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Outras Temáticas de Defesa => Área Livre-Outras Temáticas de Defesa => Tópico iniciado por: Paisano em Setembro 07, 2006, 01:21:25 pm
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Independência do Brasil
Fonte: www.brasilescola.com/ (http://www.brasilescola.com/)
1. A revolução do Porto
Com a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, em 1808, Portugal mergulhou numa grave crise. A invasão do país pelo exército de Napoleão Bonaparte desorganizou a produção do vinho e do azeite. Pouco depois, a abertura dos portos brasileiros levou os comerciantes portugueses a perderem o mercado colonial para a Inglaterra. Diante desta crise, várias cidades portuguesas fizeram manifestações de militares e civis contra o governo estrangeiro e absolutista. Exigindo a volta imediata de dom João a Portugal.
As primeiras notícias da Revolução do Porto chegaram ao Brasil ainda em 1820. O movimento inspirou diversas rebeliões locais da população insatisfeita.
2. Um momento de indefinições
Inicialmente, a elite brasileira apoiou as Cortes portuguesas. Afinal, os latifundiários, os altos funcionários e alguns comerciantes do Rio de Janeiro foram chamados a participar do novo governo. Em 1821, o governo português aumentou as taxas alfandegárias sobre as mercadorias importadas da Inglaterra. Com isso, Portugal pretendia recuperar o monopólio comercial sobre o Brasil. No mesmo ano, as Cortes enviaram tropas ao Rio de Janeiro e Pernambuco, para reforçar a vigilância na Colônia.
3. Os partidos políticos em formação
A elite agro-exportadora fundou um partido político, o Partido Brasileiro, ao lado de periódicos como o Despertador Brasiliense e o Regulador Brasílico-Luso. Os comerciantes portugueses, concentrados no Nordeste e beneficiados pelo monopólio da Coroa, foram contrários a independência do Brasil. Com o apoio de alguns militares do Reino, eles fundaram o Partido Português. Já a classe média que havia se formado no Rio de Janeiro, composta por funcionários públicos, profissionais liberais, militares e padres, assumiu uma posição mais radical em favor da independência.
4. Dom Pedro decide ficar
Embora com idéias diferentes, o Partido Brasileiro e os liberais radicais se uniram na luta pela independência. Por sua vez, as Cortes de Lisboa, em sua tentativa de recolonizar o Brasil, passaram a exigir mais insistentemente o retorno de dom Pedro a Portugal. Preocupados com essa exigência, os dois grupos políticos, organizaram um grande abaixo assinado, pedindo ao príncipe regente que ele não abandonasse o Brasil. No dia 9 de janeiro de 1822, após receber o documento com as assinaturas pedindo a sua permanência no Brasil, dom Pedro tomou a decisão de ficar. "Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto: diga ao povo que fico", declarou o príncipe regente ao grupo de pessoas que lhe foi entregar o abaixo-assinado. Esse fato ficou conhecido como o Dia do Fico. A decisão de dom Pedro de desobedecer as Cortes Portuguesas foi o início do rompimento das relações do governo brasileiro com o governo português. A partir daí os acontecimentos se precipitaram e o Brasil caminhou rapidamente para sua independência.
5. Processos para a Independência do Brasil
As cortes portuguesas consideravam ilegal o governo de dom Pedro e ameaçaram enviar tropas ao Brasil, caso seu retorno à Europa fosse mais uma vez adiado. Quando a decisão de Portugal chegou no Brasil, José Bonifácio, enviou-lhe as mensagens vindas de Portugal. Dom Pedro as recebeu no dia 7 de setembro de 1822, às margens do riacho do Ipiranga. Junto a correspondência estava uma carta de seu ministro, aconselhando-o a tomar uma atitude imediata. Ali mesmo, às margens do riacho e na presença de uma pequena comitiva, dom Pedro levantou a sua espada e gritou "Independência ou Morte", assim estava declarada a Independência do Brasil, após trezentos anos de colonização.
6. Pós Independência
Após proclamada a independência do Brasil, os dois primeiros países a reconhecer a independência brasileira foram países norte-americanos, os Estados Unidos e o México.
Portugal, ainda tentou sem sucesso que o novo império brasileiro retomasse a condição de colônia, mas como não era possível exigiu um valor de 2 milhões de libras esterlinas para reconhecer a independência do Brasil, sem recursos Dom Pedro recorreu a um empréstimo a Inglaterra, outro país que reconheceu logo a independência brasileira.
Apesar do processo de independência do Brasil, a nova condição brasileira não beneficiou a classe mais pobre, pois estes nem sequer entenderam o processo de independência, este fato não modificou em nada as camadas sociais, a estrutura agrária continuou a mesma, a escravidão continuou e a distribuição de renda continuou desigual.
Apesar de ser bonita a história do rompimento com Portugal, a independência do Brasil teve vários aspectos negativos. Na sua maioria, foi uma independência das elites, que ganharam mais liberdade econômica e política.
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Portugal, ainda tentou sem sucesso que o novo império brasileiro retomasse a condição de colônia, mas como não era possível exigiu um valor de 2 milhões de libras esterlinas para reconhecer a independência do Brasil, sem recursos Dom Pedro recorreu a um empréstimo a Inglaterra, outro país que reconheceu logo a independência brasileira.
:mrgreen:
Com medo que a união entre Portugal e o Brasil continuasse, nas cortes de Lisboa, quando chegou a notícia, uma parte considerável dos deputados aplaudiu, porque isso significava que já não teriam que se preocupar com o herdeiro do trono, que ainda detinha poder.
Curiosamente, Portugal e Brasil voltam a juntar-se "técnicamente" quando morre D. João VI, porque D. Pedro I (do Brasil) passa a ser o legítimo rei de Portugal (D. Pedro IV).
Logo, do ponto de vista técnico, o Brasil concedeu a independência a Portugal em 1826.
Essa parte da história não é muito contada
Cumprimentos
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Apesar de ser bonita a história do rompimento com Portugal, a independência do Brasil teve vários aspectos negativos. Na sua maioria, foi uma independência das elites, que ganharam mais liberdade econômica e política.
Faz-me lembrar também outras "independências" relativamente recentes. Geralmente quem ganha são os oportunistas, os traidores e escumalha do género.
Mas o que mais desejo ao Brasil é que seja realmente independente, livre de interesses "internacionalistas". Que aliás também é o mesmo que desejo ao meu país.
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Outra parte da história muitas vezes ocultada é a expedição militar de Portugal à Baía no início de 1823 (5 batalhões), e os combates navais travados ao largo desta cidade entre a Armada Real e a recém criada Marinha Brasileira (liderada por ingleses), que redundaram no abandono português dessa cidade no final desse ano.
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