prová-lo está a disponibilidade para apoiar estímulos fiscais que cada vez mais vozes recomendam à Europa.

Bruxelas propôs pela primeira vez na última quarta-feira uma orientação orçamental expansionista de 0,5 por cento do PIB em 2017 para o conjunto da zona euro (50.000 milhões de euros). No entanto, o fato é que o impulso será significativamente menor, uma vez que a instituição presidida por Jean Claude Juncker espera que a área do euro mantenha uma posição fiscal positiva de cerca de 0,2 por cento no próximo ano, sem qualquer medida adicional.

Este passo tímido é mais simbólico que  outra coisa, uma vez que o renascimento da política fiscal expansionista é agora limitado pela necessidade de não aumentar a dívida; a falta de uma almofada Europeia para este estímulo adicional; e a oposição da Alemanha, o único com o espaço fiscal necessário para liderar essa mudança.

No entanto,  mesmo o mais ferrenho da ortodoxia orçamental pode encontrar obstáculos sérios na hora de defender a sua posição. O ministro alemão adjunto estrangeiro, o social-democrata Sigmar Gabriel, já apelou publicamente “o fim da austeridade na Europa o mais rapidamente possível”, perante o silêncio de Angela Merkel e do seu poderoso ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble.

Nos Estados Unidos são esperadas subidas dos juros pela Fed já em Dezembro, e os analistas acreditam que é uma questão de tempo até que o contágio chegue à Europa, isto apesar do prolongamento do programa de estímulos anunciados pelo BCE esta semana.

http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/uniao-europeia-substitui-austeridade-estimulos-da-vitoria-trump-91493
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Re: O colapso da união Europeia...
« Responder #4 em: Dezembro 06, 2016, 01:20:32 pm »
 
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Re: O colapso da união Europeia...
« Responder #5 em: Dezembro 06, 2016, 04:03:45 pm »


Eu vejo 2 países que fazem muita mais força para acabarem de vez com a UE, em vez desses 4. Os EUA e a Rússia fazem tudo ao seu alcance para destruírem a UE e passarem a negociar com cada um dos pigmeus que resulta de uma possível implosão da UE, com claras vantagens para cada um dos 2!!!!!!

Mas também estou curioso para ver a reacção dos outros blocos a notícias recentes de ameaças do Trump a qualquer empresa que saia de solo americano!!!!!!!! A China já deve estar preocupada! Se calhar, se calhar, cai mais depressa a OMC que a UE..........
 

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Re: O colapso da união Europeia...
« Responder #6 em: Dezembro 07, 2016, 10:01:23 am »


Eu vejo 2 países que fazem muita mais força para acabarem de vez com a UE, em vez desses 4. Os EUA e a Rússia fazem tudo ao seu alcance para destruírem a UE e passarem a negociar com cada um dos pigmeus que resulta de uma possível implosão da UE, com claras vantagens para cada um dos 2!!!!!!

Mas também estou curioso para ver a reacção dos outros blocos a notícias recentes de ameaças do Trump a qualquer empresa que saia de solo americano!!!!!!!! A China já deve estar preocupada! Se calhar, se calhar, cai mais depressa a OMC que a UE..........
Lá fazer fazem, mas o harakiri não começa em Bruxelas? O resto só tem de aproveitar (as imagens são explicitas)...  ;D ;)











Saudações
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Re: O colapso da união Europeia...
« Responder #7 em: Dezembro 07, 2016, 11:14:55 am »
A UE foi e é um enorme passo civilizacional. Se isso terminar...... eu lembro-me bem como era viver até 1986.......

No nosso caso melhoramos imenso as nossas infraestruturas, legislação (o parlamento nacional já só legisla 30% das leis que temos), uniformidade de tratamento entre membros, movimentação de pessoas como se estivéssemos no nosso país, investimento da investigação, enriquecimento cultural com a mobilidade de alunos, professores, profissionais de outras áreas, etc.....

Mas de facto a UE dá muitos tiros nos pés, não é perfeita (ninguém é), mas não tenho nenhuma dúvida que é o melhor possível que podemos ter. Mesmo tendo um tratamento diferenciado, eu não consigo imaginar o colapso para nós portugueses se de facto algum dia a UE terminar, até porque vejo em todas as obras por cá, as famosas placas azuis do co-financiamento comunitário para tudo, obras, formação, investigação, I&D nas empresas, incentivos à agricultura e até em investimentos militares!!!!!

O que faz falta é a existência de políticos competentes, estadistas como agora já não existem. Mas eu também acho que os políticos com peso nas decisões não querem por nada acabar com a UE. A Alemanha é áspera..... mas a Merkl não é burra e não vê nenhum interesse em acabar com a UE, mesmo sendo a maior contribuinte líquida para a UE, a sua economia depende em grande medida da UE (e a Merkl sabe isso, caso contrário já tinham tomado a liberdade de saír da UE). Nós por cá, mesmo com políticos medíocres, não me parece que o PS, PSD ou CDS aceitem abandonar a UE, por isso......

Ou vai haver mais integração dos que ficarem ou pode de facto haver a desintegração. Eu acho que para o bem e o mal vai haver mais integração (vimos isso com os bancos, o BCE e bem exigiu a coordenação dos maiores bancos, porque percebeu que nenhum país consegue controlar verdadeiramente 1 banco grande que opera pelo mundo inteiro..... basta um BPN qualquer esconder dívidas monstruosas numa qualquer delegação de um paraíso fiscal qualquer e ficam a olhar........

Aliás, julgo até que se o Trump colocar em causa a continuidade da NATO, poderá ser a oportunidade de ouro para uma natural e óbvia criação de umas forças armadas europeias (o Reino Unido que se opunham, até já saltaram fora :)
 

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Re: O colapso da união Europeia...
« Responder #8 em: Dezembro 07, 2016, 11:31:52 am »
Não sei se a Merkle não é Burra. Aliás, actualmente o maior problema da UE é a incompetência e a Burrice dos actuais lideres (e não a sua génese, independentemente dos problemas de execução).  ;)








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Re: O colapso da união Europeia...
« Responder #9 em: Dezembro 07, 2016, 09:29:47 pm »
A UE foi e é um enorme passo civilizacional. Se isso terminar...... eu lembro-me bem como era viver até 1986.......

Já para não falar que antes da CEE e UE os países europeus passavam o tempo a matarem-se uns aos outros. Portugueses com espanhóis, alemães com Franceses, franceses com ingleses, ingleses com irlandeses...
A História da Europa é basicamente a História das suas guerras. 
E no entanto muitos dão esta paz como garantida, pois não olham e pensam no passado.
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Re: O colapso da união Europeia...
« Responder #10 em: Dezembro 08, 2016, 11:08:38 am »
A UE foi e é um enorme passo civilizacional. Se isso terminar...... eu lembro-me bem como era viver até 1986.......

Já para não falar que antes da CEE e UE os países europeus passavam o tempo a matarem-se uns aos outros. Portugueses com espanhóis, alemães com Franceses, franceses com ingleses, ingleses com irlandeses...
A História da Europa é basicamente a História das suas guerras. 
E no entanto muitos dão esta paz como garantida, pois não olham e pensam no passado.

Sim, sem dúvida. Se deixar de haver algo que una os povos europeus, o simples facto de passarem a preocupar-se com o seu umbigo, vai provocar imediatamente e de um dia para o outro novas guerrinhas. Acabando a UE, o espaço shengen, o Euro, como é que resolveriam o problema dos refugiados (que já é um grande problema)? E quanto é que teríamos de pagar pelo petróleo que consumimos sem euros nos bolsos? E a inflação? E as taxas de juro? Eu recordo-me do meu pai comprar um carro em 1984 e ele 1 e 2 anos depois, valia mais usado do que o valor dado em novo!!!!! (graças à enorme inflação!!!!!)

Mas o Mafets tem razão, com tantos políticos inteligentes por essa Europa a fora (só dão ainda mais força a quem quer acabar com a UE e o actual estilo de vida), não vamos a lado nenhum!!!!
 

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Re: O colapso da união Europeia...
« Responder #11 em: Fevereiro 15, 2017, 02:15:32 pm »
For the first time in a long time, every EU economy is growing at the same time



https://qz.com/909088/for-the-first-time-in-a-long-time-every-eu-economy-is-growing-at-the-same-time/
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Re: O colapso da união Europeia...
« Responder #12 em: Março 10, 2017, 11:05:35 am »
Poland reacts with fury to re-election of Donald Tusk

Almost all EU nations back his second term as European council president but Poland’s opposition leaves it isolated in Europe


https://www.theguardian.com/world/2017/mar/09/donald-tusk-re-elected-as-european-council-president-despite-polish-opposition
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Re: O colapso da união Europeia...
« Responder #13 em: Março 11, 2017, 11:45:28 am »
Como pode o euro ser salvo ou desintegrar-se

A Bloomberg analisou os próximos acontecimentos na Europa e os seus potenciais resultados, elaborando os cenários prováveis em cada situação. Vai o euro conseguir sobreviver ou não?

11 de março de 2017 às 09:50

Falar sobre o desintegração da Zona Euro voltou a ser excitante. Com populistas como Marine Le Pen a tentarem abanar o poder estabelecido e a popularidade da moeda única em queda, executivos e investidores, incluindo o presidente executivo do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, dizem que nada pode ser excluído.
 
Contudo, o euro já sobreviveu a uma série de sustos desde a sua criação, em 1999, tendo as elites políticas e económicas revelado disponibilidade para fazerem o que fosse necessário para preservar a moeda única.
 
Olhámos para três cenários que podem conduzir à divisão do euro e para outros três que podem levar a moeda a ultrapassar a onda de populismo ainda mais fortalecida. E pedimos a opinião a especialistas sobre a possibilidade destes cenários acontecerem.













http://www.jornaldenegocios.pt/economia/europa/uniao-europeia/detalhe/como-pode-o-euro-ser-salvo-ou-desintegrar-se?ref=HP_cruzados_blocohorizontal_correiodamanha
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Re: O colapso da união Europeia...
« Responder #14 em: Março 11, 2017, 12:22:28 pm »
O mais provável é a Merkl vencer novamente as eleições. Já demonstrou que é de ferro e ainda não vi nada nem ninguém que a vergue, nem mesmo as superpotências.

Depois do Brexit, seja a Merkl ou o Shultz chanceler, nenhum deles vai deixar caír mais nenhum país (nem a Grécia), por muito que custe ao Schouble. Acho que a UE vai saír mais fortalecida, porque o que vai pesar mais na união da UE, não vai ser o Brexit, vai ser sim a Rússia e os EUA, ou mais directamente os presidentes que os lideram que têem como inimigo comum a Europa e vão tentar tudo para a destruírem. Trump porque percebe perfeitamente que há 2 países com superavites gigantescos à custa dos americanos, a China e a Alemanha e Putin quer recuperar o espaço europeu perdido com a queda do muro. A Rússia pode ser uma potência militar, mas a Alemanha é uma superpotência económica muito à frente da Rússia.