Conflitos em Africa

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Re: Conflitos em Africa
« Responder #255 em: Março 17, 2021, 03:20:04 pm »
Alerta de possível limpeza étnica na região do Tigray


 

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Re: Conflitos em Africa
« Responder #256 em: Março 18, 2021, 12:40:17 am »
Queria fazer um comentário neste tópico porque andei por estas bandas (Djibouti , Somália e acidentalmente na Etiópia) durante algum tempo.
Por agora só adianto que nunca conheci povo tão nobre como o que habita por estes lados, pelo menos os que conheci de mais perto, Afars, Issas e outros somalis cujas etnias já esqueci o nome. Doi-me o coração ver esta desgraça. Na altura em que la estive havia o problema da Eritreia que entretanto "conquistou"  a sua independência, e também no inicio das confusões na Somália, era eu um "puto" armado e com farda.
Fica para outro dia.
 

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Re: Conflitos em Africa
« Responder #257 em: Março 22, 2021, 05:02:00 pm »
Conflitos no Mali.

As F.A. francesas intervieram no Mali em janeiro de 2013, no seguimento da revolta tuaregue no norte do Mali em 2012.
Desde a independência do Mali em 1960, o povo tuaregue (5% da população do Mali) é vitima de descriminação da parte do poder central em Bamako e das populações "negras" do sul.  Podem-se contabilizar cerca de 10 revoltas deste povo, desde 1961 até agora.
Desta vez, os tuaregue vão mais longe e exigem claramente a independência.
As F.A. do Mali mostram-se muito competentes quando se trata de pilhar e de violar mas completamente inúteis no cumprimento da sua missão militar, obrigando à intervenção da França. Neste momento a situação na zona tuaregue encontra-se num impasse. Devido à presença militar francesa, nem os tuaregue conseguem a sua independência nem o Mali consegue restabelecer a sua autoridade. Conviria pois, para resolver este conflito no norte, que Bamako de uma vez por todas, reconhecesse a existência do povo tuaregue, da sua identidade cultural especifica e do território que sempre foi o deles.

Um segundo conflito étnico estalou entretanto no sul do Mali, na zona de Gao, desta vez envolvendo os Peul (10% da população).
NT :  Os Peul são conhecidos na antiga Guiné portuguesa como os Fula. Estebeleceram-se na Guiné, salvo erro, no século XVIII, ou seja, bem depois da etnia portuguesa europeia. De uma forma geral, apoiaram Portugal na guerra contra o PAIGC.
As exigências dos Fula têm um caracter puramente étnico, exigem o reconhecimento da sua identidade e o fim das ações discriminatórias da parte do poder central.

A terceira frente de guerra no Mali tem a ver com a chegada à região do estado islâmico.
O E.I. para além de infiltrar e de aproveitar os dois conflitos precedentes, também se implantou na região das 3 fronteiras, prosseguindo no combate pelo seu objetivo : a criação de um Califado Universal.  O risco de destabilização desta região de Africa é enorme e as consequências para a Europa poderão ser terríveis como o aumento exponencial de refugiados , dos quais muitos são e serão cada vez mais infiltrados por elementos doutrinados e treinados.

Contesto com convicção que haja algum interesse económico pela parte da França, em manter tropas nesta região. Estamos a falar de menos de 0.5% do comércio externo da França ...para quê desenvolver mais o meu raciocínio ?
Partilho sem reservas a opinião de quem afirma que o principal interesse da França é o de assegurar a estabilidade no Sahel e na Africa Ocidental e realmente lamento que a França se sinta "sozinha" neste combate. Continuando nesta ótica, vi com muita simpatia o facto de Portugal ter destacado uma força para a zona, não sei se continuam por la mas em todo o caso, acho que foi tomada a decisão certa.
 
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Re: Conflitos em Africa
« Responder #258 em: Março 22, 2021, 05:49:19 pm »
Citar
O Exército tem, atualmente, 411militares destacados em 5teatros de operações (TO) (Afeganistão, Iraque, Mali, República Centro Africana e Somália)e noutras zonas do globo

EU European Union Training Mission
Formar e aconselhar as Forças Armadas do Mali, contribuindo para aumentar a sua capacidade de defesa do território e proteção da população.
11Militares empenhados


ONU United Nations Multidimensional Integrated Stabilization Mission in Mali (MINUSMA)
Apoiar o processo de transição, contribuindo para a estabilização do país.
2 Militares empenhados

 :arrow: https://www.emgfa.pt/


A missão da MINUSMA no Mali



Numa salganhada de grupos étnicos...
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"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 
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Re: Conflitos em Africa
« Responder #259 em: Março 22, 2021, 07:08:16 pm »
Obrigado caro HSMW. 
Confesso que não insisti muito para procurar saber se ainda havia um destacamento português presente neste momento no Mali, pois costumo escrever de memoria e por vezes falta-me a paciência para fazer "buscas", o que encontrei sobre a presença militar lusa na zona, era relativo a 2020 . Defeito meu, reconheço... e peço desculpa desde já aos militares que la se encontram, assim como aos seus familiares, camaradas e amigos, pelo meu lapso.
Sabia no entanto que, pelo menos, tinham la estado ; ainda bem que continuam.
As tropas portuguesas têm um excelente comportamento nos TOE onde têm participado nos últimos anos. Registo, o que penso que todos sabem : os militares portugueses são objeto de muita simpatia por parte das populações que servem e que protegem ; insisto neste ponto porque nunca vi uma força ocidental ser tão bem aceite pelas populações locais.
« Última modificação: Março 23, 2021, 12:19:42 am por legionario »
 
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Re: Conflitos em Africa
« Responder #260 em: Março 27, 2021, 11:05:23 am »
Relatório aponta "grandes responsabilidades" da França no Ruanda


 

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Re: Conflitos em Africa
« Responder #261 em: Março 27, 2021, 12:08:17 pm »
Relatório aponta "grandes responsabilidades" da França no Ruanda



A França reconheceu e muito bem, os seus "pecados" no Ruanda por 'atos e omissões". Fez prova de humildade , de arrependimento e de vontade de reparar e de restabelecer um bom relacionamento com o Ruanda ; virtudes que deveriam seguidas por muitos Estados.
A minha companhia esteve no Ruanda na altura destes acontecimentos. Gostaria aqui de relembrar a ação individual de alguns camaradas meus, sobretudo a do tenente Silva (português legionário) que , muito justamente foi capa do Paris Match, por ter salvo in extremis, uma criança da morte. Os bulldozers empurravam a massa de cadáveres para uma enorme vala que antes tinham aberto, quando o tenente Silva reparou que uma criança se mexia, agarrada ao corpo ja sem vida da mãe. A criança foi salva, não sei o que foi feita dela depois, espero sinceramente que hoje se encontre bem e que seja feliz.
No meio das misérias tecidas pela politica, é com muito gosto que relembro as boas atitudes individuais ou de grupo, umas em que participei, outras que me foram contadas pelos meus camaradas, regressados de missão.

NT. edito este tópico para acrescentar que estas vitimas não foram de modo nenhum causadas pelos militares ao serviço da França mas sim pela guerra inter étnica que então lavrava no Ruanda.
« Última modificação: Março 27, 2021, 02:53:10 pm por legionario »
 
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Re: Conflitos em Africa
« Responder #262 em: Abril 20, 2021, 03:10:14 pm »
Relatório aponta "grandes responsabilidades" da França no Ruanda



Mais relatorio da treta ! A França fez o que pôde !

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Re: Conflitos em Africa
« Responder #263 em: Abril 22, 2021, 04:35:51 pm »
 

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Re: Conflitos em Africa
« Responder #264 em: Junho 11, 2021, 10:07:29 am »
ONU alerta para situação de "catástrofe" na Etiópia


 

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Re: Conflitos em Africa
« Responder #265 em: Julho 13, 2021, 10:54:23 pm »

Alguém percebe o que se está a passar na África do Sul?
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Re: Conflitos em Africa
« Responder #266 em: Julho 14, 2021, 10:45:55 am »
Pelo menos 45 pessoas morreram e mais de 750 foram detidas em distúrbios violentos, saques e ações de intimidação, que continuam pelo sexto dia consecutivo na África do Sul, depois da prisão do antigo chefe de Estado e ex-líder do Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês), Jacob Zuma, na passada quarta-feira à noite.

O Governo sul-africano destacou 2.500 militares para apoiar a polícia a conter os distúrbios na província de origem de Zuma, KwaZulu-Natal, assim como em Gauteng, o motor da economia do país. Mas os protestos estendem-se a várias outras cidades da África do Sul, nomeadamente à Cidade do Cabo, onde vivem mais de 30.000 portugueses.


https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/embaixador-de-portugal-na-africa-do-sul-insta-portugueses-a-ficarem-em-casa-762287
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 
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Re: Conflitos em Africa
« Responder #267 em: Julho 15, 2021, 11:53:57 pm »
Ninguém tem coragem para falar na África do Sul ?


Se o anti-racismo de certa esquerda não fosse tão oco e oportunista como a falsa adesão de alguma direita ao interesse nacional, já ambos estariam, por esta hora, de olhos postos na África do Sul.
Ali, onde vivem trezentos mil portugueses, onda de inveja manipulada contra europeus, indianos e muçulmanos resultou numa maré de pogroms que estilhaça vidas e negócios.
A situação é grave.
Ninguém se espantaria se, perante a destruição da nação "arco-íris" pelo discurso das reparações históricas e de um anti-colonialismo fora de data, aquela que é ainda a mais próspera economia africana viesse a acabar como o Zimbabué, Angola e Moçambique, entre a submersão na miséria e a fuga desesperada das suas populações mais preparadas e dinâmicas.

As violências perpetradas contra minorias na África do Sul têm uma cara e um nome: Julius Malema, chefe dos Economic Freedom Fighters.
Cisão do ANC, partido do governo, Malema pede a expulsão das comunidades minoritárias e a distribuição da sua propriedade.

É, de facto, um nazi alinhado com a elite bem-pensante, cujo detestável discurso só não colhe condenação por encontrar o Ocidente alienado e prostrado perante a esquerda académica do wokeismo.
O ANC pouco faz para repor a paz: enterrado por escândalos de corrupção e pela crise económica, convém-lhe a distração do caos que Malema alimenta.
Poderia Portugal fazer algo? Poderia, se ainda tivesse diplomacia.
Na Portugalidade e na União Europeia, propondo sanções económicas à África do Sul enquanto o governo local insistir em fazer do ódio às minorias uma carta admissível do jogo político.
E bem ganharíamos - logo nós, disso tão necessitados  - criando condições para que sul-africanos portugueses, boeres - com quem Portugal mantém relação de amizade desde as guerras boeres do século XIX -  e de outras minorias ameaçadas possam com facilidade estabelecer-se em Portugal, onde ofereceriam relevante contributo ao reavivamento económico e demográfico.

Permissão e incentivo à imigração destas comunidades laboriosas e pacíficas, verdadeiros construtores do progresso por onde quer que passem, seriam a coisa a fazer, tão moral quanto obediente ao interesse português.

Eis o que se impõe, pois um país que nada faz enquanto sofrem filhos e amigos seus é um país morto no espírito, e indigno do nome.


https://www.facebook.com/novaportugalidade/photos/2998431883748492
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Re: Conflitos em Africa
« Responder #268 em: Julho 16, 2021, 10:39:40 am »
Enquanto não destruirem o único país desenvolvido da África sub-saariana não descansam
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 
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Re: Conflitos em Africa
« Responder #269 em: Julho 16, 2021, 11:34:27 am »
Ninguém tem coragem para falar na África do Sul ?


Se o anti-racismo de certa esquerda não fosse tão oco e oportunista como a falsa adesão de alguma direita ao interesse nacional, já ambos estariam, por esta hora, de olhos postos na África do Sul.
Ali, onde vivem trezentos mil portugueses, onda de inveja manipulada contra europeus, indianos e muçulmanos resultou numa maré de pogroms que estilhaça vidas e negócios.
A situação é grave.
Ninguém se espantaria se, perante a destruição da nação "arco-íris" pelo discurso das reparações históricas e de um anti-colonialismo fora de data, aquela que é ainda a mais próspera economia africana viesse a acabar como o Zimbabué, Angola e Moçambique, entre a submersão na miséria e a fuga desesperada das suas populações mais preparadas e dinâmicas.

As violências perpetradas contra minorias na África do Sul têm uma cara e um nome: Julius Malema, chefe dos Economic Freedom Fighters.
Cisão do ANC, partido do governo, Malema pede a expulsão das comunidades minoritárias e a distribuição da sua propriedade.

É, de facto, um nazi alinhado com a elite bem-pensante, cujo detestável discurso só não colhe condenação por encontrar o Ocidente alienado e prostrado perante a esquerda académica do wokeismo.
O ANC pouco faz para repor a paz: enterrado por escândalos de corrupção e pela crise económica, convém-lhe a distração do caos que Malema alimenta.
Poderia Portugal fazer algo? Poderia, se ainda tivesse diplomacia.
Na Portugalidade e na União Europeia, propondo sanções económicas à África do Sul enquanto o governo local insistir em fazer do ódio às minorias uma carta admissível do jogo político.
E bem ganharíamos - logo nós, disso tão necessitados  - criando condições para que sul-africanos portugueses, boeres - com quem Portugal mantém relação de amizade desde as guerras boeres do século XIX -  e de outras minorias ameaçadas possam com facilidade estabelecer-se em Portugal, onde ofereceriam relevante contributo ao reavivamento económico e demográfico.

Permissão e incentivo à imigração destas comunidades laboriosas e pacíficas, verdadeiros construtores do progresso por onde quer que passem, seriam a coisa a fazer, tão moral quanto obediente ao interesse português.

Eis o que se impõe, pois um país que nada faz enquanto sofrem filhos e amigos seus é um país morto no espírito, e indigno do nome.


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Aposto que não aceitariam tais verdadeiros refugiados, e ainda por cima africanos.
Porque não seriam africanos da cor certa.

A esquerda é traição, pobreza, corrupção e "arrested development".
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 
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